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Compatibilidade de Beauveria bassiana com agrotóxicos visando o controle da cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro Dysmicoccus texensis Tinsley (Hemiptera: Pseudococcidae)

Compatibility of Beauveria bassiana with chemical pesticides for the control of the coffee root mealybug Dysmicoccus texensis Tinsley (Hemiptera: Pseudococcidae)

Resumos

Várias são as substâncias químicas usadas no controle de insetos, doenças e plantas invasoras, porém muitos desses produtos são tóxicos ao homem e aos animais, além de reduzir o potencial de controle de predadores, parasitóides e entomopatógenos. O controle integrado utilizando agrotóxicos seletivos e fungos entomopatogênicos é uma estratégia viável, porém alguns destes produtos podem atuar negativamente sobre estes microrganismos, reduzindo crescimento vegetativo, esporulação e viabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de agrotóxicos aplicados na cultura do cafeeiro, sobre o fungo Beauveria bassiana (isolado UEL 114), visando o controle da cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro. Uma suspensão de 1 x 10(7) conídios viáveis/ml do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, foi feito o plaqueamento em meio BDA, e a quantificação dos conídios germinados após 20h. O crescimento vegetativo e a esporulação foram avaliados oito dias após a inoculação do fungo em meio BDA contendo os produtos nas concentrações recomendadas, e mantido em câmara B.O.D. à temperatura de 25 ± 1ºC, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram medidos o diâmetro médio das colônias e quantificados os conídios produzidos em câmara de Neubauer. Azafenidine, quintozene, simazine + ametrine, 2,4-D, acetoclor e oxifluorfem afetaram a germinação dos conídios de B. bassiana. Tiametoxam, imidaclopride, carbofuram e pencicurom foram compatíveis; ao passo que glifosato, dimetilurea, azafenidine, quintozene, simazine + ametrine, 2,4-D, acetoclor e oxifluorfem reduziram significativamente o crescimento vegetativo e esporulação do isolado UEL 114 de B. bassiana.

Controle biológico; Coffea spp.; fungo entomopatogênico; praga subterrânea


Several chemical substances are used to control insects, diseases and weeds, however many of these products are toxic to mankind and the animals, besides reducing the potential of pest control by predators, parasitoids and pathogens. The integrated control using selective chemical pesticides and entomopathogenic fungi is a viable strategy, however some of these products can impact these microorganisms, reducing vegetative growth, viability and sporulation. The objectives of this work were to evaluate the effect of chemical pesticides used in the coffee crop on the entomopatogenic fungus Beauveria bassiana (isolate UEL 114), for the control of the cofee root mealybug. A fungal suspension of 1 x 10(7) viable conidia/ml was added to solutions of the products at the recommended concentrations. After 1h, conidia were inoculated onto PDA medium, and quantification of germinated conidia assessed after 20h. The vegetative growth and sporulation were appraised eight days after the fungus inoculation onto PDA medium containing the products at recommended concentrations and maintained at the temperature of 25 ± 1ºC, 12h photofase and 70 ± 10% relative humidity. The mean diameter of the colonies was measured and conidial production quantified in a Neubauer chamber. Azafenidyne, Quintozene, Symazine + Ametryne, 2,4-D, Acetochlor and Oxyfluorfen affected the conidial germination. Thiamethoxan, Imidacloprid, Carbofuran and Pencycuron were compatible; whereas Glyphosate, Dimetilurea, Azafenidine, Quintozene, Symazine + Ametryne, 2,4-D, Acetochlor and Oxyfluorfen significantly impacted vegetative growth and sporulation of B. bassiana UEL 114.

Biological control; Coffea spp.; entomopathogenic fungus; subterranean pest


CONTROLE BIOLÓGICO

Compatibilidade de Beauveria bassiana com agrotóxicos visando o controle da cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro Dysmicoccus texensis Tinsley (Hemiptera: Pseudococcidae)

Compatibility of Beauveria bassiana with chemical pesticides for the control of the coffee root mealybug Dysmicoccus texensis Tinsley (Hemiptera: Pseudococcidae)

Vanessa AndalóI; Alcides Moino Jr.I; Lenira V.C. Santa-CecíliaII; Giselle C. SouzaI

IDepto. Entomologia, Universidade Federal de Lavras, C. postal 37, 37200-000, Lavras, MG

IIEpamig-CTSM/EcoCentro, C. postal 176, 37200-000, Lavras, MG

RESUMO

Várias são as substâncias químicas usadas no controle de insetos, doenças e plantas invasoras, porém muitos desses produtos são tóxicos ao homem e aos animais, além de reduzir o potencial de controle de predadores, parasitóides e entomopatógenos. O controle integrado utilizando agrotóxicos seletivos e fungos entomopatogênicos é uma estratégia viável, porém alguns destes produtos podem atuar negativamente sobre estes microrganismos, reduzindo crescimento vegetativo, esporulação e viabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de agrotóxicos aplicados na cultura do cafeeiro, sobre o fungo Beauveria bassiana (isolado UEL 114), visando o controle da cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro. Uma suspensão de 1 x 107 conídios viáveis/ml do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, foi feito o plaqueamento em meio BDA, e a quantificação dos conídios germinados após 20h. O crescimento vegetativo e a esporulação foram avaliados oito dias após a inoculação do fungo em meio BDA contendo os produtos nas concentrações recomendadas, e mantido em câmara B.O.D. à temperatura de 25 ± 1ºC, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram medidos o diâmetro médio das colônias e quantificados os conídios produzidos em câmara de Neubauer. Azafenidine, quintozene, simazine + ametrine, 2,4-D, acetoclor e oxifluorfem afetaram a germinação dos conídios de B. bassiana. Tiametoxam, imidaclopride, carbofuram e pencicurom foram compatíveis; ao passo que glifosato, dimetilurea, azafenidine, quintozene, simazine + ametrine, 2,4-D, acetoclor e oxifluorfem reduziram significativamente o crescimento vegetativo e esporulação do isolado UEL 114 de B. bassiana.

Palavras-chave: Controle biológico, Coffea spp., fungo entomopatogênico, praga subterrânea

ABSTRACT

Several chemical substances are used to control insects, diseases and weeds, however many of these products are toxic to mankind and the animals, besides reducing the potential of pest control by predators, parasitoids and pathogens. The integrated control using selective chemical pesticides and entomopathogenic fungi is a viable strategy, however some of these products can impact these microorganisms, reducing vegetative growth, viability and sporulation. The objectives of this work were to evaluate the effect of chemical pesticides used in the coffee crop on the entomopatogenic fungus Beauveria bassiana (isolate UEL 114), for the control of the cofee root mealybug. A fungal suspension of 1 x 107 viable conidia/ml was added to solutions of the products at the recommended concentrations. After 1h, conidia were inoculated onto PDA medium, and quantification of germinated conidia assessed after 20h. The vegetative growth and sporulation were appraised eight days after the fungus inoculation onto PDA medium containing the products at recommended concentrations and maintained at the temperature of 25 ± 1ºC, 12h photofase and 70 ± 10% relative humidity. The mean diameter of the colonies was measured and conidial production quantified in a Neubauer chamber. Azafenidyne, Quintozene, Symazine + Ametryne, 2,4-D, Acetochlor and Oxyfluorfen affected the conidial germination. Thiamethoxan, Imidacloprid, Carbofuran and Pencycuron were compatible; whereas Glyphosate, Dimetilurea, Azafenidine, Quintozene, Symazine + Ametryne, 2,4-D, Acetochlor and Oxyfluorfen significantly impacted vegetative growth and sporulation of B. bassiana UEL 114.

Key words: Biological control, Coffea spp., entomopathogenic fungus, subterranean pest

A cultura do cafeeiro, devido à sua longa permanência no campo, passa por diferentes condições ambientais, tornando-se suscetível à ocorrência de grande número de artrópodos, com efeitos sobre o desenvolvimento, produção e qualidade do fruto (Martínez & Suris 2000).

A cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro Dysmicoccus texensis Tinsley, que também é conhecida como cochonilha farinhenta, tem sido encontrada com freqüência em lavouras de café ocasionando danos severos, podendo causar até mesmo a morte da planta com até cinco anos, já que aquelas mais velhas, mesmo apresentando grande infestação, toleram o ataque da praga (Santa-Cecília et al. 2000).

Atualmente, várias são as substâncias químicas usadas no controle de insetos, doenças e plantas invasoras. Entre as principais estão os inseticidas e os fungicidas, porém muitos desses produtos são tóxicos ao homem e aos animais, além de reduzirem o potencial de controle de pragas por predadores, parasitóides e entomopatógenos. A estratégia do controle associado ou integrado pode ser utilizada, e neste caso, agrotóxicos seletivos são usados juntamente com fungos entomopatogênicos ou outros agentes de controle biológico. Entretanto, alguns desses produtos podem influenciar os microrganismos, como no caso dos fungos, nos quais o crescimento vegetativo, a viabilidade e a esporulação, ou até mesmo a composição genética podem ser modificados, alterando a sua virulência (Alves et al. 1998a).

Os inseticidas exercem pressão de seleção sobre insetos-praga, ocorrendo também sobre populações de insetos benéficos, como inimigos naturais das pragas e polinizadores, podendo selecionar uma população resistente ao produto após sucessivas aplicações no campo, eliminando apenas os indivíduos mais sensíveis ao produto químico (Rosenheim & Hoy 1986). Os fungos estão entre os inimigos naturais que podem sofrer influência na aplicação de agrotóxicos, que devido à sua grande diversidade e sua intensa capacidade de multiplicação, oferecem uma ampla oportunidade para selecionar linhagens resistentes (Ghini & Kimati 2000).

O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de agrotóxicos utilizados via solo na cultura do cafeeiro sobre o fungo Beauveria bassiana, que mostrou potencial para controle da cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro em estudos anteriores, visando seu uso como bioinseticida em agroecossistemas que utilizem agrotóxicos.

Material e Métodos

Os experimentos foram realizados no Laboratório de Patologia de Insetos do Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras, em Lavras/MG. Os agrotóxicos utilizados foram os descritos na Tabela 1, recomendados para a cultura do cafeeiro.

O isolado de B. bassiana utilizado foi UEL 114, selecionado previamente através de bioensaios de patogenicidade e virulência à cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro (V. Andaló não publicado). O fungo foi inoculado em placas de Petri contendo meio para produção de esporos de Beauveria spp. e Nomuraea rileyi (ME) (Alves et al. 1998b) e incubado em câmara climatizada B.O.D. à temperatura de 25 ± 1ºC, fotofase de 12h e umidade relativa de 70 ± 10% por 10 dias, até plena esporulação, quando os conídios foram usados para os bioensaios de compatibilidade.

Primeiramente foi feita a avaliação da germinação dos conídios, na qual as formulações dos agrotóxicos foram dissolvidas em 10 ml de água destilada esterilizada (ADE) + espalhante adesivo Tween 80 (0,1%) contendo conídios do fungo suspensos, à concentração de 107 conídios viáveis/ml. Uma alíquota de 0,1 ml foi retirada de cada suspensão após 1h, e espalhada em quatro placas de Petri contendo meio de cultura BDA (Batata Dextrose Ágar) com auxílio de uma alça de Drigalsky. No tratamento testemunha não foram adicionados agrotóxicos na suspensão. As placas foram mantidas em câmara B.O.D. nas mesmas condições usadas para o crescimento do fungo, por 20h. Após este período foi quantificada a porcentagem de conídios germinados sob microscópio óptico com aumento de 400 vezes (cinco campos por placa de Petri), segundo metodologia adaptada de Neves et al. (2001). Os dados obtidos foram transformados por arcseno Ö(x/100) e submetidos à análise de variância e teste de Tukey (a < 0,05) para comparação entre as médias.

Os outros parâmetros avaliados foram o crescimento vegetativo e a esporulação. Neste estudo, as quantidades recomendadas pelos fabricantes dos agrotóxicos (Tabela 1) foram adicionadas em 200 ml de meio de cultura ME fundido, ainda não solidificado, e depois vertido em placas de Petri. Depois de solidificado o meio, o fungo foi inoculado em três pontos eqüidistantes por placa, com auxílio de uma alça de platina. Foram utilizadas quatro placas por tratamento. As placas foram incubadas em câmara B.O.D. nas mesmas condições do estudo anterior. Após oito dias foram selecionadas, aleatoriamente, seis colônias por tratamento; estas foram medidas com uma régua em dois sentidos transversais, determinando-se o diâmetro médio das colônias. Em seguida, as colônias foram recortadas com um bisturi para a quantificação dos conídios. Cada colônia foi colocada em um tubo de vidro e a ela foram adicionados 10 ml de ADE + Tween 80 (0,1%), agitando-se por cerca de dois minutos em vortex, até a retirada dos conídios da superfície do meio recortado. Foram feitas as diluições necessárias para quantificar os conídios com auxílio de uma câmara de Neubauer.

Os dados obtidos de crescimento vegetativo e esporulação foram transformados por Ö(x + 0,5) e submetidos à análise de variância e teste de Tukey (a = 0,05), para comparação entre as médias. Utilizou-se o sistema de classificação do nível de toxicidade (valor "T"), de acordo com metodologia proposta por Alves et al. (1998a), para determinar a toxicidade dos produtos testados ao isolado UEL 114 do fungo B. bassiana. Esse método é baseado nos valores médios em porcentagem de esporulação e crescimento vegetativo das colônias dos fungos para testes in vitro realizados em meio sólido, em que são calculados os valores em relação à testemunha (100%). Os valores de T são classificados de forma que para a faixa de 0 a 30 o produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45 é considerado tóxico, de 46 a 60 é considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60, é considerado compatível com o fungo estudado.

Resultados e Discussão

Nos resultados obtidos para germinação dos conídios não houve diferenças entre a testemunha e os tratamentos com imidaclopride, glifosato, tiametoxam, pencicurom, dimetilurea e carbofuram, mostrando que não houve efeito prejudicial sobre a viabilidade dos conídios do fungo B. bassiana. Verificou-se redução na germinação de B. bassiana nos tratamentos com azafenidine, quintozene, simazine + ametrine, acetoclor, oxifluorfem e 2,4-D, os quais apresentaram diferenças em relação à testemunha, principalmente no caso dos últimos três últimos agrotóxicos citados, que devido à ação fungicida não permitiram a germinação dos conídios (Tabela 2).

Neves et al. (2001) avaliaram a compatibilidade de três inseticidas neonicotinóides com B. bassiana, Metarhizium anisopliae e Paecilomyces fumosoroseus, estando entre eles tiametoxam e imidaclopride. Estes inseticidas não afetaram a viabilidade dos conídios de B. bassiana, o que é ratificado pelos resultados encontrados neste trabalho. A elevada germinação de conídios cultivados na presença de alguns produtos pode ter ocorrido devido à degradação e metabolização dos princípios tóxicos das moléculas químicas pelo fungo (Alves et al. 1998a).

Os resultados obtidos referentes ao crescimento vegetativo e esporulação de B. bassiana, quando inoculado em meio de cultura BDA contendo agrotóxicos, são apresentados na Tabela 3. Para o crescimento vegetativo, não houve diferença significativa entre a testemunha e os tratamentos com tiametoxam, imidaclopride, carbofuram e pencicurom. Glifosato e azafenidine apresentaram pequena redução do crescimento vegetativo em relação à testemunha, seguidos de quintozene e dimetilurea. Os tratamentos com acetoclor, 2,4-D e simazine + ametrine afetaram o crescimento vegetativo do fungo; no tratamento inoculado com oxifluorfem, não houve crescimento vegetativo do fungo inoculado no meio de cultura (Tabela 3).

Em relação à esporulação, não houve diferença significativa entre a testemunha e o tratamento com tiametoxam, confirmando-se o ocorrido com relação à germinação e ao crescimento vegetativo. Imidaclopride e carbofuram apresentaram pequena redução na esporulação do fungo, seguidos dos tratamentos com pencicurom, glifosato, azafenidine, quintozene e dimetilurea; os tratamentos que provocaram maior inibição da esporulação foram simazine + ametrine, 2,4-D, acetoclor e oxifluorfem, sendo que este último impediu a esporulação do fungo (Tabela 3).

Pelos resultados apresentados na tabela de classificação de agrotóxicos quanto à toxicidade dos mesmos ao fungo entomopatogênico B. bassiana (Tabela 4), verifica-se que os inseticidas tiametoxam, imidaclopride e carbofuram, assim como o fungicida pencicurom, foram compatíveis com o isolado UEL 114. O herbicida glifosato foi considerado moderadamente tóxico e o herbicida azafenidine, tóxico. O fungicida quintozene e os herbicidas dimetilurea, simazine + ametrine, acetoclor, 2,4-D e oxifluorfem foram considerados muito tóxicos ao fungo estudado. Assim, estes resultados confirmam que determinados agrotóxicos alteram o desenvolvimento de B. bassiana, sendo necessária precaução quando utilizados no manejo integrado de pragas e doenças, caso exista o uso conjunto com este fungo.

Batista Filho et al. (2001) evidenciaram que tiametoxam foi compatível com 10 microrganismos testados. Neves et al. (2001) mostraram que os produtos tiametoxam e imidaclopride foram compatíveis com o fungo B. bassiana, o mesmo tendo sido demonstrado por Loureiro et al. (2002). Moino Jr. & Alves (1998) verificaram que o inseticida imidaclopride não causou efeitos prejudiciais sobre a esporulação e crescimento vegetativo dos fungos B. bassiana e M. anisopliae. Portanto os resultados obtidos no presente estudo são similares aos dados obtidos em trabalhos anteriores.

No tocante à utilização de B. bassiana para o controle de pragas de solo, em especial no caso da cochonilha-da-raiz-do-cafeeiro, cuidados especiais devem ser tomados no sentido de utilizar produtos seletivos ou compatíveis, visando não inviabilizar o efeito do fungo entomopatogênico no controle da praga. Além disso, os testes in vitro mantêm o patógeno exposto ao máximo ao produto fitossanitário, o que não ocorre em condições de campo, já que ocorrem fatores externos que agem sobre o produto, principalmente radiação solar, deriva e ventos, amenizando a ação do princípio ativo sobre o fungo (Cavalcanti et al. 2002). Dessa forma, espera-se que produtos considerados compatíveis nesse tipo de teste também o sejam quando aplicados em condições de campo.

Literatura Citada

Received 10/04/03. Accepted 15/04/04.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    24 Set 2004
  • Data do Fascículo
    Ago 2004

Histórico

  • Aceito
    15 Abr 2004
  • Recebido
    10 Abr 2003
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