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Taxonomia das populações de Hyphessobrycon boulengeri (Eigenmann, 1907) e Hyphessobrycon reticulatus Ellis, 1911 (Characiformes: Characidae)

DISSERTAÇÕES E TESES

Taxonomia das populações de Hyphessobrycon boulengeri (Eigenmann, 1907) e Hyphessobrycon reticulatus Ellis, 1911 (Characiformes: Characidae)

Fernando Rogério de Carvalho

RESUMO

Realiza-se a revisão taxonômica das populações de Hyphessobrycon boulengeri (Eigenmann, 1907) e Hyphessobrycon reticulatus Ellis, 1911, com a descrição de uma nova espécie. Foram examinados 600 exemplares provenientes do sudeste e sul do Brasil, desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Através de análise morfométrica multivariada, padrão de colorido e caracteres osteológicos foi possível reconhecer Hyphessobrycon boulengeri como espécie válida, ocorrendo em drenagens costeiras do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul e no alto rio Paraná, rio Iguaçu e rio Uruguai e uma nova espécie do ris Doce e rio da Prata no Espírito Santo. Hyphessobrycon boulengeri é diagnosticado por apresentar uma mácula umeral verticalmente alongada, relativamente arredondada; faixa longitudinal estreita no flanco, fracamente unida à mácula do pedúnculo caudal; mácula do pedúnculo caudal normalmente losangular, com bordas arredondadas; corpo com padrão reticulado formado pela concentração de cromatóforos na porção posterior das escamas; uma estreita faixa escura na base da nadadeira anal e ganchos semelhantes a anzol na nadadeira anal de machos maiores que 32,1 mm. Hyphessobrycon sp1. n. difere das demais espécies do gênero pela combinação de caracteres: uma mácula umeral arredondada, às vezes com extremidades verticais tênues; uma mácula no pedúnculo caudal ligeiramente arredondada, raramente estendendo-se sobre os raios medianos caudais; ausência de faixa longitudinal no flanco; escamas do corpo com intensa pigmentação nas margens, dando um padrão de colorido reticulado; uma estreita faixa ao longo da base da nadadeira anal e infra-orbitais 3+4 co-ossificados. Os caracteres que distinguem Hyphessobrycon sp1. n. de H. boulengeri são a ausência de faixa longitudinal no flanco e o 3º e 4º infra-orbitais co-ossificados na nova espécie. Apresenta-se ainda um breve comentário biogeográfico sobre a distribuição das espécies em drenagens litorâneas e continentais do sudeste e sul do Brasil.

Palavras-chave: rios litorâneos, cabeceiras de rios continentais, biogeografia, variação geográfica, região Neotropical, sudeste e sul do Brasil

Orientador: Francisco Langeani

Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Dez 2006
  • Data do Fascículo
    2006
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