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Consumo e digestibilidade de nutrientes em ovinos alimentados com sal forrageiro de faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus)1 1 Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor.

Intake and digestibility of nutrients in sheep fed fodder salt of faveleira (“Cnidoscolus phyllacanthus”)

RESUMO

Objetivou-se com este estudo avaliar o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes em ovinos alimentados com sal forrageiro de faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) com níveis crescentes de cloreto de sódio na sua composição. Foram utilizados 25 carneiros, sem padrão racial definido, não castrados, alocados em baias individuais, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e cinco repetições. As dietas que continham 1, 3, 5 e 7% de cloreto de sódio na composição do sal forrageiro de faveleira foram oferecidas à vontade. Todos os tratamentos receberam feno de capim Tifton-85 moído como dieta basal e água à vontade. As dietas foram oferecidas duas vezes ao dia. Os níveis crescentes de cloreto de sódio no sal forrageiro de faveleira proporcionaram efeito significativo (P<0,05) sobre o consumo e a digestibilidade aparente da matéria seca, fibra em detergente neutro, proteína bruta, extrato etéreo, carboidratos não-fibrosos e nutrientes digestíveis totais, quando comparados com o tratamento controle. Recomenda-se a inclusão máxima de até 3% de cloreto de sódio na composição do sal forrageiro de faveleira, por proporcionar aumento no consumo da matéria seca. Todos os níveis testados proporcionaram aumento no consumo de proteína bruta, extrato etéreo e carboidratos não-fibrosos e também melhoraram a digestibilidade aparente de todos os parâmetros avaliados, quando comparados ao tratamento controle, contudo, o nível de 1% de inclusão de cloreto de sódio na formulação do sal forrageiro de faveleira apresentou melhor digestibilidade.

caatinga; ovinocultura; pequenos ruminantes; suplementação

SUMMARY

This study evaluated the intake and apparent digestibility of nutrients by sheep fed with fodder salt with faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus), with increasing levels of sodium chloride in the preparation. Twenty five sheep, mongrel, not castrated, placed in individual cages, and distributed in a completely randomized design with five treatments and five replicates. Diets were offered the will containing 1, 3, 5 and 7% sodium chloride in the fodder salt. All animals also received grounded Tifton-85 hay (Cynodon sp) as basal diet abundant, and water abundant. All Diets were offered twice a day. Increasing levels of sodium chloride no fodder salt faveleira provided differences (P<0.05) on intake and apparent digestibility of dry matter, neutral detergent fiber, crude protein, ether extract, total digestible nutrients and non-fibrous carbohydrates, when compared to the control treatment. It is recommended maximum to include up to 3% of sodium chloride in the composition of forage salt faveleira, for providing improved intake of dry matter. All tested levels provided improvement inteke of crude protein, ether extract, and non-fiber carbohydrates and also improved the apparent digestibility of all parameters when compared to the control treatment, however, the level of 1% inclusion of sodium chloride in the fodder salt faveleira showed better digestibility.

caatinga; sheep; small ruminants; supplementation

INTRODUÇÃO

A ovinocultura é uma das mais importantes atividades econômica e social da região Nordeste brasileira (NOGUEIRA et al., 2011NOGUEIRA, D.M.; MISTURA, C.; TURCO, S.H.N. Aspectos clínicos, parasitológicos e produtivos de ovinos mantidos em pastagem de capim-aruana irrigado e adubado com diferentes doses de nitrogênio. Animal Sciences, v.33, p.175-181, 2011.). Contudo, o sistema de produção predominante e o extensivo, no qual na maioria dos casos não permite a obtenção de índices zootécnicos adequados, necessitando de estratégias que possam trazer melhorias nutricionais aos rebanhos (VOLTOLINI et al., 2011VOLTOLINI, T.V.; MORAES, S.A.; ARAUJO, G.G.L. Concentrate levels for lambs grazing on buffel grass. Revista Ciência Agronômica, v.42, p.216-222, 2011.).

Dada a estacionalidade na produção forrageira nos trópicos, fica explícita a necessidade de fontes externas de nutrientes que garantam o desempenho animal ao longo do ano, trazendo sustentabilidade ao sistema (HOFFMANN et al., 2014HOFFMANN, A.; MORAES, E.H.B.K.; MOUSQUER, C.J. Produção de bovinos de corte no sistema de pasto-suplemento no período seco. Nativa, v.2, p.119-130, 2014.). Nesse contexto, justificam-se estudos de formas alternativas de suplementação (FERREIRA et al., 2012FERREIRA, D.J.; LANA, R.P.; ZANINE, A.M. Ingestão e digestibilidade aparente em ovinos alimentados com silagens de capim-elefante inoculadas com Streptococcus bovis. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.64, p.397-402, 2012.). No entanto, as principais fontes suplementares são de alto custo, sendo necessário o estudo de fontes alimentares alternativas que possam apresentar boa relação custo/benefício (IRINO et al., 2011IRINO, M.M.X.; FATURI, C.; VASCONCELOS, H.G.R. Digestibilidade aparente em ovinos alimentados com farelo de coco na Amazônia Oriental. Revista de Ciências Agrárias, v.54, p.131-136, 2011.).

O sal forrageiro (SF) é uma tecnologia de suplementação, definida como uma mistura de feno de eudicotiledôneas nativas ou exóticas que contenha um alto percentual de proteína, com sal mineral (OLIVEIRA et al., 2010OLIVEIRA, G.J.C.; JAEGER, S.M.P.L.; BAGALDO, A.R. Fodder salt fed to small ruminants. Revista Brasileira de Zootecnia, v.39, p.364-368, 2010.). Todavia, há a necessidade de mais estudos acerca da qualificação da forrageira utilizada na confecção dessa tecnologia, notadamente quanto ao consumo e sua digestibilidade. O consumo voluntário de forragem é o principal fator ligado a produtividade (ELOY et al., 2014ELOY, L.R.; ROCHA, M.G.; PÖTTER, L. Consumo de forragem por novilhas de corte recebendo farelo de arroz com e sem ionóforo. Ciência Rural, v.44, p.1223-1228, 2014.), e para Van Soest (1994)VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. Ithaca: Cornell University Press, 1994. 476 p., a digestibilidade é a descrição qualitativa do percentual de consumo do alimento, e serve para qualificar os alimentos quanto ao seu valor nutritivo.

A faveleira [Cnidoscolus phyllacanthus (Muell. Arg.) Pax et K. Hoffman], planta nativa da caatinga, pertencente à família das Euforbiáceas, é uma árvore tipicamente xerófila (DRUMOND et al., 2007DRUMOND, M.A.; SALVIANO, L.M.C.; CAVALCANTI, N.B. Produção, distribuição da biomassa e composição bromatológica da parte aérea da faveleira. Revista Brasileira de Ciência Agrária, v.2, p.308-310, 2007.). É uma espécie muito importante para o desenvolvimento da região semiárida, em virtude de seus múltiplos usos, alta disseminação e completa adaptação as condições adversas dessa região (CAVALCANTI et al., 2012CAVALCANTI, M.T.; BORA, P.S.; CARVAJAL, J.C.L. Análise térmica e perfil de ácidos graxos do óleo das amêndoas de faveleira (Cnidosculus phyllacanthus Pax. & K. Hoffm) com e sem espinho. Revista Verde, v.7, p.154-162, 2012.). Porém, segundo Drumond et al. (2007)DRUMOND, M.A.; SALVIANO, L.M.C.; CAVALCANTI, N.B. Produção, distribuição da biomassa e composição bromatológica da parte aérea da faveleira. Revista Brasileira de Ciência Agrária, v.2, p.308-310, 2007., informações sobre digestibilidade e valor nutritivo da faveleira são escassas.

Este estudo teve por objetivo determinar o melhor nível de inclusão de cloreto de sódio (NaCl) na composição do sal forrageiro de faveleira, através do consumo e digestibilidade aparente dos componentes das dietas fornecidas a ovinos sem padrão racial definido (SPRD).

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi conduzido no município de Campo Formoso, localizado no norte da Bahia, que apresenta um clima Semiárido Tropical. Foi desenvolvido sob aprovação da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O experimento teve duração de 16 dias, sendo 10 dias de adaptação e 6 dias de coleta de dados, em setembro de 2014. Foram utilizados 25 animais da espécie ovina, sem padrão racial definido (SPRD), machos, com aproximadamente 300 dias de idade, peso corporal médio de 40 kg ± 3,32, alojados em baias individuais de 1m2, providas de comedouro, bebedouro e saleiro. Os animais foram distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), com cinco tratamentos e cinco repetições.

Os tratamentos foram constituídos de sais forrageiros de faveleira com 1, 3, 5 e 7% de cloreto de sódio (NaCl). As proporções dos ingredientes em cada tratamento estão representadas na Tabela 1. O NaCl utilizado na confecção do sal forrageiro estava contido em uma mistura mineral comercial.

Tabela 1
Ingredientes dos tratamentos e suas proporções

As folhas da faveleira foram coletadas com o auxílio de uma luva contra agentes escoriantes, a fim de evitar o contato direto da pele com os espinhos urticantes encontrados nessa planta. Em seguida, as folhas foram expostas ao sol e viradas periodicamente durante três dias para a confecção do feno.

Na formulação do sal forrageiro, o feno de faveleira foi moído, utilizando peneiras com crivos de 5mm de diâmetro, com o intuito de evitar a seletividade pelos animais e também para facilitar a homogeneização da mistura com o sal mineral. Todos os animais receberam feno de Tifton-85 (Cynodon spp.), como suporte básico alimentar, com baixo teor proteico para simular condição de pastejo em período de seca. As dietas, contendo o sal forrageiro e o feno de Tifton-85, foram fornecidas à vontade em duas refeições diárias, às 7:00 e às 17:00 horas, que foram ajustadas conforme o consumo dos animais, de modo a permitir uma sobra de 10%.

As sobras diárias de sal forrageiro, sal mineral e feno de Tifton-85, foram recolhidas, pesadas e subtraídas do total fornecido, a fim de quantificar o alimento consumido pelos animais, individualmente.

Do 11º ao 16º dias do período experimental, foram coletadas fezes dos animais, diretamente na porção final do reto, para determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e carboidratos não-fibrosos (CNF), seguindo a seguinte distribuição: 1º dia (18:00h), 2º dia (10:00h), 3º dia (12:00h), 4º dia (14:00h), 5º dia (16:00h) e 6º dia (8:00h), antes de oferecer a dieta do período seguinte (FERREIRA et al., 2009FERREIRA, M.A.; VALADERES FILHO, S.C.; MARCONDES, M.I. Avaliação de indicadores em estudos com ruminantes: digestibilidade. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, p.1568-1573, 2009.). As amostras de fezes foram armazenadas em freezer, numa temperatura de -10ºC.

Foram coletadas amostras dos alimentos e sobras de todos os animais diariamente. O material coletado foi processado em amostras compostas de cada animal por tratamento, para serem submetidas a análises bromatológicas no Laboratório de Nutrição Animal da UFRB. A composição químico-bromatológica dos ingredientes utilizados na dieta experimental, está demonstrada na Tabela 2.

Tabela 2
Composição químico-bromatológica dos ingredientes utilizados na dieta experimental (% MS)

A estimativa da produção fecal foi realizada utilizando-se a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) como indicador interno. As amostras de fezes, alimentos e sobras foram incubadas in situ no rúmen bovino, utilizando-se sacos de TNT com metragem de 5cm2, por um período de 264 horas (CASALI et al., 2008CASALI, A.O.; DETMANN, E.; VALADARES FILHO, S.C. Influência do tempo de incubação e do tamanho de partículas sobre os teores de compostos indigestíveis em alimentos e fezes bovinas obtidos por procedimentos in situ. Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, p.335-342, 2008.). A quantidade da amostra incubada foi de 20mg MS/cm2 para alimentos, sobras e fezes. O material remanescente da incubação foi colocado em estufa para retirada da umidade, pesados e posteriormente submetido à extração com detergente neutro, e o resíduo considerado FDNi (MERTENS, 2002MERTENS, D.R. Gravimetric determination of amylase-treated neutral detergent fiber in feeds with refluxing in beakers or crucibles: collaborative study. Journal of AOAC International, v.85, p.1217-1240, 2002.).

Para as análises bromatológicas, as amostras diárias de cada animal foram processadas em estufa de ar forçado a 65°C, por 72 horas. As determinações químicas de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB) e extrato etéreo (EE) foram realizadas conforme metodologias descritas no AOAC (1990)ASSOCIATION OF OFFICIAL AGRICULTURAL CHEMISTS - AOAC. Official Methods of the association of the agricultural chemists. 15.ed. Washington, 1990.. A fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA), celulose, hemicelulose e lignina, conforme Van Soest et al. (1991)VAN SOEST, P.J.; ROBERTSON, J.B.; LEWIS, B.A. Methods for dietary fiber, neutral detergent fiber, and nostarch polyssacharides in relation to animal nutrition. Journal of Dairy Science, v.74, p.3583-3597, 1991.. O teor de fibra em detergente neutro corrigido para cinzas e proteína (FDNcp) foi estimado segundo recomendações Licitra et al. (1996)LICITRA, G.; HERNANDEZ, T.M.; VAN SOEST, P.J. Standardization of procedures for nitrogen fracionation of ruminant feed. Animal Feed Science Technological, v.57, p.347-358, 1996. e Mertens (2002)MERTENS, D.R. Gravimetric determination of amylase-treated neutral detergent fiber in feeds with refluxing in beakers or crucibles: collaborative study. Journal of AOAC International, v.85, p.1217-1240, 2002.. O teor de carboidratos totais (CT) foi calculado conforme Sniffen et al. (1992)SNIFFEN, C.J.; O’CONNOR, J.D.; VAN SOEST, P.J. A net carbohydrate and protein system for evaluating cattle diets. II. Carbohydrate and protein availability. Journal of Animal Science, v.70, p.3562-3577, 1992., onde: CT (%) = 100 – (%PB + %EE + %MM). O teor de carboidratos não fibrosos (CNF) foi calculado conforme Weiss (1999)WEISS, W.P. Energy prediction equations for ruminant feeds. In: CORNELL NUTRITION CONFERENCE FOR FEED MANUFACTURERS, 61. 1999, Ithaca. Proceedings... Ithaca: Cornell University, 1999. p.176-185., onde: CNF (%) = 100 – (%FDNcp + %PB + %EE + %MM).

O teor de NDT observado foi calculado utilizando a seguinte fórmula: NDT = PBd + CNFd + FDNcpd + (EEd x 2,25); sendo PBd, CNFd, FDNcpd e EEd correspondentes a: proteína bruta digestível, carboidratos não fibrosos digestíveis, fibra em detergente neutro corrigida para cinza e proteína digestível e extrato etéreo digestível, respectivamente, sendo o extrato etéreo multiplicado por 2,25 devido esta fração conter, aproximadamente, o dobro de energia do que as demais (WEISS, 1999WEISS, W.P. Energy prediction equations for ruminant feeds. In: CORNELL NUTRITION CONFERENCE FOR FEED MANUFACTURERS, 61. 1999, Ithaca. Proceedings... Ithaca: Cornell University, 1999. p.176-185.).

O cálculo de consumo e coeficientes de digestibilidade dos nutrientes do feno de capim Tifton-85 e do sal forrageiro de faveleira foram realizados segundo Schneider & Flatt (1975)SCHNEIDER, B.H.; FLATT, W.P. The evaluation of feeds through digestibility experiments. Georgia: University of Georgia Press, 1975. 423p..

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância segundo o modelo estatístico do delineamento inteiramente casualizado. Foi aplicado o teste de Dunnett a 5% de probabilidade para comparação das médias dos tratamentos com níveis de NaCl em relação ao tratamento controle. Para as médias dos tratamentos com níveis de NaCl foi ajustada equações de regressão polinomial. As análises foram realizadas com auxílio do software SISVAR (FERREIRA, 2011FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência & Agrotecnologia, v.35, p.1039-1042, 2011.).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A inclusão de NaCl no sal forrageiro de faveleira, influenciou significativamente (P<0,05) o consumo de matéria seca (CMS), fibra em detergente neutro (CFDN), proteína bruta (CPB), extrato etéreo (CEE) e carboidratos não-fibrosos (CCNF), como pode ser observado na Tabela 3.

Tabela 3
Consumos de nutrientes na dieta total e respectivos coeficientes de variação

O valor médio do CMS encontrado dentre os tratamentos em que houve suplementação foi de 1473,68g/dia, valor próximo àquele preconizado pelo NRC (2007)NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC. Nutrient requirements of small ruminants. Washington, D.C.: National Academy Press, 2007, p.362., que é em torno de 1,6kg MS por dia (40g kgˉ1 diaˉ1), para ovinos com peso corporal médio de 40kg. Pessoa et al. (2013)PESSOA, R.A.S.; FERREIRA, M.A.; SILVA, F.M. Diferentes suplementos associados à palma forrageira em dietas para ovinos: consumo, digestibilidade aparente e parâmetros ruminais. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal [online], v.14, p.508-517, 2013., afirmam que resultados de consumo de MS superiores a 3,0% do peso corporal em ovinos podem ser considerados satisfatórios por proporcionar ingestão adequada de nutrientes quando em dietas corretamente balanceadas.

Os resultados observados nos tratamentos com 1 e 3% de NaCl no sal forrageiro (SF) de faveleira evidenciou o aumento do consumo da MS na dieta total (Tabela 3), não havendo diferença estatística entre ambos os tratamentos. Este resultado pode estar relacionado principalmente ao maior consumo de PB nesses tratamentos, ocasionado pelo maior percentual de feno de faveleira na dieta, que permitiu uma maior eficiência da fermentação microbiana ruminal, promovendo assim um maior aproveitamento do FDN e esvaziamento ruminal, que por sua vez estimulou o consumo (BERCHIELLI et al., 2006BERCHIELLI, T.T.; RODRIGUEZ, N.M.; OSÓRIO NETO, E. Nutrição de ruminantes. Jaboticabal: Funep, 2006, 583p.).

O menor consumo de matéria seca observado nos animais estudados foi no tratamento com nível de 7% de inclusão de NaCl na composição do sal forrageiro de faveleira, que pode estar associado ao maior nível de inclusão desse composto químico. Segundo Paulino (2000)PAULINO, M.F. Suplementação de bovinos em pastejo. Informe Agropecuário, v.21, p.96-106, 2000., a maior inclusão de NaCl proporciona um efeito auto-regulador do consumo voluntário pelos animais.

Verificou-se um baixo valor do CMS no tratamento em os animais que foram alimentados exclusivamente com Feno de Tifton-85 (Tabela 3). Esse resultado pode ser atribuído ao maior teor de FDN na dieta, pois segundo Mertens (1992)MERTENS, D.R. Analysis of fiber in feeds and its use in feed evaluation and ration formulation. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE RUMINANTES, 1992, Lavras. Anais... Lavras: SBZ, 1992. p.1-33., o consumo de matéria seca é correlacionado negativamente com a concentração de FDN.

O CFDN na matéria seca, nos tratamentos em que os animais foram suplementados com SF de faveleira (Tabela 3), está de acordo com os sistemas nutricionais mais recentes como o Cornell Net Carbohydrate and Protein System (CNCPS) para ovinos (CANNAS, 2004CANNAS, A. A Feeding of lactating ewes. In: PULINA, G. (Ed.). Dairy sheep feeding and nutrition. Bologna: Avenue Media, 2004. p.123-166.), que estabelecem exigências mínimas de FDN nas dietas entre 20 e 24,5 %, abaixo dos quais a fermentação e a síntese de proteína microbiana ruminal seriam influenciados negativamente.

O CPB na matéria seca, no tratamento com maior inclusão de NaCl, apresentou-se abaixo de 7% (Tabela 3). Sengundo Van Soest (1994)VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. Ithaca: Cornell University Press, 1994. 476 p., para garantir adequada fermentação dos carboidratos estruturais no rúmen, e assegurar o crescimento da microbiota ruminal, a dieta deve conter um mínimo de 7% de PB. Mehrez & Orskov (1977)MEHREZ, A.Z.; ORSKOV, E.R. A study of the artficial fibre bag technique for determining the digestibility of feeds in the rumen. Journal of Agricultural Science, v.88, p.645-650, 1977., dizem que teores abaixo deste afeta o consumo de matéria seca, restringe a ingestão voluntária e, consequentemente, o consumo de energia pelo comprometimento da função ruminal, decrescendo a eficiência de utilização do alimento.

Para o CEE na matéria seca, os valores encontrados (Tabela 3) estão de acordo com a afirmação de Palmquist & Mattos (2006)PALMQUIST, D.L.; MATTOS, W.R.S. Metabolismo de lipídeos. In: BERCHIELLI, T. T.; PIRES, A. V.; OLIVEIRA, S.G. (Ed.). Nutrição de ruminantes. Jaboticabal: FUNEP, 2006, p.287-310., que preconizam que o teor de extrato etéreo na dieta atinja o nível máximo de 5% do valor total, uma vez que, a partir deste nível, os lipídeos podem afetar negativamente o consumo de nutrientes, seja por mecanismos regulatórios, que controlam o consumo de alimentos, seja pela capacidade limitada dos ruminantes de oxidar os ácidos graxos.

O maior CCNF nos tratamentos em que os animais foram suplementados com SF de faveleira (Tabela 3), pode ser justificado pela inclusão da faveleira na dieta, que proporcionou um incremento de CNF na dieta total. Segundo Menezes et al. (2006)MENEZES, D.R.; ARAÚJO, G.G.L.; SOCORRO, E.P. Consumo de nutrientes em dietas contendo resíduo desidratado de uva de vitivinícolas associado à palma forrageira “in natura” e diferentes níveis de uréia para ovinos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 43, 2006, João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa, PB: SBZ, 2006., esse fato também pode ser explicado pela necessidade dos microrganismos em fazer grupamentos carbonados doados pelos carboidratos não-fibrosos, a fim de sintetizar suas proteínas. Dessa forma houve maior degradação dessa fração do alimento e uma consequente elevação do consumo.

Houve diferença significativa (P<0,05) para a digestibilidade aparente da MS (DMS), fibra em detergente neutro (DFDN), proteína bruta (DPB), extrato etéreo (DEE), nutrientes digestíveis totais (DNDT) e carboidratos não-fibrosos (DCNF) nos tratamentos que tiveram uma inclusão crescente de NaCl na formulação do sal forrageiro de faveleira, quando comparados com o tratamento controle (Tabela 4).

Tabela 4
Digestibilidade aparente dos nutrientes na dieta total

Os percentuais encontrados para a DMS nos tratamentos onde os animais foram suplementados com SF de faveleira (Tabela 4), está de acordo com Souto & Aronovich (2002)SOUTO, S.M.; ARONOVICH, S. Sombreamento em forrageiras – aspectos agronômicos e microbiologicos. CNPBS: EMBRAPA, 2002. 43p. (Documentos, 10)., que afirmam que a digestibilidade aparente da matéria seca só influi na ingestão de alimento até o nível de 67%, quando a digestibilidade está acima desse valor, diminui o consumo de forragem por parte do animal.

Resultado semelhante para a DMS foi observado por Pereira et al. (2012)PEREIRA, V.L.A.; ALVES, A.L.A.; SILVA, V.M. Valor nutritivo e consumo voluntário do feno de faveleira fornecido a ovinos no semiárido pernambucano. Revista Caatinga, v.25, p.96-101, 2012., que avaliaram a digestibilidade aparente in vivo do feno de faveleira na alimentação de ovinos como dieta exclusiva, e encontraram o valor de 63,66%. Drumond et al. (2007)DRUMOND, M.A.; SALVIANO, L.M.C.; CAVALCANTI, N.B. Produção, distribuição da biomassa e composição bromatológica da parte aérea da faveleira. Revista Brasileira de Ciência Agrária, v.2, p.308-310, 2007. e Lima (1996)LIMA, J.L.S. Plantas forrageiras das caatingas, usos e potencialidades. Petrolina, EMBRAPA CPATSA/PNE/RBG-KEW, 1996. 24p. avaliando a digestibilidade aparente in vitro da MS da parte aérea desta eudicotiledônea encontraram os valores 65,47% e 62,42%, respectivamente.

A DMS foi menor para a dieta exclusiva à base de feno de Tifton-85, devido ao maior teor de FDN presente nessa forragem. Esse resultado comprova que esta fração da dieta apresenta menor digestibilidade aparente que os demais componentes do alimento, fato explicado por Norton (1984)NORTON, B.W. Differences between species in forage quality. In: HACKER, J. B. (Ed.). Nutritional limits to animal production from pastures. Santa Lucia, Queensland: Farnham Royal, 1984. p.89-110., que afirma que para o ruminante o conteúdo celular da planta apresenta geralmente maior digestibilidade que as frações da parede celular.

O maior percentual para DMS nos tratamentos que tiveram inclusão do SF de faveleira, se deve ao incremento de PB proporcionado por essa Euforbiácea. Segundo Mertens & Rotz (1989)MERTENS, D.R.; ROTZ, C.A. Functions to descrinbing changes. In: Dairy cow characteristics during lactation for use. in DAFOSYM. U.S. Madison, WI: Dairy Forage Research Center Research Summaries, 1989. p.114., o aumento da concentração dos constituintes não-fibrosos na dieta, com o incremento da suplementação, faz com que haja uma rápida disponibilidade dos nutrientes no trato gastrintestinal dos ruminantes, favorecendo a digestibilidade.

No trabalho, os tratamentos em que os animais foram alimentados com dois ingredientes (feno de Tifton-85 e sal forrageiro de faveleira com diferentes níveis de inclusão de NaCl), a percentagem média para DFDN foi de 77,22%. Em contrapartida Pereira et al. (2012)PEREIRA, V.L.A.; ALVES, A.L.A.; SILVA, V.M. Valor nutritivo e consumo voluntário do feno de faveleira fornecido a ovinos no semiárido pernambucano. Revista Caatinga, v.25, p.96-101, 2012., ao avaliarem a digestibilidade aparente da faveleira, onde foram utilizadas apenas folhas e caules tenros cujas plantas se encontravam em estágio de floração, com 41,92% de FDN, encontraram 57,32% para a digestibilidade dessa fração do alimento. Fato explicado por Grant (1997)GRANT, R.J. Interactions among forages and nonforages fiber sources. Journal of Dairy Science, v.80, p.1438, 1997., que afirma que a rápida taxa de passagem ruminal do alimento com baixo teor de FDN é o principal fator que explica a baixa digestibilidade de sua fração fibrosa. Logo, em dietas com alta quantidade de fibra há um aumento da consistência ruminal maximizando a digestão dessa fração do alimento.

Os percentuais para DPB nos tratamentos em que houve suplementação com sal SF de faveleira, confeccionado com as folhas dessa Euforbiácea, foram superiores ao tratamento controle. Esse resultado pode ser justificado pela qualidade digestiva da PB existente no feno das folhas da faveleira, e também pelo alto teor dessa fração do alimento nessa forrageira, em relação ao feno de Tifton-85. Segundo Cameron et al. (1991)CAMERON, M.R.; KLUSMEYER, T.H.; LYNCH, G.L. Effects of urea and starch on rumen fermentation, nutrient passage to the duodenum, and performance of cows. Journal of Dairy Science, v.74, p.1321-1336, 1991., a digestibilidade da PB aumenta com o teor de PB do alimento. Van Soest (1994)VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. Ithaca: Cornell University Press, 1994. 476 p., também comenta que a digestibilidade é influenciada diretamente pelo consumo de alimentos e composição do alimento na dieta.

Nos tratamentos em que os animais foram suplementados com SF de faveleira, confeccionado com feno das folhas dessa forrageira, os percentuais encontrados para a DEE foram superiores ao tratamento controle (Tabela 4), fato atribuído ao maior consumo dessa fração do alimento (EE) proporcionado pela inclusão da faveleira na dieta. Segundo Van Soest (1994)VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. Ithaca: Cornell University Press, 1994. 476 p., a maior concentração deste componente nos suplementos, incrementa sua participação na dieta total, reduzindo a participação relativa da fração metabólica fecal. Segundo Palmquist (1989)PALMQUIST, D.L. Suplementação de lipídeos para vacas em lactação. In: SIMPÓSIO SOBRE PRODUÇÃO ANIMAL, 1989, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, 1989. p.11-25., a vantagem da utilização de lipídios na alimentação animal deve-se ao incremento da densidade calórica da dieta, em razão de seu elevado valor energético (aproximadamente 6 Mcal El/kg MS), que pode ser explorada de várias maneiras, além de permitir aumento no consumo de energia.

Os valores de NDT também foram expressivos nos tratamentos em que os animais foram suplementados com SF de faveleira, provavelmente em virtude do aumento no consumo de EE, resultando maior densidade energética nas dietas.

Maiores percentuais para DCNF observados nos tratamentos em que os animais foram suplementados com SF de faveleira, podem estar associados aos maiores teores dessa fração do alimento na dieta, em relação ao tratamento controle. Segundo Van Soest (1994)VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed. Ithaca: Cornell University Press, 1994. 476 p., os CNF são de fácil fermentação, assim, disponibilizam maior aporte de energia para o crescimento dos microrganismos ruminais e permitem maior adesão em menor tempo de colonização e, consequentemente, maior digestão do alimento.

Com base nos resultados encontrados, recomenda-se a inclusão máxima de até 3% de NaCl na composição do sal forrageiro de faveleira, por proporcionar aumento no consumo da matéria seca. Todos os níveis testados proporcionaram aumento no consumo de proteína bruta, extrato etéreo e carboidratos não-fibrosos e também melhoraram a digestibilidade aparente de todos os parâmetros avaliados, quando comparados ao tratamento controle. Contudo, o nível de 1% de inclusão de cloreto de sódio na formulação do sal forrageiro de faveleira apresentou melhor digestibilidade.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Set 2016

Histórico

  • Recebido
    16 Dez 2015
  • Aceito
    21 Jul 2016
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