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Complicação após tratamento percutâneo de comunicação interatrial: migração de dispositivo Amplatzer® para bifurcação aórtica – relato de caso

Resumo

Com o uso crescente do dispositivo Amplatzer® para diversos procedimentos endovasculares, dentre os quais a comunicação interatrial, complicações decorrentes de seu uso vêm sendo descritas. Relatamos um caso em que o dispositivo foi empregado para correção de comunicação interatrial e, seis meses depois, migrou para a bifurcação da aorta abdominal. A retirada do corpo estranho foi realizada por cirurgia convencional, após insucesso de tentativa por via endovascular.

Palavras-chave:
procedimentos endovasculares; aorta abdominal; embolia

Abstract

Complications arising from use of the Amplatzer© device to correct endovascular conditions such as atrial septal defect have been described with increasingly frequency. We report on a case in which this device was used to correct an atrial septal defect, but 6 months later migrated to the abdominal aorta bifurcation. Removal of the foreign body was accomplished by conventional surgery after an endovascular attempt had failed.

Keywords:
endovascular procedures; abdominal aorta; embolism

INTRODUÇÃO

O dispositivo vascular Amplatzer® que inicialmente apresentava indicações clínicas limitadas, hoje é amplamente utilizado em diversos procedimentos percutâneos e, concomitantemente a esse uso crescente, tem-se observado um maior número de complicações relativas ao dispositivo1Chan KC, Godman MJ, Walsh K, Wilson N, Redington A, Gibbs JL. Transcatheter closure of atrial septal defect and interatrial communications with a new self expanding nitinol double disc device (Amplatzer septal occluder): multicentre UK experience. Heart. 1999;82(3):300-6. http://dx.doi.org/10.1136/hrt.82.3.300. PMid:10455079.
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, como a perviedade do vaso embolizado, a reperfusão tardia do vaso e a migração do dispositivo2Chessa M, Carminati M, Butera G, et al. Early and late complications associated with transcatheter occlusion of secundum atrial septal defect. J Am Coll Cardiol. 2002;39(6):1061-5. http://dx.doi.org/10.1016/S0735-1097(02)01711-4. PMid:11897451.
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.

Apresentamos o caso de um paciente com comunicação interatrial (CIA), em que o dispositivo Amplatzer® havia sido implantado com sucesso e, posteriormente, migrou para a bifurcação aórtica, sendo necessário tratamento cirúrgico para a resolução do caso, após insucesso na tentativa de extração por via percutânea.

DESCRIÇÃO DO CASO

Paciente R.L.B., 37 anos, sexo masculino, apresentou, em 08/08/2012, quadro de acidente vascular encefálico isquêmico, com recuperação completa do quadro clínico em poucos dias. O diagnóstico foi confirmado através de ressonância magnética (RM) e angiorressonância de encéfalo. Durante investigação etiológica, foi detectada a presença de forame oval patente e possível embolia paradoxal secundária à trombose venosa profunda, após trauma em membros inferiores, não confirmada por ultrassom vascular.

A partir do diagnóstico do forame oval patente, decidiu-se pela oclusão do mesmo, em setembro de 2012, utilizando-se um dispositivo vascular Amplatzer® de 17 mm, sendo a artéria femoral direita a via de acesso. Meses após a realização do procedimento, o paciente foi submetido a um ecocardiograma de controle, não sendo mais detectado o “plug” Amplatzer®. Realizou-se então uma angiotomografia de tórax e de abdome em 08 de abril de 2013, constatando-se que o dispositivo estava localizado na bifurcação aórtica (Figura 1). O paciente era assintomático do ponto de vista vascular periférico, com todos os pulsos presentes.

Figura 1
Angiotomografia demonstrando o dispositivo Amplatzer® na bifurcação aórtica.

Optou-se pela retirada do corpo estranho intravascular, sendo realizada uma tentativa de extração por meio da introdução de um introdutor de grande calibre (26 Fr) através da artéria femoral direita. Posicionou-se o introdutor até a bifurcação aórtica e, utilizando-se de um laço, foi feita a tentativa de colocar o corpo estranho dentro desse introdutor, porém, sem sucesso, visto que o dispositivo não se deformava, não permitindo, assim, a sua retirada por via endovascular. No mesmo ato operatório, procedeu-se à laparotomia mediana transperitonial até se atingir o retroperitônio com o cuidado de rebater as fibras do plexo autonômico sem seccioná-las. Depois, realizou-se a dissecção e clampeamento da aorta e das ilíacas comuns, seguindo-se de uma arteriotomia longitudinal e a retirada do corpo estranho (Figuras 2 e 3). Procedeu-se à arteriorrafia primária e ao fechamento da cavidade por planos. O paciente evoluiu sem intercorrências durante o pós-operatório.

Figura 2
Imagem intraoperatória: dispositivo Amplatzer® sendo retirado da bifurcação aórtica.
Figura 3
Dispositivo Amplatzer® após retirada cirúrgica da bifurcação aórtica.

DISCUSSÃO

O dispositivo vascular Amplatzer® foi aprovado pela Associação Americana de Administração de Drogas e Alimentos em 3 de março de 20043Wang W, Li H, Tam MD, Zhou D, Wang DX, Spain J. The amplatzer vascular plug: a review of the device and its clinical applications. Cardiovasc Intervent Radiol. 2012;35(4):725-40. http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-0387-z. PMid:22526108.
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. A partir de sua introdução na prática médica, o Amplatzer® evoluiu de apenas um simples dispositivo, o AVP, para um grupo de dispositivos com quatro modelos, sendo desenvolvidos o AVP I, AVP II, AVP III e AVP 41Chan KC, Godman MJ, Walsh K, Wilson N, Redington A, Gibbs JL. Transcatheter closure of atrial septal defect and interatrial communications with a new self expanding nitinol double disc device (Amplatzer septal occluder): multicentre UK experience. Heart. 1999;82(3):300-6. http://dx.doi.org/10.1136/hrt.82.3.300. PMid:10455079.
http://dx.doi.org/10.1136/hrt.82.3.300...
,3Wang W, Li H, Tam MD, Zhou D, Wang DX, Spain J. The amplatzer vascular plug: a review of the device and its clinical applications. Cardiovasc Intervent Radiol. 2012;35(4):725-40. http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-0387-z. PMid:22526108.
http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-038...
,4Fischer G, Kramer HH, Stieh J, Harding P, Jung O. Transcatheter closure of secundum atrial septal defects with the new self-centering Amplatzer Septal Occluder. Eur Heart J. 1999;20(7):541-9. http://dx.doi.org/10.1053/euhj.1998.1330. PMid:10365291.
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. Devido às características peculiares de cada modelo, as indicações para o uso do Amplatzer® apresentam-se em franca expansão, ao mesmo tempo em que contraindicações absolutas à sua utilização ainda não foram relatadas3Wang W, Li H, Tam MD, Zhou D, Wang DX, Spain J. The amplatzer vascular plug: a review of the device and its clinical applications. Cardiovasc Intervent Radiol. 2012;35(4):725-40. http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-0387-z. PMid:22526108.
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. Hoje, o Amplatzer® já é considerado uma boa alternativa às molas ou aos balões destacáveis para a embolização de vasos arteriais de médio e grande calibre que apresentam alto fluxo sanguíneo3Wang W, Li H, Tam MD, Zhou D, Wang DX, Spain J. The amplatzer vascular plug: a review of the device and its clinical applications. Cardiovasc Intervent Radiol. 2012;35(4):725-40. http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-0387-z. PMid:22526108.
http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-038...
,5Du ZD, Hijazi ZM, Kleinman CS, Silverman NH, Larntz K, Amplatzer Investigators. Comparison between transcatheter and surgical closure of secundum atrial septal defect in children and adults: results of a multicenter nonrandomized trial. J Am Coll Cardiol. 2002;39(11):1836-44. http://dx.doi.org/10.1016/S0735-1097(02)01862-4. PMid:12039500.
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.

Como citado anteriormente, a migração do dispositivo, a recanalização tardia, além da persistência da perviedade do vaso, são algumas complicações relacionadas ao uso do Amplatzer®. A migração pode ocorrer de forma precoce ou tardia, ambas sendo complicações raras2Chessa M, Carminati M, Butera G, et al. Early and late complications associated with transcatheter occlusion of secundum atrial septal defect. J Am Coll Cardiol. 2002;39(6):1061-5. http://dx.doi.org/10.1016/S0735-1097(02)01711-4. PMid:11897451.
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, com incidência total aproximada de 0,4% a 1,1% quando o dispositivo é utilizado para oclusão de forame oval patente6Ferrero E, Ferri M, Viazzo A, et al. Migration of an AMPLATZER atrial septal occluder to the abdominal aorta. Am J Cardiol. 2013;112(4):612-3. http://dx.doi.org/10.1016/j.amjcard.2013.04.031. PMid:23672986.
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. Essas taxas são decorrentes do fato de o dispositivo ser autoexpansível, produzindo, assim, uma força radial, na parede do vaso, suficiente para minimizar sua movimentação3Wang W, Li H, Tam MD, Zhou D, Wang DX, Spain J. The amplatzer vascular plug: a review of the device and its clinical applications. Cardiovasc Intervent Radiol. 2012;35(4):725-40. http://dx.doi.org/10.1007/s00270-012-0387-z. PMid:22526108.
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. Zorger et al.7Zorger N, Steinbauer M, Luchner A. Percutaneous removal of embolized Amplatzer occluder from the abdominal aorta: a different type of belly-button. Eur Heart J. 2008;29(14):1791. http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehm640. PMid:18218670.
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descreveram que, quando o Amplatzer® é utilizado para oclusão de CIA, a maioria dos casos de embolização ocorre para as artérias pulmonares, provavelmente como resultado do uso de um dispositivo de dimensões inferiores à lesão, somado ao gradiente pressórico existente entre o átrio esquerdo e o átrio direito.

O deslocamento do dispositivo na lesão pode ocorrer caso haja discrepância no tamanho do defeito atrial a ser tratado e o tamanho do dispositivo utilizado. Várias são as causas que podem explicar essa discrepância: raramente o forame oval apresenta a forma completamente redonda, resultando em dificuldade para aferição do maior diâmetro e, devido a flexibilidade e a redundância do tecido em que o dispositivo é inserido, pode haver aumento da lesão durante o procedimento6Ferrero E, Ferri M, Viazzo A, et al. Migration of an AMPLATZER atrial septal occluder to the abdominal aorta. Am J Cardiol. 2013;112(4):612-3. http://dx.doi.org/10.1016/j.amjcard.2013.04.031. PMid:23672986.
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,8Levi DS, Moore JW. Embolization and retrieval of the Amplatzer septal occluder. Catheter Cardiovasc Interv. 2004;61(4):543-7. http://dx.doi.org/10.1002/ccd.20011. PMid:15065154.
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,9Ueda H, Yanagi S, Nakamura H, et al. Device closure of atrial septal defect: immediate and mid-term results. Circ J. 2012;76(5):1229-34. http://dx.doi.org/10.1253/circj.CJ-11-1379. PMid:22343196.
http://dx.doi.org/10.1253/circj.CJ-11-13...
.

Faella et al.1010 Faella HJ, Hijazi ZM. Closure of the patent ductus arteriosus with the amplatzer PDA device: immediate results of the international clinical trial. Catheter Cardiovasc Interv. 2000;51(1):50-4. http://dx.doi.org/10.1002/1522-726X(200009)51:1<50::AID-CCD11>3.0.CO;2-6. PMid:10973018.
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relataram 15 complicações em 316 procedimentos com o uso do Amplatzer® (aproximadamente 4,75%), incluindo hemólise, estenose de artéria pulmonar esquerda, protrusão do dispositivo para aorta causando coarctação do vaso e embolização do dispositivo, ocorrendo uma morte devido a esta complicação1111 Shahabuddin S, Atiq M, Hamid M, Amanullah M. Surgical removal of an embolised patent ductus arteriosus amplatzer occluding device in a 4-year-old girl. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2007;6(4):572-3. http://dx.doi.org/10.1510/icvts.2007.152298. PMid:17669942.
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.

O diagnóstico de migração dos dispositivos empregados no coração, na maioria das vezes, é realizado pela suspeita clínica associada a um ecocardiograma, que demonstrará a ausência do Amplatzer®. A localização sistêmica do mesmo é realizada através de angiotomografia.

Nos casos de embolização do dispositivo, a conduta depende das seguintes variáveis: localização, tempo, manifestação clínica e o tipo de dispositivo empregado. Em um estudo publicado por Ferrero et al.6Ferrero E, Ferri M, Viazzo A, et al. Migration of an AMPLATZER atrial septal occluder to the abdominal aorta. Am J Cardiol. 2013;112(4):612-3. http://dx.doi.org/10.1016/j.amjcard.2013.04.031. PMid:23672986.
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, no qual foi realizado levantamento de dados a respeito da embolização do Amplatzer® para aorta e seus ramos, constatou-se um pequeno número de casos relatados, sendo as condutas as mais variadas. Em dois casos o tratamento foi cirúrgico, em um foi percutâneo e outro necessitou de reversão cirúrgica com laparotomia mediana após tentativa percutânea.

Maleux et al.1212 Maleux G, Rega F, Heye S, Troost E, Budts W. Asymptomatic migration of a first-generation AMPLATZER vascular plug into the abdominal aorta: conservative management may be an option. J Vasc Interv Radiol. 2011;22(4):569-70. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvir.2010.11.033. PMid:21316986.
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relataram um caso de conduta conservadora, em uma paciente assintomática, após migração do plugvascular Amplatzer® para a aorta abdominal na origem da artéria mesentérica superior. A decisão foi tomada após tentativa mal sucedida de extração do corpo estranho por via percutânea, quando se constatou que ocorrera a endotelização do material. Quando a migração do dispositivo ocorre de forma precoce, a recuperação percutânea é uma técnica bem estabelecida8Levi DS, Moore JW. Embolization and retrieval of the Amplatzer septal occluder. Catheter Cardiovasc Interv. 2004;61(4):543-7. http://dx.doi.org/10.1002/ccd.20011. PMid:15065154.
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,1212 Maleux G, Rega F, Heye S, Troost E, Budts W. Asymptomatic migration of a first-generation AMPLATZER vascular plug into the abdominal aorta: conservative management may be an option. J Vasc Interv Radiol. 2011;22(4):569-70. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvir.2010.11.033. PMid:21316986.
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. Em casos de migração tardia do dispositivo, em que pode ter ocorrido a endotelização do mesmo, com consequente risco de injúria à parede do vaso durante o procedimento percutâneo, a cirurgia aberta encontra-se como opção atraente1313 Teoh K, Wilton E, Brecker S, Jahangiri M. Simultaneous removal of an Amplatzer device from an atrial septal defect and the descending aorta. J Thorac Cardiovasc Surg. 2006;131(4):909-10. http://dx.doi.org/10.1016/j.jtcvs.2005.12.030. PMid:16580452.
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. No caso descrito por Maleux et al.1212 Maleux G, Rega F, Heye S, Troost E, Budts W. Asymptomatic migration of a first-generation AMPLATZER vascular plug into the abdominal aorta: conservative management may be an option. J Vasc Interv Radiol. 2011;22(4):569-70. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvir.2010.11.033. PMid:21316986.
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, o fato de o dispositivo ser o AVP de primeira geração também contribuiu para a conduta expectante, visto que ele apresenta malha mais espaçada e menor número de camadas que os modelos mais novos e, finalmente, a ausência de gradientes pressóricos confirmados por meio de exames.

Já Zorger et al.7Zorger N, Steinbauer M, Luchner A. Percutaneous removal of embolized Amplatzer occluder from the abdominal aorta: a different type of belly-button. Eur Heart J. 2008;29(14):1791. http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehm640. PMid:18218670.
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relataram um caso em que o dispositivo Amplatzer® havia sido fixado ao septo interatrial devido a um ostium secundum e, 6 meses após, durante ecocardiografia de controle, o dispositivo não foi encontrado no local do implante. Foi então realizada uma tomografia computadorizada confirmando a localização do dispositivo na aorta abdominal próximo ao óstio da artéria mesentérica superior. Após a identificação do dispositivo, foi posicionado um introdutor de 20 Fr através de acesso cirúrgico da artéria femoral direita. Por essa via introduziu-se um laço capaz de tracionar o dispositivo, retirando-o através do introdutor7Zorger N, Steinbauer M, Luchner A. Percutaneous removal of embolized Amplatzer occluder from the abdominal aorta: a different type of belly-button. Eur Heart J. 2008;29(14):1791. http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehm640. PMid:18218670.
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. Entretanto, essa técnica somente pode ser utilizada quando o dispositivo apresenta dimensões reduzidas, compatíveis com os introdutores.

Em nosso caso, apesar de sabermos previamente que o Amplatzer® que havia migrado tinha 17 mm de diâmetro, realizamos uma tentativa de extração por via endovascular com um introdutor de 26 Fr, na expectativa de que conseguiríamos alguma deformação e colocação do mesmo no introdutor, o que infelizmente não foi conseguido.

CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento de novos modelos, o Amplatzer® passou a ser empregado nas mais diversas situações clínicas e, com isso, suas complicações, mesmo que pouco frequentes, tornaram-se evidentes. A conduta para o tratamento da embolização do dispositivo pode ser conservadora, percutânea ou cirúrgica sendo necessária a análise de cada caso individualmente, visto que algumas variáveis irão determinar a escolha de uma das vias.

  • Fonte de financiamento: Nenhuma.
  • O estudo foi realizado no Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, Londrina, PR, Brasil.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2015

Histórico

  • Recebido
    19 Nov 2014
  • Aceito
    05 Maio 2015
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