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Correção cirúrgica de pseudoaneurismas e fístula arteriovenosa complexa entre vasos poplíteos

Resumo

A fístula arteriovenosa (FAV) é uma comunicação anormal e permanente entre uma artéria e uma veia devido a traumas penetrantes e lesões iatrogênicas. O trauma penetrante na parede arterial pode levar à formação de pseudoaneurismas (PSA) e, se houver lesão venosa concomitante, à formação de uma FAV. Os autores apresentam o caso de um paciente portador de FAV complexa de vasos poplíteos associada a pseudoaneurisma de artéria poplítea, sugeridos a partir de exames clínicos e exames de imagem, e tratados por cirurgia convencional devido à indisponibilidade de um stent graft com diâmetro apropriado, além de a cirurgia endovascular não estar disponível no serviço em que o paciente foi operado.

Palavras-chave:
fístula arteriovenosa; ferimentos e lesões; artéria poplítea; veia poplítea; falso aneurisma; cirurgia

Abstract

An arteriovenous fistula (AVF) is an abnormal and permanent communication between an artery and a vein caused by penetrating traumas or iatrogenic injuries. A penetrating trauma to the endothelial wall can lead to formation of pseudoaneurysms (PSA) and to formation of an AVF. Here, the authors present the case of a patient with a complex AVF of popliteal vessels, associated with popliteal artery pseudoaneurysm, suggested by clinical features and imaging exams, and treated with conventional surgery due to unavailability of a stent graft with appropriate diameter and because endovascular surgery isn’t provided at the service where this patient was operated.

Keywords:
arteriovenous fistula; wounds and injuries; popliteal artery; popliteal vein; aneurysm, false; surgery

INTRODUÇÃO

A fístula arteriovenosa (FAV) é uma comunicação anormal permanente entre uma artéria e uma veia 11 Santos EP Jr, Batista RRA, Felici FM, Correia VE, Oliveira MB, Alves RF. Correção endovascular de fístula arteriovenosa traumática em ilíaca interna com stent revestido. J Vasc Bras. 2014;13(1):48-52. http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.010.
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,22 Rogel-Rodríguez JF, Zaragoza-Salas T, Díaz-Castillo L, Noriega-Salas L, Rogel-Rodríguez J, Rodríguez-Martínez JC. Fístula arteriovenosa femoral postraumática, tratamiento endovascular. Cir Cir. 2017;85(2):158-63. http://dx.doi.org/10.1016/j.circir.2015.10.010. PMid:26763666.
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que está comumente associada a traumas penetrantes e lesões iatrogênicas 11 Santos EP Jr, Batista RRA, Felici FM, Correia VE, Oliveira MB, Alves RF. Correção endovascular de fístula arteriovenosa traumática em ilíaca interna com stent revestido. J Vasc Bras. 2014;13(1):48-52. http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.010.
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,33 McVeigh PZ, Kayssi A, Lo A, Rajan DK, Oreopoulos GD, Roche-Nagle G. Repair of popliteal aneurysm and spontaneous arteriovenous fistula in a patient with Marfan syndrome. J Vasc Surg Cases. 2016;2:137-40. . O tempo de apresentação clínica e o período entre o trauma e o diagnóstico é variável, podendo alcançar décadas 44 Góes AMO Jr, Jeha SAH, Franco RSM. Tratamento híbrido para fístula arteriovenosa entre vasos poplíteos. J Vasc Bras. 2014;13(4):325-9. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.0024.
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. O trauma penetrante na parede arterial pode levar à formação de pseudoaneurismas e, se houver lesão venosa concomitante, ao desenvolvimento de FAV 11 Santos EP Jr, Batista RRA, Felici FM, Correia VE, Oliveira MB, Alves RF. Correção endovascular de fístula arteriovenosa traumática em ilíaca interna com stent revestido. J Vasc Bras. 2014;13(1):48-52. http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.010.
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. A ocorrência simultânea de ambas as condições clínicas é uma complicação rara e pouco descrita 55 Azevedo ACA, Taveira TS, Cristino MAB, Barros MVL. Pseudoaneurisma de artéria femoral associado a fístula arteriovenosa iatrogênica. Arq Bras Cardiol. 2015;28(4):231-5. .

Os vasos mais acometidos são os femorais superficiais (22%), seguidos dos vasos poplíteos (16%) 66 Espinosa SDT, Carrillo LRV, Hernández FG. Tratamiento quirúrgico y endovascular de las fístulas arteriovenosas secundarias a trauma vascular. Orthotips. 2013;9(2):99-103. . O trauma em vasos poplíteos acarreta risco significativo de amputação 77 Zizi O, Naouli H, Jiber H, Bouarhroum A. Fistule artérioveineuse poplitée post-traumatique associée à un faux anévrysme. JMV-Journal de Médecine Vasculaire. 2017;42(1):46-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.jdmv.2017.01.006.
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. A FAV é diagnosticada sobretudo pelo quadro clínico, com sopro e frêmito locais, edema e úlcera venosa. A investigação diagnóstica costuma avançar com exames de imagem, como ecografia Doppler, angiotomografia e eventualmente angiografia 11 Santos EP Jr, Batista RRA, Felici FM, Correia VE, Oliveira MB, Alves RF. Correção endovascular de fístula arteriovenosa traumática em ilíaca interna com stent revestido. J Vasc Bras. 2014;13(1):48-52. http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.010.
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.

Parte I – situação clínica

Paciente do sexo masculino, 53 anos, sofreu ferimento por “cartucheira” na coxa esquerda há 2 anos e 9 meses.

O paciente evoluiu com dor, edema, varizes, dermatite ocre em membro inferior esquerdo, além de úlcera em face anterior da perna. No membro acometido não havia pulsos distais palpáveis e havia frêmito e sopro perceptíveis desde a região inguinal até o terço proximal da perna (mais intensos na fossa poplítea). Na inspeção chamava atenção a “pulsatilidade” de toda a coxa do paciente.

A angiotomografia demonstrou FAV de vasos poplíteos esquerdos, pseudoaneurisma de artéria poplítea esquerda de 2,6 cm de diâmetro e um aneurisma de veia poplítea com 5 cm de diâmetro ( Figura 1 ).

Figura 1
(A) e (B) Reconstruções da angiotomografia em diferentes incidências, evidenciando a impregnação pelo meio de contraste simultaneamente do sistema arterial e do sistema venoso profundo na coxa esquerda e volumosas dilatações dos vasos poplíteos; C) Corte axial da tomografia computadorizada do membro inferior esquerdo; a: artéria poplítea; pa: pseudoaneursima da artéria poplítea; v: veia poplítea; av: aneurisma da veia poplítea.

Parte II – o que foi feito

Foi indicada a correção cirúrgica por via aberta. O procedimento foi realizado sob anestesia geral.

Com o paciente em decúbito ventral e um manguito pneumático na raiz da coxa esquerda (em caso da necessidade urgente de hemostasia), procedeu-se incisão em “S” itálico na região poplítea esquerda, identificando-se as volumosas dilatações dos vasos poplíteos. A dissecção desses vasos foi prejudicada pela presença de fibrose e sangramento difuso devido à hipertensão venosa do membro, porém não chegou a ser necessária a insuflação do manguito pneumático. A artéria poplítea foi dissecada e reparada no segmento infragenicular; porém, em virtude do grande volume das dilatações dos vasos envolvidos, o campo cirúrgico foi insuficiente para um controle proximal seguro.

O paciente foi reposicionado em decúbito dorsal a fim de realizar uma incisão longitudinal nas faces mediais da coxa e perna esquerdas, obtendo-se o controle proximal e distal dos vasos envolvidos. Quando a artéria foi pinçada, interrompendo-se o fluxo para a fístula, houve hipotensão arterial, sendo necessário o uso de drogas vasoativas.

Foram realizadas ligaduras arteriais e venosas proximais e distais à FAV e, a seguir, enxerto entre as porções supra e infrageniculares da artéria poplítea com segmento da veia safena magna contralateral reversa (anastomose proximal término-lateral e distal término-terminal). Devido à instabilidade hemodinâmica, a cirurgia foi abreviada sem que o sistema venoso profundo fosse reconstruído ( Figura 2 ).

Figura 2
(A) Acesso cirúrgico posterior em “S” itálico; n: afastadores retraindo o nervo ciático; av: aneurisma da veia poplítea; v: veia poplítea; (B) Acesso cirúrgico medial; a seta indica a anastomose proximal do enxerto na porção supragenicular da artéria poplítea; a ponta de seta indica a anastomose distal do enxerto na porção infragenicular da artéria poplítea.

O paciente vem sendo acompanhado ambulatorialmente há 6 meses. As feridas operatórias e a úlcera venosa cicatrizaram, não houve aumento do edema do membro em relação ao pré-operatório, e o membro apresentou recuperação funcional satisfatória ( Figura 3 ).

Figura 3
Fotografias feitas no 6º mês pós-operatório mostrando as feridas operatórias cicatrizadas. (A) Acesso cirúrgico posterior em “S” itálico; (B) Acesso cirúrgico medial.

DISCUSSÃO

Nas FAVs de alto débito com diagnóstico tardio, o fluxo de baixa resistência promove uma arteriomegalia proximal à FAV 88 Pilan BF, Oliveira AM, Siqueira DED, Guillaumon AT. Tratamento de fístula arteriovenosa adquirida com repercussões hemodinâmicas graves: desafio terapêutico. J Vasc Bras. 2014;13(1):34-8. http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.007.
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. Duas teorias explicam essa dilatação. Na primeira, a força de cisalhamento provocada pelo aumento do fluxo local leva a um aumento na produção do fator de relaxamento derivado do endotélio, provocando uma dilatação da musculatura lisa arterial. A segunda teoria afirma que o aumento tardio do fluxo sanguíneo na artéria proximal à FAV leva à destruição das fibras elásticas desse segmento, ocorrendo a progressão da arteriomegalia 44 Góes AMO Jr, Jeha SAH, Franco RSM. Tratamento híbrido para fístula arteriovenosa entre vasos poplíteos. J Vasc Bras. 2014;13(4):325-9. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.0024.
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.

Para a correção de pseudoaneurismas e FAVs, diferentes procedimentos já foram descritos: aneurismorrafia, ressecção de segmento aneurismático e interposição de próteses ou enxertos venosos, implante de stent-graft e procedimentos combinados 99 Moreira RWC, Carrilho DDR, Costa KMAH, Pinheiro RBB. Correção cirúrgica de aneurismas saculares de fístula arteriovenosa para hemodiálise utilizando a técnica de aneurismorrafia. J Vasc Bras. 2011;10(2):165-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492011000200012.
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.

A cirurgia endovascular tem a vantagem de reduzir a morbimortalidade, o tempo de hospitalização e preservar a veia safena magna 77 Zizi O, Naouli H, Jiber H, Bouarhroum A. Fistule artérioveineuse poplitée post-traumatique associée à un faux anévrysme. JMV-Journal de Médecine Vasculaire. 2017;42(1):46-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.jdmv.2017.01.006.
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, porém seu uso ainda carece de estudos com acompanhamento a longo prazo 1010 Oliveira FM, Macedo AAR, Rodrigues APM, et al. Trauma inguinal penetrante com formação de fístula arteriovenosa e pseudoaneurisma: relato de caso. J Vasc Bras. 2015;14(4):364-7. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.003315.
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. Entretanto, para o tratamento de aneurismas verdadeiros da artéria poplítea, sabe-se que a cirurgia convencional proporciona perviedade superior a longo prazo, principalmente em pacientes jovens e quando a reconstrução arterial é feita com enxerto de veia 33 McVeigh PZ, Kayssi A, Lo A, Rajan DK, Oreopoulos GD, Roche-Nagle G. Repair of popliteal aneurysm and spontaneous arteriovenous fistula in a patient with Marfan syndrome. J Vasc Surg Cases. 2016;2:137-40. .

No caso aqui relatado, optou-se pela realização da cirurgia convencional. Um dos fatores que influenciou a opção pela cirurgia aberta foi a indisponibilidade de um stent revestido com diâmetro apropriado 99 Moreira RWC, Carrilho DDR, Costa KMAH, Pinheiro RBB. Correção cirúrgica de aneurismas saculares de fístula arteriovenosa para hemodiálise utilizando a técnica de aneurismorrafia. J Vasc Bras. 2011;10(2):165-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492011000200012.
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, uma vez que a arteriomegalia proximal à FAV gerou uma diferença de calibres entre a artéria proximal e distal à FAV, e não há um stent revestido cônico adequado à desproporção dos diâmetros. A indisponibilidade de um stent cônico poderia, eventualmente, ser contornada pela liberação de múltiplos stents revestidos de calibres gradualmente crescentes em overlapping utilizando tapered stent grafts1111 Góes AMO Jr, Jeha SAH. Stent Graft-in-Stent Graft as a Rescue Technique for Endovascular Treatment of Giant Extracranial Internal Carotid Aneurysm. Case Rep Surg. 2016;2016:2656421. PMid:27752387.

12 Nigro G, Gatta E, Pagliariccio G, Grilli C, Carbonari L. Use of the Gore hybrid vascular graft in a challenging high-lying extracranial carotid artery aneurysm. J Vasc Surg. 2014;59(3):817-20. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2013.04.044. PMid:23777810.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2013.04...

13 Janjua N, Alkawi A, Georgiadis AL, Kirmani JF, Qureshi AL. Covered stent graft for treatment of a pseudoaneurysm and carotid blowout syndrome. J Vasc Interv Neurol. 2008;1(1):5-8. PMid:22518207.

14 Lesley WS, Weigele JB, Chaloupka JC. Outcomes for overlapping stents in the extracranial carotid artery. Catheter Cardiovasc Interv. 2004;62(3):375-9. http://dx.doi.org/10.1002/ccd.20090. PMid:15224307.
http://dx.doi.org/10.1002/ccd.20090 ...

15 Amistà P, Barbisan D, Beghetto M, Cavasin N, Zucchetta P, Frego M. Three-stent placement for treatment of carotid artery pseudoaneurysm. A case report. Interv Neuroradiol. 2006;12(4):339-43. http://dx.doi.org/10.1177/159101990601200408. PMid:20569592.
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-1616 Stager V, Gandhi R, Stroman D, Timaran C, Broker H. Traumatic internal carotid artery injury treated with overlapping bare metal stents under intravascular ultrasound guidance. J Vasc Surg. 2011;53(2):483-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2010.08.032. PMid:20875711.
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. Porém, essa alternativa endovascular, especialmente na topografia da articulação do joelho, carece de estudos que comprovem sua eficácia a longo prazo; além disso, a cirurgia endovascular não está disponível no serviço em que o paciente foi operado.

No presente caso, o tratamento cirúrgico foi iniciado com acesso posterior para os vasos poplíteos. O acesso posterior deve ser realizado quando o objetivo é a exposição apenas dos segmentos retroarticulares dos vasos poplíteos 77 Zizi O, Naouli H, Jiber H, Bouarhroum A. Fistule artérioveineuse poplitée post-traumatique associée à un faux anévrysme. JMV-Journal de Médecine Vasculaire. 2017;42(1):46-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.jdmv.2017.01.006.
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. Porém, o grande volume do aneurisma venoso prejudicou a dissecção arterial, e esse acesso não possibilitou controle arterial proximal com segurança. Por isso, o decúbito do paciente foi alterado e o acesso medial foi realizado, o que permitiu uma boa exposição e a possibilidade de estender a incisão inicial 77 Zizi O, Naouli H, Jiber H, Bouarhroum A. Fistule artérioveineuse poplitée post-traumatique associée à un faux anévrysme. JMV-Journal de Médecine Vasculaire. 2017;42(1):46-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.jdmv.2017.01.006.
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.

Ao analisar as imagens da angiotomografia retrospectivamente, concluímos que o acesso posterior não deveria ter sido realizado. Recomendamos que a altura da lesão em relação à patela seja usada como referência para o planejamento de casos futuros; quando a lesão estiver localizada acima da borda superior da patela, o acesso medial é o mais indicado.

Em casos como o aqui relatado, a prioridade é a reconstrução arterial, o que foi feito com enxerto usando a veia safena magna contralateral, preservando-se a safena do membro operado para o retorno venoso, pois a ligadura do sistema venoso profundo pode ser necessária. Sempre que possível, a reconstrução do sistema venoso profundo também deve ser realizada por venorrafia, ressecção e anastomose ou enxerto. A ligadura venosa deve ser evitada, devido à possibilidade de o membro evoluir com hipertensão venosa crônica e suas repercussões clínicas no curto e médio prazo 11 Santos EP Jr, Batista RRA, Felici FM, Correia VE, Oliveira MB, Alves RF. Correção endovascular de fístula arteriovenosa traumática em ilíaca interna com stent revestido. J Vasc Bras. 2014;13(1):48-52. http://dx.doi.org/10.1590/jvb.2014.010.
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. No caso aqui relatado, a ligadura da veia poplítea foi realizada devido ao risco de trombose do volumoso aneurisma venoso e embolia após a desativação da FAV; além disso, devido à instabilidade hemodinâmica, a reconstrução com enxerto venoso inicialmente planejada não foi realizada.

  • Fonte de financiamento: Nenhuma.
  • O estudo foi realizado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, Ananindeua, PA, Brasil.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Jul 2018
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2018

Histórico

  • Recebido
    20 Jan 2018
  • Aceito
    29 Maio 2018
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