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Eunotiales (Bacillariophyceae) de águas continentais do estado de São Paulo: levantamento florístico

DISSERTAÇÕES E TESES

Eunotiales (Bacillariophyceae) de águas continentais do estado de São Paulo: levantamento florístico

Luciane Lopes Morandi

RESUMO

As diatomáceas (Bacillariophyceae) compreendem parte significativa da flórula dulciaqüícola e são abundantes nas comunidades planctônicas e, principalmente, nas perifíticas de ambientes marinhos e de águas continentais. Seu conhecimento no estado de São Paulo ainda é extremamente pequeno, inclusive aquele sobre a ordem Eunotiales, que é constituída por duas famílias, Eunotiaceae com dois gêneros (Actinella e Eunotia) e Peroniaceae com o único gênero Peronia. A literatura especializada sobre esta ordem resume-se a 18 trabalhos, dos quais sete são de cunho taxonômico e onde jamais foi feita referência a representantes da família Peroniaceae. O inventário florístico das Eunotiales do estado de São Paulo foi baseado em 138 lâminas semipermanentes preparadas de 141 unidades amostrais provenientes de 75 localidades no estado. Dessas lâminas, 113 já faziam parte do acervo do Herbário Científico do Estado "Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo" (SP) do Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. As demais 25 foram preparadas a partir de coletas efetuadas entre os anos 2000 e 2001. Foram identificadas 42 espécies e três variedades que não são as típicas de suas respectivas espécies, totalizando 42 táxons, quatro dos quais estão classificados no gênero Actinella e 38 no gênero Eunotia. Do total de táxons, 15 são presentemente citados pela primeira vez como ocorrendo no estado de São Paulo. Os locais de amostragem foram definidos de modo a cobrir, da maneira mais uniforme possível, toda a área do estado de São Paulo. Além disso, visaram a incluir ambientes aquáticos dos tipos tanto lótico quanto lêntico e hábitos de vida planctônico e perifítico. Os táxons que apresentaram a maior distribuição no estado de São Paulo foram: Eunotia sudetica O.F. Muller (56% do total dos locais analisados), E. flexuosa Brébisson ex Kützing (45%), E. bilunaris (Ehrenberg) Souza (44%) e E. camelus Ehrenberg (40%). A identificação dos táxons de níveis específico e infra-específico baseou-se na literatura clássica e recente mais apropriada disponível. Para cada táxon identificado foi providenciada a seguinte informação: (1) referência bibliográfica completa à obra que contém sua descrição e/ou diagnose original; (2) descrição morfológica que abrangesse o maior número permitido de características diacríticas e diagnósticas; (3) medidas de interesse taxonômico; (4) distribuição geográfica no estado de São Paulo; (5) relação das unidades amostrais onde o táxon foi encontrado; (6) comentários taxonômicos; e (7) ilustrações sob a forma de fotografias tiradas aos microscópios óptico e eletrônico de varredura, cuja finalidade foi mostrar, quando existiu, o polimorfismo do táxon. Procurou-se, sempre que possível, analisar pequenas populações de representantes de cada tipo, com a finalidade de identificar eventual polimorfismo e quais características foram mais relevantes para diferenciar categorias taxonômicas infragenéricas dentro de cada gênero.

Palavras-chave: taxonomia, inventário florístico, Bacillariophyceae, diatomáceas, Brasil.

Dissertação (Mestrado) — FFCLRP, USP-Ribeirão Preto

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2006
  • Data do Fascículo
    2005
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