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Nossa Capa - Pissarro: o pintor da terra

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Pissarro: o pintor da terra

Camile Pissarro nasceu em 10 de julho de 1830 na Ilha de St. Thomas, nas Antilhas. Filho de Abraham Gabriel Pissarro, um judeu francês de origem portuguesa, e de Raquel Manzano, uma mulata, Pissarro demonstrou um talento precoce para o desenho, mas não foi encorajado por seus pais, que possuíam uma loja de ferragens no porto de Charlotte-Amalie e haviam planejado para ele a carreira de comerciante.

Aos 11 anos, foi enviado à França para continuar sua educação. Ao fim do curso, aos 17 anos, voltou à Ilha de St. Thomas e começou a trabalhar com o pai. Não aguentou muito tempo a áspera rotina, abandonou tudo e viajou para Caracas, na Venezuela, em 1852. Em 1855, seu pai percebeu que não havia jeito de abafar seu talento e ajudou Pissarro a voltar à França, onde começou a estudar e trabalhar seriamente na pintura acadêmica.

Em 1857, Pissarro conheceu Monet, então com apenas 17 anos. Como tiveram uma educação similar, compartilhavam gostos e possuíam temperamentos semelhantes, deu-se uma forte sintonia entre eles e nasceu daí uma grande amizade.

Em 1859, foi exposto o seu primeiro quadro no Salão de Paris, Paisagem em Montmorency, mas as pinturas que ele submeteu nos dois anos seguintes foram rejeitadas.

Pissarro casou-se em 1861 com Julie Vellay, que lhe deu sete filhos. Em 1864 e 1866, teve seus quadros incluídos novamente na mostra principal em Paris e elogiados pela crítica. Neste último ano, mudou-se para Pontoise, na região de Vexin, onde entre idas e vindas viveu muitos anos e pintou as paisagens conhecidas que amava, consolidando sua pintura ao "ar livre".

Durante a guerra franco-prussiana (1870-1871), fugiu para Surrey, na Inglaterra, retornando ao fim da guerra com cores mais leves, vibrantes e luminosas em sua obra. Passou por 10 anos de muita criação, pouco reconhecimento e graves problemas financeiros. Apenas em 1882, após o sucesso da exposição dos independentes impressionistas, Pissarro começou a ver melhoras em sua vida artística. Nessa fase, aproximou-se de Seurat e de Paul Signac e encheu-se de novas ideias, incluindo novas técnicas como o pontilhismo ou divisionismo.

Pissarro sofria, há anos, de uma infecção nos olhos e, motivado por outros problemas de saúde, mudou-se definitivamente, em 1890, para Eragny-Bazincourt, fugindo do clima úmido de Pontoise. Em 1892, seu sucesso comercial e artístico confirmou-se com o êxito de sua exposição individual. Na década de 1890, abandonou o pontilhismo e viajou bastante pela Europa em busca de novas paisagens. Nos últimos anos, pintou atrás de vidraças, resguardado da umidade, do frio e do vento.

Pissarro, o poeta dos campos e das aldeias da França, das ruas de Paris e de seus habitantes, morreu em 13 de novembro de 1903.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Jan 2011
  • Data do Fascículo
    Dez 2010
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