Acessibilidade / Reportar erro

O que é ecologia de paisagens?

Resumos

A ecologia de paisagens é uma nova área de conhecimento dentro da ecologia, marcada pela existência de duas principais abordagens: uma geográfica, que privilegia o estudo da influência do homem sobre a paisagem e a gestão do território; e outra ecológica, que enfatiza a importância do contexto espacial sobre os processos ecológicos, e a importância destas relações em termos de conservação biológica. Estas abordagens apresentam conceitos e definições distintas e por vezes conflitantes, que dificultam a concepção de um arcabouço teórico comum. Nesse trabalho, proponho uma definição integradora de paisagem como sendo "um mosaico heterogêneo formado por unidades interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo menos um fator, segundo um observador e numa determinada escala de observação". Esse "mosaico heterogêneo" é essencialmente visto pelos olhos do homem, na abordagem geográfica, e pelo olhar das espécies ou comunidades estudadas na abordagem ecológica. O conceito de paisagem proposto evidencia ainda que a paisagem não é obrigatoriamente um amplo espaço geográfico ou um novo nível hierárquico de estudo em ecologia, justo acima de ecossistemas, pois a escala e o nível biológico de análise dependem do observador e do objeto de estudo. A ecologia de paisagens vem promovendo uma mudança de paradigma nos estudos sobre fragmentação e conservação de espécies e ecossistemas, pois permite a integração da heterogeneidade espacial e do conceito de escala na análise ecológica, tornando esses trabalhos ainda mais aplicados para resolução de problemas ambientais.

Ecologia de paisagens; paisagem; heterogeneidade; escala; conservação


Landscape ecology is a new subject in ecology characterized by two main approaches: a geographical one, which studies how man affects and manages landscapes; and an ecological one, which emphasizes the effects of spatial structure on ecological processes and the importance of these relationships for conservation purposes. The construction of a common theoretical foundation is a difficult task with the coexistence of different and conflicting notions and definitions from these two approaches. In the present work, I present a unified notion of landscape as "a heterogeneous mosaic composed by interactive landscape units, where heterogeneity exists for at least one parameter, one specific observer and at a particular scale". The heterogeneity is essentially interpreted through the "human eyes" in the geographical approach and through the "eyes" of other species or communities in the ecological perspective. The proposed landscape definition also shows that landscape does not necessarily correspond to broad spatial scales or a new biological level, just above the ecosystem. The scale and the biological level will be determined by the observer or the studied species. Landscape ecology is promoting a paradigm shift in fragmentation and biological conservation studies as far as it integrates the spatial heterogeneity and the concept of scale in the ecological analysis, transforming ecology in a more useful science for environmental problem solving.

Landscape ecology; landscape; heterogeneity; scale; conservation


REVISÕES TEMÁTICAS

O que é ecologia de paisagens?

Jean Paul Metzger

Laboratório de Ecologia de Paisagens e Conservação - LEPaC, Departamento de Ecologia, Instituto de Biociências USP, Rua do Matão, 321, travessa 14, 05508-900, São Paulo, SP, Fone: 11 3818.7564, Fax: 11 3813.4151, Jpm@ib.usp.br

RESUMO

A ecologia de paisagens é uma nova área de conhecimento dentro da ecologia, marcada pela existência de duas principais abordagens: uma geográfica, que privilegia o estudo da influência do homem sobre a paisagem e a gestão do território; e outra ecológica, que enfatiza a importância do contexto espacial sobre os processos ecológicos, e a importância destas relações em termos de conservação biológica. Estas abordagens apresentam conceitos e definições distintas e por vezes conflitantes, que dificultam a concepção de um arcabouço teórico comum. Nesse trabalho, proponho uma definição integradora de paisagem como sendo "um mosaico heterogêneo formado por unidades interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo menos um fator, segundo um observador e numa determinada escala de observação". Esse "mosaico heterogêneo" é essencialmente visto pelos olhos do homem, na abordagem geográfica, e pelo olhar das espécies ou comunidades estudadas na abordagem ecológica. O conceito de paisagem proposto evidencia ainda que a paisagem não é obrigatoriamente um amplo espaço geográfico ou um novo nível hierárquico de estudo em ecologia, justo acima de ecossistemas, pois a escala e o nível biológico de análise dependem do observador e do objeto de estudo. A ecologia de paisagens vem promovendo uma mudança de paradigma nos estudos sobre fragmentação e conservação de espécies e ecossistemas, pois permite a integração da heterogeneidade espacial e do conceito de escala na análise ecológica, tornando esses trabalhos ainda mais aplicados para resolução de problemas ambientais.

Palavras-chave: Ecologia de paisagens, paisagem, heterogeneidade, escala, conservação.

ABSTRACT

Landscape ecology is a new subject in ecology characterized by two main approaches: a geographical one, which studies how man affects and manages landscapes; and an ecological one, which emphasizes the effects of spatial structure on ecological processes and the importance of these relationships for conservation purposes. The construction of a common theoretical foundation is a difficult task with the coexistence of different and conflicting notions and definitions from these two approaches. In the present work, I present a unified notion of landscape as "a heterogeneous mosaic composed by interactive landscape units, where heterogeneity exists for at least one parameter, one specific observer and at a particular scale". The heterogeneity is essentially interpreted through the "human eyes" in the geographical approach and through the "eyes" of other species or communities in the ecological perspective. The proposed landscape definition also shows that landscape does not necessarily correspond to broad spatial scales or a new biological level, just above the ecosystem. The scale and the biological level will be determined by the observer or the studied species. Landscape ecology is promoting a paradigm shift in fragmentation and biological conservation studies as far as it integrates the spatial heterogeneity and the concept of scale in the ecological analysis, transforming ecology in a more useful science for environmental problem solving.

Key Words: Landscape ecology, landscape, heterogeneity, scale, conservation.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Agradecimentos

Eu gostaria de agradecer Rozely dos Santos, Vânia Pivello, Waldir Mantovani e Alexandre Martensen que contribuíram muito para a melhoria deste texto através de comentários, sugestões e correções pertinentes feitas numa versão anterior. Também sou grato aos meus alunos de graduação e pós-graduação, que têm propiciado valiosos questionamentos e enriquecedoras discussões.

Referência

Allen, T.F.H. & Hoekstra, T.W. 1992. Toward a unified ecology. Complexity in ecological systems. Columbia University Press, New York.

Barrett, G.W. & Bohlen, P.J. 1991. Landscape ecology. In: Hudson, W.E. (Ed.). Landscape linkages and biodiversity. Island Press, Washington, DC. pp. 149-161.

Bissonette, J.A. 1997. Scale-sensitive ecological properties: historical context, current meaning. In: Bissonette, J.A. (Ed.). Wildlife and landscape ecology: effects of pattern and scale. Springer-Verlag, New York. pp. 3-31.

Delpoux, M. 1974. Métodos em questão: ecossistema e paisagem. Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 23 p.

Forman, R.T.T. 1995. Land mosaics: the ecology of landscapes and regions. Cambridge University Press, Cambridge.

Forman, R.T.T. & Godron, M. 1986. Landscape ecology. Wiley & Sons Ed., New York.

Gonzales A., Lawton J.H., Gilbert F.S., Blackburn T.M. & Evans-Freke I. 1998. Metapopulation dynamics abundance and distribution in micro ecosystems. Science 281: 2045-2047.

Gustafson, E.J. 1998. Quantifying landscape spatial pattern: what is the state of the art? Ecosystems 1: 143-156.

Hanski, I. A. & Gilpin, M. E. 1997. Metapopulation biology: ecology, genetics, and evolution. Academic Press, San Diego-London.

Hobbs, R.J. 1994. Landscape ecology and conservation: moving from description to application. Pacific Conservation Biology 1: 170-176.

Joly, P. Miaud, C., Lehmann, A. & Grolet, O. 2001. Habitat matrix effects on pond occupancy in Newts. Conservation Biology 15: 239-248.

King, A.W. 1999. Hierarchical theory and the landscape.... Level? Or: words do matter. In: Wiens, J. & Moss, M.R. (Ed.). Issues in landscape ecology. IALE, Colorado. pp.6-9.

McGarigal, K. & Marks, B.J. 1995. FRAGSTATS: spatial pattern analysis program for quantifying landscape structure. U.S. Forest Service General Technical Report PNW 351.

Metzger, J.P. 2000. Tree functional group richness and spatial structure in a tropical fragmented landscape (SE Brazil). Ecological Applications 10: 1147-1161.

Metzger, J.P. Delineamento de experimentos numa perspectiva de ecologia da paisagem. In: Cullen Jr., L., Rudy, R., Valladares-Padua, C. (eds.). Manual em Técnicas na Biologia da Conservação e noManejo da Vida Silvestre. IPÊ, Smithsonian Institution, National Zoological Park. No prelo.

Naveh, Z. & Lieberman, A. 1994. Landscape ecology: theory and application. Springer-Verlag, New York.

Odum, E.O. 1971. Fundamentals of ecology. Saunders, Philadelphia, Pennsylvania.

Pojar, J., Diaz, N., Steventon, D., Apostol, D. & Mellen, K. 1994. Biodiversity planning and forest management at the landscape scale. In: Huff, M.H., Norris, L.K., Nyberg, J.B. & Wilkin, N.L. (Coords.). Expanding horizons of forest ecosystem management. Proceedings of the third "Habitat Futures Workshop". Department of Agriculure, Forest Service, Pacific Northwest Research Station, Portland, OR. pp. 55-70.

Renjifo, L.M. 2001. Effect of natural and anthropogenic landscape matrices on the abundance of subandean bird species. Ecological Applications 11: 14-31.

Riitters, K.H., O'Neill, R.V., Hunsaker, C.T., Wikham, J.D., Yankee, D.H., Timmins, S.P., Jones, K.B. & Jackson, B.L. 1995. A factor analysis of landscape pattern and structure metrics. Landscape Ecology 10: 23-39.

Risser, P.G., Karr, J.R. & Forman, R.T.T. 1984. Landscape ecology, directions and approaches. Illinois Natural History Surveys. Special Publications, 2: 1-18.

Summerville, K.S. & Crist, T.O. 2001. Effects of experimental habitat fragmentation on patch use by butterflies and skippers (Lepidoptera). Ecology 82: 1360-1370.

Tansley, A.G. 1935. The use and abuse of vegetational concepts and terms. Ecology 16: 284-307.

Tricart, J.J.L. 1979. Paysage et écologie. Revue de Géomorphologie dynamique: géodynamiqueexterne. Études intégrée du milieu naturel, XXVIII, n.3, p. 81-95.

Troll, C. 1971. Landscape ecology (geo-ecology) and biogeocenology: a terminological study. Geoforum 8: 43-46.

Troppmair, H. 2000. Ecologia da paisagem: uma retrospectiva. Anais do I Fórum de debates "Ecologia da Paisagem e Planejamento Ambiental" (4-8 junho de 2000, Rio Claro). Sociedade de Ecologia do Brasil.

Turner M.G. 1989. Landscape ecology : the effect of pattern on process. Annual Review of Ecology and Systematic 20: 171-197.

Turner M.G. & Gardner R.H. (Eds.). Quantitative methods in landscape ecology: the analysis and interpretation of landscape heterogeneity. Springer-Verlag, New York.

Urban, D. O'Neill, R.V. & Shugart, H.Jr. 1987. Landscape ecology: a hierarchical perspective can help scientists understand spatial patterns. BioScience 37: 119-127.

Wiens, J.A. 1996. Challenges for the future. IALE Bulletin 14: 1-2.

Wiens, J.A. 1999. Toward a unified landscape ecology. In: Wiens, J. & Moss, M.R. (Ed.). Issues in landscape ecology. IALE, Colorado. pp.148-151.

Wiens, J.A. & Milne, B.T. 1989. Scaling of "landscapes" in landscape ecology, or, landscape ecology from a beetle's perspective. Landscape Ecology 3: 87-96.

Wiens, J.A., Stenseth, N.C., Van Horne, B. & Ims, R.A. 1993. Ecological mechanisms and landscape ecology. Oikos 66: 369-380.

Recebido em 01 de outubro de 2001

Publicado em 28 de novembro de 2001

Anexo: Pequeno glossário de termos usualmente utilizados em ecologia de paisagens. As definições, utilizadas ao longo do texto, seguem o que é proposto na "abordagem ecológica".

Borda. Área de transição entre duas unidades da paisagem.

Conectividade. Capacidade da paisagem (ou das unidades da paisagem) de facilitar os fluxos biológicos. A conectividade depende da proximidade dos elementos de habitat, da densidade de corredores e "stepping stones", e da permeabilidade da matriz.

Corredores. Áreas homogêneas (numa determinada escala) de uma unidade da paisagem, que se distinguem das unidades vizinhas e que apresentam disposição espacial linear. Em estudos de fragmentação, considera-se corredor apenas os elementos lineares que ligam dois fragmentos anteriormente conectados.

Elemento da paisagem. Trata-se de cada mancha, corredor ou área da matriz. Uma unidade da paisagem pode apresentar vários elementos numa paisagem. Por exemplo, uma unidade "mata" pode ter vários fragmentos e alguns corredores.

Escala de percepção. Escala espacial e temporal na qual cada espécie percebe a paisagem em função de suas características ecológicas (tamanho de território, especificidade do habitat, capacidade de locomoção, etc.).

Escala espacial. É definida por características de extensão (tamanho) e resolução (unidade mínima de representação espacial). Os mapas variam de escalas pontuais e finas (mapas detalhados, com alta resolução e, em geral, extensão reduzida) para escalas globais e grosseiras (mapas com poucos detalhes, com resolução grosseira e, em geral, ampla extensão).

Fragmento. Uma mancha originada por fragmentação, i.e. por sub-divisão, promovida pelo homem, de uma unidade que inicialmente apresentava-se sob forma contínua, como uma matriz.

Manchas. Áreas homogêneas (numa determinada escala) de uma unidade da paisagem, que se distinguem das unidades vizinhas e têm extensões espaciais reduzidas e não-lineares.

Matriz. Unidade da paisagem que controla a dinâmica da paisagem (Forman 1995). Em geral essa unidade pode ser reconhecida por recobrir a maior parte da paisagem (i.e., sendo a unidade dominante em termos de recobrimento espacial), ou por ter um maior grau de conexão de sua área (i.e., um menor grau de fragmentação). Numa segunda definição, particularmente usada em estudos de fragmentação, a matriz é entendida como o conjunto de unidades de não-habitat para uma determinada comunidade ou espécie estudada.

Mosaico. Uma paisagem que apresenta uma estrutura contendo mancha, corredores e matriz (pelo menos dois desses elementos).

Paisagem. Mosaico heterogêneo formado por unidades interativas, sendo esta heterogeneidade existente para pelo menos um fator, segundo um observador e numa determinada escala de observação. Uma paisagem pode se apresentar sob forma de mosaico, contendo manchas, corredores e matriz, ou sob forma de gradiente.

Sistema fractal . Sistema que mantém suas características/propriedades em diferentes escalas.

Stepping stone (em português, "pontos de ligação" ou "trampolins ecológicos"). Pequenas áreas de habitat dispersas pela matriz que podem, para algumas espécies, facilitar os fluxos entre manchas.

Unidade da paisagem. Cada tipo de componente da paisagem (unidades de recobrimento e uso do território, ecossistemas, tipos de vegetação, por exemplo). (Obs.: Na abordagem geográfica, a unidade da paisagem é em geral definida como um espaço de terreno com características hidro-geomorfológicas e história de modificação humana semelhantes. De certa forma, a "unidade da paisagem" da abordagem geográfica pode ser considerada como uma "paisagem" dentro da abordagem ecológica, pois ela é composta por um mosaico com diferentes usos e coberturas.).

  • Allen, T.F.H. & Hoekstra, T.W. 1992. Toward a unified ecology. Complexity in ecological systems. Columbia University Press, New York.
  • Barrett, G.W. & Bohlen, P.J. 1991. Landscape ecology. In: Hudson, W.E. (Ed.). Landscape linkages and biodiversity. Island Press, Washington, DC. pp. 149-161.
  • Bissonette, J.A. 1997. Scale-sensitive ecological properties: historical context, current meaning. In: Bissonette, J.A. (Ed.). Wildlife and landscape ecology: effects of pattern and scale. Springer-Verlag, New York. pp. 3-31.
  • Delpoux, M. 1974. Métodos em questão: ecossistema e paisagem. Instituto de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 23 p.
  • Forman, R.T.T. 1995. Land mosaics: the ecology of landscapes and regions. Cambridge University Press, Cambridge.
  • Forman, R.T.T. & Godron, M. 1986. Landscape ecology. Wiley & Sons Ed., New York.
  • Gonzales A., Lawton J.H., Gilbert F.S., Blackburn T.M. & Evans-Freke I. 1998. Metapopulation dynamics abundance and distribution in micro ecosystems. Science 281: 2045-2047.
  • Gustafson, E.J. 1998. Quantifying landscape spatial pattern: what is the state of the art? Ecosystems 1: 143-156.
  • Hanski, I. A. & Gilpin, M. E. 1997. Metapopulation biology: ecology, genetics, and evolution. Academic Press, San Diego-London.
  • Hobbs, R.J. 1994. Landscape ecology and conservation: moving from description to application. Pacific Conservation Biology 1: 170-176.
  • Joly, P. Miaud, C., Lehmann, A. & Grolet, O. 2001. Habitat matrix effects on pond occupancy in Newts. Conservation Biology 15: 239-248.
  • King, A.W. 1999. Hierarchical theory and the landscape.... Level? Or: words do matter. In: Wiens, J. & Moss, M.R. (Ed.). Issues in landscape ecology. IALE, Colorado. pp.6-9.
  • McGarigal, K. & Marks, B.J. 1995. FRAGSTATS: spatial pattern analysis program for quantifying landscape structure. U.S. Forest Service General Technical Report PNW 351.
  • Metzger, J.P. 2000. Tree functional group richness and spatial structure in a tropical fragmented landscape (SE Brazil). Ecological Applications 10: 1147-1161.
  • Metzger, J.P. Delineamento de experimentos numa perspectiva de ecologia da paisagem. In: Cullen Jr., L., Rudy, R., Valladares-Padua, C. (eds.). Manual em Técnicas na Biologia da Conservação e noManejo da Vida Silvestre. IPÊ, Smithsonian Institution, National Zoological Park. No prelo.
  • Naveh, Z. & Lieberman, A. 1994. Landscape ecology: theory and application. Springer-Verlag, New York.
  • Odum, E.O. 1971. Fundamentals of ecology. Saunders, Philadelphia, Pennsylvania.
  • Pojar, J., Diaz, N., Steventon, D., Apostol, D. & Mellen, K. 1994. Biodiversity planning and forest management at the landscape scale. In: Huff, M.H., Norris, L.K., Nyberg, J.B. & Wilkin, N.L. (Coords.). Expanding horizons of forest ecosystem management. Proceedings of the third "Habitat Futures Workshop". Department of Agriculure, Forest Service, Pacific Northwest Research Station, Portland, OR. pp. 55-70.
  • Renjifo, L.M. 2001. Effect of natural and anthropogenic landscape matrices on the abundance of subandean bird species. Ecological Applications 11: 14-31.
  • Riitters, K.H., O'Neill, R.V., Hunsaker, C.T., Wikham, J.D., Yankee, D.H., Timmins, S.P., Jones, K.B. & Jackson, B.L. 1995. A factor analysis of landscape pattern and structure metrics. Landscape Ecology 10: 23-39.
  • Risser, P.G., Karr, J.R. & Forman, R.T.T. 1984. Landscape ecology, directions and approaches. Illinois Natural History Surveys. Special Publications, 2: 1-18.
  • Summerville, K.S. & Crist, T.O. 2001. Effects of experimental habitat fragmentation on patch use by butterflies and skippers (Lepidoptera). Ecology 82: 1360-1370.
  • Tansley, A.G. 1935. The use and abuse of vegetational concepts and terms. Ecology 16: 284-307.
  • Tricart, J.J.L. 1979. Paysage et écologie. Revue de Géomorphologie dynamique: géodynamiqueexterne. Études intégrée du milieu naturel, XXVIII, n.3, p. 81-95.
  • Troll, C. 1971. Landscape ecology (geo-ecology) and biogeocenology: a terminological study. Geoforum 8: 43-46.
  • Troppmair, H. 2000. Ecologia da paisagem: uma retrospectiva. Anais do I Fórum de debates "Ecologia da Paisagem e Planejamento Ambiental" (4-8 junho de 2000, Rio Claro). Sociedade de Ecologia do Brasil.
  • Turner M.G. 1989. Landscape ecology : the effect of pattern on process. Annual Review of Ecology and Systematic 20: 171-197.
  • Turner M.G. & Gardner R.H. (Eds.). Quantitative methods in landscape ecology: the analysis and interpretation of landscape heterogeneity. Springer-Verlag, New York.
  • Urban, D. O'Neill, R.V. & Shugart, H.Jr. 1987. Landscape ecology: a hierarchical perspective can help scientists understand spatial patterns. BioScience 37: 119-127.
  • Wiens, J.A. 1996. Challenges for the future. IALE Bulletin 14: 1-2.
  • Wiens, J.A. 1999. Toward a unified landscape ecology. In: Wiens, J. & Moss, M.R. (Ed.). Issues in landscape ecology. IALE, Colorado. pp.148-151.
  • Wiens, J.A. & Milne, B.T. 1989. Scaling of "landscapes" in landscape ecology, or, landscape ecology from a beetle's perspective. Landscape Ecology 3: 87-96.
  • Wiens, J.A., Stenseth, N.C., Van Horne, B. & Ims, R.A. 1993. Ecological mechanisms and landscape ecology. Oikos 66: 369-380.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jun 2013
  • Data do Fascículo
    2001

Histórico

  • Aceito
    28 Nov 2001
  • Recebido
    01 Out 2001
Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP Departamento de Biologia Vegetal - Instituto de Biologia, UNICAMP CP 6109, 13083-970 - Campinas/SP, Tel.: (+55 19) 3521-6166, Fax: (+55 19) 3521-6168 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: contato@biotaneotropica.org.br