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Ácaros predadores (Acari) associados à cultura do morango (Fragaria sp., Rosaceae) e plantas próximas no Estado do Rio Grande do Sul

Predatory mites (Acari) associated with strawberry and neighboring plants in the State of Rio Grande do Sul

Resumos

O objetivo deste estudo foi determinar as espécies de ácaros predadores associados à cultura do morango e em plantas associadas, no estado do Rio Grande do Sul. Este estudo foi conduzido nos municípios de Bom Princípio, Capitão e Lajeado em plantações de morango da variedade Oso Grande em túnel baixo. As avaliações foram feitas mensalmente entre agosto de 2002 e março de 2004. Nas plantas de morango, as amostras foram constituídas de três folhas coletadas em cada uma das 15 plantas escolhidas ao acaso, totalizando 45 folhas/campo. Nas plantas associadas, o esforço de amostragem foi de uma hora para cada planta avaliada. Ácaros das famílias Ascidae, Parasitidae, Phytoseiidae, Cunaxidae, Erythraeidae, Stigmaeidae e Tydeidae foram observados associados com o ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch, 1836, praga importante na região onde este estudo foi conduzido. Vinte espécies foram identificadas, 14 das quais pertencem à família Phytoseiidae. Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) e Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) foram as espécies mais comuns. Nas plantas asssociadas, a maior diversidade foi observada em Richardia sp. (seis espécies), Agerantum conyzoides L.(quatro espécies) e Sonchus oleraceus L., Bidens pilosa L.e Rumex sp. (três espécies). Uma chave docotômica é apresentada para a identificação das espécies.

biodiversidade; Phytoseiidae; Phytoseiulus macropilis; Neoseiulus californicus


The aim of this study was to determine the species predatory mites on strawberry crop and associated plants in the State of Rio Grande do Sul. It was conducted in Bom Princípio, Capitão and Lajeado counties, in crops of strawberry Oso Grande variety in low tunnels. The evaluations were done monthly between August 2002 and March 2004. In the plants of strawberry, the samples were constituted of three leaves collected in each of 15 plants taken randomly, totaling 45 leaves/field. In the associated plants, the sampling effort was of one hour for each plant evaluated. Mites of the families Ascidae, Parasitidae, Phytoseiidae, Cunaxidae, Erythraeidae, Stigmaeidae and Tydeidae were observed associated with the two-spotted spider mite, Tetranychus urticae Koch, 1836, important pest of this crop in the region where the study was conducted. Twenty species were identified, 14 of which belong to the family Phytoseiidae. Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) and Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) were the most common species. On associated plants, the highest diversity of predatory mites was found on Richardia sp. (six mite species), Agerantum conyzoides L. (four mite species) and Sonchus oleraceus L., Bidens pilosa L. and Rumex sp. (three mite species). A dichotomous key is presented for the separation of the species collected.

biodiversity; Phytoseiidae; Phytoseiulus macropilis; Neoseiulus californicus


ARTIGOS

Ácaros predadores (Acari) associados à cultura do morango (Fragaria sp., Rosaceae) e plantas próximas no Estado do Rio Grande do Sul

Predatory mites (Acari) associated with strawberry and neighboring plants in the State of Rio Grande do Sul

Noeli Juarez FerlaI,1 1 Autor para correspondência: Noeli Juarez Ferla, e-mail: njferla@univates.br ; Marla Maria MarchettiII; Dinarte GonçalvesII

IPesquisador do Museu de Ciências Naturais, UNIVATES Centro Universitário, CP 155, CEP 95900-000, Lajeado, Rio Grande do Sul, RS, Brazil

IIMestrandos do Curso de Entomologia, Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa – UFV

RESUMO

O objetivo deste estudo foi determinar as espécies de ácaros predadores associados à cultura do morango e em plantas associadas, no estado do Rio Grande do Sul. Este estudo foi conduzido nos municípios de Bom Princípio, Capitão e Lajeado em plantações de morango da variedade Oso Grande em túnel baixo. As avaliações foram feitas mensalmente entre agosto de 2002 e março de 2004. Nas plantas de morango, as amostras foram constituídas de três folhas coletadas em cada uma das 15 plantas escolhidas ao acaso, totalizando 45 folhas/campo. Nas plantas associadas, o esforço de amostragem foi de uma hora para cada planta avaliada. Ácaros das famílias Ascidae, Parasitidae, Phytoseiidae, Cunaxidae, Erythraeidae, Stigmaeidae e Tydeidae foram observados associados com o ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch, 1836, praga importante na região onde este estudo foi conduzido. Vinte espécies foram identificadas, 14 das quais pertencem à família Phytoseiidae. Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) e Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) foram as espécies mais comuns. Nas plantas asssociadas, a maior diversidade foi observada em Richardia sp. (seis espécies), Agerantum conyzoides L.(quatro espécies) e Sonchus oleraceus L., Bidens pilosa L.e Rumex sp. (três espécies). Uma chave docotômica é apresentada para a identificação das espécies.

Palavras-chave: biodiversidade, Phytoseiidae, Phytoseiulus macropilis, Neoseiulus californicus.

ABSTRACT

The aim of this study was to determine the species predatory mites on strawberry crop and associated plants in the State of Rio Grande do Sul. It was conducted in Bom Princípio, Capitão and Lajeado counties, in crops of strawberry Oso Grande variety in low tunnels. The evaluations were done monthly between August 2002 and March 2004. In the plants of strawberry, the samples were constituted of three leaves collected in each of 15 plants taken randomly, totaling 45 leaves/field. In the associated plants, the sampling effort was of one hour for each plant evaluated. Mites of the families Ascidae, Parasitidae, Phytoseiidae, Cunaxidae, Erythraeidae, Stigmaeidae and Tydeidae were observed associated with the two-spotted spider mite, Tetranychus urticae Koch, 1836, important pest of this crop in the region where the study was conducted. Twenty species were identified, 14 of which belong to the family Phytoseiidae. Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) and Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) were the most common species. On associated plants, the highest diversity of predatory mites was found on Richardia sp. (six mite species), Agerantum conyzoides L. (four mite species) and Sonchus oleraceus L., Bidens pilosa L. and Rumex sp. (three mite species). A dichotomous key is presented for the separation of the species collected.

Keywords: biodiversity, Phytoseiidae, Phytoseiulus macropilis, Neoseiulus californicus.

Introdução

O morango (Fragaria sp.) é uma planta herbácea, rasteira e perene da família Rosaceae, propagada por via vegetativa, através de estolhos. Em geral, a cultura para produção de frutos é renovada anualmente. A parte comestível é um pseudo-fruto, originário do receptáculo floral que se torna carnoso e suculento. Seu cultivo é bastante desenvolvido em vários países do mundo, especialmente nos de clima temperado.

No Brasil, a cultura do morangueiro é uma importante atividade de famílias de pequenos e médios agricultores. No Estado do Rio Grande do Sul, embora cultivado há muitos anos, a partir da década de 1990 passou a ser de importância comercial, ocupando grande contingente de mão-de-obra, sendo de grande importância econômica e social. Normalmente é feita por produtores estabelecidos em minifúndios que utilizam à mão-de-obra familiar para a produção.

Doenças e pragas podem comprometer de forma significativa a produção desta cultura. Atualmente, os ácaros são os organismos que vêm causando maiores danos e prejuízos a esta cultura. Seu controle tem sido difícil, e o uso de produtos químicos para tanto pode causar problemas de contaminação (Garcia & Chiavegato 1997).

Ácaros das famílias Tetranychidae são relatados como pragas importantes desta cultura. Dentre estes, o ácaro rajado (Tetranychus urticae Koch, 1836) é a espécie de maior relevância no Brasil e em diversas regiões produtoras de outros países. Ataca principalmente a face inferior das folhas desenvolvidas, provocando a formação de manchas branco-prateadas. Na face superior aparecem áreas inicialmente cloróticas, passando a bronzeadas, podendo haver seca e queda das folhas (Flechtmann 1979). Aparece principalmente na época de frutificação e colheita de frutos (Calza & Suplicy 1967), podendo reduzir tanto a qualidade quanto a quantidade dos frutos (Chiavegato 1979).

Na forma convencional, o ácaro rajado é controlado com o uso de acaricidas. Esta forma de controle está sofrendo resistência dos consumidores devido à dificuldade em respeitar o período de carência e pela toxicidade dos produtos utilizados. Entretanto, vários estudos demonstram que ácaros predadores da família Phytoseiidae podem controlar, de forma efetiva, populações de ácaro rajado nesta cultura. Na Europa e Estados Unidos, Phytoseiulus persimilis Athias-Henriot demonstrou efetivo controle de T. urticae na cultura do morango (Simmonds 1971; Oatmann et al. 1976; Oatman et al. 1977a; Oatman & McMurtry 1966). No Sul da Califórnia, Neoseiulus californicus (McGregor) tem sido liberado para o controle de tetraniquídeos em uma grande diversidade de culturas, incluindo morango (Strong & Croft 1995; McMurtry & Croft 1997), com efetivo controle da praga (Oatmann et al. 1977a, b). No Brasil, Phytoseiulus macropilis (Banks) é um fitoseídeo comumente encontrado associado a populações de tetraniquídeos, ocorrendo naturalmente em morangueiro nas regiões sul e sudeste (Garcia & Chiavegato 1997, Marchetti & Ferla 2004).

O objetivo deste estudo foi reconhecer as espécies de ácaros predadores em cultura de morangueiro e em plantas encontradas no interior ou nos arredores das culturas, no Estado do Rio Grande do Sul.

Material e Método

Este estudo foi conduzido nos municípios de Bom Princípio, Capitão e Lajeado, Rio Grande do Sul, em plantações de morango da variedade Oso Grande, mantidas em túnel baixo. As avaliações foram realizadas mensalmente entre agosto de 2002 e março de 2004.

Nas plantas de morango, as amostras foram constituídas de três folhas coletadas de cada uma das 15 plantas escolhidas ao acaso em cada campo, totalizando 45 folhas/campo. As folhas foram destacadas e postas separadamente em sacos plásticos, mantidas em caixa de isopor com gelo para manter baixa a temperatura, e levadas ao laboratório para realizar a contagem e coleta dos ácaros.

Ácaros predadores foram também coletados mensalmente em cinco espécies de plantas comumente encontradas no interior ou nos arredores da cultura de morango. Em cada uma das espécies o esforço amostral para coleta foi realizado durante um período de uma hora.

A contagem foi realizada diretamente sobre as folhas, utilizando microscópio estereoscópico, observando as duas faces da folha. Com a utilização de pincel de ponta fina, os ácaros foram coletados e guardados em álcool 70% para posterior montagem e identificação. Todos os ácaros foram montados em meio de Hoyer (Jeppson et al. 1975). As lâminas montadas foram mantidas em estufa a 50-60 °C, por cerca de 10 dias para a fixação, distensão e clarificação dos espécimes e secagem do meio. A identificação foi feita com o auxílio de microscópio óptico com contraste de fases.

Espécimes representantes de cada uma das espécies encontradas foram depositados na Coleção de Referência de Ácaros do Museu de Ciências Naturais do Centro Universitário UNIVATES (ZAUMCN), Lajeado, Rio Grande do Sul.

Resultados

Foi encontrado um total de 855 ácaros pertencentes às famílias Ascidae, Cunaxidae, Erythraeidae, Parasitidae, Phytoseiidae, Stigmaeidae e Tydeidae, em 28 espécies de plantas analisadas. Vinte espécies de ácaros foram identificadas, 14 das quais pertencem à família Phytoseiidae. São apresentadas, a seguir, as espécies acarinas e as plantas sobre as quais as espécies acarinas foram encontradas.

Ordem mesostigmata

ASCIDAE Voigts & Oudemans, 1905

1. Lasioseius sp.

Espécimes examinados: Capitão: Bidens pilosa L., XI-2002 (1); Richardia sp. III-2003 (1).

PARASITIDAE Oudemans, 1901

2. Parasitus sp.

Espécimes examinados: Capitão: Coronopus didymus (L.) Sm., XI-2003 (1).

PHYTOSEIIDAE Berlese, 1913

Amblyseinae

Amblydromalus limonicus (Garman & McGregor, 1956)

Amblyseius limonicus Garman & McGregor, 1956: 11; Moraes et al. 1994:211.

Amblyseiopsis limonicus Garman, 1958: 78.

Typhlodromus (Amblyseius) limonicus Chant, 1959:96.

Typhlodromus (Amblyseius) garmani (sinonímia, de acordo com Moraes et al. 1986).

Typhlodromalus limonicus DeLeon, 1967:22; Muma et al. 1970: 90.

Amblydromalus limonicus Chant & McMurtry 2005: 203.

Espécimes examinados: Bom Princípio: S. oleraceus, VIII-2003 (1).

Registros prévios no Brasil: Bahia, Minas Gerais e Pernambuco (Moraes et al. 1994).

1. Amblyseius operculatus DeLeon, 1967

Amblyseius operculatus DeLeon, 1967: 26; Denmark & Muma, 1989: 47.

Espécimes examinados: Capitão: Rumex sp., VIII-2003 (1).

Registros prévios no Brasil: Pernambuco e São Paulo (Moraes et al. 2004).

2. Euseius concordis (Chant, 1959)

Typhlodromus (Amblyseius) concordis Chant, 1959: 69.

Amblyseius (Iphiseius) concordis Muma, 1961: 288.

Amblyseius concordis Chant & Baker, 1965: 22; Moraes & McMurtry, 1983: 138.

Euseius concordis Denmark & Muma, 1973: 264; Feres & Moraes, 1998: 127; Moraes & McMurtry, 1983: 138; Ferla & Moraes, 1998; Ferla & Moraes, 2002a.

Espécimes examinados: Lajeado: Fragaria sp., II-2004 (4); III-2004 (5).

Registros prévios no Brasil: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo (Moraes et al. 2004).

3. Fundiseius sp.

Espécimes examinados: Capitão: Fragaria sp., X-2003 (1).

4. Neoseiulus anonymus (Chant & Baker, 1965)

Amblyseius anonymus Chant & Baker, 1965: 21; McMurtry, 1983: 254; Schicha & Elshafie, 1980: 32.

Neoseiulus anonymus Denmark & Muma, 1972: 27; Kreiter & Moraes, 1997: 378; Moraes & Mesa, 1988: 76; Moraes et al., 1991: 126; Moraes et al., 2000: 245.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Fragaria sp. IX-2002 (2); X-2002 (4). Lajeado: Fragaria sp., IX-2002 (2); X-2002 (4).

Registros prévios no Brasil: Mato Grosso (Ferla & Moraes, 2002) Paraná, Pernambuco e São Paulo (Moraes et al. 2004).

5. Neoseiulus californicus (McGregor, 1954)

Typhlodromus californicus McGregor, 1954: 89; El-Banhawy, 1979: 113.

Neoseiulus chilenensis Dosse, 1958: 55 (sinonímia, de acordo com Athias-Henriot, 1977, El-Banhawy, 1979 e Moraes & Mesa, 1988).

Espécimes examinados: Bom Princípio: Fragaria sp.IX-2002 (1); XI-2003 (7); X-2002 (9); XI-2002 (1); V-2003 (1); VII-2003 (1); IX-2003 (183); X-2003 (10). Capitão: Fragaria sp., X-2003 (2). Lajeado: Fragaria sp., XI-2003 (1); IX-2003 (7); IX-2002 (1); XI-2002 (2); XII-2002 (3); II-2003 (5); 9-II-2004 (2); Richardia sp., II-2003 (1).

Registros prévios no Brasil: Rio Grande do Sul (Ferla & Moraes 1998 e 2002)

6. Neoseiulus tunus (DeLeon, 1967)

Typhlodromips tunus DeLeon, 1967: 29; Denmark & Muma, 1973: 253;

Amblyseius tunus Feres & Moraes, 1998: 126.

Neoseiulus tunus Ferla & Moraes, 2002a: 872 e 2002b: 1018.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Sonchus oleraceus L., IX-2002 (1). Capitão: S. oleraceus L., XI-2002 (1).

Registros prévios no Brasil: Rio Grande do Sul (Ferla & Moraes 1998 e 2002b) e São Paulo (Moraes et al. 2004)

7. Phytoseilus macropilis (Banks, 1905)

Laelaps macropilis Banks, 1905: 139.

Phytoseiulus speyeri Evans, 1952: 398 (sinonímia de acordo com Kennet, 1958: 477).

Phytoseiulus chanti Ehara, 1966: 135 (sinonímia de acordo com Denmark & Muma, 1973: 236).

Phytoseiulus macropilis Schuster & Prichard, 1963: 279; Muma et al., 1970: 30; McMurtry, 1983: 259; Denmark & Schicha, 1983: 31; Kreiter & Moraes, 1997: 378.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Ageratum conyzoides L., X-2002 (3); Fragaria sp., IX-2002 (187); X-2002 (9); V-2003 (1); VIII-2003 (3); IX-2003 (208); S. oleraceus, IX-2002 (2). Capitão: Fragaria sp., XI-2002 (3); XI-2002 (3). Lajeado: Fragaria sp., XI-2003 (2).

Registros prévios no Brasil: Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo (Moraes et al. 2004).

8. Proprioseiopsis cannaensis (Muma, 1962)

Amblyseiulus cannaensis Muma, 1962: 4.

Amblyseius cannaensis Moraes & McMurtry, 1983: 132.

Proprioseipsis cannaensis Muma et al. 1970: 38.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Richardia sp., IV-2003 (1). Capitão: Fragaria sp., I-2003 (1).

Registros prévios no Brasil: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e São Paulo (Moraes et al. 2004).

9. Typhlodromalus aripo (DeLeon, 1967)

Typhlodromalus aripo DeLeon, 1967:21; Denmark & Muma, 1973: 258.

Amblyseius aripo Moraes & McMurtry, 1983: 132; Moraes & Mesa, 1988: 73; Feres & Moraes, 1998: 126.

Espécimes examinados: Bom Princípio: A. conyzoides, X-2002 (2); X-2003 (2); XII-2002 (1); IV-2003 (7); XII-2003 (9); B. pilosa XII-2002 (5); I-2003 (3); IV-2003 (4); XII-2003 (1). Fragaria sp., IX-2002 (1); X-2002 (2); XI-2002 (3); III-2003 (3); VII-2003 (2); XII-2003 (1); III-2004 (10); Galinsoga sp., IV-2003 (6); Richardia sp., XII-2002 (4); IV-2003 (2); Rumex sp., IV-2003 (3); S. oleraceus X-2003 (5); I-2004 (2); Stachys arvensis L., II-2003 (10); XI-2003 (10). Capitão: B. pilosa I-2003 (1); II-2003 (2); Bowlesia incana Ruiz x Poa, VIII-2003 (1); Commelina sp., I-2003 (6); Fragaria sp., I-2003 (2); X-2003 (2); V-2003 (4); VIII-2003 (1); IX-2003 (4); XII-2003 (2); Galinsoga sp., XI-2002 (1); Richardia sp., III-2003 (1); Rumex sp. IV-2003 (1); Stachys arvensis L., VIII-2003 (1). Lajeado: B. pilosa X-2002 (1); Richardia sp., XII-2002 (4); IV-2003 (3).

Registros prévios no Brasil: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo (Moraes et al. 2004).

10. Typhlodromips sp.

Espécimes examinados: Bom Princípio: A. conyzoides XII-2002 (1); IV-2003 (1); Fragaria sp., X-2002 (1); X-2003 (1); XI-2002 (1); I-2004 (1); VII-2003 (1). Capitão: Fragaria sp., IX-2003 (1).

11. Typhlodromips mangleae DeLeon, 1967

Typhlodromips mangleae DeLeon, 1967: 28.

Amblyseius mangleae Moraes & Mesa, 1988; Moraes et al. 1991: 124; Ferla & Moraes, 2002: 1014.

Espécimes examinados: Bom princípio: A. conyzoides L., IV-2003 (1); B. pilosa III-2003 (1); IV-2003 (3); Fragaria sp., III-2003 (1); Galinsoga sp., IV-2003 (2); Rumex sp., V-2003 (1); IV-2003 (1).

Registros prévios no Brasil: Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo (Moraes et al. 2004).

Phytoseiinae

1. Phytoseius guianensis DeLeon, 1965

Phytoseius guianensis DeLeon, 1965: 18; Denmark, 1966: 23; Denmark & Muma, 1983: 144; Ferla & Moraes, 2002b: 1019.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Sida rhombifolia L., III-2003 (2). Vernonia polyanthes Lees. II-2003 (1).

Registros prévios no Brasil: Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo (Moraes et al. 2004).

Typhlodrominae

1. Typhlodromus (Anthoseius) transvaalensis (Nesbitt, 1951)

Kampimodromus transvaalensis Nesbitt, 1951: 55.

Typhlodromus transvaalensis Chant, 1955: 498; Ferla & Moraes, 2002:1020.

Espécimes examinados: Capitão: Fragaria sp., VIII-2002 (1).

Registros prévios no Brasil: Rio Grande do Sul e São Paulo (Moraes et al. 2004).

Ordem prostigmata

Cunaxidae Thor, 1902

1. Neocunaxoides sp.

Espécimes examinados: Lajeado: Richardia sp. II-2003 (1).

Erythraeidae

1. Callidosoma sp.

Espécimes examinados: Lajeado: Fragaria sp., II-2003 (1); Richardia sp. II-2003 (1).

Stigmaeidae Oudemans, 1931

1. Agistemus floridanus Gonzalez-Rodriguez, 1965

Agistemus floridanus Gonzalez-Rodriguez, 1965: 42.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Fragaria sp., X-2002 (2).

Tydeidae Kramer, 1877

1. Pronematus sp.

Espécimes examinados: Bom Princípio: Fragaria sp., VIII-2002 (1); XI-2002 (1); Leonurus sibiricus L., X-2003 (1); Capitão: Fragaria sp., III-2003 (1).

Os ácaros encontrados em cada uma das espécies de plantas amostradas são apresentados na Tabela 1.

1. Tarso do palpo com apotele; tritosterno presente; estigmas localizados lateralmente entre as coxas III e IV e associados ao peritrema ................. Ordem Mesostigmata ............. 2 - Tarso do palpo sem apotele; tritosterno ausente; sem estigmas no segundo par de coxas .................. Ordem Prostigamata ............ 17 2. Escudo genital triangular e ladeado por escudos metaesternais desenvolvidos. Apotele trifurcado .................. Parasitidae ............................... Parasitus sp. - Escudos genitais e metaesternais não como acima. Apotele bifurcado .............. 3 3. Com mais de 24 pares de setas dorsais ........ Ascidae ............ Lasioseius sp. - Com menos de 24 pares de setas dorsais ................ Phytoseiidae ................ 4 4. Região podonotal do escudo dorsal com quatro pares de setas "laterais" (j3, z2, z4 e s4) ......... Amblyseiinae ...... 6 - Região podonotal do escudo dorsal com seis pares de setas "laterais" (j3, z2, z3, z4, s4 e s6) ......................................... 5 5. Seta Z1, S2, S4 e S5 ausentes ......... Phytoseinae ........ Phytoseius guianensis - Ao menos uma das setas Z1, S2, S4 e S5 presentes ..... Typhlodrominae .......... ...................................................................... Typhlodromus transvaalensis 6. Setas j6 mais longa que o dobro da distância entre suas bases ....... Phytoseiulus macropilis - Setas j6 menores que o dobro da distância entre suas bases .......... 7 7. Seta Jv1 afastada da margem anterior do escudo ventrianal; peritrema normalmente curto, raramente estendendo-se além da base da seta z2 .... Euseius concordis - Seta Jv1 inserida próxima à margem do escudo ventrianal; peritrema normalmente estendendo-se até a base da seta j1 ....................................... 8 8. Genu III sem macrosetas; perna IV com ou sem macrosetas ........ 9 - Genu III e genu, tíbia e tarso IV com macrosetas (às vezes outras pernas também com macrosetas .......................................................................................... 12 9. Fortemente esclerotizados; marrons; escudo ventrais relativamente amplos; perna IV com macrosetas ....................... Fundiseius - Levemente esclerotizados; coloração levemente amarelada; escudos ventrais pouco alargados; perna IV com ou sem macrosetas................................. Neoseiulus ................................ 10 10. Maioria das setas do escudo dorsal longas, geralmente ultrapassando a distância entre as bases das setas vizinhas ................... Neoseiulus anonymus - Maioria das setas do escudo dorsal curtas, não alcançando as bases das setas vizinhas .............................................................................................. 11 11. Algumas setas da metade anterior do escudo dorsal serreadas; escudo dorsal com estriações leves ................... Neoseiulus tunus - Todas as setas da metade anterior do escudo dorsal lisas; escudo dorsal sem estrias ou com estriações bem pronunciadas ............................................................ Neoseiulus californicus 12. Seta J2 ausente ........ Proprioseiopsis cannaensis - Seta J2 presente ...... 13 13. Tarso I com seta proximal ereta; setas Z5 consideravelmente maiores que a distância entre as suas bases ................. Amblyseius operculatus - Tarso I sem seta proximal ereta; setas Z5 normalmente menores que a distância entre as suas bases ................................................................................................ 14 14. Margem posterior do escudo esternal trilobada, frequentemente não visível; escudo ventrianal em forma de vaso ........................ 1 - Margem posterior do escudo esternal reta ou côncava, sempre bem visível; escudo ventrianal aproximadamente pentagonal ................................................................. 16 15. Razão do comprimento entre as setas s4: Z1 é maior do que 3:1; escudo dorsal liso; setas Z4 com 13 µm ........................... Amblydromalus limonicus - Razão do comprimento entre as setas s4: Z1 é menor do que 3:1; escudo dorsal reticulado; setas Z4 com 67 µm ..................................................... Typhlodromalus aripo 16. Setas s4 com 23 µm, Z4 com 33 µm e Z5 com 69 µm .............. Typhlodromips mangleae - Setas s4 com 58 µm, Z4 com 68 µm e Z5 com 70 µm ... Typhlodromips 17. Quelas edentadas ou em lâmina recurvada; com dois pares de tricobótrias no dorso do propodossoma ............................. 18 - Quelas em forma de estiletes; com um ou nenhum par de tricobótrias no dorso do propodossoma ................ 19 18. Adultos e ninfas com corpo densamente coberto de setas; dígito móvel da quelícera longo e retilíneo; sem discos genitais ..... Erythraeidae ....... Callidossoma - Adultos e ninfas com corpo com poucas setas; dígito móvel em forma de lâmina recurvada; com discos genitais ................... Cunaxidae ............ Neocunaxoides 19. Com um par de tricobótrias no dorso do propodossoma; sem escudos dorsais, tarso I sem apotele; sem seta no trocanter I ........ Tydeidae .......... Pronematus - Sem tricobótrias no dorso do propodossoma; com escudos dorsais; tarso I com apotele ........................... Stigmaeidae ......................... Agistemus floridanus

A chave dicotômica apresentada a seguir pode ser utilizada para a separação dos grupos de ácaros encontrados.

Discussão

Neste estudo, os fitoseídeos foram os ácaros que apresentaram maior diversidade, estando presentes na maioria das plantas amostradas (Tabela 1). Dos 855 ácaros coletados, 843 pertenceram a esta família. Quatorze espécies, pertencentes a nove gêneros estiveram representadas, sendo P. macropilis e N. californicus as espécies mais abundantes. Nesta família, o gênero Neoseiulus Hughes apresentou três espécies, seguidos do gênero Typhlodromips DeLeon, com duas espécies. As demais famílias acarinas (Ascidae, Cunaxidae, Erythraeidae, Parasitidae, Stigmaeidae e Tydeidae) foram encontradas apenas esporadicamente.

Phytoseiulus macropilis e N. californicus com 421 e 237 espécimes, respectivamente, foram coletados, em sua maioria, sobre Fragaria sp.. Typhlodromalus aripo, com 135 espécimes esteve presente sobre Fragaria sp. e demais plantas avaliadas.

Agistemus floridanus foi encontrado apenas em Fragaria sp.. Esta espécie foi encontrada em abundância em plantações de seringueira no estado do Mato Grosso (Ferla & Moraes 2002). Apresenta altos níveis de oviposição quando alimentado com Tetranychus mexicanus (McGregor) (Moraes & Ferla 2003), indicando que este ácaro possa se manter no ambiente alimentando-se de T. urticae. Entretanto, devido ao baixo número de espécimes neste estudo, T. urticae parece não ser presa adequada. Mattioli & Oliveira (2000) observaram maior oviposição de Agistemus aff. bakeri quando alimentado com B. phoenicis se comparado a T. urticae e Panonychus citri (McGregor).

Em relação à espécie vegetal sobre a qual cada ácaro foi encontrado, Typhlodromalus aripo e Typhlodromips mangleae foram as espécies de maior freqüência, tendo sido encontradas em dez e cinco espécies, respectivamente, das 28 espécies vegetais avaliadas. Typhlodromalus aripo é uma espécie de ácaro predador comumente associada a Mononychellus tananjoa (Bondar) na cultura de mandioca no Nordeste (Moraes et al. 1990), encontrado quase que exclusivamente nos brotos terminais (Bakker 1993). Também foi relatado em outras culturas e em plantas daninhas em associação com outras espécies acarinas (Moraes & McMurtry 1983; Moraes et al. 1990; Noronha et al. 1997). Typhlodromips mangleae também foi observado, porém em menor número, em plantas nativas no estado do Rio Grande do Sul (Ferla & Moraes 2002).

Quanto às plantas invasoras encontradas nas proximidades das campos de morangueiro, Richardia sp., Agerantum conyzoides, Sonchus oleraceus, Bidens pilosa e Rumex sp. foram as que apresentaram maior número de espécies de ácaros com seis, quatro, quatro e três espécies, respectivamente. Algumas espécies de plantas apresentaram baixa diversidade de predadores e em catorze espécies vegetais não foram encontrados ácaros predadores. Estes resultados, entretanto, podem estar influenciados pela freqüência com que cada espécie vegetal foi encontrada nos diferentes locais avaliados por este estudo, de forma que a ausência ou baixa freqüência de predadores em determinada espécie vegetal pode ser devido ao fato de que poucas plantas desta espécie tenham sido avaliadas. Assim, a maior diversidade e abundância em Fragaria sp. pode ser explicada pelo maior esforço amostral e maior abundância nos locais avaliados.

As freqüências relativas das famílias encontradas e os níveis de diversidade dentro de cada família estão compatíveis com o que seria esperado de acordo com os resultados de outros autores em outras regiões (Ferla & Moraes 2002). Os fitoseídeos são, de maneira geral, os predadores mais abundantes e diversos em plantas cultivadas e silvestres, seguidos, normalmente, pelos estigmeídeos, numa distante segunda posição. Ácaros destas duas famílias têm sido citados preponderantemente como predadores de outros ácaros (Moraes 2002; Ferla & Moraes 1998). Outros grupos de ácaros predadores também encontrados neste estudo parecem ter alimentação mais diversa, incluindo vários insetos como presas, e usualmente ocorrem em níveis muito menores (Gerson 1985; Moraes 2002). Ferla & Moraes (2002) avaliaram a diversidade de ácaros predadores plantícolas em vegetação nativa e introduzida no Rio Grande do Sul e encontraram 30 espécies de ácaros predadores, sendo Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma a mais abundante. Naquele estudo, T. aripo e N. californicus também estiveram presentes, porém em menores proporções que as encontradas no presente trabalho.

Muitos trabalhos têm enfatizado o uso de culturas de cobertura em pomares para o aumento da população de inimigos naturais, voltados em sua maioria para o controle biológico conservativo. Na família Phytoseiidae, os ácaros generalistas se alimentam de pólen, fungos e ácaros e podem sobreviver em pomares em alta densidade mesmo quando as presas primárias são escassas ou temporariamente extintas, enquanto que as espécies especialistas necessitam que uma determinada espécie de presa permaneça no ambiente, sendo que na sua ausência se extinguem localmente por falta de alimento (Altieri 2003, McMurtry & Croft 1997, Moraes 1991). Dentre as espécies encontradas, apenas P. macropilis, observado principalmente sobre Fragaria sp., pertenceu a categoria dos fitoseídeos predadores especialistas. Além disso, N. californicus e N. anonymus são predadores seletivos que também podem se alimentar na presença de tetraniquídeos. As demais espécies são generalistas, sendo que muitas delas carecem de estudos ecológicos que definam a presa mais adequada e sua capacidade de controle de pragas.

Recebido em 10/11/06

Versão reformulada recebida em 29/03/07

Publicado em 01/05/07

ISSN 1676-0603.

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  • 1
    Autor para correspondência: Noeli Juarez Ferla, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Nov 2007
    • Data do Fascículo
      2007

    Histórico

    • Aceito
      01 Maio 2007
    • Revisado
      29 Mar 2007
    • Recebido
      10 Nov 2006
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