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Tradução e adaptação transcultural do Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) para o Brasil

Translation and cross-cultural adaptation of the Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI)

Resumos

INTRODUÇÃO: O transtorno disfórico interictal (TDI) se constitui em uma síndrome comportamental descrita principalmente em pacientes com epilepsia. A apresentação pleomófica e inespecífica dos seus sintomas, no entanto, dificulta seu diagnóstico. O Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) é um instrumento recentemente criado com a finalidade de facilitar o diagnóstico do TDI entre os pacientes com epilepsia. OBJETIVO: Tradução e adaptação cultural do Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDD) MÉTODOS: Vinte e um pacientes em acompanhamento regular no ambulatório de Epilepsia do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP responderam ao questionário. A versão original foi obtida com um dos autores da escala (Marco Mula) que concedeu a versão original em inglês para a tradução. Dois professores de inglês nativos fizeram a retrotradução. As versões em português e a retrotraduzida foram comparadas à original e após consenso foi obtida a versão final. RESULTADOS: Dos pacientes entrevistados, 17 (81%) eram do sexo feminino, com média de idade de 32,3 anos. Sete completaram o ensino fundamental, enquanto quatro completaram o ensino médio e dois, o ensino superior. Após a aplicação dos 21 questionários apenas a questão D do Apêndice não foi compreendida por três pacientes, tendo sido reescrita. CONCLUSÃO: o ITDI demonstrou-se uma escala de fácil aplicação na população brasileira, constituindo-se de grande utilidade para a avaliação do TDI em pacientes com epilepsia.

Transtorno disfórico interictal; transtornos psiquiátricos; epilepsia


INTRODUCTION: Interictal dysphoric disorder (IDD) is a behavioral syndrome described mainly in epileptic patients. The pleomorphic and unspecific nature of its symptoms makes difficult its recognition. The Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) is an instrument specifically created to evaluate IDD symptoms and to facilitate its diagnosis. PURPOSE: Translation and cross-cultural adaptation of the Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI). METHODS: Twenty-one patients regularly accompanied in the outpatient epilepsy clinic of Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP answered the questionnaire. The original version in English for translation was obtained with one of the authors (Marco Mula). Later, two independent native English-speaking teachers fluent in Portuguese translated this consensus version back into English. Comparison of the back-translation with the original English version showed only a few discrepancies and the English and Portuguese versions were considered conceptually equivalents. RESULTS: Seventeen female (81%) and four male (19%) answered the questionnaire. The mean age was of 32.3 years and seven had primary school, four had completed secondary and two, higher education. After patients had answered the 21 questionnaires, only three of them did not understand question D of the Appendix section, which had to be rewritten. CONCLUSION: Brazilian patients easily understood the questions of IDDI. We believe that after finishing validation of its psychometric properties this instrument will be very helpful to evaluate the IDD in Brazilian people with epilepsy.

Interictal dysphoric disorder; psychiatric disorders; epilepsy


REVIEW ARTICLE

Tradução e adaptação transcultural do Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) para o Brasil

Translation and cross-cultural adaptation of the Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI)

Gerardo Maria de Araujo FilhoI, II; Guilherme Nogueira M. de OliveiraIII; Carlos Henrique OlivaII; Lenon MazettoI, II; Arthur M. KummerIII; Neide Barreira AlonsoI; Antônio Lucio TeixeiraIII; Elza Marcia Targas YacubianI

IDepartamento de Neurologia e Neurocirurgia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, Brasil

IIDepartamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, Brasil

IIIUnidade de Neuropsiquiatria, Serviço de Neurologia, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Gerardo Maria de Araujo Filho Departamento de Neurologia e Neurocirurgia - UNIFESP Rua: Botucatu, 740 - Vila Clementino CEP 04023-900, São Paulo, SP, Brasil Fax: (11)5549-3819 E-mail: < filho.gerardo@gmail.com>

RESUMO

INTRODUÇÃO: O transtorno disfórico interictal (TDI) se constitui em uma síndrome comportamental descrita principalmente em pacientes com epilepsia. A apresentação pleomófica e inespecífica dos seus sintomas, no entanto, dificulta seu diagnóstico. O Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) é um instrumento recentemente criado com a finalidade de facilitar o diagnóstico do TDI entre os pacientes com epilepsia.

OBJETIVO: Tradução e adaptação cultural do Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDD)

MÉTODOS: Vinte e um pacientes em acompanhamento regular no ambulatório de Epilepsia do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP responderam ao questionário. A versão original foi obtida com um dos autores da escala (Marco Mula) que concedeu a versão original em inglês para a tradução. Dois professores de inglês nativos fizeram a retrotradução. As versões em português e a retrotraduzida foram comparadas à original e após consenso foi obtida a versão final.

RESULTADOS: Dos pacientes entrevistados, 17 (81%) eram do sexo feminino, com média de idade de 32,3 anos. Sete completaram o ensino fundamental, enquanto quatro completaram o ensino médio e dois, o ensino superior. Após a aplicação dos 21 questionários apenas a questão D do Apêndice não foi compreendida por três pacientes, tendo sido reescrita.

CONCLUSÃO: o ITDI demonstrou-se uma escala de fácil aplicação na população brasileira, constituindo-se de grande utilidade para a avaliação do TDI em pacientes com epilepsia.

Unitermos: Transtorno disfórico interictal, transtornos psiquiátricos, epilepsia.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Interictal dysphoric disorder (IDD) is a behavioral syndrome described mainly in epileptic patients. The pleomorphic and unspecific nature of its symptoms makes difficult its recognition. The Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) is an instrument specifically created to evaluate IDD symptoms and to facilitate its diagnosis.

PURPOSE: Translation and cross-cultural adaptation of the Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI).

METHODS: Twenty-one patients regularly accompanied in the outpatient epilepsy clinic of Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP answered the questionnaire. The original version in English for translation was obtained with one of the authors (Marco Mula). Later, two independent native English-speaking teachers fluent in Portuguese translated this consensus version back into English. Comparison of the back-translation with the original English version showed only a few discrepancies and the English and Portuguese versions were considered conceptually equivalents.

RESULTS: Seventeen female (81%) and four male (19%) answered the questionnaire. The mean age was of 32.3 years and seven had primary school, four had completed secondary and two, higher education. After patients had answered the 21 questionnaires, only three of them did not understand question D of the Appendix section, which had to be rewritten.

CONCLUSION: Brazilian patients easily understood the questions of IDDI. We believe that after finishing validation of its psychometric properties this instrument will be very helpful to evaluate the IDD in Brazilian people with epilepsy.

Keywords: Interictal dysphoric disorder, psychiatric disorders, epilepsy.

INTRODUÇÃO

A associação complexa existente entre epilepsia e transtornos psiquiátricos está entre os mais frequentes e importantes aspectos da epileptologia. Estudos na literatura têm enfatizado cada vez mais essa relação, comprovando o crescente interesse pelo tema. Sintomas e transtornos psiquiátricos estão associados a praticamente todas as síndromes epilépticas e contribuem para uma maior dificuldade no manejo desses pacientes e por comprometimento da qualidade de vida.1-3 Inúmeras alterações comportamentais podem ocorrer em pacientes com epilepsia, variando desde quadros depressivos e ansiosos até quadros psicóticos potencialmente graves.(4-6)

Estudos na literatura têm evidenciado, entretanto, a presença de sintomas intermitentes de caráter somático ou afetivo que se apresentam entre pacientes com epilepsia crônica.7 Manifestam-se de maneira pleomórfica, incluindo principalmente oito sintomas: humor deprimido ou eufórico, irritabilidade, inércia, insônia, ansiedade, medo, dores atípicas.7 Ocorrem em intervalos variados e são flutuantes, podendo durar desde horas até três dias, nunca preenchendo critérios temporais ou de intensidade suficientes para o diagnóstico de um transtorno de ansiedade ou de humor descritos pelo DSM-IV ou pela CID-10.8,9 As características clínicas descritas têm sido atualmente reunidas em uma entidade nosológica denominada "Transtorno Disfórico Interictal-TDI" (Interictal Disphoric Disorder-IDD).10,11 O TDI é caracterizado pelos oito sintomas-chave já descritos, que são divididos em três dimensões: sintomas depressivos (humor depressivo, anergia, dor, insônia), afetivos (medo, ansiedade) e sintomas denominados "específicos" (irritabilidade paroxística e humor eufórico). A presença de pelo menos três dos sintomas produzindo considerável disfunção social e ocupacional aos pacientes com epilepsia é suficiente para o estabelecimento do referido diagnóstico.7,11

Apesar de o TDI constituir-se em uma entidade nosológica válida,12,13 a ausência de instrumentos para a realização do seu diagnóstico têm sido um desafio para os clínicos e epileptologistas.14 A elaboração do Interictal Dysphoric Disorder Inventory (IDDI) facilitou o estabelecimento da prevalência desse transtorno entre os pacientes com epilepsia, possibilitando a realização do diagnóstico e a elaboração de estratégias terapêuticas e acarretando em melhora da qualidade de vida dos pacientes.12,13 No presente trabalho realizamos a tradução e adaptação cultural do IDDI com o objetivo de facilitar o acesso de pesquisadores, clínicos e demais epileptologistas brasileiros à pesquisa e avaliação do diagnóstico de TDI.

MÉTODOS

Instrumento

O IDDI é um questionário de 38 itens. Os oito sintomas-chave são avaliados em 32 itens através da presença, frequência, gravidade e prejuízo global nos últimos 12 meses. A temporalidade entre os sintomas e os eventos epilépticos, bem como a relação à terapia medicamentosa são avaliados em seis perguntas adicionais presentes no apêndice apêndice . Além do diagnóstico, o instrumento permite obter pontuação total ou pontuação específica de cada sintoma e sua respectiva gravidade. O diagnóstico de TDI é definido pela presença de no mínimo três sintomas com intensidade de moderada ou grave.12,13

Tradução, retrotradução e versão final

Primeiramente, a versão original em inglês foi obtida através de contato com um dos autores do questionário (Dr. Marco Mula, Departamento de Neurologia, Amadeo Avogadro University, Novara, Itália), que autorizou a tradução e a validação para o português. Posteriormente dois tradutores com conhecimento em inglês, epilepsia e psiquiatria fizeram traduções independentes do IDDI para o português. Após reunião de consenso entre os membros da equipe uma versão foi escolhida para ser retrotraduzida por dois professores de inglês nativos com conhecimento em português. As versões traduzidas e retrotraduzidas foram comparadas à original sendo uniformizadas ao máximo até chegar à versão final para a população brasileira.

Adaptação transcultural

Vinte e um pacientes com diagnóstico clínico e eletroencefalográfico de epilepsia e em acompanhamento regular no ambulatório de Epilepsia do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), após consentimento informado, foram submetidos à versão brasileira do IDDI. Pacientes que apresentavam diagnóstico de transtornos mentais de eixo I através da aplicação dos critérios diagnósticos do DSM-IV não foram incluídos no estudo. As dificuldades apresentadas para o entendimento foram citadas aos autores pelos participantes do estudo, tendo sido analisadas quanto à manutenção do sentido e do objetivo das questões do instrumento.

RESULTADOS

Dos 21 pacientes avaliados, 17 eram do sexo feminino (81%) e quatro do sexo masculino (19%). A média de idade foi de 32,3 anos, com um intervalo entre 18 e 54 anos. Oito pacientes do estudo (38%) apresentavam o ensino fundamental incompleto, enquanto sete (33,3%) completaram o ensino fundamental, quatro (19%) o ensino médio e dois (9,7%), o ensino superior. A escolaridade média foi de 7,2 anos, com um intervalo de 4 a 14 anos. Quinze pacientes (71,4%) apresentaram o diagnóstico de epilepsia focal, enquanto seis (28,5%) apresentavam o de epilepsia generalizada. As características clínicas e sociodemográficas dos pacientes avaliados encontram-se descritos na Tabela 1.

Durante a fase de adaptação do IDDI, um paciente entendeu a pergunta 1.1 ("Você sente falta de energia de tempos em tempos?") como "energia eletrostática", tendo o mesmo entendido após breve explicação. A única modificação ocorrida na versão brasileira após as entrevistas foi na pergunta D do Apêndice apêndice ("A ocorrência destes sintomas tem alguma relação com as crises?"), na qual três pacientes (14,2%) a entenderam como uma associação de causa e consequência, enquanto se desejava saber sobre a associação temporal entre os eventos. A referida questão foi então modificada para "A ocorrência destes sintomas tem alguma relação temporal com as crises?", acrescentando-se a palavra "temporal" conforme demonstrado na Tabela 2.

Todos os entrevistados responderam afirmativamente à presença de pelo menos um dos sintomas investigados pelo questionário (resposta afirmativa às questões X.1), porém a maioria dos sintomas não preenchia os critérios de intensidade ou frequência para o estabelecimento do diagnóstico (questões X.2, X.3 ou X.4). A descrição dos sintomas relatados encontra-se evidenciada na Tabela 3.

Doze pacientes (57%) entre os 21 entrevistados preencheram os critérios definidos pelo IDDI para o estabelecimento do diagnóstico de TDI (resposta afirmativa a pelo menos três sintomas com presença de intensidade "moderada" ou "grave" e causando incômodo de "moderado" a "grave"). Destes, dez eram do sexo feminino, que correspondem a 83% do total de pacientes com diagnóstico de TDI e a 58,8% das participantes. Dois eram do sexo masculino, que correspondem 17% dos diagnósticos de TDI e a 50% dos participantes homens.

DISCUSSÃO

Os aspectos fenomenológicos dos transtornos psiquiátricos na epilepsia ainda apresentam muita controvérsia na literatura, sendo que a manifestação clínica dos sintomas frequentemente não obedece aos critérios nosográficos padronizados pelo CID-10 e DSM-IV.8-13 Dessa forma, a teoria proposta atualmente pela maioria dos autores é a de que assim como a manifestação de um transtorno psiquiátrico pode ocorrer de forma idêntica entre pacientes com e sem epilepsia, é razoável supor que elementos relacionados ao processo patológico subjacente às síndromes epilépticas podem influenciar a expressão dos sintomas psiquiátricos.10-13

No entanto, a possível interação existente entre a epilepsia (uma doença neurológica de base) e o padrão de manifestação clínica de um transtorno psiquiátrico é um universo ainda muito pouco compreendido.11-14

As descrições clínicas de sintomas afetivos em pacientes com epilepsia caracterizados por disforia ou euforia, irritabilidade, medo, ansiedade insônia, dores ou anergia características clínicas descritas têm sido atualmente reunidas no TDI,10,11 uma entidade nosológica que vem ganhando consistência nos últimos anos em decorrência de observações de que pacientes com epilepsia sofriam de um transtorno de gravidade suficiente para a introdução de um tratamento específico, porém com baixa sensibilidade e especificidade quando se procura obter diagnóstico com classificações padronizadas. Estudos observaram que 71% dos pacientes com epilepsia refratária e com sintomas psiquiátricos graves o suficiente para um tratamento farmacológico não preenchiam critérios para qualquer diagnóstico do eixo I pelo DSM-IV.15

O desenvolvimento do IDDI tem facilitado o acesso de pesquisadores, clínicos e demais epileptologistas ao diagnóstico e à pesquisa e avaliação do diagnóstico de TDI, permitindo avanços no conhecimento e reconhecimento desta entidade. Esse instrumento foi desenvolvido por pesquisadores com experiência na área de epilepsia e transtornos mentais, a partir de outros instrumentos já existentes e com validade comprovada, como o Beck Depression Inventory (BDI) e o Mood Disorder Questionnaire (MDQ).12 No estudo de Mula et al. (2008) foi realizada uma comparação entre um grupo de pacientes com o diagnóstico de epilepsia (n=117) com um grupo de pacientes com diagnóstico de migrânea, utilizando-se o BDI, o MDQ e o IDDI. Os resultados demonstraram que o TDI representa um construto diagnóstico robusto e homogêneo e que o IDDI consiste em um instrumento que apresenta as propriedades psicométricas (confiabilidade e validade) necessárias para a realização do diagnóstico.12

O presente estudo realizou a tradução e a adaptação transcultural do IDDI para a população brasileira. O processo de tradução foi realizado por conhecedores da língua inglesa assim como a retrotradução foi realizada por professores de inglês de língua nativa. O objetivo da adaptação cultural, por sua vez, é observar se os pacientes apresentam dificuldades para responderem ao questionário por não entendimento das palavras (semântica) ou pela diferença cultural e baixa escolaridade. A versão brasileira do IDDI foi bem compreendida e aceita pela maioria dos pacientes, e apenas uma questão necessitou ser modificada em relação à versão inicial em português (questão D do Apêndice apêndice ). O processo de tradução e adaptação transcultural do IDDI para o Brasil manteve a equivalência semântica, conceitual, de conteúdo e técnica do questionário, observando-se as particularidades culturais tanto da língua portuguesa como de nossa população.

CONCLUSÃO

A versão brasileira do IDDI demonstrou-se facilmente inteligível aos pacientes entrevistados, com fácil entendimento pelos mesmos. O referido instrumento será possivelmente de grande utilidade para avaliar o diagnóstico de TDI em pacientes brasileiros com epilepsia.

Received Oct. 22, 2010; accepted Nov. 11, 2010.

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apêndice

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apêndice

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  • Endereço para correspondência:

    Gerardo Maria de Araujo Filho
    Departamento de Neurologia e Neurocirurgia - UNIFESP
    Rua: Botucatu, 740 - Vila Clementino
    CEP 04023-900, São Paulo, SP, Brasil
    Fax: (11)5549-3819
    E-mail: <
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Mar 2011
    • Data do Fascículo
      2010

    Histórico

    • Aceito
      11 Nov 2010
    • Recebido
      22 Out 2010
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