Acessibilidade / Reportar erro

UMA BIBLIOGRAFIA EM CONSTRUÇÃO

A BIBLIOGRAPHY UNDER CONSTRUCTION

UNA BIBLIOGRAFÍA EN CONSTRUCCIÓN

Texto inédito

Caderno especial: sugestões bibliográficas

ÍNDICE

1 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.2 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.3 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.4 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.5 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.6 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

1.7 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.2 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.3 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.4 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.5 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.6 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

2.7 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

3 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

3.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

3.2 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

3.4 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

3.5 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4.2 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4.3 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4.4 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4.5 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

4.6 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

5 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

5.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

5.2 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

5.3 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

6 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

6.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

6.2 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

6.3 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

6.4 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

INTRODUÇÃO

São bem conhecidas as críticas que desde o final dos anos 1960 visaram a disciplina história da arte, e talvez a mais evidente dentre elas diga respeito às dificuldades epistemológicas de seu modelo universalista, impermeável à pressão das múltiplas vozes que se entrecruzam na trama da história dos povos e de suas culturas, em permanente movimento. Esta parte da edição especial de Ars oferece um mapeamento bibliográfico organizado em seções temáticas, e busca reconhecer a multiplicidade de novos temas e interesses que há mais de meio século vêm franqueando a jurisdição da antiga disciplina e disponibilizando novas abordagens da arte. Não se trata de uma bibliografia convencional; em vez disso, propomos uma constelação razoavelmente heterogênea de obras, algumas imediatamente reconhecíveis como títulos de referência no estudo da disciplina, outras, provindas de diversos campos disciplinares, mantendo uma relação crítica estimulante, mas nem sempre explícita, com a história da arte. A diversidade de campos sugere a complexidade de caminhos que, especialmente a partir da década de 1960, se ofereceu à reflexão sobre as premissas e os métodos que firmaram o modelo tradicional da história da arte. Sinaliza, igualmente, a percepção crescente de que a disciplina parecia incapaz de alcançar a profusão de atores e objetos que passavam a reclamar o campo da arte, e que solicitava um processo de renovação radical.

Optamos por agrupar os títulos em seções temáticas (divididas, por sua vez, em subseções), de acordo com afinidades conceituais, embora esta disposição seja apenas uma dentre diversas possibilidades de organização do material. Como decorrência dessa escolha, parte dos títulos pode pertencer simultaneamente a mais de uma seção, embora tenhamos optado por não repetir tais títulos nos lugares adicionais em que se mostrassem pertinentes. São seis as seções que compõem esta parte do volume dedicada a uma espécie de bibliografia em construção: Contribuições para uma história da arte brasileira; Textos fundadores da disciplina; História da arte e crítica de arte; Crítica dos fundamentos da disciplina; Questões raciais na história da arte; Perspectivas Feministas e de gênero na história da arte.

Reconhecemos que essas divisões e a multiplicidade de questões em pauta nesta bibliografia explicitam a dificuldade de sistematização que se apresenta a quem quer que se aventure à tarefa da revisão da disciplina hoje. Trata-se, dessa maneira, de um trabalho em andamento , que convida ao engajamento crítico de muitos. Serão inevitáveis as lacunas e as omissões que só se advertem a posteriori. Ainda assim, um trabalho exaustivo foi realizado, visando oferecer um conjunto de textos que discutem questões relevantes para a disciplina, a qual há muitas décadas vem se lançando à revisão de suas premissas, sem que se pretenda, com isso, delimitar o manancial de temas e assuntos de interesse de uma renovada história da arte.

Sublinhamos, finalmente, que este mapeamento bibliográfico não pretendeu indicar títulos em história da arte, mas, diferentemente, interrogá-la em seus pressupostos, visando, eventualmente, sondar o aparecimento de novas formas de reflexão e escrita sobre arte, ganhando impulso a contrapelo do tradicional modelo disciplinar. Isto é, a iniciativa não se volta ao exame do legado da disciplina na arte brasileira ou no cenário internacional da arte. Mormente no Brasil, cabe reconhecer, de todo modo, que dos anos 1990 para cá avançaram e enriqueceram significativamente os estudos acadêmicos em história da arte, em especial da arte brasileira.

1 CONTRIBUIÇÕES PARA UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

Sabe-se que há hoje no país nichos universitários de excelência dedicados ao estudo da arte e da arquitetura do período colonial, à vida artística e cultural na capital do Império, à notável contribuição dos africanos e seus descendentes para a vitalidade da cultura urbana carioca do século XIX, ao papel de artistas como Angelo Agostini e outros tantos anônimos que atuaram como ilustradores na imprensa oitocentista, registrando a vida cultural no Império e na República Velha; assinalem-se também as pesquisas inovadoras no campo da história da arte esmiuçando o processo de constituição dos acervos dos museus nacionais, iluminando a atuação de artistas mulheres do século XIX para cá, como também estudos sobre experimentos em fotografia em diversos foto clubes regionais pelo país, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX.

Um dos problemas centrais a serem confrontados na reflexão sobre uma “história da arte brasileira” inscreve-se, de imediato, no próprio enunciado, no feixe de problemas que ele implica. Desde o século XVIII, quando Johann Joachim Winckelmann atinou com o projeto de uma ciência voltada ao conhecimento da arte, tomada em sua “origem, desenvolvimento, transformação e decadência”, a história da arte firmava sua estirpe europeia, uma vez que o arqueólogo e literato alemão fincava na Antiguidade Clássica a gênese de toda arte que merecesse esse nome. O prólogo de sua História da arte da Antiguidade , anunciava, em 1764, a primeira abordagem sistemática de uma história da arte fundada no cânone ocidental:

A história da arte da Antiguidade que me propus escrever não é mera crônica de épocas e das transformações que aquela experimentou, posto que tomo a palavra história no sentido mais amplo que tem na língua grega, e é minha intenção procurar apresentar um sistema. (WINCKELMANN, 1972, p. 104)

E não se duvide da superioridade que Winckelmann atribuía aos antigos, pois é também conhecida a exortação do autor à imitação da arte clássica, que ele julgava inalcançável, conforme esclarece no texto “Sobre a imitação da pintura e da escultura dos gregos”, de 1755:

Há uma única maneira de os modernos tornarem-se grandes, e talvez insuperáveis; quero dizer: imitando os antigos. (Ibidem, p. 61)

Não se poderia esperar, assim, que desse cânone pudesse frutificar uma linhagem de histórias nacionais. Ao propor focalizar o caso brasileiro, não temos a intenção de situar uma “história da arte brasileira” no arcabouço da tradicional disciplina, de acordo com o modelo assentado nas ideias de “nascimento, desenvolvimento e declínio” anunciado por Winckelmann (cuja origem remonta ao século XVI, às Vidas dos artistas , de Giorgio Vasari), e que persistiu em historiografias evolucionistas ao longo dos séculos XIX e XX. Considerando a tarefa de sistematização visada pelo autor alemão, importa notar que a “manifestação brasileira”, uma vez subsumida ao cânone tradicional da disciplina, seria sempre, na melhor das hipóteses, derivativa ou retardatária.

Estão reunidos nesta seção diferentes estudos que, de um modo ou de outro, contribuíram para a reflexão em torno da história da arte brasileira como veio caudaloso e relevante numa história da arte projetada em escala global. Em um artigo que integra o volume Sobre a arte brasileira - da pré-história aos anos 1960 (2015), organizado por Fabiana Barcinski, Francisco Alambert indaga, de partida, a pertinência de se estabelecer uma (história da) arte “genuinamente” brasileira, notando a subordinação ideológica dessa empreitada às preocupações modernistas da primeira metade do século XX. Carlos Zilio, por sua vez, nos defronta a uma “Difícil história da arte brasileira”, (1983), e Rodrigo Naves, ainda, ao propor a categoria da “forma difícil” (1996), chama a atenção para as dificuldades que se apresentam a quem quer que se lance ao desenredamento de uma história da arte brasileira, em face daquilo que para o autor seria a escala tímida da forma na produção artística do país. Dentre os diversos títulos coligidos nesta seção, a atestarem a percepção de historiadores da arte e críticos brasileiros de que ainda cabe aprofundar os problemas históricos, teóricos e filosóficos que se apresentam quando propomos uma “História da arte brasileira”, destacamos ainda os artigos sobre o tema publicados na revista francesa Perspective (2013), que, em edição especial, lança a pergunta: “Existe uma arte brasileira?”

Procuramos, no geral, levar aos leitores estudos que proporcionassem uma visão abrangente do fenômeno artístico, sobretudo daquele que se cultivou às margens. Foi nossa preocupação, dessa maneira, reencontrar a arte brasileira em suas conexões mais ou menos evidentes com processos econômicos, sociais e políticos de repercussão global, que decerto intervêm na dinâmica cultural em escala mundial, e que, por consequência, influem na preservação de relações assimétricas entre as diversas realidades culturais. O mapeamento de títulos que oferecemos propõe ferramentas conceituais, balizas críticas e teóricas para aprofundarmos o campo de estudos da arte brasileira vis-à-vis o processo histórico da modernização, a partir de uma visada comparativa com a arte e a cultura dos principais centros metropolitanos. Esperamos que esse horizonte de rumos possíveis de pesquisa possa, igualmente, sugerir novos quadros interpretativos à arte brasileira, à luz dos quais seja possível refletir sobre o modo como se dão processos culturais envolvendo tempos, geografias e tradições diversas, processos que nunca se desdobram de modo passivo ou unívoco, mas atravessados por conflitos, apropriações seletivas, descartes e resistências, numa trama complexa cuja forma apenas se revela na longa duração.

Acrescente-se às dificuldades que vêm à tona quando propomos uma história da arte brasileira os problemas com o próprio conceito de história, essa categoria fundamente enraizada nas ciências sociais em geral (o conceito de história será mais adiante objeto de pequena subseção). Conforme argumenta Dipesh Chakrabarty (1992)CHAKRABARTY, Dipesh. Postcoloniality and the Artifice of History: Who Speaks for Indian Pasts? Representations: Imperial Fantasies and Postcolonial Histories, v. 10, n. 37, 1992, pp. 1-26., há um laço fundamental entre a disciplina História e o discurso que posiciona a modernidade europeia como um referente silencioso nas histórias de nações não europeias. Apenas a Europa moderna assoma como referencial epistemológico, enquanto experiências culturais de povos não europeus ocupam, inevitavelmente, posição “deslocada”, fadadas a serem examinadas à luz do cânone ocidental. Sabe-se bem que a noção de história, tal como firmada na tradição do Iluminismo, encerra uma causalidade, uma concepção linear e teleológica do tempo que é estranha a culturas não europeias, cuja experiência do tempo se dilui em cosmologias, nas dimensões incomensuráveis do místico e do sagrado.

Transportando-nos aos termos duros da economia, pode-se dizer que o dualismo enraizado na concepção teleológica do tempo sentenciou ao estigma do “atraso” parte considerável das nações do globo, em cujo presente persistem as marcas do passado colonial. Assim, não precisaríamos recorrer a Chakrabarty para reconhecermos os efeitos regressivos que aquela concepção unidimensional do tempo – com o corolário de premissas sobre a técnica, a natureza e a noção de sujeito que a ela subjazem – em última instância carreou à experiência cultural brasileira. Encontramos no sociólogo brasileiro Francisco de Oliveira (2008)OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista: O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008. uma crítica ao modelo econômico que viu no Brasil o polo “atrasado” na contraposição com o polo “moderno” dos países centrais. Para Oliveira, a presença simultânea de modernidade e atraso na sociedade brasileira não constitui um vezo local, mas a necessária forma periférica do capitalismo. O trabalho de Oliveira associa-se ao de uma geração de intelectuais que iluminaram a compreensão dos processos de modernização nas sociedades periféricas da América Latina, com análises fundadoras como a teoria da dependência, de Enzo Faletto e Fernando Henrique Cardoso (1970). Destacamos também o trabalho de críticos literários como Roberto Schwarz (2000)SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Editora 34, 2000. e Silviano Santiago (2000)SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Editora Rocco, 2000., cada um, por vias muito próprias, objetando ao uso de categorias como “atraso”, “dependência” e “subdesenvolvimento” na esfera da cultura.

Esses e outros títulos foram agrupados sob a rubrica Estudos Brasileiros . Um exemplo notável desses estudos é o trabalho de Luís Felipe de Alencastro (2020)ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. sobre o tráfico escravista transatlântico, que examina a formação histórica do Brasil fora de seus limites político-geográficos (abarcando todo o Atlântico Sul, o continente africano incluso como parte inarredável dessa formação). Não se pode deixar de mencionar, evidentemente, as interpretações fundadoras de Celso Furtado (2020)FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020., Caio Prado Jr. (2011), Florestan Fernandes (2008) e Antonio Candido ([1964], 2014), que propuseram visões marcantes da formação brasileira na economia, na cultura e na sociedade. Os trabalhos de Sérgio Buarque de Holanda (2016)HOLANDA, Sérgio Buarque da. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. e de Gilberto Freyre (2019)FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. São Paulo: Global Editora e Distribuidora Ltda, 2019. e os estudos clássicos de Darcy Ribeiro (2015)RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Global Editora, 2015., completam o conjunto de obras que reunimos dessa geração pioneira, que formulou o problema da “formação” como categoria central para a compreensão da modernidade brasileira.

Sob a rubrica Modernismo e modernidade no Brasil , propomos títulos que oferecem uma visada ampla da arte e da cultura modernas no Brasil, com foco principal, mas não exclusivo, nas artes visuais, contemplando especialmente os séculos XIX e XX. Os trabalhos indicados são referência no estudo de momentos decisivos para a historiografia da arte brasileira, como o volume Belas Artes: estudos e apreciações, do crítico Félix Ferreira (2012), um autor trazido à baila por Tadeu Chiarelli, ou o catálogo Projeto construtivo brasileiro, trabalho pioneiro de balanço dos movimentos construtivos da década de 1950 no país, coordenado por Aracy Amaral (1977)AMARAL, Aracy (coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte (1950-1962). São Paulo/Rio de Janeiro: Pinacoteca do Estado de São Paulo/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1977., junto ao qual recomendamos a indispensável monografia de Ronaldo Brito (1985)BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. Rio de Janeiro: Funarte/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1985., Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro . Entre as obras indicadas, apresentamos, igualmente, a empreitada monumental de Walter Zanini, que se lançou, no início dos anos 1980, a uma visada histórica de longo alcance da arte brasileira, nos dois volumes de sua História da arte no Brasil (1983). Aparecem ainda nesta seção estudos sobre autores que tiveram papel relevante na consolidação de uma crítica de arte no país, de cujas obras emergiram linhas de força e um vocabulário que se mostrariam decisivos no debate da arte moderna brasileira. Entre esses autores contam Monteiro Lobato, em estudo de Tadeu Chiarelli (1995)CHIARELLI, Tadeu. Um jeca nos vernissages. São Paulo: Edusp, 1995.; Mário de Andrade, discutido nas obras respectivas de Sérgio Miceli (2009)MICELI, Sergio. Mário de Andrade - a invenção do moderno intelectual brasileiro. In SCHWARCZ, Lilia (org.). Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, pp. 106-122. e de Telê Ancona Lopez (1996)LOPEZ, Telê Ancona. Mariodeandradiando. São Paulo: Huitec, 1996., e Mário Pedrosa, cuja atuação crítica e intelectual é revista por Otília Arantes (1991)ARANTES, Otília Beatriz Fiori. Mário Pedrosa: Itinerário crítico. São Paulo: Scritta Editorial, 1991..

Dedicamos também duas subseções a questões étnico-raciais; elas, de fato, perpassam todas as demais seções temáticas, mas optamos aqui por destacar sua centralidade na reflexão sobre uma história da arte brasileira: História da arte e presença indígena e História da arte e presença negra . Indicamos, entre outros, textos abordando as figurações de indígenas na arte e literatura dos cronistas e viajantes no Brasil Colônia; na pintura e literatura do século XIX (CANDIDO, 1961CANDIDO, Antonio. Estrutura e função do Caramuru. Revista de Letras, São Paulo, vol. 2, n. 2, 1961, pp. 47-66., COLI, 2013COLI, Jorge. Fabricação e promoção da brasilidade: arte e questões nacionais. Perspective, [online], n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.4000/perspective.5541 . Acesso em: 21 jul. 2021.
https://doi.org/10.4000/perspective.5541...
) e no modernismo dos anos 1920 – nos dois últimos casos, frequentemente associadas ao ideário nacionalista. Do mesmo modo, recomendamos as contribuições de povos indígenas e trabalhos que focalizam sua saga de resistência na sociedade brasileira e no contexto latino-americano, dentre as quais destacamos os textos de Ailton Krenak (2020)KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. e Davi Kopenawa (2015). São propostos, além disso, títulos essenciais em economia, política, sociologia e cultura contemporânea, que visam oferecer uma visão complexa, diacrônica e global do cenário mais amplo no qual se inscreve a vida artística no país, com ênfase na compreensão dos efeitos da condição sistêmica da dependência econômica.

É bem sabido que a representação oitocentista da figura idealizada do indígena como emblema da nacionalidade está associada ao recalque da figura do negro no imaginário nacional, e que o nacionalismo se revelou notória estratégia de poder desde os tempos do Império. A subseção História da arte e presença negra propõe títulos que discutem, entre outras questões, as raízes que o sistema escravocrata deita na sociedade brasileira, sendo a marca mais profunda desse processo a internalização e invisibilização social do racismo. Os títulos indicados cobrem um espectro amplo de temas ligados à presença africana na arte e na cultura brasileiras, desde a busca de uma “arte afro-brasileira” ao legado da diáspora africana no Brasil, passando por análises do papel do racismo na formação social e cultural brasileira.

Encerramos a seção com um rol de trabalhos dedicados ao complexo de temas Regionalismos, cultura popular, nacionalismo . Parte significativa deles interroga a noção de “cultura popular”, expressão de forte teor político na história brasileira. Diferentemente dos termos “cultura pop ” e “arte pop ”, e do próprio termo “ pop ”, derivados da língua inglesa e com frequência associados ao contexto da cultura de massa, as noções de arte ou cultura popular geralmente se revestiram de apelo político e sentido de resistência no imaginário social brasileiro (é preciso lembrar, do mesmo modo, que entre os anos 1950 e 1960, autores britânicos que fundam o campo dos Estudos culturais reabilitariam a dimensão popular do termo, e o sentido de invenção e resistência de que poderia se revestir). De fato, mormente no que diz respeito ao modernismo do período de 1920 a 1960, a expressão cultura popular apareceu tanto em plataformas nacionalistas ultra conservadoras como em agendas ligadas a intelectuais liberais e setores de esquerda – e estas assinalam um legado marcante no ambiente artístico e cultural do país. Foi no bojo destas últimas, ademais, que se forjou a notável atuação do Estado Novo no campo das artes e da cultura e, por exemplo, o projeto de criação de órgão governamental destinado a zelar pelo “patrimônio histórico e artístico nacional”, sob os auspícios de Mário de Andrade. Cabe notar que, em 1936, Gustavo Capanema encomendara ao autor de Macunaíma, então diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, o anteprojeto de criação de um instituto ao qual caberia “determinar, organizar, conservar, defender, enriquecer e propagar o patrimônio artístico nacional”, conforme preconiza o enunciado de abertura do documento. Não se pode deixar de mencionar, por fim, a relevância dos fenômenos do “regionalismo” e do “nacionalismo” no debate da arte brasileira dos séculos XIX e XX, aos quais, de resto, a reivindicação de uma cultura popular se viu historicamente entrelaçada.

1.1 CONTRIBUIÇÕES A UMA HISTÓRIA DA ARTE BRASILEIRA

ADES, Dawn. Arte na América Latina . São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1997.

AMARAL, Aracy. Arte e meio artístico: entre a feijoada e o x-burguer (1961-1981). São Paulo: Nobel, 1986.

AVELAR, Ana Cândida. Por uma arte brasileira . Modernismo, barroco e abstração expressiva na crítica de Lourival Gomes Machado. 2012. Tese (Doutorado em Artes) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo.

ÁVILA, Affonso. Iniciação ao barroco mineiro . São Paulo: Nobel, 1983.

BARATA, Mário. As Artes Plásticas de 1808 a 1889. In HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. São Paulo: Difusão Européia do Livro, Tomo III, vol. 3 (Brasil Monárquico), 19601977.

BARATA, Mário. A chegada da Missão Francesa e a Academia Imperial de Belas Artes e indicações para estudo do Romantismo e as últimas tendências do século XIX. In AMARAL, Aracy; FEFFER, Max (coord.). As artes no Brasil no século XIX [opúsculo de ciclo de palestras] . São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 1977, pp. 37-40.

BARATA, Mário. Origens dos museus de história e de arte no Brasil. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro , vol. 147, n. 350, 1986, pp. 22-30.

BARCINSKI, Fabiana. Sobre a arte brasileira: da pré-história aos anos 1960. São Paulo: Edições Sesc/WMF Martins Fontes, 2015.

BASBAUM, Ricardo (orgs.). Arte contemporânea brasileira: texturas, dicções, ficções, estratégias. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001.

BRETT, Guy; MACIEL, Katia; REZENDE, Renato. Brasil experimental: arte/vida, proposições e paradoxos. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2005.

BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. Rio de Janeiro: Funarte/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1985.

BROWN, Nicholas. Conclusion: postmodernism as semiperipheral symptom. In BROWN, Nicholas. Utopian generations: The Political Horizon of Twentieth-Century Literature. Princeton e Oxford: Princeton University Press, 2006, pp. 173-199.

BRUAND, Yves. Fondation de l'enseignement académique et néo-classicisme au Brésil: Marc et Zéphirin Ferrez, sculpteurs français fixés à Rio De Janeiro. Caravelle: Cahiers du monde hispanique et luso-brésilien, Toulouse, n. 23. 1974, pp. 101-120.

CAMARGOS, Marcia. Villa Kyrial: Crônica da Belle Époque paulistana. São Paulo: SENAC São Paulo, 2001.

CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira do século XIX , vol. 1 a 5. Rio de Janeiro: Edições Pinakotheke, 1985.

CHIARELLI, Tadeu. História da arte/história da fotografia no Brasil - século XIX: algumas considerações. ARS , São Paulo, vol. 3, n. 6, 2005, pp. 78-87. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2943. Acesso em: 21 jul. 2021.

CHIARELLI, Tadeu. De Anita à academia: para repensar a História da Arte no Brasil. Novos Estudos CEBRAP , São Paulo, vol. 29, n. 3, nov. 2010, pp. 113-132.

CONDURU, Roberto; MARQUES, Luiz; MATTOS, Claudia; ZIELINSKY, Mônica. Existe uma arte brasileira? Perspective: Actualité en histoire de l’art, [S. I.], n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.4000/perspective.5543. Acesso em: 30 jun. 2021.

DIAS, Elaine. Paisagem e Academia: Félix-Émile Taunay e o Brasil (1824-1851). Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

DIENER, Pablo. Rugendas y sus compañeros de viaje. Artes De México , Cidade do México, n. 31, 1996, pp. 21-39.

DUARTE, Paulo Sérgio. Arte brasileira contemporânea: um prelúdio . Rio de Janeiro: Silvia Roesler Edições de Arte, 2008.

FABRIS, Annateresa. Fotografia: usos e funções no século XIX. São Paulo: Edusp, 1991.

FABRIS, Annateresa. Uma outra história da arte? Locus: Revista de História, Juiz de Fora, vol. 8, n. 2, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20562. Acesso em: 30 jun. 2021.

FARIAS, Agnaldo. Arte brasileira hoje . São Paulo: Publifolha, 2016.

FERREIRA, Félix. Belas Artes: estudos e apreciações / Introdução e notas Tadeu Chiarelli. Porto Alegre: Zouk, 2012.

GONZAGA DUQUE. Arte brasileira . Campinas: Mercado de Letras, 1995.

GONZAGA DUQUE. Graves e frívolos: por assuntos de arte. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa; Editora Sete Letras, 1997.

LEVY, Hannah. A propósito de três teorias sobre o barroco. In LEVY, Hannah; JARDIM, Luiz. Pintura e Escultura I . São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/ Ministério da Educação e Cultura, 1978, pp. 9-33.

MARINGONI, Gilberto. Angelo Agostini: a imprensa ilustrada da Corte à Capital Federal, 1864-1910. São Paulo: Devir Livraria, 2011.

MARTINS, Sérgio B. Constructing an Avant-Garde: Art in Brazil, 1949-1979. Cambridge; Londres: The MIT Press, 2013.

MELLO E SOUZA, Gilda de. A ideia e o figurado . São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2005.

MELLO E SOUZA, Laura de. O sol e a sombra: política e administração na América portuguesa do século XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

MILLIET, Ségio. Diário crítico . 10 volumes. São Paulo: Martins, 1981.

MILLIET, Sérgio. Da Pintura Moderna. In MILLIET, Sérgio. Três Conferências . Rio de Janeiro: Ministério de Educação e Cultura, 1955.

MILLIET, Sérgio. Une semaine d'art moderne à São Paulo. Lumière , ano 3, n. 7, Anvers, 15 de abril de 1922.

MOREIRA LEITE, Rui. História da Arte Brasileira no século XX. Balanço e perspectivas. Caravelle: Cahiers du monde hispanique et luso-brésilien, Toulouse, n. 80, jun. 2003, pp. 49-62.

MOURA, Flávio Rosa de. Obra em construção: o neoconcretismo e a invenção da arte contemporânea no Brasil. 2011. Tese (Doutorado em Sociologia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

NAVES, Rodrigo. A forma difícil. Ensaios sobre a arte brasileira. São Paulo: Editora Ática, 1996.

NAVES, Rodrigo. Um azar histórico. Desencontros entre moderno e contemporâneo na arte brasileira, Novos Estudos CEBRAP , vol. 3, n. 64, nov. 2002. pp. 5-21.

NAVES, Rodrigo. O vento e o moinho: ensaios sobre arte moderna e contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. O Rococó Religioso no Brasil e seus antecedentes europeus . São Paulo: Cosac Naify, 2003.

PEREIRA, Sonia Gomes. Revisão historiográfica da arte brasileira do século XIX. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros , São Paulo, n. 54, mar. 2012, pp. 87-106. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rieb/a/pGVzvW8746stXYqKnHQB3JD/?lang=pt. Acesso em: 30 jun. 2021.

REVISTA Eletrônica Avenida , Rio de Janeiro, n. 1, mai. 2016. pp. Disponível em: https://mnba.gov.br/portal/biblioteca/revista-avenida-02.html. Acesso em: 12 jun. 2021.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Romantismo Tropical. Latin American Literary Review , Ithaca, vol. 25, n. 50, jul. 1997, pp. 47-68.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. A Mestizo and Tropical Country: The Creation of the Official Image of Independent Brazil. Revista Europea De Estudios Latinoamericanos y Del Caribe/European Review of Latin American and Caribbean Studies , Amsterdã, n. 80, abr. 2006, pp. 25-42.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O sol do Brasil: Nicolas-Antoine Taunay e as desventuras dos artistas franceses na corte de D. João. São Paulo: Companhia Das Letras, 2008.

SQUEFF, Letícia. O Brasil nas letras de um pintor [sobre Manuel José de Araújo Porto-Alegre] . Campinas: Editora Unicamp, 2004.

TAUNAY, Afonso de E. A Missão Artística de 1816 . Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1983.

TELLES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro . Petrópolis: Vozes, 1982.

THEODORO, Janice. América Barroca: Tema e variações. vol. 2. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Nova Fronteira/Edusp, 1992.

VENANCIO Filho, Paulo. A presença da arte . São Paulo: Cosac & Naify, 2013.

ZANINI, Walter. História da arte no Brasil . São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1983.

ZIELINSKY, Mônica. História da arte e questões da arte no Brasil. ARS , São Paulo, vol. 5, n. 9, pp. 68-73, 2007. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2986. Acesso em: 28 jun. 2021.

ZILIO, Carlos. A difícil História da Arte Brasileira. Folhetim - Folha de São Paulo , São Paulo, 2 de out. 1983. Disponível em: http://www.carloszilio.com/textos/1983-folhetin-dificial-historia-da-arte-brasileira.pdf. Acesso em: 11 de jun. de 2021.

ZILIO, Carlos. A querela do Brasil: A questão da identidade da arte brasileira. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997.

ZILIO, Carlos. As batalhas de Araújo Porto Alegre. ARS , São Paulo, vol. 13, n. 26, 2015, pp. 92-103. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/106069. Acesso em: 22 jul. 2021.

1.2 ESTUDOS BRASILEIROS

ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial: 1500-1800. vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

AMARAL, Roquinaldo do. Brasil e Angola no tráfico ilegal de escravos, 1830-1860. In PANTOJA, Selma; SARAIVA, José Flávio Sombra (orgs.). Angola e Brasil nas rotas do Atlântico Sul . Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999, pp. 143-194.

ARANTES, Otília Beatriz Fiori; ARANTES, Paulo Eduardo. Sentido da formação: três estudos sobre Antonio Candido, Gilda de Mello e Souza e Lúcio Costa . São Paulo: Paz e Terra, 1997.

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização . São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

BOSI, Alfredo et al . A construção nacional: 1830-1889. São Paulo: Objetiva, 2019.

BOXER, Charles R. Race Relations in the Portuguese Colonial Empire, 1415-1825 . Londres: Oxford University Press, 1963.

BOXER, Charles R. A idade de ouro do Brasil: dores do crescimento de uma sociedade colonial. São Paulo: Nova Fronteira, 2000.

CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos [1964]. São Paulo: Ouro Sobre Azul, 2014.

CARDOSO, Fernando Henrique. Capitalismo e escravidão no Brasil meridional . São Paulo: Difel, 1962.

CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América Latina . Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1970.

CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. O racismo na história do Brasil: mito e realidade. Coleção História em Movimento. São Paulo: Editora Ática, 2002.

CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem e Teatro de sombras . Rio de Janeiro: Editorial da UFRJ/Relume Dumará, 1996.

CARVALHO FRANCO, Maria Sylvia de. Organização social do trabalho no período colonial. In PINHEIRO, Paulo Sérgio (org.). Trabalho escravo, economia e sociedade . Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1984, pp.145-193.

CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. Campinas: Editora da UNICAMP, 2012.

CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

COSTA, Emília Viotti da. Da senzala à colônia . São Paulo: Brasiliense, 1989.

COSTA, Emília Viotti da. A invenção do iluminismo. In COGGIOLA, Osvaldo (org.). A Revolução Francesa e seu impacto na América Latina . São Paulo: Nova Stella: Edusp, 1990, pp. 31-45.

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República . São Paulo: Editora UNESP, 2010.

COSTA, Emília Viotti da. A dialética invertida e outros ensaios . São Paulo: Editora UNESP, 2014.

COSTA, Emília Viotti da. Brasil: História, textos e contextos. São Paulo: Editora UNESP, 2015.

COSTA, Maria Elisa (org.). Com a palavra, Lucio Costa . Rio de Janeiro: Editora Aeroplano, 2001.

FAORO, Raymundo. A questão nacional: a modernização. Estudos avançados , São Paulo, vol. 6, n. 14, abr. 1992. pp. 7-22.

FERNANDES, Florestan; DAVID, Antônio (orgs.). O Brasil de Florestan . São Paulo: Editora Autêntica; Editora Fundação Perseu Abramo, 2018.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes . São Paulo: Editora Contracorrente, 2021.

FLORENTINO, Manolo Garcia. Em costas negras: uma história do tráfico atlântico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX) . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1995.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala . São Paulo: Global Editora e Distribuidora Ltda, 2019.

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil . São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

GOMES, Flávio dos Santos. Histórias de quilombolas: mocambos e comunidades de senzalas no Rio de Janeiro, século XIX . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1995.

GOMES, Paulo Emílio Sales. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. São Paulo: Paz e Terra, 1980.

GOMES, Paulo Emílio Sales. Uma situação colonial? São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Capítulos de história do Império . São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

HOLANDA, Sérgio Buarque da. Raízes do Brasil . São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

IANNI, Otávio. As metamorfoses do escravo . São Paulo: Difel, 1962.

LAFETÁ, João Luís. 1930: a crítica e o Modernismo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.

MAMIGONIAN, Beatriz G. Africanos livres: a abolição do tráfico de escravos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos Estudos CEBRAP , São Paulo, 2006, vol. 1, n. 74, mar. 2006, pp.107-123. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-33002006000100007. Acesso em: 11 jun. 2021.

MARQUESE, Rafael de Bivar. Capitalismo e escravidão e a historiografia sobre a escravidão negra nas Américas. Prefácio. In WILLIAMS, Eric. Capitalismo & escravidão / trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, pp. 9-23.

MARQUESE, Rafael de Bivar. As desventuras de um conceito: capitalismo histórico e a historiografia sobre a escravidão brasileira. Revista de História , São Paulo, vol. 169, jul./dez. 2013, pp. 223-253.

MARQUESE, Rafael de Bivar. A história global da escravidão atlântica: balanço e perspectivas. Esboços: Histórias em contextos globais, Florianópolis, vol. 26, n. 41, jan. 2019. pp. 14-41. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2019v26n41p14. Acesso em: 11 jun. 2021

MAXWELL, Kenneth. Uma história atlântica. In MAXWELL, Kenneth (coord.). O livro de Tiradentes: Transmissão atlântica de ideias políticas no século XVIII. São Paulo: Penguin Classics/Companhia das Letras, 2013.

MILLIET, Sergio. Roteiro do café e outros ensaios: contribuição para o estudo da história econômica e social do Brasil. São Paulo: Hucitec, 1982.

MOTTA, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira (1933-1974): pontos de partida de uma revisão histórica. São Paulo: Editora Ática, 1985.

MOTTA, Carlos Guilherme. A cultura brasileira como problema histórico. Revista da Universidade de São Paulo , São Paulo, n. 3, dez. 1986, pp. 7-40.

MOURA, Clóvis. Rebeliões da senzala . Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.

NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império . Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1975.

NABUCO, Joaquim. O abolicionismo . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

NABUCO, Joaquim. Joaquim Nabuco Essencial . São Paulo: Penguin Classics; Companhia das Letras, 2010.

NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808) . São Paulo: Hucitec, 1986.

NOVAIS, Fernando et al. História da vida privada no Brasil . São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista: O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008

ORTIZ, Renato. Imagens do Brasil. Sociedade e Estado , Brasília, vol. 28, n. 3, 2013 pp. 609-633. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/P87XtVzZDCKdNqv9Nt8dfYr/?lang=pt. Acesso em: 11 jun. 2021.

PRADO Jr., Caio. Formação do Brasil contemporâneo . São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

PRADO Jr., Paulo. Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos Malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Global Editora, 2015.

SANTIAGO, Silviano. Apesar de dependente, universal. In SANTIAGO, Silviano. Vale quanto pesa . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, pp. 13-24.

SANTIAGO, Silviano. Prefácio. In SANTIAGO, Silviano (org.). Intérpretes do Brasil . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.

SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos . São Paulo: Editora Rocco, 2000.

SCHWARZ, Roberto. Sequências brasileiras: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Editora 34, 2000.

SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Editora 34, 2000.

SCHWARZ, Roberto. Seja como for: entrevistas, retratos e documentos. São Paulo: Editora 34, 2020.

SKIDMORE II, William. A milder type of bondage: Brazilian slavery and race relations in the eyes of American abolitionists, 1812-1888. Slavery & Abolition, Londres, vol. 39, n. 1, fev./jul. 2018, pp. 147-168.

1.3 MODERNISMO E MODERNIDADE NO BRASIL

AGUILAR, Gonzalo. Poesia concreta brasileira: as vanguardas na encruzilhada modernistas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

ALAMBERT, Francisco; CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo: da era dos museus à era dos curadores, 1951-2001. São Paulo: Boitempo, 2004.

ALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu . São Paulo: Editora Perspectiva, 1976.

AMARAL, Aracy (coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte (1950-1962) . São Paulo/Rio de Janeiro: Pinacoteca do Estado de São Paulo/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1977.

AMARAL, Aracy. Blaise Cendrars no Brasil e os modernistas . São Paulo: Ed. 34/FAPESP, 1997.

AMARAL, Aracy A. Artes plásticas na Semana de 22 . São Paulo: Editora 34, 1998.

ANDRADE, Oswald. Poemas da colonização, In ANDRADE, Oswald. Poesias reunidas . São Paulo: Círculo do Livro, 1976, pp. 101-110.

ANDRADE, Oswald. Estética e política . São Paulo: Globo, 1992.

ARANTES, Otília Beatriz Fiori. Mário Pedrosa: Itinerário crítico. São Paulo: Scritta Editorial, 1991.

ARANTES, Otília Beatriz Fiori. Urbanismo em fim de linha e outros estudos sobre o colapso da modernização arquitetônica . São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.

ARANTES, Otília Beatriz Fiori. Entrevista com Otília Beatriz Fiori Arantes. Rapsódia , São Paulo, n. 2, dez. 2002, pp. 221-264.

BARROS, J. D. Mario Pedrosa e a crítica de arte no Brasil. ARS , São Paulo, vol. 6, n. 11, jan. 2008, pp. 40-60. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/3015. Acesso em: 28 jun. 2021.

BASTIDE, Roger. Impressões do Brasil . São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2011.

BATISTA, Marta Rossetti. Brasil: 1 o Tempo Modernista . 1917/29: documentação. vol. 26. São Paulo: IEB-USP, 1972.

BELLUZZO, Ana Maria de Moraes (org.). Modernidade: Vanguardas artísticas na América Latina. São Paulo: Memorial; UNESP, 1990.

BRENNA, Giovanna Rosso Del (org.). O Rio de Janeiro de Pereira Passos: uma cidade em questão II. Rio de Janeiro: Index, 1985.

BRITO, Mário da Silva. História do modernismo brasileiro: antecedentes da Semana de Arte Moderna. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1974.

CABAÑAS, Kaira M. Learning from Madness: Brazilian Modernism and Global Contemporary Art. Chicago: The University of Chicago Press, 2019.

CAMPOS, Haroldo de. Uma poética da radicalidade. In ANDRADE, Oswald. Poesias reunidas . São Paulo: Círculo do Livro, 1976, pp. 7-70.

CANDIDO, Antonio. A Revolução de 1930 e a cultura. In CANDIDO, Antonio. Educação pela noite . São Paulo, Editora Ática, 1989, pp. 181-198.

CANDIDO, Antonio. Literatura e subdesenvolvimento, In CANDIDO, Antonio. Educação pela noite . São Paulo, Editora Ática, 1989, pp. 140-180.

CANDIDO, Antonio. Dialética da malandragem. In CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade . São Paulo: Duas Cidades, 1993, pp. 19-54.

CAPELATO, Maria Helena. Modernismo latino-americano e construções identitárias através da Pintura. Revista de História , São Paulo, vol. 2, n. 153, 2005, pp. 251-282. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i153p251-282. Acesso em: 12 jul. 2021.

CAVALCANTI, Lauro (org.). Modernistas na repartição . Rio de Janeiro: Editora UFRJ/MINC-IPHAN, 2010.

CHIARELLI, Tadeu. Um jeca nos vernissages . São Paulo: Edusp, 1995.

CHIARELLI, Tadeu. Uma resenha, mesmo que tardia: Roberto Pontual e a sobrevida da questão da identidade nacional na arte brasileira dos anos 1980. ARS , São Paulo, vol. 8, n. 15, pp. 92-103, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1678-53202010000100007. Acesso em: 11 jul. 2021.

DURAND, José Carlos. Arte, privilégio e distinção . São Paulo: Editora Perspectiva, 2009.

EULÁLIO, Alexandre. A aventura brasileira de Blaise Cendrars . São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo/ FAPESP, 2001.

FABRIS, Annateresa (org.). Modernidade e modernismo no Brasil . Porto Alegre: Zouk, 2010.

FERRAZ, Geraldo. Depois de tudo . São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1983.

FERREIRA, Glória (org.). Brasil - Figuração x Abstração no final dos anos 40 . São Paulo: Instituto de Arte Contemporânea - IAC, 2013.

GEIGER, Anna Bella; COCCHIARALE, Fernando. Abstracionismo geométrico e informal: a vanguarda brasileira nos anos cinquenta. Rio de janeiro: FUNARTE - Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1987.

GUILBAUT, S. Respingos na parada modernista: a invasão fracassada da arte abstrata no Brasil, 1947-1948. ARS , São Paulo, vol. 9, n. 18, 2011, pp. 148-173. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/52791. Acesso em: 28 jun. 2021.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Modernidades negras: a formação racial brasileira (1930-1970). São Paulo, Editora 34, 2021.

GULLAR, Ferreira. Vanguarda e subdesenvolvimento . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

LOPEZ, Telê Ancona. Mariodeandradiando . São Paulo: Huitec, 1996.

MAMMÌ, Lorenzo. João Gilberto e o projeto utópico da Bossa Nova. Novos Estudos CEBRAP , vol. 3, n. 34, nov. 1992, pp. 63-70.

MICELI, Sergio. Nacional Estrangeiro: história social e cultural do modernismo artístico em São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

MICELI, Sergio. Mário de Andrade - a invenção do moderno intelectual brasileiro. In SCHWARCZ, Lilia (org.). Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, pp. 106-122.

MICELI, Sergio. Vanguardas em retrocesso. In MICELI, Sergio. Vanguardas em retrocesso: ensaios de história social e intelectual do modernismo latino-americano. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

MELLO E SOUZA, Gilda. Exercícios de leitura . São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2008.

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural, São Paulo, 1988.

PALTI, Elias. La nación como problema . Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2002.

PEDROSA, Mário. Arte, forma e personalidade: 3 Estudos. São Paulo: Kairós Livraria e editora, 1979.

PEDROSA, Mário. Arte, revolução, reflexão . Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1992.

PEDROSA, Mário; ARANTES, Otília Beatriz Fiori (org). Textos escolhidos, vol. 1 - 4 . São Paulo: Edusp, 1995 - 2000.

PEDROSA, Mário; MAMMÌ, Lorenzo (org.). Arte Ensaios . São Paulo: Cosac Naify, 2015.

PICCHIA, Menotti. A longa viagem: 2ª Etapa da revolução modernista - a revolução de 1930. São Paulo: Martins; Conselho Estadual de Cultura, 1972.

PRADO, Maria Ligia. Utopias latino-americanas: política, sociedade, cultura. São Paulo: Editora Contexto, 2021.

REVISTA PRINCÍPIOS. A saga dos brasileiros por um país soberano e desenvolvido . São Paulo: Editora e Livraria Anita, 2005.

RIO, João do. Variações sobre o "flirt": pequeno ensaio de psicologia urbana. Rio de Janeiro: Livraria Luso-Brasileira M. Piedade & C. Editores, 1907.

RISÉRIO, Antonio. Avant-garde na Bahia . São Paulo: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 1995.

ROCHA, Glauber. Uma estética da fome. Revista Civilização Brasileira , Rio de Janeiro, vol. 1, n. 3, jul. 1965, pp. 165-170.

ROCHA, Glauber. Revolução do Cinema Novo . São Paulo: Cosac Naify, 2004.

SALIBA, Elias Thomé. A dimensão cômica da vida privada na República. In SEVCENKO, Nicolau (org.). História da Vida Privada no Brasil , vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 290-365.

SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso: a representação humorística na história brasileira da Belle Époque aos primeiros tempos do rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

SALZSTEIN, Sônia. Uma dinâmica da arte brasileira: modernidade, instituições e instância pública. Novos Estudos CEBRAP , São Paulo, v.1, n. 50, mar. 1998, pp. 382- 401.

SALZSTEIN, Sônia. Construção, desconstrução: O legado do neoconcretismo. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, vol. 30, n. 90, jul. 2011, pp. 103-113.

SARLO, Beatriz. Modernidade Periférica: Buenos Aires 1920 e 1930 . São Paulo, Cosac Naify, 2010.

SCHENBERG, Mário. Pensando a arte . São Paulo: Nova Stella, 1988.

SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas Latino-Americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos. São Paulo: Edusp, 1995.

SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das letras, 1987.

SCHWARZ, Roberto. O pai de família e outros estudos . São Paulo: Companhia das letras, 2008.

SEVCENKO, Nicolau. A capital irradiante: técnica, ritmos e ritos do Rio. In SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil , vol. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 513-619.

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Modernismo brasileiro: entre a consagração e a contestação. Perspective. Actualité en histoire de l’art , [online] n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.4000/perspective.5539. Acesso em: 11 jul. 2021.

SMITH, Anthony; NÚÑEZ, Rosamaría. Conmemorando a los mu ertos, inspirando a los vivos. Mapas recuerdos y moralejas en la recreación de las identidades nacionales. Revista Mexicana de Sociologia , Cidade do México, vol. 60, n. 1, 1998, pp. 61-80.

VELLOSO, Mônica Pimenta. Os intelectuais e a política cultural do Estado Novo. Revista de Sociologia e Política , Curitiba, vol. 5, n. 9, 1997, pp. 57-74.

VELOSO, Caetano. Verdade tropical . São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

VELOSO, Caetano; FERRAZ, Eucanaã (orgs.). O mundo não é chato . São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

XAVIER, Ismail. Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

XAVIER, Ismail; BERNARDET, Jean Claude; MACHADO, Rubens et al. Cine Olho Revista de Cinema , n. 5-6, jun-jul-ago 1979, pp. 50-74.

WISNIK, José Miguel. Veneno remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

ZILIO, Carlos. Da Antropofagia à Tropicália . In ZILIO, Carlos. O nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1982, pp. 11-56.

1.4 HISTÓRIA DA ARTE/ PERÍODO PRÉ-CABRALHO

AGUIAR, Alice. Tradições e estilos na arte rupestre no Nordeste brasileiro. Clio. Revista de pesquisa histórica , Recife, vol. 5, n. 1, 1982, pp. 91-104. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/view/24946. Acesso em: 22 jul. 2021.

BARRETO, Cristiana. A construção de um passado pré-colonial: uma breve história da arqueologia no Brasil. Revista USP , São Paulo, n. 44, dezembro/fevereiro 1999-2000, pp. 32-51. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/30093. Acesso em: 22 jul. 2021.

CONSENS, Mário; SEDA, Paulo. Fases, estilos e tradições na arte rupestre do Brasil: a incomunicabilidade científica. Anais da V Reunião Científica da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Revista do CEPA , vol. 17, n. 20, 1990, pp. 33-50.

COSTA, Angyone. Introdução à arqueologia brasileira: etnografia e história. São Paulo: Ed. Nacional, 1938.

FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

FUNARI, Pedro Paulo; JUSTAMAND, Michel; OLIVEIRA, Gabriel Frechiani de. Las evidências da presença africana no continente, americano no período do Brasil pré-colonial. Boletín Antropológico , Universidad de los Andes, Venezuela, vol. 36, n o . 95, 2018. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71256133003. Acesso em: 22 jul. 2021.

GASPAR, Madu. A arte rupestre no Brasil . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

GUIDON, Niède. Reflexões sobre o povoamento da América. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia . São Paulo, n. 23, 1984, pp. 153-162.

GUIDON, Niède. Pré-história do Piauí: arte e incógnitas do homem americano. Revista Horizonte Geográfico , São Paulo, vol. 3, out. 1990, pp. 40-49.

JABLONSKI, Nina G. et al. The First Americans: The Pleistocene Colonization of the New World. Oakland: University of California Press, 2002.

JORGE, Marcos; PROUS, André; RIBEIRO, Loredana. Brasil rupestre . Arte pré-histórica brasileira. Curitiba: Zencrane livros, 2007.

JUSTAMAND, Michel. O Brasil desconhecido: as pinturas rupestres de São Raimundo Nonato – Piauí. 2007. Tese (Doutorado em Ciências Sociais), PUC, São Paulo.

NEVES, Walter Alves. Antes de Cabral: a arqueologia e a sociodiversidade no passado. Revista USP , São Paulo, n. 44, 2000, pp. 6-9. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/29851. Acesso em: 22 jul. 2021.

PALLESTRINI, Luciana; MORAIS, José Luiz de. Arqueologia pré-histórica brasileira . São Paulo: EDUSP, 1982.

PEREIRA, Edithe. Arte Rupestre na Amazônia. Museu Paraense Emilio Goeldi. São Paulo: UNESP, 2003.

PEREIRA Jr., José Anthero. Introdução ao estudo da arqueologia brasileira. São Paulo: Bentivegna, 1967.

PESSIS, Anna-Marie; GUIDON, Niède. Ars indígena Pré-história do Brasil. Anais da X Reunião Cientifica da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Clio. Revista de pesquisa histórica . Recife, n. 14, 2000, pp. 135-141. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/clioarqueologica/article/view/247027. Acesso em: 22 jul. 2021.

PROUS, André. O povoamento da América visto do Brasil: uma perspectiva crítica. Revista USP, São Paulo, n. 34, 1997, pp. 8-21. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/26050. Acesso em: 22 jul. 2021.

PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

PROUS, André. Arte pré-histórica no Brasil . Belo Horizonte: C/Arte, 2007.

PROUS, Andre et al. Brasil rupestre: arte pré-histórica brasileira. Curitiba: Zenerane Livros, 2007.

SILVA, Hilton P. Pindorama antes do Brasil. Amazônica - Revista de Antropologia, vol. 11, n. 2, 2019, pp. 885-891. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/view/6950. Acesso em: 22 jul. 2021.

SOLÁ, M. C. Arte rupestre: Imagens da pré-história. In FILHO, Ivan Alves (coord.). História pré-colonial do Brasil . Rio de Janeiro: Europa Empresa Gráfica e Editora, 2000.

TENÓRIO, Maria Cristina. Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.

1.5 HISTÓRIA DA ARTE E PRESENÇA INDÍGENA

ANGATU, Casé; TUPINAMBÁ, Ayra. Terrorismo de Estado e lutas indígenas: (re)existências indígenas e indianidades, enfrentando 517 anos de ditaduras! In PITTA, Fábio Teixeira; MARIANA, Fernando Bomfim; BRUNO, Lúcia Emília N. B.; SILVA, Rodrigo Rosa da (orgs.). Terrorismo de Estado, Direitos Humanos e Movimentos Sociais . São Paulo: Entremares, 2018.

ANGATU, Casé; TUPINAMBÁ, Ayra. Decolonialidades indígenas. In COSTA, Frederico Alves, MESQUITA, Marcos Ribeiro Mesquita (orgs.). Psicologia política no Brasil e enfrentamentos a processos antidemocráticos . Maceió: Edufal, 2019, pp. 231-242.

BASTOS, Alcmeno. O índio antes do indianismo . Rio de Janeiro: 7Letras/ FAPERJ, 2011.

BELLUZZO, Ana Maria de Moraes. O Brasil dos viajantes, vol. 1: imaginário do Novo Mundo. São Paulo: Metalivros; Salvador: Odebrecht, 1994.

CANDIDO, Antonio. Estrutura e função do Caramuru. Revista de Letras , São Paulo, vol. 2, n. 2, 1961, pp. 47-66.

COLI, Jorge. Fabricação e promoção da brasilidade: arte e questões nacionais. Perspective , [online], n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.4000/perspective.5541. Acesso em: 21 jul. 2021.

COUTO DA SILVA, Maria do Carmo. Representações do índio na arte brasileira do século XIX. Revista de História da Arte e Arqueologia , Campinas, n. 8, jul./dez. 2007. Disponível em: https://www.unicamp.br/chaa/rhaa/downloads/Revista%208%20-%20artigo%205.pdf. Acesso em: 11 jul. 2021.

CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos índios no Brasil . São Paulo: Companhia das Letras; Secretaria Municipal de Cultura; FAPESP, 1992.

CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios . São Paulo: Cosac Naify, 2009.

DURÃO, José de Santa Rita. Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia. São Paulo: Martin Claret, 2003.

GALVÃO, Walnice Nogueira. Indianismo revisitado. In GALVÃO, Walnice Nogueira. Gatos de outro saco: ensaios críticos. São Paulo: Brasiliense, 1981.

JORGE, Marcelo Gonczarowska. As pinturas indianistas de Rodolfo Amoedo. 19&20 , Rio de Janeiro, vol. 5, n. 2, abr. 2010. Disponível em: http://www.dezenovevinte.net/obras/ra_indianismo.htm. Acesso em: 11 jul. 2021.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, Ailton. Manifestação de Ailton Krenak na Assembléia Nacional Constituinte em 1987. Imagens da TV Câmara . Brasília, 1987. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ildN6lyXDNE. Acesso em: 12 jul. 2021.

KRENAK, Ailton. História indígena e o eterno retorno do encontro. In LIMA, Pablo (coord.). Fontes e reflexões para o ensino de história indígena e afrobrasileira . Belo Horizonte: UFMG – Faculdade de Educação, 2012, pp. 114-131.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo . São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

MARIN, Richard. Présentation: Indiens, Noirs et "marrons" dans le Brésil septentrional: XVII e -XIX e siècle. Caravelle: Cahiers du monde hispanique et luso-brésilien, Toulouse, n. 107, dez. 2016, pp. 9-14.

MARSAL, Meritxell Hernando. Bárbaro e nosso: Indigenismo y vanguardia en Oswald de Andrade y Gamaliel Churata . 2010. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-13102010-121919/publico/2010_MeritxellHernandoMarsal.pdf. Acesso em: 11 jul. 2021.

MATTAR, Sumaya; SUZUKI, Clarissa; PINHEIRO, Maria (orgs.). A lei 11.645/08 nas artes e na educação: perspectivas indígenas e afro-brasileiras. São Paulo: Eca-Usp, 2020.

MIYOSHI, Alexander Gaiotto. Moema e morta . 2010. Tese (doutorado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280445. Acesso em: 11 jul. 2021.

MONTEIRO, John Manuel. Tupis, tapuias e historiadores: estudos de história indigena e do indigenismo. 2001. Tese (Livre-docência em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/281350. Acesso em: 11 jul. 2021.

OLIVEIRA, João Pacheco de. Três teses equivocadas sobre o indigenismo (em especial sobre os índios do Nordeste). In ESPÍRITO SANTO, Marco Antônio do (org.). Política Indigenista: Leste e Nordeste brasileiros. Brasília: FUNAI/DEDOC, 2000.

OLIVEIRA, João Pacheco de. La muerte del indio, el indianismo y la formación de Brasil (siglo XIX) . Desacatos, Cidade do México, n. 54, mai./ago. 2017, pp. 160-181. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?pid=S1607-050X2017000200160&script=sci_arttext. Acesso em: 11 jul. 2021.

ORTIZ, Renato. O Guarani, um Mito de Fundação da Brasilidade. In Ciência e Cultura , n. 40, mar. 1988, pp. 261-269.

PAGNAN, Celso Leopoldo. Alencar e Machado: leituras do indianismo. Terra roxa e outras terras: Revista de estudos literários , Londrina, vol. 6, 2005. pp. 72-85. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/24767/18158. Acesso em: 11 jul. 2021

PORTES, Edileia Maria Leita. Arte, Arte indígena, Arte Borum/Krenak1: os imbricados caminhos para a compreensão da arte. ARS , São Paulo, vol. 13, n. 25, 2015, pp. 89-103. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/105525. Acesso em: 28 jun. 2021.

QUEIROZ, Maria José de. Do indianismo ao indigenismo nas letras hispano-americanas . Belo Horizonte: Imprensa da UFMG, 1962.

RAMOS, Alcida Rita. Indigenismo: um orientalismo americano. Anuário Antropológico , Brasília, vol. 37, n. 1, 2012, pp. 27-42. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/17673. Acesso em: 11 jul. 2021.

REINALDIM, Ivair. Produção cultural indígena e história da arte no Brasil: entre arte e artefato, armadilhas como problema metodológico. MODOS: Revista de História da Arte , Campinas, vol. 1, n. 1, 2017, pp. 25-39. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8662276. Acesso em: 2 jul. 2021.

SAMPAIO, Patrícia Melo. Política indigenista no Brasil imperial. In GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil Imperial (1808-1889), vol. 1 . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, pp. 175-206.

SCHWARTZ, Jorge. Um Brasil em tom menor: Pau-Brasil e Antropofagia. Revista de Crítica Literária Latino-americana , Lima-Berkley, vol. 24, n. 47, 1998, pp. 53-65.

STADEN, Hans. Hans Staden: suas viagens e captiveiro entre os selvagens do Brasil. São Paulo: Typ. da Casa eclectica, 1900. Disponível em: https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4833. Acesso em: 12 jul. 2021.

VIDAL, Lux. Grafismo indígena: estudos de antropologia estética. São Paulo: Studio Nobel/EDUSP, 1992.

1.6 HISTÓRIA DA ARTE E A PRESENÇA NEGRA

ABOR JR. Meu passado (não) me condena: memória, raça e identidade nas pinturas de Sidney Amaral. O Menelick Segundo Ato . São Paulo, vol. 5, n. 17, out./dez. 2015, pp. 16-21. Disponível em: http://www.omenelick2ato.com/artes-plasticas/meu-passado-nao-me-condena Acesso em: 11 jul. 2021.

AGUILAR, Nelson (org.). Mostra do redescobrimento: arte afro-brasileira. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.

ARAUJO, Emanoel. Negras memórias, o imaginário luso-afro-brasileiro e a herança da escravidão. Estudos Avançados , São Paulo, vol. 18, n. 50, 2004. pp. 242-250. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/s3SLN54h79fqBfHXDkbDMdv/?lang=pt. Acesso em: 11 jul. 2021.

ARAUJO, Emanoel (org.). A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica . São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Museu Afro Brasil, 2010.

BARATA, Mário. A escultura de origem negra no Brasil . Arquitetura Contemporânea, Rio de Janeiro, n. 9, 1957, pp. 51-56.

BITTENCOURT, Renata. Um dândi negro: o retrato de Arthur Timótheo da Costa de Carlos Chambelland. 2015. Tese (Doutorado em História da Arte) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

BRITO, Luciana. De Querino a Araújo: testemunho e resgate do artista negro na historiografia da arte brasileira. Cultura Visual, Salvador, n. 8, 2006, pp. 29-35.

CARDOSO, Rafael. Modernity in Black and White: Art and Image, Race and Identity in Brazil, 1890–1945. Cambridge: Cambridge University Press, 2020.

CLEVELAND, Kimberly L. Black Art in Brazil: Expressions of Identity. Berkeley: University of California Press, 2014.

CONDURU, Roberto. Arte afro-brasileira . Belo Horizonte: C/Arte, 2007.

CONDURU, Roberto. Ogum historiador? Emanoel Araújo e a historiografia da arte afrodescendente no Brasil. In SIQUEIRA, Vera B. (org.). Anais do XXIX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte . Rio de Janeiro: Comitê Brasileiro de História da Arte, CBHA, 2009, pp. 159-166. Disponível em: http://www.cbha.art.br/pdfs/cbha_2009_conduru_roberto_art.pdf. Acesso em: 11 jul. 2021.

CONDURU, R. Esse “troço” é arte? Religiões afro-brasileiras, cultura material e crítica. MODOS: Revista de História da Arte , Campinas, vol. 3, n. 3, 2019, pp. 98-114. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8663182. Acesso em: 2 jul. 2021.

CUNHA, Mariano Carneiro da. A arte afro-brasileira. In ZANINI, Walter (coord.). História geral da arte no Brasil . São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1983, pp. 973-1033.

DOSSIN, Francielly Rocha. Apontamentos acerca da presença do artista afro-descendente na história da arte brasileira . DAPesquisa, Florianópolis, vol. 3 n. 5, 2008, pp. 121-130. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/15351/10055. Acesso em: 11 jul. 2021.

FELINTO, Renata. A construção da identidade afrodescendente por meio das artes visuais contemporâneas: estudos de produções e de poéticas. 2016. Tese (Doutorado em Artes) - Instituto de Artes, Universidade Estadual de São Paulo, São Paulo.

FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos . São Paulo: Global Editora, 2013.

LODY, Raul Giovanni da Motta. O negro no museu brasileiro: construindo identidades. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

MOURA, Clóvis. Escravismo, colonialismo, imperialismo e racismo. Afro-Ásia, Salvador , n. 14, 1983, pp. 124-137. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20824/13425. Acesso em: 11 jul. 2021.

MUNANGA, Kabengele. Por que ensinar a história da África e do negro no Brasil de hoje? Revista do Instituto de Estudos Brasileiros , São paulo, n. 62, dez. 2015, pp. 20-31.

MUNANGA, Kabengele. Arte afro-brasileira: o que é afinal? Paralaxe , São Paulo, vol. 6, n. 1, 2019, pp. 5-23. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/paralaxe/article/view/46601/30949. Acesso em: 11 jul. 2021.

NASCIMENTO, Abdias. Cultura e estética no Museu de Arte Negra. GAM – Revista Galeria de Arte Moderna , Rio de Janeiro, n. 14, 1968, pp. 21-22. Disponível em: http://www.abdias.com.br/museu_arte_negra/estetica.htm. Acesso em: 11 jul. 2021.

NASCIMENTO, Abdias. Abdias Nascimento fala do Museu de Arte Negra. In NASCIMENTO, Abdias. O Quilombismo . Brasília/Rio: Fundação Cultural Palmares/ OR Editor, 2002, pp. 146-149. Disponível em: http://www.abdias.com.br/museu_arte_negra/abdias_man.htm. Acesso em: 11 jul. 2021.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Editora Perspectiva, 2016.

NOGUEIRA, Isildinha Baptista. Significações do corpo negro. 1998 . Tese (Doutorado em Psicologia) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://negrasoulblog.files.wordpress.com/2016/04/significacoes-do-corpo-negro-isildinha-baptista-nogueira-tese.pdf. Acesso em: 12 jul. 2021.

OLIVA, María Elena. La negritud, el indianismo y sus intelectuales: Aimé Césaire y Fausto Reinaga. Santiago: Editorial Universitaria de Chile, 2014.

RISÉRIO, Antonio. A utopia brasileira e os movimentos negros . São Paulo: Editora 34, 2007.

RISÉRIO, Antonio. As Sinhás pretas da Bahia: suas escravas, suas jóias. Rio de Janeiro: Topbooks, 2021.

SALUM, Marta Heloísa Leuba. A essência africana da arte e da espiritualidade no Brasil - século XX. Revista África[s] , Alagoinhas, vol. 1, n. 1, 2014. pp. 185-200. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/africas/article/view/2401. Acesso em: 11 jul. 2021.

SANSONE, Lívio. Da África ao afro: uso e abuso da África entre os intelectuais e na cultura popular brasileira durante o século XX. Afro-Ásia , Salvador, n. 27, 2002. pp. 249-269. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21038/13637. Acesso em: 11 jul. 2021.

SANTOS, Jocélio Teles dos. O poder da cultura e a cultura no poder: a disputa simbólica da herança cultural negra no Brasil. Salvador: Edufba, 2005.

SILVA, Renato Araujo da. Arte Afro-Brasileira: altos e baixos de um conceito. São Paulo: Ferreavox, 2016.

SOUSA, Neusa Santos. Tornar-se negro . Rio de Janeiro: Graal, 1983.

1.7 REGIONALISMOS, CULTURA POPULAR, NACIONALISMO

ARTE em revista: Questão popular, São Paulo, vol. 2, n. 3, mar. 1980.

ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz de. A Invenção do Nordeste e outras artes . São Paulo: Cortez Editora, 2012.

ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz . São Paulo: Duas Cidades, Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1976.

ANDRADE, Mário de. Aspectos da música brasileira . São Paulo: Martins Editora, 1975.

ANDRADE, Mário de. Aspectos das artes plásticas no Brasil . São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1984.

ARAÚJO, Humberto Hermenegildo de; OLIVEIRA, Irenísia Torres de (orgs.). Regionalismo, modernização e crítica social na literatura brasileira . São Paulo: Nankin Editorial, 2010.

BAKHTIN, Mikhaïl M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais / trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1987.

BASTIDE, Roger. Imagens do Nordeste místico em branco e preto . Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1945.

BASTIDE, Roger. Ensaio sobre uma estética afro-brasileira. In BASTIDE, Roger. Impressões do Brasil . São Paulo: Imprensa Oficial, 2011, pp. 175-195.

BERLINCK, Manoel T. O Centro Popular de Cultura da UNE . Campinas: Papirus (Coleção Krisis), 1984.

BERNARDET, Jean-Claude. “Barravento” e o recente cinema brasileiro. Brasiliense , São Paulo, n. 44, nov./dez. 1962, pp. 35-37.

BURKE, Peter. Cultura popular na idade moderna: Europa, 1500-1800 / trad. Denise Bottmann. Editora Companhia das Letras, 2010.

CANCLINI, Nestor. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1998.

CANDIDO, Antonio. Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. São Paulo: Ouro sobre azul, 2017.

CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do folclore brasileiro, vol. 1 e 2 . São Paulo: Global Editora, 2012.

CHADE, Caliu. A autocrítica do movimento nacionalista brasileiro . Brasiliense, São Paulo, n. 32, nov./dez. 1960, pp. 88-91.

CHARTIER, Roger. Cultura popular. Revisando um conceito historiográfico. Revista Estudos Históricos , Rio de Janeiro, vol. 8, n. 16, 1995.

CHAUÍ, Marilena. Seminários - o nacional e o popular na cultura brasileira . São Paulo. Ed. Brasiliense, 1983.

CHAUÍ, Marilena. Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Ed. Brasiliense,1986.

CONTIER, Arnaldo Daraya. Edu Lobo e Carlos Lyra: o nacional e o popular na canção de protesto (os anos de 1960). Revista Brasileira de História , São Paulo, vol. 18, n. 35, 1998, pp.13-52.

CORBISIER, Roland. Formação e problema da cultura brasileira . Rio de Janeiro: ISEB, 1958.

DUARTE-SIMÕES, Teresa. Jeca Tatu, un héros brésilien. Genèse, évolution et déplacements du personnage du caipira. Caravelle: Cahiers du monde hispanique et luso-brésilien, Toulouse, n. 99 (Le Brésil caipira: Une culture, ses representations), 2012, pp. 125-146.

FERNANDES, Florestan. O folclore em questão . São Paulo. Martins Fontes, 2003.

GARCIA, Tânia da Costa. A folclorização do popular: uma operação de resistência à mundialização da cultura, no Brasil dos anos 50. Revista ArtCultura , vol. 12, n. 20, jan-jun 2010, pp. 7-22. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/11322. Acesso em: 12 jul. 2021.

GARCIA, Walter. Melancolias, mercadorias: Dorival Caymmi, Chico Buarque o pregão de rua e a canção popular-comercial no Brasil. São Paulo: Ateliê Editorial, 2013.

GOMES, Ângela de Castro. O populismo e as ciências sociais: notas sobre a trajetória de um conceito. Tempo , Rio de Janeiro, vol. 1, n. 2, 1996, pp. 31-58.

GUARNIERI, Gianfrancesco. O teatro como expressão da realidade nacional. Brasiliense , São Paulo, n. 25, set./out. 1959, pp.121-126.

GULLAR, Ferreira. Cultura posta em questão . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.

HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Impressões de Viagem . CPC, vanguarda e desbunde. 1960/1970. São Paulo: Brasiliense, 1980.

HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Cultura e participação nos anos 60 . São Paulo: Ed. Brasiliense, 1995.

IANNI, Octavio. O colapso do populismo no Brasil . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

IANNI, Octavio. Cultura popular. Revista do IPHAN , Brasília, n. 22, 1987, pp. 30-32.

KIEFER, Bruno. A modinha e o lundu, duas raízes da música popular brasileira . Porto Alegre: Editora Movimento/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1977.

LEITE, Lígia Chiappini Moraes. Regionalismo e modernismo: o “caso gaúcho”. São Paulo: Editora Ática, 1978.

LEITE, Lígia Chiappini Moraes. Do beco ao belo: dez teses sobre o regionalismo na literatura. Estudos históricos , Rio de Janeiro, vol. 8, n. 15, 1995, pp. 153-159.

MAGALDI, Sábato. Um palco brasileiro: o Arena de São Paulo. São Paulo: Brasiliense, 1984.

MARIN, Richard. La célébration officielle des 500 ans du Brésil. Toujours un pays d'avenir? Caravelle: Cahiers du monde hispanique et luso-brésilien, Toulouse, n. 75 (Nouveaux brésils fin de siècle), dez. 2000, pp. 5-13.

MARTINS, Carlos Estevam. Anteprojeto do Manifesto do Centro Popular de Cultura redigido em março de 1962. In HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde: 1960/1970. São Paulo: Brasiliense, 1980, pp. 121-144.

MERQUIOR, José Guilherme. Notas para uma teoria da arte empenhada. Movimento , Rio de Janeiro, n. 9, mar. 1963, pp. 13-17.

MOURA, Roberto. Tia Ciata e a pequena África no Rio de Janeiro . Rio de Janeiro: Funarte/ Instituto Nacional de Música/ Divisão de Música Popular, 1983.

NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a canção . São Paulo: Annablume, 2001.

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988.

ORTIZ, Renato. Românticos e Folcloristas: cultura popular. São Paulo: Ed. Olho d'água, 1993.

RAMPLEY, Matthew. Vernacular Cultures and National Identities: The Politics of Folk Art. In RAMPLEY, Matthew. The Vienna School of Art History . University Park: Pennsylvania State University Press, 2013, pp. 116-140.

REVEL, Jacques. A Invenção da Sociedade . Lisboa: Difel, 1989.

REVEL, Jacques; DE CERTEAU, Michel; JULIA, Dominique. A beleza do morto: o conceito de cultura popular. In REVEL, Jacques. A invenção da sociedade / trad. Vanda Anastácio. Lisboa/Rio de Janeiro: Difel/Bertrand Brasil, 1989, pp. 49-75.

REVISTA do IPHAN . Arte e Cultura Popular, Brasília, n. 28, 1999.

RIDENTI, Marcelo. Em busca do povo brasileiro: artistas da revolução, do CPC à era da TV. Rio de Janeiro: Record, 2000.

SANTIAGO, Haroldo. Teatro nacional popular. Brasiliense , São Paulo, n. 26, nov./dez. 1959, pp.198-201.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo . 2ª ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.

STRINATI, Dominic. Cultura Popular: uma introdução. São Paulo, Ed. Hedra, 2000.

TINHORÃO, José Ramos. Cultura popular: temas e questões. São Paulo: Editora 34, 2001.

VIANNA FILHO, Oduvaldo. O artista diante da realidade [1960]. In PEIXOTO, Fernando (org.). Vianinha: teatro, televisão e política. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 73.

VILHENA, Luiz Rodolfo. Projeto e missão: movimento folclórico brasileiro – 1947-1964. Rio de Janeiro, Funarte/ Fundação Getúlio Vargas, 1997.

WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

2 TEXTOS FUNDADORES DA DISCIPLINA

Esta seção temática reúne textos fundamentais à constituição da disciplina história da arte, apresentando autores que desempenharam papel central na definição do objeto de pesquisa, métodos e critérios próprios ao estudo – que se propunha científico – da arte. Não se pode deixar de considerar que a disciplina é um projeto da modernidade, que nasce da imaginação musealizada da arte moderna e do hegeliano sentimento de luto, que, por sua vez, não cessou de instilar nesta última a lembrança da perda da centralidade de que havia desfrutado em antigas civilizações. O cerne de uma disciplina autônoma havia se delineado na obra do arqueólogo e literato alemão Johann Joachim Winckelmann, no século XVIII, quando um campo específico de investigação da arte passava a se destacar da órbita da filosofia e da história, no rastro do Iluminismo, e da própria autonomização das esferas do conhecimento. Até então, os debates sobre arte estavam intimamente relacionados a discussões nos campos da Filosofia, da Estética e da Arqueologia. Esta seção apresenta títulos fundamentais que contribuíram para o processo de autonomização da história da arte como disciplina, como também títulos que sinalizam a diversidade de rumos que esta tomaria na primeira metade do século XX.

Os textos aqui agrupados, em sua maior parte, abordam o problema a partir do momento em que a história da arte se estabelece como disciplina acadêmica, no ambiente intelectual da chamada “Escola de Viena”. De fato, Viena seria um dos palcos da vida cultural europeia na virada do século XIX para o XX, além de capital do Império Austro-Húngaro desde o surgimento deste, em 1867. A capital emergiria, igualmente, como polo nevrálgico na reflexão que levaria à formulação de uma série de normas e protocolos que doravante regrariam a pesquisa acadêmica na área. Segundo Matthew Rampley, em seu The Vienna School of Art History (2013), Rudolf von Eitelberg havia sido figura-chave na formação de uma escola de arte vienense, pois fora ele que estabelecera “os parâmetros da pesquisa em história da arte” na condição de primeiro professor da disciplina no Instituto Politécnico de Viena, em 1847, além de ter fundado, em 1864, o Museu da Arte e da Indústria na capital do Império e ter difundido a arte como assunto do debate público nos círculos liberais da capital. A despeito de suas diferenças, os autores associados à Escola de Viena procuraram estabelecer pressupostos empíricos e objetivos para o estudo da arte, que os levaram – na busca de um contorno constante para seu objeto – a formular conceitos como "volição artística" ( Kunstwollen ), elaborado por Riegl na passagem para o século XX; propostas como as de “história da arte sem nomes” e história da arte dos "próprios objetos", elaboradas por Wölfflin pouco depois; ou métodos como o de "análise da estrutura", apresentado décadas mais tarde por Sedlmayr e Pächt. Esse conjunto de ferramentas conceituais e abordagens metodológicas permitiu-lhes criar elos entre os objetos, lançar-se à investigação empírica e a problemas fundamentais relacionados à concepção e à produção artística de diversas épocas e civilizações. Surgem, então, estudos que se debruçam sobre a cultura material de períodos antes associados ao declínio dos ideais clássicos (como o gótico e o barroco) e sobre objetos cujo valor artístico era então considerado "menor" ou sequer considerado digno da esfera da "arte" (tais como moedas, tapeçarias e armaduras).

Alois Riegl (1858-1905), por exemplo, confere atenção privilegiada ao ornamento. Isso o leva a contestar interpretações da criação artística limitadas à habilidade de imitação de formas encontradas na natureza ( mimesis ) e a refutar compreensões que atribuíam o desenvolvimento de determinadas manifestações artísticas ao domínio de técnicas e materiais. Também Wilhelm Worringer (1881-1965), no início do século XX, buscou desatrelar a noção de arte da primazia da mimesis e de parâmetros correspondentes de habilidade técnica. Em sua tese de doutoramento, Abstração e empatia (1907), postulou a existência de dois polos distintos de sensibilidade estética: a empatia e a abstração. A primeira dizia respeito ao que dava suporte à relativamente recente estética moderna, enquanto a segunda (associada à prática de povos que Worringer denominava “primitivos”) concernia à experiência muito mais antiga, e não se pautava pela mimese , mas, diferentemente, pela premissa da incomensurabilidade do mundano diante do sobrenatural – daí a forma abstrata encontrada em suas manifestações. Segundo o autor, a empatia havia sido responsável por forjar os padrões de valor estético e os critérios que norteavam a teoria e história da arte até então – o que teria resultado numa grande incapacidade de compreensão de toda uma produção artística alheia a esses parâmetros.

Para sustentar sua tese, Worringer retoma o conceito de Kunstwollen , de Riegl, que atribuía a cada povo ou a cada “raça” uma espécie de vontade de forma particular, expressão de sua própria visão de mundo. Ambos os autores, nesses termos, aproximam-se da Estética, da Antropologia e da Psicologia, de modo a relativizar o dogma clássico para o estudo da arte. É possível afirmar, portanto, que o pensamento de Riegl e Worringer – assim como o de outros historiadores da arte de sua geração – fundamenta-se em bases relativistas, que se afastam de noções como a de valor estético absoluto. Pelo contrário, há um esforço para expandir o cânone greco-romano e compreender as formas artísticas sempre em consonância com fatores culturais e psicológicos associados a um povo, uma nação e, em última instância, a uma "raça". Essas concepções são, de modo geral, profundamente marcadas por pressões nacionalistas e pelos pressupostos raciológicos então enraizados na academia europeia.

O interesse de Worringer pela abstração e pela chamada “arte primitiva” partia da análise de obras produzidas por sociedades diversas, apartadas entre si no tempo e no espaço, e continha pouca referência à arte europeia produzida naquele momento. Ainda assim, esse interesse coincidia, como ele mesmo veio a afirmar anos mais tarde, “com a predisposição de todo um período em reorientar, fundamentalmente, seus padrões de valor estético” (WORRINGER apud ARNHEIM, 2004ARNHEIM, Rudolf. Wilhelm Worringer: abstração e empatia. In ARNHEIM, Rudolf. Intuição e intelecto na arte /trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2004., p. 53). Não por acaso, Abstração e empatia repercutiu quase imediatamente no debate da arte moderna, tornando-se referência importante para movimentos como o expressionismo.

Outra importante contribuição aos desenvolvimentos da jovem disciplina nessas três primeiras décadas do século XX são os estudos de Aby Warburg, que desenvolve uma concepção do símbolo como forma que sintetizaria a vitalidade de uma cultura, porquanto retendo, ao longo dos séculos, aspectos dessa cultura ligados à religião, à mitologia e aos costumes (o conceito de Pathosformeln ) 1 1 . O termo Pathosformeln (aqui grafado no plural) se traduz, literalmente, na língua alemã, por fórmulas de páthos. Em termos sumários, pode-se definir a categoria warburguiana de fórmulas de páthos como a recorrência, na cultura de imagens dos povos, de certos motivos que reaparecem, depois de um longo período de latência, carregados de intensidade afetiva nova. Warburg buscou compreender a recorrência desses motivos na confluência de diversos campos disciplinares, das ciências naturais à antropologia. O termo é comentado na página dedicada à “terminologia de Aby Warburg” do Center for Art and Media de Karlsruhe: “A fórmula de páthos é provavelmente o mais conhecido dos termos cunhados por Warburg: […] uma figura de pensamento construída mediante elementos contrastantes. Por um lado, trata-se de um material dramático; por outro, de um padrão constante. […] Ele enveredou pelo vocabulário de outros campos acadêmicos, preferindo as ciências naturais e, nos anos 1920, designou a Pathosformel como o “engrama da experiência afetiva” [“Engramm leidschaftlicher Erfahrung”]. Sua pesquisa é inseparável de uma atenção à energia contagiante do movimento, da Bildwanderung [em tradução livre: “imagem ambulante”] e da internacionalidade. Junto com Fritz Saxl, Warburg mencionava os atalhos da cultura [Wanderstrassen der Kultur], em direção aos quais o veículo das imagens [Bilderfahrzeuge] poderia conduzir ao longo de quaisquer fronteiras. [Warburg] acusava seus colegas historiadores da arte de um viés policialesco zeloso ao guardarem fronteiras [grenzpolizeiliche Befangenheit], pois apenas mediante um desinibido ir e vir entre fronteiras seria possível a ele lançar-se a suas próprias descobertas”. Cf. < https://zkm.de/en/event/2016/09/aby-warburg-mnemosyne-bilderatlas/warburgs-terminology> . Acesso em: 26 jun. 2021. Tradução de Sônia Sazlstein. Segundo o historiador Giovanni Careri, “A atenção dirigida ao teatro, às festas e, mais amplamente, a toda forma de ação ritual, é uma das instâncias antropológicas da perspectiva metodológica de Warburg” (CARERI, 2003, p. 42, tradução de Sônia Salzstein). . Seu pensamento foi reivindicado e retomado por diferentes autores, cada qual a sua maneira: Erwin Panofsky buscou sistematizar e ampliar as problemáticas introduzidas por Warburg através do estudo da iconologia, cuja tarefa seria a descoberta de valores simbólicos nas obras de arte, por vezes desconhecidos do próprio artista, mas que subjazem como tendências ou "significados imanentes" às obras de arte; Ernst Gombrich compreendeu o "símbolo" como resultado de uma "representação conceitual" que, produzindo uma cadeia de derivações ao longo do tempo, confere à arte seu caráter histórico; e Didi-Huberman estendeu as formulações de Warburg para a produção contemporânea de imagens, de certa maneira atualizando aquilo que pensava o historiador alemão a respeito da arte antiga e do Renascimento. Os textos referentes a essa discussão, bem como obras de alguns comentadores de Warburg, estão contemplados na seção Iconologia, iconografia, “ciência das imagens” e dos símbolos . Cabe observar, por fim, que algumas vertentes que a partir dos anos 1990 propuseram ultrapassar o estudo das manifestações da arte em prol de um campo de investigação da imagem, ao qual se designou como “cultura visual”, reclamam, em certa medida, filiação às premissas da pesquisa iconográfica warburguiana.

Assim como as ideias de Warburg foram retomadas e se desdobraram em diferentes vertentes interpretativas, também os conceitos e parâmetros metodológicos formulados por essa primeira geração de intelectuais – estilo, percepção visual, iconografia – foram mobilizados e amplamente retomados desde meados do século XX. Incluímos nesta seção, igualmente, títulos de uma geração de historiadores que se distinguiram por sua contribuição pioneira na consolidação de uma "História social da arte", entre os quais não deixamos de indicar alguns de seus críticos. Para os autores clássicos da História social da arte, que tomam como ponto de partida metodológico o materialismo histórico e concepções marxistas da relação entre base e superestrutura, a história das condições de produção e circulação da arte assumem um papel central. Ademais, são naturalmente críticos do formalismo, que não raro veem derivar da Escola de Viena (a despeito do fato de a linhagem aberta a partir de Riegl mostrar-se, como sabemos, marcadamente historicista). No debate das relações entre arte, estética e sociedade, o legado da História social da arte mostra-se, enfim, crucial, importando ressaltar o papel renovador incontornável que os estudos literários de tradição marxista tiveram para a área. A obra de historiadores da arte como T. J. Clark e Thomas Crow – com atuação importante no debate contemporâneo da arte e da cultura – tem, como se sabe, interlocução (mas também fricção) com essas correntes. Notemos que as abordagens contextualistas que comparecem em parte considerável da história e da crítica de arte a partir dos anos 1990 são, por certo, tributárias dessa vertente. Não se poderia deixar de chamar a atenção, de resto, para as análises fundantes sobre a questão da arte e da cultura sob a égide do capitalismo produzidas no âmbito da chamada teoria crítica. Foi a partir dela que a arte e a cultura nas sociedades modernas ganharam visada sistemática e de envergadura global, graças à qual se disponibilizou uma constelação de novos métodos e ferramentas conceituais de abordagem, nutrindo extraordinária renovação no trabalho contemporâneo da crítica, especialmente a literária, em autores como Peter Szondi e Raymond Williams. Seus expoentes – intelectuais emblemáticos como Walter Benjamin, Theodor Adorno e Ziegfried Kracauer – deixaram obras inescapáveis na crítica da arte e da cultura, que permanecem fonte crucial para reflexão no campo da história da arte.

A seção Sobre a história da história da arte traz títulos que procuram oferecer um panorama da genealogia múltipla da disciplina, incluindo autores que se lançaram a análises e interpretações de textos antigos. Por fim, cabe apontar que essa reunião de títulos buscou trazer textos que inauguraram categorias e constituíram critérios para compreender a arte historicamente, ou, ainda, que expandiram os limites da própria disciplina, complexificando seu objeto.

2.1 DEFININDO UMA DISCIPLINA AUTÔNOMA – AUTORES E COMENTADORES

AVOLESE, Cláudia Mattos. Nostalgia do Antigo - ensaios sobre a recepção da obra de Winckelmann na teoria e na prática das artes plásticas nos séculos XVIII e XIX . 2010. Tese (Livre-docência) - Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na Itália / trad. Sergio Tellaroli. Brasília: Editora UnB, 1991.

BURCKHARDT, Jacob. Judgements on History and Historians . Londres: Routledge, 2016.

CARRIER, David. Winckelmann and Pater, Morelli and Freud: The Tropics of Art Historical Discourse. History of the Human Sciences , vol. 2, n. 1. 1989, pp. 19-38.

FIEDLER, Konrad. On Judging Works of Visual Arts [1876] . Berkeley: University of California Press, 1978.

GALÉ, Pedro Fernandes. Winckelmann: uma história da arte entre a norma e a forma . 2016. Tese (Doutorado em Filosofia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-24112016-124755/pt-br.php. Acesso em: 5 abr. 2021.

GINZBURG, Carlo; DAVIN, Anna. Morelli, Freud and Sherlock Holmes: Clues and Scientific Method. History Workshop , n. 9, 1980, pp. 5-36.

HILDEBRAND, Adolf von. The problem of form in painting and sculpture [1893] . Nova York: G. E. Stechert & co., 1907. Disponível em: https://archive.org/details/problemforminpa00ogdegoog. Acesso em: 23 mai. 2021.

MORELLI, Giovanni. Italian Painters: Critical Studies of Their Works [1880]. Londres: John Murray, 1900.

PATER, Walter. Studies in the History of the Renaissance [1873] . Oxford: Oxford University Press, 2020.

POTTS, Alex. Flesh and the ideal: Winckelmann and the Origins of Art History. New Haven; Londres: Yale University Press, 2000.

VASARI, Giorgio. Vidas dos artistas / trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2020.

WINCKELMANN, Johann Joachim. History of Ancient Art. In WINCKELMANN, Johann; IRWIN, David (ed.). Winckelmann Writings on Art . Nova York e Londres: Phaidon, 1972.

2.2 HISTÓRIA DA ARTE / ESTÉTICA, FILOSOFIA E TEORIA DE ARTE - REFERÊNCIAS ESSENCIAIS

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios / trad. Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: ARGOS, 2009.

APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu pai: a África na filosofia da cultura / trad. Vera Ribeiro. 2ª. ed. Contraponto Editora, 2007.

BADIOU, Alain. L’autonomie du processus esthétique. Cahiers Marxistes-Léninistes . vol. 12-13, jul. 1966, pp. 77–89.

BADIOU, Alain. The Age of the Poets: And Other Writings on Twentieth-Century Poetry and Prose. Londres: Verso, 2014.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida . São Paulo: Zahar, 2001.

BAUMGARTEN, Alexander Gottlieb. Estética - A lógica da arte e do poema / trad. Míriam Sutter Medeiros. Petrópolis: Vozes, 1993.

BERNSTEIN, Jay M. The Fate of Art: Aesthetic Alientation from Kant to Derrida and Adorno. University Park: The Pennsylvannia University Press, 1992.

BERNSTEIN, Jay M. (ed.). Classic and Romantic German Aesthetics . Nova York: Cambridge University Press, 2003.

BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional / trad. Denise Bottmann. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

BROCH, Hermann. Evil in The Value-System of Art. In BROCH, Hermann. Geist and Zeitgeist: Six Essays by Hermann Broch. Nova York: Counterpoint, 2003, pp. 3-39.

BROCH, Hermann. Hugo von Hofmannsthal and His Time: Art and Its Non-Style at The End of The Nineteenth Century. In BROCH, Hermann. Geist and Zeitgeist: Six Essays by Hermann Broch. Nova York: Counterpoint, 2003, pp. 141-210.

BUCHENAU, Stefanie. The Founding of Aesthetics in the German Enlightenment: The Art of Invention and the Invention of Art. Cambridge University Press: Cambridge, 2013.

BURKE, Edmond. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas ideias do sublime . Campinas: Editora UNICAMP, 2021.

CAVELL, Stanley. Must We Mean What We Say? A Book of Essays . Nova York: Cambridge University Press, 1976.

COSTELLO, Diarmuid; IVERSEN, Margaret. Introduction: Photography: between Art History and Philosophy. Critical Inquiry , vol. 38, n. 4 (Agency and Automatism: Photography as Art Since the Sixties, edited by Diarmuid Costello, Margaret Iversen, and Joel Snyder), verão 2012, pp. 679-693.

CRONAN, Todd. Against Affective Formalism . Minneapolis: The University of Minnesota Press, 2013.

DANTO, Arthur. Philosophizing Art: Selected Essays. Berkeley: University of California Press, 1999.

DANTO, Arthur. A transfiguração do lugar comum / trad. Vera Pereira. São Paulo: Cosac & Naify, 2011.

DERRIDA, Jacques. La vérité em peinture . Paris: Flammarion, 1978.

DEWEY, John. Arte como experiencia / trad. Vera Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

DICKIE, George, Defining Art. American Philosophical Quarterly , vol. 6, n. 3, 1969, pp. 253-256.

DICKIE, George. The Century of Taste: The Philosophical Odissey of Taste in Eighteenth Century. Nova York: Oxford University Press, 1996.

DICKIE, George. Art and Value . Malden, Massachusetts: Blackwell Publishers, 2001.

DUARTE, Rodrigo (org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

DUVE, Thierry de. Kant After Duchamp . Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1996.

DUVE, Thierry de. Aesthetics at Large . Chicago: The University of Chicago Press, 2018.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta . Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Annablume, 2011

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão / trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas / trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder / trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro; São Paulo: Paz e Terra, 2017.

FRIED, Michael. Absorption and Theatricality: Painting and Beholder in the Age of Diderot. Chicago: University of Chicago Press, 1988.

GADAMER, Hans-Georg. The Relevance of the Beautiful . Londres: Cambridge University Press, 1986.

GADAMER, Hans-Georg. Truth and Method . Londres: Continuum, 1989.

GADAMER, Hans-Georg. Artworks in Word and Image . ‘So True, So Full of Being!’ (Goethe, 1992). Theory, Culture & Society, Londres, Thousand Oaks e Nova Déli, vol. 23, n. 1, 2006, pp. 57–83.

GROYS, Boris. Arte e poder / trad. Virginia Starling. Belo Horizonte: UFMG, 2015.

HEGEL, Georg W. F. Cursos de Estética, vol. 1 - 4 / trad. Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle. Edusp: São Paulo, 1999-2005.

HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte / trad. Manuel António de Castro e Idalina Azevedo da Silva. Lisboa: Edições 70, 2007.

HEIDEGGER, Martin. The Age of the Word Picture. In HEIDEGGER, Martin. Off The Beaten Track . Cambridge, Massachusetts: Cambridge University Press, 2010.

JAUSS, Hans Robert. Pour une esthétique de la réception . Paris: Gallimard, 1990.

JAUSS, Hans Robert. Pequeña apología de la experiencia estética . Madri: Ediciones Paidos, 2002.

KANT, Immanuel. Crítica da faculdade de julgar / trad. Fernando Costa Mattos. Petrópolis: Vozes, 2016.

KUL-WANT, Christopher (ed.). Philosophers on Art from Kant to the Postmodernists . Nova York: Columbia University Press, 2010.

LACAN, Jacques. Do olhar como objeto a minúsculo. In LACAN, Jacques. Livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise / trad. M. D. Magno. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979, pp. 69-115.

LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno / trad. Ricardo Correia Barbosa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.

LYOTARD, Jean-François. Discours, Figure . Paris: Klincksieck, 2002.

MAN, Paul de. Aesthetic Ideology . Minneapolis: The University of Minnesota Press, 1996.

MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito / trad. Paulo Neves e Maria E. Galvão Gomes Pereira. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomelogia da percepção / trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018.

NANCY, Jean-Luc. Les Muses . Paris: Éditions Galilée, 2001.

NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia: ou Helenismo e pessimismo / trad. Jorge Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

PIPPIN, Robert B. After the Beautiful: Hegel and the Philosophy of Pictorial Modernism. Chicago: The University of Chicago Press, 2013.

PODRO, Michael. The Manifold in Perception: Theories of Art from Kant to Hildebrand. Oxford: Clarendon Press, 1972.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível / trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Editora 34, 2009.

RANCIÈRE, Jacques. O inconsciente estético / trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Editora 34, 2009.

RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado / trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. In ROUSSEAU, Jean-Jacques. Escritos sobre a política e as artes / trad. Pedro Paulo Pimenta. São Paulo: Editora UBU/ Editora UNB, 2020.

SARTRE, Jean-Paul. Baudelaire / prefácio de Michel Leiris. Paris: Gallimard; Follio, 1975.

SARTRE, Jean-Paul. Mallarmé: la lucidité et sa face d'ombre / texto estabelecido e acompanhado de notas de Arlette Elkaim-Sartre. Paris: Gallimard, 1986.

SARTRE, Jean-Paul. Essays in Aesthetics / seleção de Wade Baskin. Nova York: Philosophical Library, 2011.

SCHILLER, Friedrich. On The Aesthetic Education of Man . New Haven: Yale University Press, 1954.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação . Lisboa: Edições 70, 2021.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Lectures and Conversations on Aesthetics, Psychology, and Religious Belief . Oxford: Basil Blackwell, 1966.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Wittgenstein's Lectures, 1930–1933. In OSBORNE, Harold (ed.). Aesthetics . London: Oxford University Press, 1972, pp. 86-88.

WOLLHEIM, Richard. A arte e seus objetos / trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

2.3 SOBRE OBRAS REFERENCIAIS NA CONSOLIDAÇÃO DA DISCIPLINA - AUTORES E COMENTADORES

ARNHEIM, Rudolf. Wilhelm Worringer: abstração e empatia. In ARNHEIM, Rudolf. Intuição e intelecto na arte / trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2004, pp. 51-65.

BAKHTIN, Mikhaïl M.; MEDVIÉDEV, Pável N. A corrente formal nos estudos da arte da Europa Ocidental. In BAKHTIN, Mikhaïl M.; MEDVIÉDEV, Pável N. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica / trad. Sheila Grillo e Ekaterina Américo. São Paulo: Contexto, 2012, pp. 87-102.

BERENSON, Bernard. Italian Painters of the Renaissance [1952] . Londres: Phaidon Press, 1956.

BERENSON, Bernard. Aesthetics and History in the Visual Arts [1948] . Ann Arbor: Michigan University Microfilms International, 1990.

CHASTEL, André. Arte e humanismo em Florença na época de Lourenço, o Magnífico: estudos sobre o renascimento e o humanismo platônico / trad. Dorothée de Bruchard. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

COLQUHOUN, Alan. "Novidade" e "valor de época" em Alois Riegl. In COLQUHOUN, Alan. Modernidade e a Tradição Clássica: Ensaios sobre arquitetura / trad. Christiane Brito. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

DVORAK, Max. History of Art as the History of Ideas [1924] . Londres: Routledge, 1984.

FAURE, Élie. Histoire de l’art . Paris: Gallimard, 1988.

FOCILLON, Henri. A vida das Formas: seguido de Elogio da mão / trad. Fernando Caetano da Silva. Lisboa: Edições 70, 1988.

GLUCK, Mary. Interpreting Primitivism, Mass Culture and Modernism: The Making of Wilhelm Worringer's Abstraction and Empathy. New German Critique, n. 80, 2000, pp. 149-169.

IVERSEN, Margaret. Alois Riegl: Art History & Theory . Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 2003.

LEVY, Evonne. The Political Project of Wölfflin's Early Formalism. October , n. 139. inverno 2012, pp. 39-58.

MEIER-GRAEFE, Julius. Modern Art: Being a Contribution to a New System of Aesthetics. 3 vol. Londres, Nova York: Heinemann/Putnam, 1908.

MEIER-GRAEFE, Julius. A Modern Milieu [1901]. Blacksburg , Va: Virginia Techn Architecture Publications, 2007.

OLIN, Margaret Rose. Forms of Representation in Alois Riegl's Theory of Art . University Park, Pa.: Pennsylvania State University Press, 1992.

O’NEILL, Elena. Visadas cubistas: Carl Einstein, Daniel-Henry Kahnweiler e Vincenc Kramář. ARS , São Paulo, vol. 15, n. 31, 2017, pp. 85-102. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/138527. Acesso em: 28 jun. 2021.

PÄCHT, Otto. Art Historians and Art Critics - Vi: Alois Riegl. The Burlington Magazine , vol. 105, n. 722, 1963, pp. 188-193.

PÄCHT, Otto. Historia del arte y metodología . Madrid: Alianza Editorial, 1993.

PÄCHT, Otto. The end of the image theory. In WOOD, Christopher S. (ed.) The Vienna School Reader: Politics and Art Historical Method in the 1930s. Nova York: Zone Books, 2003.

PAPAPETROS, Spyros. Between the Academy and the Avant-Garde: Carl Einstein and Fritz Saxl Correspond. October , vol. 139, 2012, pp. 77-96.

RIEGL, Alois. Historical Grammar of The Visual Arts . Nova York: Zone Books, 2004.

RIEGL, Alois. O culto moderno dos monumentos [1903] / trad. Werner Rothschild Davidsohn e Anat Falbel. São Paulo: Perspectiva, 2014.

RIEGL, Alois. Problems of Style: Foundations for a History of Ornament [1893]. New Jersey: Princeton University Press, 2018.

SCHLOSSER, Julius. La literatura artística: manual de fuentes de la historia moderna del arte [1924]. Madrid: Cátedra, 1976.

SEDLMAYR, Hans. Towards a rigorous study of art [1931]. In WOOD, Christopher S. (ed.) The Vienna School Reader: Politics and Art Historical Method in the 1930s. Nova York: Zone Books, 2003.

SEDLMAYR, Hans. Art in Crisis: The Lost Center [1948]. New Brunswick, New Jersey: Transaction Publishers, 2007.

VENTURI, Lionello. Painting and Painters: How to Look at a Picture. From Giotto to Chagall. Nova York: Ch. Scribner's Sons, 1945.

VENTURI, Lionello. Four Steps Toward Modern Art: Giorgione, Caravaggio, Manet, Cézanne. Nova York: Columbia University Press, 1956.

WARNKE, Martin. On Heinrich Wölfflin. Representations , n. 27, 1989, pp. 172-187.

WICKHOFF, Franz. Roman Art: Some of its Principles and their Application to Early Christian Painting. Londres: The McMillan Company, 1900.

WITTKOWER, Rudolf. Idea and Image. Londres: Thames & Hudson, 1978.

WITTKOWER, Rudolf. Selected Lectures of Rudolf Wittkower: The Impact of Non-European Civilization on the Art of the West. Nova York: Cambridge University Press, 1989.

WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte. O problema da evolução dos estilos na arte mais recente [1915] / trad. João Azenha Júnior. São Paulo, Martins Fontes, 2004.

WOOD, Christopher S. (ed). The Vienna School Reader: Politics and Art Historical Method in the 1930s. Nova York: Zone Books, 2003.

WORRINGER, Wilhelm. Abstraction and Empathy: A Contribution to the Psychology of Style [1907]. Chicago: Ivan R. Dee, 1997.

2.4 ICONOLOGIA, ICONOGRAFIA, "CIÊNCIA DAS IMAGENS" E DOS SÍMBOLOS

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente / trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 2021.

GINZBURG, Carlo. De A. Warburg a E. H. Gombrich: notas sobre um problema de método [1966]. In GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais: morfologia e história / trad. Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

GOMBRICH, Ernst. Aby Warburg: An Intellectual Biography. Londres: The Warburg Institute: University of Londres, 1970.

GOMBRICH, Ernst. Arte e ilusão: um estudo da psicologia da representação pictórica / trad. Raul de Sá Barbosa. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

GOMBRICH, Ernst. A psicanálise e a história da arte. In GOMBRICH, Ernst. Meditações sobre um cavalinho de pau e outros ensaios sobre a teoria de arte / trad. Geraldo Gerson de Souza. São Paulo: EDUSP, 1999.

HOLLY, Michael Ann. Panofsky and the Foundation of Art History . Ithaca; Londres: Cornell University Press, 1984.

MICHAUD, Philippe-Alain. Aby Warburg e a imagem em movimento / trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

MODOS. Revista de História da Arte . DOSSIÊ: O RETORNO A ABY WARBURG NO DISCURSO HISTORIOGRÁFICO ARTÍSTICO. Campinas, vol. 4, n. 3, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/issue/view/1749. Acesso em: 2 jul. 2021.

PANOFSKY, Erwin. The Concept of Artistic Volition [1920]. Critical Inquiry , vol. 8, n. 1, 1981, pp. 17-33.

PANOFSKY, Erwin. Idea: a evolução do conceito de belo. Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte / trad. Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

PANOFSKY, Erwin. Sobre el estilo: tres ensayos inéditos. Barcelona: Paidós Ibérica, 2000.

PANOFSKY, Erwin. On the Relationship of Art History and Art Theory: Towards the Possibility of a Fundamental System of Concepts for a Science of Art [1925]. Critical Inquiry , vol. 35, n. 1, 2008, pp. 43-71.

PANOFSKY, Erwin. Iconologia e iconografia: uma introdução ao estudo da arte da Renascença. In PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais / trad. Maria Clara F. Kneese e Jorge Guinzburg. São Paulo: Perspectiva, 2018, pp. 45-89.

WARBURG, Aby. L'Atlas Mnemosyne: avec un essai de Roland Recht. Paris; Londres: L'Écarquillé; INHA/Warburg Institute, 2012.

WARBURG, Aby. Histórias de fantasma para gente grande / trad. Lenin Bicudo Bárbara. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2015.

WARBURG, Aby. Mnemosyne: o Atlas das Imagens - Introdução. In WARBURG, Aby. A presença do antigo: escritos inéditos, vol. 1 / trad. Cássio Fernandes. Campinas: Editora Unicamp, 2018, pp. 217-230

WARBURG, Aby. O ingresso do estilo ideal antiquizante na pintura do primeiro renascimento. In WARBURG, Aby. A presença do antigo: escritos inéditos, vol. 1 / trad. Cássio Fernandes. Campinas: Editora Unicamp, 2018, pp. 91-140.

WIND, Edgar. Pagan Mysteries in The Renaissance . Nova York: W.W. Norton & Company, 1969.

WIND, Edgar. A eloquência dos símbolos. Estudos sobre arte humanista . São Paulo: EDUSP, 1997.

WIND, Edgar. Arte e Anarchia . Milão: Adelphi Edizioni, 2021.

2.5 A CONTRIBUIÇÃO DA HISTÓRIA SOCIAL DA ARTE - AUTORES REFERENCIAIS E COMENTADORES

ANTAL, Frederick. Remarks on the Methods of Art History, part I. The Burlington Magazine , vol. 91, n. 551, fev. 1949, pp. 49-52.

ANTAL, Frederick. Remarks on the Methods of Art History, part II. The Burlington Magazine , vol. 91, n. 552, mar. 1949, pp. 73-75.

ARGAN, Giulio Carlo. Ideology and Iconology. Critical Inquiry , vol. 2, n. 2, 1975, pp. 297-305.

ARGAN, Giulio Carlo. Projeto e destino / trad. Marco Bagno. São Paulo: Ática, 2000.

ARGAN, Giulio Carlo. A História da Arte [1969]. In ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade / trad. Pier Luigi Cabra. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

ARGAN, Giulio Carlo. The Crisis of Values: Essays on Modern Art and Architecture 1930-1965. Nova York: GSAPP Books/Columbia University, 2014.

GOMBRICH, Ernst. A história social da arte [1953]. In GOMBRICH, Ernst; WOODFIELD, Richard (org.) Gombrich Essencial. Textos selecionados sobre arte e cultura / trad. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2012, pp. 369-380.

GOMBRICH, Ernst. Abordagens à história da arte: três pontos para a discussão [1988]. In GOMBRICH, Ernst; WOODFIELD, Richard (org.) Gombrich Essencial. Textos selecionados sobre arte e cultura / trad. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2012, pp. 355-368.

HADJINICOLAOU, Nicos. História da arte e movimentos sociais / trad. António José Mussano. São Paulo: Martins Fontes, 1973.

HAUSER, Arnold. The Philosophy of Art History . Londres: Routledge & Kegan Paul, 1959.

HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura / trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

SCHAPIRO, Meyer. The Social Bases of Art [1936]. In HARRISON, Charles; WOOD, Paul (eds.) Art in Theory 1900-1990: An Anthology of Changing Ideas, vol. 3. Oxford: Blackwell, 1992.

SCHAPIRO, Meyer. Theory and Philosophy of Art: Style, Artist and Society. Selected Papers . Nova York: George Braziller, 1994.

2.6 CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA CRÍTICA E DA TRADIÇÃO MARXISTA

ADORNO, Theodor. Museu Valéry Proust. In ADORNO, Theodor. Prismas: crítica cultural e sociedade / trad. Augustin Wernet e Jorge Mattos Brito de Almeida. São Paulo: Ática, 1998, pp. 173-185.

ADORNO, Theodor. Notas de literatura I / trad. Jorge Mattos Brito de Almeida. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2003.

ADORNO, Theodor. Sem diretriz: Parva Aesthetica / trad. Luciano Gatti. São Paulo: Editora UNESP, 2021.

ADORNO, Theodor; BENJAMIN, Walter; BLOCH, Ernst; BRECHT, Bertolt; LUKÁCS, Georg. Aesthetics and Politics . Londres: Verso Press, 1987.

ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max. A dialética do esclarecimento / trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.

BENJAMIN, Walter. Rigorous Study of Art. October , vol. 47, 1988, pp. 84-90.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, Arte e política. Obras escolhidas / trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1993.

BURGER, Peter. Teoria da vanguarda / trad. José Pedro Antunes. São Paulo: Editora UBU, 2017.

HABERMAS, Jürgen. Apêndice: duas conferências de Jüngen Habermas / trad. Márcio Suzuki e Carlos Eduardo Jordão Machado. In ARANTES, Otília Beatriz Fiori & Paulo Eduardo. Um ponto cego no projeto estético de Jürgen Habermas: arquitetura e dimensão estética depois das vanguardas. São Paulo, Brasiliense, 1992, pp. 99-149.

KRACAUER, Siegfried. O ornamento da massa / trad. Carlos Eduardo Jordão Machado e Marlene Holzhausen. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

KRACAUER, Siegfried. From Caligari to Hitler: A Psychological History of the German Film. New Jersey: Princeton University Press, 2019.

LUKÁCS, Georg. Teoria do romance: Um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica / trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Livraria Duas Cidades; Editora 34, 2000.

LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe: estudos sobre a dialética marxista / trad. Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

LUKÁCS, György. Soul and Form / Introdução de Judith Butler. Nova York: Columbia University Press, 2009.

LUNN, Eugene. Marxism and Art in the Era of Stalin and Hitler: A Comparison of Brecht and Lukács. New German Critique, no. 3, 1974, pp. 12-44.

MACHADO, Carlos Eduardo Jordão. Um capítulo da história da modernidade estética: debate sobre o expressionismo: Análise e documentos [textos de Ernst Bloch, Hanns Eisler, Georg Lukács e Bertolt Brecht]. São Paulo: Editora UNESP, 2016.

MARCUSE, Herbert. O homem unidimensional: estudos da ideologia da sociedade industrial avançada / trad. Robespierre de Oliveira, Deborah C. Antunes e Rafael C. Silva. São Paulo: Edipro, 2015.

MARCUSE, Herbert. A dimensão estética / trad. Maria Elisabete Costa. Lisboa: Edições 70, 2016.

MARCUSE, Herbert. Art and Liberation . Abingdon: Routledge, 2017.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Cultura, arte e literatura: textos escolhidos / trad. José Paulo Netto e Miguel Makoto Cavalcanti. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

SCHWARTZ, Frederic J. Cathedrals and Shoes: Concepts of Style in Wölfflin and Adorno. New German Critique, no. 76, 1999, pp. 3-48.

SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950) / trad. Luiz Sérgio Répa, São Paulo, Editora Cosac & Naif, 2001.

SZONDI, Peter. Teoria do drama burguês (século XVIII) / trad. Luiz Sérgio Répa Editora Cosac Naify, 2004.

2.7 SOBRE A HISTÓRIA DA HISTÓRIA DA ARTE

BAZIN, Germain. História da história da arte / trad. Antonio de Padua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

CARRIER, David. Principles of Art History Writing . University Park: Pennsylvania State University Press, 1997.

FOSTER, Hal. Antinomies in Art History. In FOSTER, Hal. Design and Crime: And other Diatribes. Londres: Verso, 2002, pp. 83-103.

IVERSEN, Margaret; MELVILLE, Stephen. Writing Art History . Disciplinary Departures. Chicago e Londres: University of Chicago Press, 2010.

KULTERMANN, Udo. The History of Art History [1966] . Nova York: Abaris Books, 1993.

NELSON, Steve. Art History and its Institutions: Foundations of a Discipline. Londres e Nova York: Routledge, 2002.

PANOFSKY, Erwin. Epílogo: três décadas de história da arte nos Estados Unidos - Impressões de um europeu transplantado. In PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais / trad. Maria Clara F. Kneese e Jorge Guinzburg. São Paulo: Perspectiva, 2018, pp. 411-439.

PANOFSKY, Erwin. Introdução: A História da arte como uma disciplina humanística. In PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais / trad. Maria Clara F. Kneese e Jorge Guinzburg. São Paulo: Perspectiva, 2018, pp. 17-46.

PODRO, Michael. The Critical Historians of Art . New Haven e Londres: Yale University Press, 1982.

PREZIOSI, Donald. The Art of Art History: A Critical Anthology. Oxford [etc.]: Oxford University Press, 2009.

RAMPLEY, Matthew. The Vienna School of Art History . University Park: Pennsylvania State University Press, 2013.

WOOD, Christopher Wood. A History of Art History . Princeton: Princeton University Press, 2019.

3 HISTÓRIA DA ARTE E DA CRÍTICA DE ARTE

Esta seção apresenta títulos em crítica de arte que evidenciam as confluências e tensões historicamente enraizadas em sua relação com a disciplina história da arte. São aqui reunidos, dessa maneira, textos que remetem à crítica de arte desde o seu surgimento como gênero literário de uma emergente esfera pública da cultura, no século de Diderot – protagonista central da nova modalidade de reflexão e escrita sobre arte –, como também títulos que discutem as mais recentes transfigurações da crítica, em textos de forte ambição teórica e filosófica, e, ainda, textos que passam a explorar o veio da escrita curatorial. Mesmo quando informada pela história da arte, pela teoria, pela estética e pela filosofia, a crítica jamais chegou a se constituir como disciplina (sob esse aspecto, diferenciando-se da crítica literária), com as metodologias, linhagens e escopo que lhe são próprios e, afinal, como um sistema, com as ambições totalizadoras que lhe são características – o que não significa que não assomasse como um poderoso e multifacetado aparato de reflexão e análise. Em meio às tensões históricas entre história e crítica de arte, destacamos como a segunda acaba por gerar materiais para a primeira, podendo organizar informações e análises que, em um primeiro momento, evadem o escopo da disciplina, pois surgem do embate direto com a obra e seu contexto.

Alguns dos títulos indicados atestam a posição crucial que a crítica de arte ocupou – sobretudo sob os papéis de mediadora de conflitos e formadora de opinião – na formação de um sistema da cultura complexo na modernidade. Tal gênero específico de escrita sobre arte pela primeira vez destinava-se a um leitor anônimo e não claramente determinado do ponto de vista de classe e estatuto social. Importa destacar que desde o seu surgimento e até aproximadamente os anos 1960, a crítica de arte exerceu-se como instância privilegiada de mediação entre obra e público (educar, julgar, analisar, descrever), e entre obra e mercado (transfigurar valor de mercado em valor cultural).

Paris foi o laboratório onde o novo gênero literário veio à tona, indissociável de uma vibrante cultura impressa de massa. No século XIX, as críticas produzidas principalmente sob a égide dos Salões parisienses – exposições regulares, bienais ou anuais – respondiam a um tipo de escrita que, a despeito de seu lugar como gênero literário “menor”, já havia desfrutado extenso desenvolvimento ao longo do século anterior, tendo em Diderot uma figura de proa, como se disse. Por ocasião das exposições, uma série de escritores e cronistas publicava, em veículos que alcançavam o grande público, seus juízos sobre as obras exibidas, ao mesmo tempo que propunha generalizações sobre a situação da arte contemporânea, sobre o gênero que despontava, buscando mesmo vislumbrar tendências de gosto em meio ao conjunto das obras consideradas. Esses textos eram publicados nos livrets dos Salões, em revistas prestigiosas de belas artes ou de crítica literária, mas também em pequenos jornais e revistas ilustradas. A gênese francesa da moderna crítica de arte é também indissociável do pedigree literário de seus segmentos mais refinados: poetas como Stéphane Mallarmé e Paul Valéry, e escritores como Hippolyte Taine, Émile Zola, os irmãos Edmond e Jules de Goncourt e Théophile Gautier contam entre os seus expoentes mais notórios. Pode-se dizer que a partir de meados do século XIX é a crítica do poeta e escritor Charles Baudelaire que inaugura uma nova modalidade de reflexão e escrita sobre arte; estas se afastam de qualquer pretensão pedagógica, acadêmica ou cientificista, e se abrem às contingências do impacto das obras sobre o crítico (que agora é também um esteta) e ao encontro – doravante sempre problemático – com o público.

Especialmente na primeira metade do século XX, a crítica de arte assinalaria presença notável no debate público da arte moderna, projetando a produção artística ao campo mais amplo da cultura, com figuras de destaque não apenas na França, mas também na Inglaterra, na crista do chamado grupo de Bloomsbury, que teve em Virginia Woolf um de seus integrantes mais célebres, destacando-se neste grupo, entre os críticos, os nomes de Roger Fry e Clive Bell. Os Estados Unidos logo emergiriam como polo de influência no debate artístico, mormente no período de entreguerras. Entre os meados das décadas de 1910 e 1930, do mesmo modo, o contexto europeu havia experimentado um intenso fluxo migratório interno e externo (este último, geralmente, em direção aos Estados Unidos), estimulando, sob a atmosfera ameaçadora dos conflitos mundiais, a bandeira cosmopolita e humanista das vanguardas – exemplos dessa elite intelectual internacionalista são os críticos e marchands alemães radicados em Paris Daniel-Henri Kahnweiler e Wilhelm Uhde, que se notabilizaram, respectivamente, por seu apoio à obra de Picasso e do Douanier Rousseau. Muitos intelectuais europeus, como se disse – entre eles Theodor Adorno, Siegfried Kracauer, Erwin Panofsky e Walter Gropius – emigravam para os Estados Unidos, cujo ambiente intelectual vinha desde os meados da década de 1910 se beneficiando do trânsito constante de expoentes das correntes das vanguardas europeias. Nesse cenário, os críticos tomavam posição junto aos movimentos de vanguarda e intervinham a partir de uma atuação constante na imprensa, projetavam as questões da arte a uma esfera pública e davam forma literária e vocação comunicativa às tensões entre público, mercado, produção artística, instituições e colecionadores. Assim, na primeira metade do século havia se desenvolvido na Europa e nos Estados Unidos uma escrita aguerrida, comprometida com a produção dos artistas. Nos Estados Unidos, especialmente a partir dos anos 1930, uma emergente geração de críticos e historiadores empreendeu uma influente interpretação do modernismo europeu, projetando uma imagem do legado da vanguarda artística e intelectual em disputa global, e, logo mais, no pós-guerra, a mais recente produção artística norte-americana ver-se-ia posicionada como herdeira privilegiada das correntes de vanguarda europeia. Os escritos sobre arte de Clement Greenberg se destacam como uma crítica ressoante de militância intelectual na esfera pública, voltada à defesa da produção da arte abstrata, tendo logo se tornado a principal referência da chamada corrente formalista. O debate em torno de sua obra foi profundo e se desdobrou em polêmicas ainda atuais, tendo formado uma extensa geração de críticos que refutou e ampliou suas premissas.

No Brasil, a crítica assomou com presença notável no debate político e cultural do país nos anos 1950-1960, nos principais órgãos de imprensa e intervindo vivamente nos problemas da atualidade. Com extraordinária percuciência e inteligência de síntese, ela revelava uma nação então às voltas com o debate da modernização, do qual emergia centralmente a questão do atraso, o legado do passado colonial e a expectativa da emancipação política e social na crista do projeto de industrialização sob o governo Kubitschek – expectativa logo cortada pelo golpe militar de 1964. Ressaltam, nesse contexto, os trabalhos de críticos como Mário Pedrosa e Ferreira Gullar.

3.1 QUESTÕES DA CRÍTICA DE ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA

ADORNO, Theodor. Crítica cultural e sociedade. In ADORNO, Theodor. Prismas: crítica cultural e sociedade / trad. Augustin Wernet e Jorge Mattos Brito de Almeida. São Paulo: Ática, 1998, pp. 173-185.

ALVES, Cauê. Sobre Crítica, Curadoria e o Circuito da Arte. In CONDURU, Roberto et al. (org.). Encontros com a arte contemporânea . Vila Velha (ES): Museu Vale, 2017, pp. 52-60.

ARGAN, Giulio Carlo. A tarefa da crítica. In ARGAN, Giulio Carlo. Arte e crítica da Arte . Lisboa: Editorial Estampa, 1988.

BISHOP, Claire. Artificial Hells: Participatory Art and the Politics of Spectatorship. Londres: Verso, 2012

BRITO, Ronaldo. Questões de Crítica e Curadoria de Arte. In CONDURU, Roberto et al. (org.). Encontros com a arte contemporânea . Vila Velha (ES): Museu Vale, 2017, pp. 44-51.

CABAÑAS, Kaira M. Immanent Vitalities: Meaning and Materiality in Modern and Contemporary Art. Oakland: The University of California Press, 2021

DANTO, Arthur C. From Philosophy to Art Criticism. American Art , vol. 16, n. 1, 2002, pp. 14-17.

ELKINS, James; NEWMAN, Michael (org.). The State of Art Criticism . Nova York: Routledge, 2007. Disponível em: https://jameselkins.com/wp-content/uploads/2009/12/Elkins-State-of-Art-Criticism.pdf. Acesso em: 30 jun. 2021.

FABRIS, Annateresa. Crítica e modernidade . São Paulo: ABCA/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

FERREIRA, Glória (ed.). Crítica de arte no Brasil: temáticas Contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte, 2006.

FOSTER, Hal. Art critics in Extremis. In FOSTER, Hal. Design and Crime: And other Diatribes. Londres: Verso, 2002, pp. 104-122.

GULLAR, Ferreira. Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta. Rio de Janeiro: Revan, 1999.

GULLAR, Ferreira. Teoria do não-objeto [1959]. In GULLAR, Ferreira. Antologia Crítica: Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2015, pp. 157-162.

PEDROSA. Mário. Problemática da Arte Contemporânea. In PEDROSA, Mário; MAMMÌ, Lorenzo (org.) Arte Ensaios . São Paulo: Cosac Naify, 2015.

PEDROSA, Mário; FERREIRA, Gloria; HERKENHOFF, Paulo (eds.). Mário Pedrosa: Primary Documents. Nova York: Museum of Modern Art, 2015.

SALZSTEIN, Sônia. Transformações na esfera da crítica. ARS , São Paulo, v. 1, n. 1, 2003, pp. 83-89. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2903. Acesso em: 28 jun. 2021.

SCHWABSKY, Barry. Criticism and Self-Criticism. The Brooklyn Rail , dez 2012/jan 2013. Disponível em: https://brooklynrail.org/2012/12/artseen/criticism-and-self-criticism. Acesso em: 30 jun. 2021.

SHIFF, Richard. On Criticism Handling History. History of the Human Sciences , vol. 2, n. 1, fev. 1989, pp. 63-87. Disponível em: <doi:10.1177/095269518900200104.> Acesso em: 30 jun. 2021.

3.2 A TRADIÇÃO FORMALISTA: AUTORES, SEUS COMENTADORES E CRÍTICOS

BELL, Clive. Art [1914] . Oxford: Oxford University Press, 1987.

BELL, Clive. Since Cézanne [1922] . Memphis: General Books, 2010.

CARRIER, David. Rosalind Krauss and American Philosophical Art Criticism. From Formalism to Beyond Postmodernism . Westport: Praeger, 2002.

DUVE, Thierry de. Clement Greenberg Between the Lines: Including a Debate with Clement Greenberg. Chicago: University of Chicago Press, 2010.

FRASCINA, Francis (ed.). Pollock and After: The Critical Debate. Londres: Routledge, 2000.

FRIED, Michael. Why Photography Matters as Art as Never before . New Haven: Yale University Press, 2008.

FRIED, Michael. Art and Objecthood: Essays and Reviews. Chicago: University of Chicago Press, 2011.

FRY, Roger. V isão e forma [1920] / trad. Claudio Marcondes. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

GREENBERG, Clement. A necessidade do formalismo. In FERREIRA, Glória (org.) Clement Greenberg e o debate crítico / trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, pp. 125-130.

GREENBERG, Clement. Pintura Modernista. In FERREIRA, Glória (org.) Clement Greenberg e o debate crítico / trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p.101-110.

GREENBERG, Clement. Vanguarda e Kitsch. In FERREIRA, Glória (org.) Clement Greenberg e o debate crítico / trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, pp. 27-46.

KRAUSS, Rosalind. A View of Modernism. Artforum , n. 11, 1972, pp. 48-51.

KRAUSS, Rosalind. Uma visão do modernismo. In FERREIRA, Glória (org.) Clement Greenberg e o debate crítico / trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, pp. 163-174.

REED, Christopher (ed.). Roger Fry Reader . Chicago: University of Chicago Press, 1996.

STEINBERG, Leo. The Twin Prongs of Art Criticism. The Sewanee Review , vol. 60, n. 3, 1952, pp. 418-444.

STEINBERG, Leo. Outros critérios. In STEINBERG, Leo. Outros critérios: confrontos com a arte do século XX / trad. Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2008, pp. 79-126.

3.3 CRÍTICA DE ARTE, MODERNISMO E VANGUARDAS EUROPEIAS

APOLLINAIRE, Guillaume. Les peintres cubistes: méditations esthétiques & autres textes sur le cubisme [1913] / réunis et annotés par Frédéric Chaleil. Paris: les Éditions de Paris-Max Chaleil, 2018.

BATAILLE, Georges, (ed). Documents: doctrines, archéologie, beaux-arts, ethnographie: magazine illustré paraissant dix fois par an. 10 vols. Paris: Documents, 1929-1934. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/cb34421975n/date. Acesso em: 22 jul. 2021.

BATAILLE, Georges; LEIRIS, Michel; EINSTEIN, Carl et al. ENCYCLOPAEDIA ACEPHALICA . Londres: Atlas Press; Documents of The Avant Garde, 1995.

BATAILLE, Georges. GALLETI, Marina; BROTCHIE, Alastair (orgs.). The Sacred Conspiracy . Londres: Atlas Press, 2007.

BATAILLE, Georges. A parte maldita: precedida de A noção de dispêndio / trad. Júlio Castañon Guimarães. São Paulo: Autêntica, 2013.

BATAILLE, Georges. Documents / trad. João Camillo Penna e Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2018.

BATAILLE, Georges. O erotismo / trad. Fernando Scheibe. São Paulo: Autêntica, 2020.

BRETON, André. Surrealism and Painting . Boston, Mass.: MFA Pub.; Nova York, NY: Distributed Art Publishers, 2002.

EINSTEIN, Carl. A arte do século 20 / trad. Maria Aparecida Barbosa. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2016.

KAHNWEILER, Daniel-Henry. The Rise of Cubism . Nova York, NY: Wittenborn, 1949.

KAHNWEILER, Daniel-Henry. Minhas galerias e meus pintores: depoimento a Francis Crémieux / trad. Eliane Tejera Lisbôa e Gustavo de Azambuja Feix. São Paulo: L&PM, 2018.

LEIRIS, Michel. LEIRIS, Michel (org.). Alter Ego: The Critical Writings od Michel Leiris. Oxford: The European Humanities Research Center, Universidade de Oxford, 2004.

MALRAUX, André. As vozes do silêncio, 2 vols. / trad. José Júlio Andrade dos Santos. Lisboa: Edições Livros do Brasil, 1956.

MALRAUX, André. O museu imaginário / trad. Isabel Saint-Aubyn. Lisboa: Edições 70, 2011.

OLIVA, Achille Bonito. Transavangarde International . Roma: Giovanni Politi Editore, 1982.

OZENFANT, Amédée; JEANNERET, Charles Édouard. Depois do cubismo / trad. Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

ROSENBERG, Harold. A tradição do novo / trad. Cesar Tozzi. São Paulo: Editora Perspectiva, 1974.

ROSENBERG, Harold. O objeto ansioso / trad. Vera Pereira. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

SALMON, André. La jeune peinture française . Société des trente, 1912.

UHDE, Wilhelm. Five Primitive Masters . Whitefish: Kessinger Pub., 2008.

UHDE, Wilhelm. Recollections of Henri Rousseau . Londres: Pallas Athene Publishers, 2018.

VALÉRY, Paul. Pièces sur l’art. In VALÉRY, Paul. Oeuvres completes: Édition établie et annotée par Jean Hytier, vol. 2. Paris: Gallimard, 1960, pp. 1366-1371.

VALÉRY, Paul. Degas dança e desenho / trad. Christina Murachco e Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

VALÉRY, Paul. O Problema dos museus. ARS , São Paulo, v. 6, n. 12, 2008, pp. 31-34. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/3039. Acesso em: 8 jul. 2021.

VENTURI, Lionello. Art Criticism Now . Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1941.

3.4 A CRÍTICA DE ARTE A PARTIR DOS SALÕES PARISIENSES (SÉCULOS XVIII-XIX) E SEUS COMENTADORES

BAUDELAIRE, Charles. Salão de 1846. In BAUDELAIRE, Charles; BARROSO, Ivo (org.) Charles Baudelaire, poesia e prosa . São Paulo: Nova Aguilar, 1995.

BAUDELAIRE, Charles. O pintor da vida moderna / trad. Tomaz Tadeu. São Paulo: Autêntica, 2018.

BENJAMIN, Walter. O conceito de crítica de arte no romantismo alemão [1919] . São Paulo: Iluminuras, 2002.

CASTAGNARY, Jules-Antoine. Salons 1857-1879. Paris: A. Quantin, 1880-1884. Disponível em: https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb30521246r. Acesso em: 30 jun. 2021.

CHAMPFLEURY [pseudonyme de Jules François Félix Fleury-Husson]. Oeuvres posthumes de Champfleury: Salons (1846-1851). Paris: A. Lemerre, 1894. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k5440106w. Acesso em: 30 jun. 2021.

CHAMPFLEURY. Le Réalisme . Paris: Michel Lévy frères, 1857. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k215466k. Acesso em: 30 jun. 2021.

COCHIN, Charles-Nicolas. Réflexions sur la critique des ouvrages exposés au Salon du Louvre . Bibliothèque nationale de France, [1757]. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8442968g?rk=214593;2. Acesso em: 17 fev. 2019.

CROW, Thomas. Painters and Public Life in Eighteenth-Century France . New Haven, Conn.: Yale University Press, 2000.

DIDEROT, Denis. Essais sur la peinture et Salons de 1759, 1761, 1763 . Paris: Hermann, 1984.

DIDEROT, Denis. Obras 2 – estética, poética, contos / trad. Jorge Guinsburg. São Paulo, Perspectiva, 2000.

DIDEROT, Denis. Discurso sobre a poesia dramática / trad. Franklin de Matos. Editora Cosac Naify, 2005.

DUBOS, Jean-Baptiste. Réflexions critiques sur la poésie et sur la peinture (1719) . Paris: J. Mariette, 1719 Disponível em: https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb30360215q. Acesso em: 15 fev. 2019.

FÉNÉON, Félix. Les Impressionnistes en 1886 . Paris: publications de la Vogue, 1886. Disponível em: https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb30427294w. Acesso em: 15 fev. 2019.

GAUTIER, Théophile. Les Beaux-arts en Europe (1855) . Paris: Michel Lévy, 1857. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k30402360. Acesso em: 2 jul. 2021.

GONCOURT, Edmond et Jules. Études d’art; Le Salon de 1852; La Peinture à l’Exposition de 1855. Paris: E. Flammarion, DL 1893. Disponível em: https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb30521251b. Acesso em: 30 jun. 2021.

GONCOURT, Edmond et Jules. Journal (1872-1896) . 9 vols., París, 1887- 1896. [ed. definitive]: Paris: Académie Goncourt, 1935.

LA FONT DE SAINT-YENNE, Étienne. Réflexions sur quelques causes de l'état présent de la peinture en France . Paris: Michel Lambert, 1752. Disponível em: <https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb307154123>. Acesso em: 23 mar. 2019.

QUATREMÈRE DE QUINCY, Antoine. Essai sur la nature, le but et les moyens de l’imitation dans les Beaux-Arts . Paris: impr. de J. Didot, 1832. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k717597. Acesso em: 30 jun. 2021.

STENDHAL. Mélanges d'art et de littérature . Paris, Michel Lévy Frères, 1867. Disponível em: <http://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/6782>. Acesso em: 7 jul. 2021.

TAINE, Hippolyte-Adolphe. Philosophie de l'art (1965-1969) . Paris: Hachette, 1881. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k8742302. Acesso em: 2 jul. 2021.

VENTURI, Lionello. História da crítica de arte [1936] . Lisboa: Edições 70, 2007.

ZOLA, Émile. Mes haines: causeries littéraires et artistiques; Mon salon (1866); Edouard Manet, étude biographique et critique. Paris: G. Charpentier, 1879. Disponível em: <https://catalogue.bnf.fr/ark:/12148/cb316908803>. Acesso em: 30 jun. 2021.

4 CRÍTICA E FUNDAMENTOS DA DISCIPLINA

Os textos reunidos nesta seção atestam a notável renovação do campo disciplinar da história da arte desde os anos 1960. Não se pode desconsiderar, em meio à complexidade de fatores a precipitar tal fenômeno, a pressão das poderosas transformações em curso entre os anos 1960 e 1970, à mercê das quais a prática da arte também mudava radicalmente: as rebeliões estudantis, o movimento feminista, o recrudescimento da Guerra Fria, as manifestações contra a Guerra do Vietnã, os protestos por direitos civis e os conflitos raciais nos Estados Unidos, a culminação de movimentos de independência nacional no continente africano, a sucessão de golpes militares nas nações da América Latina, a crise do petróleo no início da década de 1970.

Desde então, veio se aprofundando a crítica das instituições, do lugar cada vez mais instável assinalado aos personagens principais do moderno sistema de arte, como artistas, colecionadores, galeristas, críticos, para não mencionar o público e o próprio sistema cultural mais amplo. Considere-se ainda o fato de que o estatuto do trabalho de arte nunca havia sido alvo de escrutínio tão severo até então, o que evidentemente implicou crítica vigorosa dos pressupostos da história da arte, doravante pressionada a lidar com um objeto lábil e impalpável. Com isso, a antiga disciplina viu ruírem radicalmente suas premissas tradicionais a começar pela constância e auto evidência de sua raison d’être: a arte. Embora a designação tenha permanecido a mesma, os contornos da história da arte pareciam ter adquirido extraordinária plasticidade naquela década, com a vaga do chamado pós-estruturalismo, as pressões de uma renovada e militante crítica de arte, a reflexão teórica cada vez mais influente, mormente a que vinha da filosofia (quando não dos próprios artistas), uma aproximação vital aos estudos culturais, à psicanálise, às teorias feministas, aos campos adjacentes das ciências sociais que ademais viviam renovação notável no mesmo período. De fato, talvez tenha restado muito pouco da disciplina tal como se constituiu na esfera acadêmica e, hoje, provavelmente, será difícil (como também ocioso) discernir as jurisdições respectivas da história, da teoria ou da crítica de arte.

As novas agendas, com repertórios e expectativas próprias, incitavam, assim, a uma importante revisão da historiografia e da metodologia da disciplina, como também questionavam os seus limites a partir da experiência das abordagens transdisciplinares. Buscamos, dessa maneira, apresentar sumariamente as discussões sobre os novos modelos disciplinares (ou para-disciplinares) para se pensar a produção artística e cultural. Os anos 1950-1960, na Inglaterra, haviam, além disso, testemunhado o surgimento do campo dos “estudos culturais”, que se notabilizou por sua proposta de vislumbrar na cultura o fulcro nevrálgico de forças vitais para o qual convergiam as tramas da vida econômica e social; lograva, dessa maneira, especificar os modos como as formas culturais ora favorecem processos de dominação social, ora possibilitam ou desencadeiam processos de luta e resistência contra a dominação. Ao longo das últimas décadas, como é sabido, os estudos culturais foram acolhidos com especial proeminência nos Estados Unidos, onde seriam reformulados, modificados significativamente e até mesmo reestruturados de acordo com as particularidades dos meios político e acadêmico estadunidenses, alguns de seus ramos tendo, inclusive, se aproximado do pensamento neoliberal. Junto aos estudos culturais e dentre os mais recentes modelos disciplinares que propõem refletir sobre a produção artística e cultural, destacam-se também as contribuições da “cultura visual” e dos “estudos visuais” que, a princípio irradiando a partir dos Estados Unidos, buscaram franquear o estudo das imagens tal como concebido no tradicional campo da história da arte, mirando, doravante, o campo inteiro da cultura e abrindo uma complexidade de temas até então inalcançáveis pelo campo disciplinar da arte.

Listamos, do mesmo modo, alguns títulos em História da arte global, uma vertente ampla e diversificada de estudos cuja premissa comum e fundamental é descentralizar o foco hierárquico tradicional da produção artística, projetando-o para além dos centros euro-norte-americanos tradicionais, como também investigar a tensão entre dinâmicas culturais regionais e globais em nações historicamente obliteradas do ambiente acadêmico nos grandes centros. Nesta seção buscamos, ademais, apontar para o necessário reexame que se impõe aos pesquisadores e profissionais da história da arte, dos conceitos de artefato, técnica, tecnologia, estética, estilo e "agência", à luz da contribuição da antropologia, cuja visada pode contribuir notavelmente para alargar o escopo de estudo da arte.

Por fim, apresentamos uma brevíssima subseção com títulos que trazem estudos fundantes da arte na chamada pré-história, não sem problematizarmos o próprio conceito de história, tal como emergiu no debate científico europeu desde o século XVIII. A este pequeno tópico intitulamos História da arte e ‘pré-história’ – como se vê, acenando com ressalvas para o segundo termo do enunciado. Do mesmo modo como ocorrera com a mais jovem história da arte, a história como disciplina esteve na berlinda e submeteu-se a processos enérgicos de revisão, em diversos momentos no curso do século XX; desde os anos 1980, assomou como objeto privilegiado de intelectuais empenhados na crítica ao colonialismo. Em tempos recentes, por exemplo, historiadores africanistas, como o nigeriano Akinwumi Ogundiran (2013)OGUNDIRAN, Akinwumi. The End of Prehistory? An Africanist Comment. The American Historical Review, vol. 118, n. 3, 2013, pp. 788-801., apontaram como a disciplina, forjada à época do surgimento das nações-estado e do nacionalismo, fundada na pesquisa empírica de documentos e instituições, por definição exclui de sua alçada parte considerável da experiência humana – culturas ancestrais, firmadas na oralidade, em antigas formas de vida comunitária dissipadas pelo tempo.

Apontaram, sobretudo, o fato de a disciplina tradicional desconsiderar temporalidades profundas, como se estas não constituíssem objeto de conhecimento, e com isso terá, por certo, cerceado o florescimento pleno da consciência histórica. O historiador Graham Connah, por exemplo, contestando a linha divisória artificial tradicionalmente estabelecida entre história e pré-história, escreveu, na introdução ao seu Three Thousand Years in Africa: Man and His Environment in the Lake Chad Region of Nigeria [em tradução livre, Três mil anos na África: o homem e seu ambiente no Lago Chad, na Nigéria]:

O estudo do passado do Homem deveria ser indiviso, sendo impensável algo como um tempo histórico antes da história: garantindo a definição da história como a história natural integral do Homem, e não apenas sua história escrita. Dessa maneira, escrever sobre o passado da África é essencial para que se ultrapassem as fronteiras acadêmicas tradicionais. (CONNAH apud OGUNDIRAN, 2013OGUNDIRAN, Akinwumi. The End of Prehistory? An Africanist Comment. The American Historical Review, vol. 118, n. 3, 2013, pp. 788-801., p. 788, tradução de Sônia Salzstein)

4.1 ARTE E HISTÓRIA DA ARTE A PARTIR DOS ANOS 1960

ALPERS, Svetlana. Is Art History? Daedalus , vol. 106, n. 3, 1977, pp. 1-13.

ALPERS, Svetlana. Style Is What You Make It: the Visual Arts once again. In LANG, Berel. The Concept of Style . Ithaca: Cornell University Press, 1987.

ALPERS, Svetlana. A arte de descrever: a arte holandesa no século XVII / trad. Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: EDUSP, 1999.

ARASSE, Daniel. Nada se vê. Seis ensaios sobre pintura / trad. Camila Boldrini e Daniel Lühmann. São Paulo: Editora 34, 2019.

ARTE em revista: Anos 60. São Paulo, v. 1, n. 1, jan./mar. 1979.

ARTE em revista: Independentes, experimentais, alternativos. São Paulo, v. 3, n. 5, mai. 1981.

BANN, Stephen. Art History in Perspective. History of the Human Sciences , vol. 2, n. 1, fev. 1989, pp. 1-18.

BAXANDALL, Michael. The Language of Art History. New Literary History , vol. 10, n. 3, 1979, pp. 453-465.

BAXANDALL, Michael. Art, Society, and the Bouguer Principle. Symposium: Art or Society: Must We Choose? Representations , n. 12, 1985, pp. 32-43.

BAXANDALL, Michael. O olhar da época: O olhar renascente: pintura e experiência social na Itália da Renascença / trad. Maria Cecília Preto R. Almeida. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.

BAXANDALL, Michael. Linguagem e explicação. In BAXANDALL, Michael. Padrões de intenção: a explicação histórica dos quadros / trad. Vera Maria Pereira. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2006.

BELL, Julian. Mirror of The World: A New History of Art. Londres: Thames & Hudson, 2007.

BELTING, Hans. The invisible Masterpiece . Chicago: University of Chicago Press, 2001.

BELTING, Hans. Florence and Baghdad: Renaissance Art and Arab Science. Cambridge: Belknap Press of Harvard University Press, 2011.

BERTHOUD, Luiza Esper. História da Arte e Outras Estórias. ARS , São Paulo, vol. 18, n. 38, 2020, pp. 197-217. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/162471. Acesso em: 28 jun. 2021.

BREDEKAMP, Horst. A Neglected Tradition? Art History as Bildwissenschaft. Critical Inquiry , vol. 29, n. 3, primavera 2003, pp. 418-428.

BRETT, Guy; FIGUEIREDO, Luciano (orgs.). Oiticica in Londres . Londres: Tate Publishing, 2007.

BRYSON, Norman. Looking at the Overlooked Four Essays on Still Life Painting . Londres: Reaktion Books, 1990.

CARDOSO, Rafael. A história da arte e outras histórias. Cultura Visual , n. 12, Salvador, EDUFBA, out. 2009, pp. 105-113. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/rcvisual/article/viewFile/3393/2680. Acesso em: 1 jul. 2021.

CLARK, T. J. Farewell to an Idea: Episodes from a History of Modernism. New Haven: Yale University Press, 1999.

CLARK, T. J. As condições da criação artística [1974]. In CLARK, T. J; SALZSTEIN, Sônia (org.) Modernismos / trad. Vera Pereira. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

CROW, Thomas E. Codes of Silence: Historical Interpretation and the Art of Watteau. Symposium: Art or Society: Must We Choose? Representations, n. 12, 1985, pp. 2-14.

CROW, Thomas E. The intelligence of Art . Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1999.

CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges (orgs.). História do corpo, 3 vols . / trad. João Batista Kreuch, Jaime Clasen, Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 2012.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da imagem / trad. Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens / trad. Vera Casa Nova; Márcia Arbex. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2015.

DAMISCH, Hubert; BANN, Stephen. Hubert Damisch e Stephen Bann: uma conversa. ARS , São Paulo, vol. 14, n. 27, 2016, pp. 16-53. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/117618. Acesso em: 28 jun. 2021.

DAVIS, Whitney et al. The Subject in/of Art History. The Art Bulletin , vol. 76, n. 4, 1994, pp. 570-595.

FER, Briony; BATCHELOR, David; WOOD, Paul. Realismo, Racionalismo, Surrealismo: a arte no entre-guerras / trad. Cristina Fino. São Paulo: Cosac Naify, 1998.

FERNIE, Eric (org.). Art History and Its Methods: A Critical Anthology. Londres: Phaidon Press, 1995.

FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília. Escritos de artistas: Anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

FRANCASTEL, Pierre. Destrucción de un espácio plástico. In FRANCASTEL, Pierre. Sociología del arte . Buenos Aires: Emecé Editores, 1972, pp. 171-221.

FRANCASTEL, Pierre. ¿Para una sociologia de arte: método o problemática? In FRANCASTEL, Pierre. Sociología del arte . Buenos Aires: Emecé Editores, 1972, pp. 11-39.

FREEDBERG, David et al. The Object of Art History. The Art Bulletin , vol. 76, n. 3, 1994, pp. 394-410.

FOSTER, Hal et al. Art since 1900 . Nova York, NY: Thames & Hudson, 2016.

GRAW, Isabelle. The love of Painting: Genealogy of a Success Medium. Berlim: Sternberg Press, 2018.

GUILBAUT, Serge. How Nova York Stole the Idea of Modern Art. Abstract Expressionism, Freedom, and the Cold War . Chicago: University of Chicago Press, 1985.

GUILBAUT, Serge. Historiadores del arte hoy. Entrevista con Yves Michaud. In GUILBAUT, Serge. Los espejismos de la imagen en los lindes del siglo XXI . Madri: Ediciones Akal, 2009, pp. 107-12.

HARRIS, Jonathan. The New Art History: A Critical Introduction. Londres: Routledge, 2007.

JAMESON, Fredric. A Singular Modernity: Essay on the Ontology of the Present. Londres: Verso, 2002.

KRAUSS, Rosalind. The Originality of the Avant-Garde: A Postmodernist Repetition. October, vol. 18, 1981, pp. 47-66.

KRAUSS, Rosalind. The Cultural Logic of the Late Capitalist Museum. October , vol. 54, 1990, pp. 3-17.

KRAUSS, Rosalind. "A voyage on the North Sea": art in the age of the post-medium condition. Londres: Thames & Hudson, 2000.

KRAUSS, Rosalind. A lógica cultural do museu tardo-capitalista / trad. Leonardo Nones. ARS , São Paulo, vol. 19, n. 41, 2021, pp. 446-491. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/179223. Acesso em: 26 ju. 2021.

LANG, Karen; BANN, Stephen. The Sense of the Past and the Writing of History: Stephen Bann in Conversation with Karen Lang. The Art Bulletin , vol. 95, n. 4, 2013, pp. 544-556.

LEBENSZTEJN, Jean-Claude. Déplacements . Paris: Les presses du réel, 2014.

LEBENSZTEJN, Jean-Claude. Pissing Figures 1280–2014. Nova York: David Zwirner Books, 2017.

MAMMÌ, Lorenzo. À margem. ARS , São Paulo, vol. 2, n. 3, 2004, pp. 80-101. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2926. Acesso em: 28 jun. 2021.

MICHAUD, Eric. Barbarian Invasions and the Racialization of Art History. October , vol. 139, 2012, pp. 59-76.

MICHAUD, Eric. The Barbarian Invasions: A Genealogy of the History of Art. Cambridge, MA: The MIT Press, 2019.

MOXEY, Keith; MITTER, Partha. A ‘Virtual Cosmopolis’: Partha Mitter in Conversation with Keith Moxey. The Art Bulletin , vol. 95, n. 3, 2013, pp. 381-392.

POLLOCK, Griselda; ZEMANS, Joyce (orgs.). Museums After Modernism . Strategies of Engagement. Nova York: John Wiley & Sons, 2008.

PREZIOSI, Donald. Rethinking Art History . New Haven: Yale University Press, 1989.

PREZIOSI, Donald. The Question of Art History. Critical Inquiry , vol. 18, n. 2, 1992, pp. 363-386.

SHIFF, Richard; NELSON, Robert (org.). Critical Terms for Art History . Chicago: University of Chicago Press, 2003.

STEINBERG, Leo. A objetividade e o encolhimento do eu. In STEINBERG, Leo. Outros critérios: confrontos com a arte do século XX / trad. Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2008, pp. 329-346.

SUMMERS, David. Conventions in the History of Art. New Literary History , vol. 13, n. 1, 1981, pp. 103-125.

WOOD, Paul et al. Modernismo em disputa: A arte desde os anos quarenta / trad. Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Cosac e Naify Edições, 1998.

4.2 FIM DA HISTÓRIA DA ARTE?

BELTING, Hans. The End of Art History? Chicago: Univ. of Chicago Press, 1987.

BELTING, Hans. Image, Medium, Body: A New Approach to Iconology. Critical Inquiry , vol. 31, n. 2, 2005, pp. 302-319.

BELTING, Hans. O fim da história da arte: uma revisão dez anos depois / trad. Rodnei Nascimento. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

BELTING, Hans. Semelhança e presença: a história da imagem antes da era da arte / trad. Gisah Vasconcellos. Rio de Janeiro: Ars Urbe, 2010.

BELTING, Hans. Uma antropologia da imagem: Por uma ciência da imagem / trad. Jason Campelo. Lisboa: KKYM+EAUM, 2014.

DANTO, Arthur C. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. / trad. Saulo Krieger. São Paulo: Edusp: Odysseus, 2006

JAMESON, Frederic. 'End of Art’ or ‘End of History’? In JAMESON, Frederic. The Cultural Turn: Selected Writings on the Postmodern,1983-1998. Londres: Verso,1998, pp. 73-92.

JAMESON, Frederic. The End of Temporality. Critical Inquiry , vol. 29, n. 4, 2003, pp. 695-718.

4.3 A HISTÓRIA DA ARTE EM DIÁLOGO COM OUTROS CAMPOS DISCIPLINARES

ARNOLD, Dana; IVERSEN, Margaret (ed.). Art and Thought . Malden, MA: Blackwell Publishing, 2003.

AUERBACH, Eric. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental / trad. George Bernard Sperber e equipe da Perspectiva. São Paulo: Perspectiva, 2021.

BAL, Mieke; BRYSON, Norman. Semiotics and Art History. The Art Bulletin , vol. 73, n. 2, 1991, pp. 174-208.

BARTHES, Roland. A morte do autor. In BARTHES, Roland. O rumor da língua / trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004, pp. 65-78.

BARTHES, Roland. O grau zero da escrita / trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

BARTHES, Roland. Câmara clara: nota sobre a fotografia / trad. Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulações / trad. Maria João da Costa Pereira. Lisboa, Relógio d'Água, 1991.

BAUDRILLARD, Jean. Para uma crítica da economia política do signo / trad.

Anibal Alves. Rio de Janeiro: Elfos, 1995.

BAUDRILLARD, Jean. El complot del Arte . Ilusión y desilusión estéticas. Buenos Aires e Madri: Amorrortu, 2006.

BENSE, Max. Pequena estética / trad. J. Guinsburg e Ingrid Dormien Koudela. São Paulo: Editora Perspectiva, 2009.

BOURDIEU, Pierre. O amor pela arte: museus de arte na Europa e seu público / trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. Porto Alegre: Editora Zouk, 2003.

BOURDIEU, PIerre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário / trad. Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

BRYSON, Norman. Calligram . Essays in New Art History from France. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

DAMISCH, Hubert. Semiotics and Iconography [1975] . Berlin; Boston: De Gruyter, 2020.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A invenção da histeria: Charcot e a iconografia fotográfica da Salpêtrière. Rio de Janeiro: MAR/Contraponto, 2015.

ECO, Umberto. Obra aberta - Forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas . São Paulo: Editora Perspectiva, 1976

ECO, Umberto. The Aesthetics of Thomas Aquinas . Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1988.

ECO, Umberto. Arte e beleza na estética medieval . Lisboa: Editorial Presença, 1989.

ECO, Umberto. A definição da arte . Rio de Janeiro: Record, 2016

KOFMAN, Sarah. A infância da arte: uma interpretação da estética freudiana / trad. Luiz Fernando Medeiros de Carvalho e Paula Glenadel. São Paulo: Relume Dumará, 1996.

MARX, Karl. A mercadoria [O capital]. In BOTELHO, André (org.) Essencial Sociologia . São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013, pp. 118-175.

SILVEIRA, Nise da. Imagens do inconsciente . Rio de Janeira: Alhambra, 1981.

SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito, In BOTELHO, André (org.) Essencial Sociologia . São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013, pp. 311-360.

SONTAG, Susan. Contra a interpretação e outros ensaios . São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

WEBER, Max. Ciência como vocação, In In BOTELHO, André (org.) Essencial Sociologia . São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013, pp. 392-431.

4.4 HISTÓRIA DA ARTE / ESTUDOS CULTURAIS E CULTURA VISUAL

ALPERS, Svetlana et al. Visual Culture Questionnaire. October , vol. 77, 1996, pp. 25-70.

APPADURAI, Arjun. Dimensões culturais da globalização: a modernidade sem peias / trad. TeIma Costa. Lisboa: Teorema Cultural. 2005.

BRYSON, Norman; HOLLY, Michael Ann; MOXEY, Keith. Visual culture: Images and Interpretations. Middletown, CT.: University Press, 1994.

BURKE, Peter. Variedades de história cultural / trad. Alda Porto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

BURKE, Peter. O que é história cultural? / trad. Sérgio Goes de Paula. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

CEVASCO, Maria Elisa. Dez lições sobre estudos culturais . São Paulo: Boitempo, 2003.

CRARY, Jonathan. A modernidade e o problema do observador. In CRARY, Jonathan. Técnicas do observador: visão e modernidade no século XIX / trad. Nino Quintas. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

CRARY, Jonathan. Suspensões da percepção: atenção, espetáculo e cultura / trad. Tina Montenegro. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

CRIMP, Douglas. Estudos culturais, cultura visual. Revista USP , São Paulo, n. 40 (Dossiê Arte e Contemporaneidade), 1999, pp. 78-85. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/28422. Acesso em: 21 jul. 2021.

CRIMP, Douglas. Getting the Warhol We Deserve. Social Text , n. 59, 1999, pp. 49-66.

ELKINS, James. Visual Cultures . Bristol; Chicago: Intellect, 2010.

ESCOSTEGUY, Ana Carolina D. Cartografias dos estudos culturais: Uma versão latino-americana. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

FABRIS, Annateresa. Fragmentos urbanos: Representações culturais. São Paulo: Livros Studio Nobel, 2000.

FOSTER, Hal (org.). Vision and Visuality . Seattle: Bay Press, 1988.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas / trad. Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1978.

GOMBRICH, Ernst. In the Search of Cultural History [1967] . Oxford: Clarendon Press, 1989.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade / trad. Tomaz Tadeu da Silva. Rio de Janeiro: L&PM, 2000.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais / trad. Adelaine La Guardia Resende et al. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

HOGGART, Richard. The Uses of Literacy. New Jersey: Transaction Publishers, 1998.

JAMESON, Frederic. Sobre os “estudos de cultura” / trad. John Manuel Monteiro e Otacílio Nunes. Novos Estudos CEBRAP , n. 39, jul. 1994, pp. 11-48.

JAY, Martin. "Phallogocularcentrism": Derrida and Irigaray. In JAY, Martin. Downcast eyes: The Denigration of Vision in Twentieth-Century French Thought. Berkeley and Los Angeles, California: University of California Press, 1993.

JAY, Martin. That Visual Turn: The Advent of Visual Culture. Journal of Visual Culture , vol. 1. n. 2, 2002, pp. 87-92.

JAY, Martin. Cultural Relativism and the Visual Turn. Journal of Visual Culture , vol. 1, n. 3, dez. 2002, pp. 267-278.

KNAUSS, Paulo. O desafio de fazer história com imagens: arte e cultura visual. ArtCultura , Uberlândia, v. 8, n. 12, pp. 97-115, jan-jun. 2006.

MARTINS, Raimundo. Porque e como falamos da cultura visual? Visualidades , Goiânia, v. 4, n. 1 e 2, 2012. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/17999. Acesso em: 1 jul. 2021.

MENESES, Ulpiano Bezerra de. Fontes visuais, cultura visual, história visual: balanço provisório, propostas cautelares. Revista Brasileira de História , São Paulo, v. 23, n. 45, 2003, pp. 11-36. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-01882003000100002. Acesso em: 1 jul. 2021.

MILLER, Toby. A Companion to Cultural Studies . Nova York: Blackwell, 2001.

MITCHELL, W. J. T. Showing Seeing: A Critique of Visual Culture. Journal of Visual Culture . vol. 1, n. 2, 2002, pp. 165-181.

MITCHELL, W. J. T. What do Pictures Want? The Lives and Loves of Images . Chicago: University of Chicago Press, 2005.

MONTEIRO, Rosana Horio. Cultura visual: definição, escopo, debates. Domínios da Imagem , Londrina, v. 1, n. 2, mai. 2008, pp.129-134.

MORLEY, David. The Nationwide Audience . Londres: British Film Institute, 1980.

MOXEY, Keith. Nostalgia for the Real: The Troubled Relation of Art History to Visual Studies. In MOXEY, Keith. The Practice of Persuasion: Paradox and Power in Art history. Ithaca: Cornell University Press, 2001.

NELSON, Cary; GROSSBERG, Lawrence; TREICHLER, Paula. Cultural Studies . Nova York; Londres: Routledge/Taylor & Francis, 1992.

SMITH, Paul; WILDE, Carolyn. A Companion to Art Theory . Malden, Massachusetts: Blackwell, 2002.

WILLIAMS, Raymond. Culture is Ordinary. In GRAY, Ann; McGUIGAN (eds.) Studying Culture: An Introductory Reader. Londres: Edward Arnold, 1993, pp. 5-14.

WILLIAMS, Raymond. Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade [1983]. São Paulo: Boitempo, 2007.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e materialismo [1980] / trad. André Geaser. São Paulo: Editora UNESP, 2011.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade: de Coleridge a Orwell [1958] / trad. Vera Joscelyne. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

4.5 UMA HISTÓRIA DA ARTE GLOBAL

BELTING, Hans. Contemporary Art as Global Art: A Critical Estimate. In BELTING, Hans; BUDDENSIEG, Andrea (eds.). The Global Art World: Audiences, Markets and Museums. Ostfildern: Hatje Cantz, 2009.

BELTING, Hans; BINTER, Julia T. S (eds.) Global Studies: Mapping Contemporary Art and Culture. Ostfildern: Hatje Cantz, 2011.

CARRIER, David. A World Art History and its Objects . Pensilvania: Penn State Press, 2008.

CONRAD, Sebastian. What is Global History? Princeton: Princeton University Press, 2016.

DOSSIN, Cathérine. Towards a Spatial (Digital) Art History. Artl@s Bulletin , v. 4, n. 1, 2015. Disponível em: https://docs.lib.purdue.edu/artlas/vol4/iss1/1/. Acesso em: 1 jul. 2021.

ELKINS, James. Is Art History Global? Nova York; Londres: Routledge, 2014.

FARAGO, Claire. The "Global Turn" in Art History: Why, When, and How Does it Matter? In FARAGO, Claire. The Globalization of Renaissance Art . Leiden; Boston: Brill, 2017, pp. 299-313.

GRENIER, Catherine; ORLANDO, Sophie (orgs.). Art et mondialisation . Antologies des textes de 1950 à nos jours. Paris: Centre National Georges Pompidou, 2013.

GRUZINSKI, Serge. How to be a Global Historian . Public Books, mai. 15, 2016. Disponível em: http://www.publicbooks.org/how-to-be-a-global-historian/. Acesso em: 1 set. 2018.

GUASCH, Anna Maria. Art and Globalisation: The Beginnings: Third Text versus Art in America. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 1, n. 2, 2017, p. 22-28. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8662315. Acesso em: 2 jul. 2021.

KARMEL, Pepe. Abstract Art: A Global History. Londres; Nova York: Thames & Hudson Ltd., 2020.

KAUFMANN, Thomas Dacosta et al. Circulations in the Global History of Art . Londres e Nova York: Routledge, 2015.

KUDIELKA, Robert. Arte do mundo ou arte de todo o mundo? Novos estudos CEBRAP , n. 67, nov. 2003, pp. 131-142. Disponível em: https://revistadesvioblog.files.wordpress.com/2018/03/robert-kudielka-arte-do-mundo-ou-arte-de-todo-o-mundo.pdf. Acesso em: 20 mar. 2021.

KUNTZ FICKER, Sandra. Mundial, trasnacional, global: un ejercicio de clarificación conceptual de los estudios globales. Nuevo Mundo Mundos Nuevos [En ligne], Débats, mis en ligne le 27 mars 2014 . Disponível em: http://journals.openedition.org/nuevomundo/66524. Acesso em: 7 fev. 2018.

JOYEUX-PRUNEL, Béatrice. The Uses and Abuses of Peripheries in Art History. Artl@s Bulletin , v. 3, n. 1, 2014. Disponível em: https://docs.lib.purdue.edu/artlas/vol3/iss1/1/. Acesso em: 1 jul. 2021.

JOYEUX-PRUNEL, Béatrice. South-South: Too Political? Artl@s Bulletin , v. 5, n. 2, 2016. Disponível em: https://docs.lib.purdue.edu/artlas/vol5/iss2/10/. Acesso em: 7 fev. 2018.

JOYEUX-PRUNEL, Béatrice. The Global History of Art and the Challenge of the Grand Narrative. Artl@s Bulletin , v. 6, n. 1, 2017. Disponível em: https://docs.lib.purdue.edu/artlas/vol6/iss1/9/. Acesso em: 7 fev. 2018.

MITHER, Partha. Art and Nationalism in Colonial India 1850-1922. Occidental orientations . Cambridge: Cambridge Univ. Press 1997.

MITHER, Partha. The Triumph of Modernism. India’s Artists and The Avant-Garde 1922-1947 . Londres: Reaktion Books, 2007.

RAMPLEY, Matthew et al. Art History and Visual Studies in Europe. Transnational Discourses and National Frameworks . Leiden: Brill, 2012.

OLSTEIN, Diego. Thinking History Globally . Nova York: Palgrave MacMillan, 2015.

4.6 HISTÓRIA DA ARTE / A CONTRIBUIÇÃO DA ANTROPOLOGIA

APPADURAI, Arjun. Museums and the Savage Sublime. In VON OSWALD, Margareta; TINIUS, Jonas (eds). Across Anthropology: Troubling Colonial Legacies, Museums, and the Curatorial. Leuven University Press, 2020.

AUGÉ, Marc. Não lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade / trad. Maria Lucia Pereira. Campinas: Papirus Editora, 2012.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana , v. 2, n. 2, out 1996. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-93131996000200005. Acesso em: 1 jul. 2021.

CESARINO, Pedro de Niemeyer. Conflitos de pressupostos na antropologia da arte: relações entre pessoas, coisas e imagens. Revista Brasileira de Ciências Sociais , São Paulo, v. 32 n. 93, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v32n93/0102-6909-rbcsoc-3293062017.pdf . Acesso em: 26 mai. 2021.

CESARINO, Pedro de Niemeyer; PRÉVOST, Bertrand; MARQUES, Pedro Neves Marques. Viveiros de Castro: Antropologia e Arte, palestra no seminário “Variações do Corpo Selvagem: Eduardo Viveiros de Castro, fotógrafo". SESC Ipiranga, outubro de 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bx-W4yqamVg. Acesso em: 8 jul. 2021.

CLIFFORD, James. On collecting Art and Culture. In CLIFFORD, James. T he Predicament of Culture: Twentieth Century Ethnography, Literature and Art. Cambridge; Londres: Harvard University Press, 1988.

CLIFFORD, James. Quai Branly in Process. October , vol. 120, 2007, pp. 3-23.

DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA DA USP. Enciclopédia de Antropologia . c.2016 Página inicial. Disponível em: https://ea.fflch.usp.br/lista-de-verbetes. Acesso em: 30 jun. 2021.

FARR, Francine. Art/Artifact: African Art in Anthropology Collections. African Arts, vol. 21, n. 4, 1988, pp. 78-80.

GEERTZ, Clifford. Art as a Cultural System . MLN, vol. 91, n. 6, 1976, pp. 1473-1499.

GELL, Alfred. Arte e agência / trad. Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Ubu Editora, 2018.

GOLDSTEIN, Ilana S. Da “representação das sobras” à “reantropofagia”: povos indígenas e arte contemporânea no Brasil. MODOS: Revista de História da Arte. Campinas, v. 3, n. 3, set. 2019, p.68-96. Disponível em: https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/mod/article/. Acesso em: 26 mai. 2021.

HARAWAY, Donna. Teddy Bear Patriarchy: Taxidermy in the Garden of Eden, Nova York City, 1908-1936. Social Text , n o . 11, 1984, pp. 20-64.

KLEIN, Cecelia F. Regarding Art and Art History. The Art Bulletin , vol. 95, n. 2, 2013, pp. 187-189.

KUBLER, George. History: or Anthropology: Of Art? Critical Inquiry , vol. 1, n. 4, 1975, pp. 757-767.

MARCUS, George; SILVA, Patrícia Kunrath. Entrevista com George Marcus. Horizontes Antropológicos , Porto Alegre, ano 23, n. 47, jan./abr. 2017, pp. 401-416. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832017000100014. Acesso em: 1 jul. 2021.

MATTOS, Cláudia. WHITHER ART HISTORY?: Geography, Art Theory, and New Perspectives for an Inclusive Art History. The Art Bulletin , vol. 96, n. 3, 2014, pp. 259-264.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia / trad. Paulo Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

MOHAMMADZADEH KIVE, Solmaz. From Nature to Culture; The “Other” at Two New York Museums. MODOS: Revista de História da Arte , Campinas, SP, v. 3, n. 3, 2019, p. 116-133. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8663190>. Acesso em: 2 jul. 2021.

MORPHY, Howard; PERKINS, Morgan. The Anthropology of Art: A Reader. Malden, Massachusetts: Blackwell Publishing, 2006.

NOVAES, Sylvia Caiuby. O uso da imagem na antropologia. In NOVAES, Sylvia Caiuby. O fotográfico . São Paulo: Hucitec, 1998.

NOVAES, Sylvia Caiuby. Imagem, magia e imaginação: desafios ao texto antropológico. Mana, v. 14, n. 2, out. 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-93132008000200007. Acesso em: 1 jul. 2021.

NOVAES, Sylvia Caiuby. Antropologia e Imagem . Teoria e Cultura. Dossiê: Interpretando a etnografia visual: imagens e a construção de significados antropológicos v. 15 n. 3, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/TeoriaeCultura/article/view/32998. Acesso em: 1 jul. 2021.

PHILLIPS, Ruth B. The Museum of Art-Thropology: Twenty-First Century Imbroglios. RES: Anthropology and Aesthetics, n. 52, 2007, pp. 8-19.

SAID, Edward W. Representing the Colonized: Anthropology's Interlocutors. Critical Inquiry, vol. 15, n. 2, inverno 1989, pp. 205-225.

SANSI, Roger; STRATHERN, Merilyn. Art and Anthropology after Relations. Hau: Journal of Ethnographic Theory , v. 6, n. 2, 2016, pp.425-439. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14318/hau6.2.023. Acesso em: 1 jul. 2021.

STOCKING, George W. Race, Culture, and Evolution: Essays in the History of Anthropology. Chicago: Univ. of Chicago Press, 1997.

STRATHERN, Marilyn. OR, RATHER, ON NOT COLLECTING, CLIFFORD. Social Analysis: The International Journal of Social and Cultural Practice, n. 29, 1990, pp. 88-95.

WARBURG, Aby. Imagens da região dos índios pueblos na América do Norte . Histórias de fantasma para gente grande / trad. Lenin Bicudo Bárbara. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2015, pp. 199-254.

WARBURG, Aby. Memórias da viagem à região dos índios pueblos na América do Norte. Histórias de fantasma para gente grande / trad. Lenin Bicudo Bárbara. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2015, pp. 255-188.

WESTERMANN, Mariët (ed.) Anthropologies of Art . Williamston, Massachusetts: Clark Art Institute, 2005.

4.7 A CRÍTICA DO COLONIALISMO

APPADURAI, Arjun. The Heart of Whiteness. Callaloo: A Journal of African Diaspora Arts and Letters, Baltimore, v. 16, n. 4, 1993, pp. 796-807.

BARBOSA, Muryatan Santana. Eurocentrismo, História e História da África . Sankofa (São Paulo), v. 1, n. 1, 2008, pp. 47-63. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/sankofa/article/view/88723. Acesso em: 7 jun. 2021.

BENNETT, Tony. Pasts Beyond Memory Evolution, Museums, Colonialism . Nova York; Londres: Routledge; Taylor & Francis, 2004.

BHABHA, Homi. O local da cultura / trad. Myriam Ávila, Eliane Livia Reis, Glauce Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo / trad. Cláudio Willer. São Paulo: Editora Veneta, 2020.

CHAKRABARTY, Dipesh. Postcoloniality and the Artifice of History: Who Speaks for Indian Pasts? Representations: Imperial Fantasies and Postcolonial Histories, v. 10, n. 37, 1992, pp. 1-26.

CHAKRABARTY, Dipesh. Provincializing Europe: Postcolonial Thought and Historical Difference. Princeton: Princeton University Press, 2000.

FANON, Frantz. Os condenados da terra / trad. Elnice Albergaria Rocha e Lucy Magalhães. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2006.

FANON, Frantz. Por uma revolução africana: textos políticos / trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

GANDHI, Leela. Postcolonial Theory: A Critical Introduction. Nova York: Columbia University Press, 2019.

GORENDER, Jacob. O escravismo colonial . São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2010.

JAMES, Cyril Lionel Robert. Os jacobinos negros: Touissant L’Ouverture e a revolução de São Domingos / trad. Afonso Teixeira Filho. São Paulo: Boitempo, 2000.

KRENAK, Ailton. Paisagens, territórios e pressão colonial . Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 9, n. 3, 2015, pp. 327-343. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/EspacoAmerindio/article/download/61133/36218 . Acesso em: 12 jul. 2021.

LOSURDO, Domenico. Colonialismo e luta anticolonial: Desafios da revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2020.

MANOEL, Jones; FAZZIO, Gabriel Landi (orgs.). Revolução Africana: uma antologia do pensamento marxista. São Paulo: Editora Autonomia Literária, 2019.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. On Colonialism. Articles Written in 1850-1888 . Moscou: Foreign Languages Publishing House, n.d.

MBEMBE, Achille. Provisional Notes on the Postcolony . Africa. Cambridge, v. 62, n. 1, 1992, pp. 3-37.

MIGNOLO, Walter D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais , São Paulo, v. 32, n. 94, 2017, pp. 1-18.

MIGNOLO, Walter D.; WALSH, Catherine. On Decoloniality . Durham: Duke University Press, 2018.

REPRESENTATIONS: Imperial Fantasies and Postcolonial Histories, v. 10, n. 37, 1992.

SAID, Edward. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente / trad. Rosaura Eichenberg. Editora Companhia das Letras, 2007.

SARTRE, Jean Paul. Colonialism and Neo-Colonialism . Londres; Nova York: Routledge; Taylor & Francis e-Library, 2005.

SCHWARZ, Henry; SANGEETA, Ray. A Companion to Postcolonial Studies . Nova York: Blackwell, 2005.

SHOHAT, Ella. Notes on the ‘‘Post-Colonial’’. In SHOHAT, Ella. Taboo Memories, Diasporic Voices . Duke University Press, 2006, pp. 233-249.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? / trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

SPIVAK, Gayatri. Who Claims Alterity? In SPIVAK, Gayatri. An Aesthetic Education in the Era of Globalization . Cambridge: Harvard University Press, 2013, pp. 58-72.

THE ART BULLETIN: Interventions, Nova York, v. 92, n. 1-2, mar./jun. 2010, pp. 6-102.

WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de) colonialidad: Perspectivas críticas y políticas. Visão Global , v. 15, n. 1-2, 2012, pp. 61-74.

WALSH, Catherine. Interculturalidade e decolonialidade do poder: um pensamento e posicionamento" outro" a partir da diferença colonial. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Pelotas , v. 5, n. 1, 2019.

4.8 HISTÓRIA DA ARTE E "PRÉ-HISTÓRIA"

BATAILLE, Georges. Lascaux: Or The Birth of Art. Genebra: Skira, 1956.

BREUIL, Henri. Quatre Cents Siècles d’art Pariétal . Paris: Reed Max Fourny, 1952.

BREUIL, Henri. Les hommes de la pierre ancienne: paléolithique et mésolithique. Paris: Payot, 1959.

BREUIL, Henri; OBERMAIER, Hugo. La Cueva de Altamira . Madrid: Academia de la Historia, 1935.

CLOTTES, Jean. Voyage en préhistoire . L’art des cavernes et des abris, de la découverte à l'interprétation. Paris: La Maison des Roches, 1998.

CLOTTES, Jean. Chauvet Cave: The Art of Earliest Times. Salt Lake City: University of Utah Press, 2001.

CLOTTES, Jean. What Is Paleolithic Art? Cave Paintings and the Dawn of Human Creativity . Chicago: The University of Chicago Press, 2016.

HUGHES, Diane Owen; TRAUTMANN, Thomas R. (eds.). Time: Histories and Ethnologies. Ann Harbor: University of Michigan Press, 1996.

KUBLER, George. A forma do tempo. Observações sobre a história dos objetos . Lisboa: Veja, 1990.

LEROI-GOURHAN, André. Préhistoire de l'Art Occidental . Paris: Mazenod, 1965.

LEROI-GOURHAN, André. Evolução e técnicas: o homem e a matéria. Lisboa: Edições 70, 1971.

LEROI-GOURHAN, André; ALLAIN, J. Lascaux Inconnue . Paris: CNRS, 1979.

LEROI-GOURHAN, André. Arte y Grafismo en la Europa Prehistorica . Madri: Colegio Universitario de Ediciones Istmo, 1984.

LORBLANCHET, Michel. La Naissance de l'Art . Paris: Éditions Errance, 1999.

OGUNDIRAN, Akinwumi. The End of Prehistory? An Africanist Comment. The American Historical Review , vol. 118, n. 3, 2013, pp. 788-801.

SMAIL, Daniel Lord; SHYROCK, Andrew. Deep History: The Architecture of Past and Present. Berkeley: University of California Press, 2011.

SMAIL, Daniel Lord; SHYROCK, Andrew. History and the "Pre". The American Historical Review , vol. 118, n. 3, 2013, pp. 709-737.

5 QUESTÕES RACIAIS NA HISTÓRIA DA ARTE

As representações de raça atravessam a história da arte europeia, e se fizeram acompanhar de um longevo e persistente processo de naturalização da branquitude como pressuposto universal. Desde o século XVI, em face da expansão da presença europeia no globo e à mercê da constituição do poder colonial, a figuração dos povos e culturas não europeias se constituiu sob o signo da alteridade, do fascínio e da exotização. Não obstante os significativos episódios de resistência cultural ao longo da história, foi sobretudo nas três últimas décadas que as reivindicações de autorrepresentação de comunidades negras e indígenas passaram a ocupar lugar central no debate da arte, em escala mundial. Muito além de uma discussão puramente identitária, o sistema racial, como formulado por Denise Ferreira da Silva (2019)SILVA, Denise Ferreira da. A dívida impagável. São Paulo: Oficina de Imaginação Política e Living Commons, 2019. ou as ficções em torno da própria ideia de raça, como indica Achille Mbembe (2008)MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1, 2008. – ambos autores que desconstroem e problematizam as raízes e consequências do conceito –, operam como um fator determinante na distribuição do poder. No campo artístico, a necessária revisão em torno dessa questão tem gerado novas tensões e expectativas em torno dos temas e abordagens tratados por artistas e pesquisadores racializados (o que não se desassocia das agendas multiculturalistas que pautam o reconhecimento plural das produções artísticas regionais).

A seção temática Questões raciais na história da arte apresenta, de início, textos em torno da discussão sobre a noção de “primitivo” e sobre o papel do dito “primitivismo” na arte moderna – um debate de longa data que envolve a representação de figuras de alteridade na história da arte, e que ganhou especial proeminência a partir das muitas críticas direcionadas à controversa exposição “‘Primitivism’ in Twentieth Century Art” (1984), no Museu de Arte Moderna de Nova York, de curadoria de William Rubin. Em seguida, esse núcleo apresenta a subseção Presença negra no debate internacional da arte e da cultura, aproximando autores que discutem as ferramentas críticas surgidas da experiência da alteridade, em especial os modelos epistemológicos que podem ser radicalmente repensados a partir de pontos de vista não hegemônicos. A última subseção deste núcleo, por fim, reúne textos que discutem o conceito de “branquitude” e propõem estratégias para sua desnaturalização enquanto sistema universal.

5.1 “CULTURAS NÃO EUROPEIAS”, “PRIMITIVISMOS”

BOIS, Yves-Alain. La pensée sauvage. Art in America , v. 73, n. 4, 1985, pp. 178-88.

CHILDS, Elizabeth C. The Colonial Lens: Gauguin, Primitivism, and Photography in the Fin de Siècle. In JESSUP, Lynda (ed.). Antimodernism and Artistic Experience: Policing the Boundaries of Modernity. Toronto: University of Toronto Press, 2001, pp. 50-70.

CLIFFORD, James. Histories of the Tribal and the Modern. Art in America , v. 73, n. 4, 1985, pp. 164-77.

CONDURU, Roberto. Arte da África: criação crítica. Arte e Ensaios , n. 30, dez. 2015, pp. 120-127. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/3173. Acesso em: 12 jul. 2021.

CONNELLY, Frances S. The Sleep of Reason: Primitivism in Modern European Art and Aesthetics, 1725-1907. Pensilvânia: Penn State University Press, 1995.

EINSTEIN, Carl. On Primitive Art [1919]. October, vol. 105, 2003, p. 124.

EINSTEIN, Carl. Negerplastik [1915] / trad. Fernando Scheibe, Inês de Araújo. Florianópolis: Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, 2011.

FLAM, Jack; DEUTCH, Miriam. Primitivism and Twentieth-Century Art: A Documentary History. Berkeley, Califórnia: University of California Press, 2003.

FOSTER, Hal. ‘Primitive’ Scenes. Critical Inquiry , vol. 20, n. 1, 1993, pp. 69-102.

FOSTER, Hal. O inconsciente “primitivo” da arte moderna ou Pele Branca, Máscaras Negras. In FOSTER, Hal. Recodificação: Arte, Espetáculo, Política Cultural / trad. Duda Machado. São Paulo: Casa Editorial Paulista, 1996, pp. 237-268.

FOSTER, Hal. Blinded Insights: On the Modernist Reception of the Art of the Mentally Ill. October , vol. 97, 2001, pp. 3-30.

FOSTER, Hal. Brutal Aesthetics: Dubuffet, Bataille, Jorn, Paolozzi, Oldenburg. Princeton: Princeton University Press, 2021.

FRY, Roger. A arte dos bosquímanos [1910]. In FRY, Roger. Visão e forma / Trad. Claudio Marcondes. São Paulo: Cosac & Naify, 2002, pp. 11-122.

FRY, Roger. Escultura Negra [1920]. In FRY, Roger. Visão e forma / trad. Claudio Marcondes. São Paulo: Cosac & Naify, 2002, pp. 123-127.

GIKANDI, Simon. Picasso, Africa, and the Schemata of Difference. Modernism/Modernity , Baltimore, v. 10, n. 3, set. 2003, pp. 455-480.

GOLDSTEIN, Ilana. Reflexões sobre a arte ‘primitiva’: o caso do Musée Branly. Horizontes antropológicos , Porto Alegre, v. 14, n. 2, jan/jun 2008.

GOLDWATER, Robert. Primitivism in Modern Art [1938] . Cambridge/Londres: Belknap Press of Harvard University, 1986.

GOMBRICH, Ernst H. The Preference for the Primitive: Episodes in the History of Western Taste. Londres, Nova York: Phaidon, 2002

GOMBRICH, Ernst H. O primitivo e seu valor na arte [1973]. In WOODFIELD, Richard (org.) Gombrich Essencial: textos selecionados sobre arte e cultura / trad. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2012, pp. 295-330.

HARRISON, Charles; FRASCINA, Francis; PERRY, Gillian. Primitivism, Cubism, Abstraction: The Early Twentieth Century. New Haven: Yale University Press, 1993.

HILLER, Susan (org.). The Myth of Primitivism . Londres e Nova York: Routledge, 1991.

LAUDE, Jean. La peinture française et ‘l’art nègre’ (1905-1914). Paris: Klincksieck, 2006.

LEIGHTEN, Patricia. The White Peril and L'Art Nègre: Picasso, Primitivism, and Anticolonialism. The Art Bulletin , vol. 72, n. 4, 1990, pp. 609-630.

LI, Victor. The Neo-Primitivist Turn: Critical Reflections on Alterity, Culture, and Modernity. University of Toronto Press, 2006.

LLOYD, Jill. German Expressionism: Primitivism and Modernity. New Haven: Yale University Press, 1991.

MCEVILLEY, Thomas. On ‘Doctor Lawyer Indian Chief: “Primitivism” in 20 th Century Art’ at the Museum of Modern Art in 1984. Artforum , v. 23, n. 3, nov. 1984, pp. 45-61. Disponível em: https://www.artforum.com/print/198409#columns. Acesso em: 12 jul. 2021.

NOCHLIN, Linda. The Imaginary Orient. In NOCHLIN, Linda. The Politics of Vision: Essays on Nineteenth-Century Art and Society. Nova York: Routledge, 2018, pp. 33-59.

ORTON, Fred; POLLOCK, Griselda. Les Données Bretonnantes: La Prairie de Représentation. Art History , v. 3, 1980, pp. 314-344.

PHILLIPS, Ruth B. Performing the Native Woman: Primitivism and Mimicry in Early Twentieth-Century Visual Culture. In JESSUP, Lynda (ed.). Antimodernism and Artistic Experience: Policing the Boundaries of Modernity. Toronto: University of Toronto Press, 2001, pp. 26-49.

POLLOCK, Griselda. Avant-Garde Gambits, 1888-1893. Gender and the Colour of Art History . Londres: Thames and Hudson, 1992.

PRICE, Sally. Arte primitiva em centros civilizados / trad. Inês Alfano. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2000.

RUBIN, William. Primitivism in 20 th Century Art: Affinity of the Tribal and the Modern. Nova York: The Museum of Modern Art, 1984.

TORGOVNIK, Marianna. Making Primitive Art High Art. Poetics Today , v. 10, n. 2, 1989, pp. 299-328.

VENTURI, Lionello. El gusto de los primitivos [1926] . Madrid: Alianza, 1991.

WITTKOWER, Rudolf. Selected Lectures of Rudolf Wittkover: The Impact of Non-European Civilization on The Art of The West. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1989.

5.2 PRESENÇA NEGRA NO DEBATE INTERNACIONAL DA ARTE E DA CULTURA

CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser . 2005. Tese (doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

COPELAND, Huey. B ound to Appear: Art, Slavey and The Site of Blackness in Multicultural America. Chicago; Londres: University of Chicago Press, 2013.

DAUT, Marlene L. Baron de Vastey and the Origins of Black Atlantic Humanism . Nova York: Palgrave Macmillan, 2017.

DAVIS, David Brion. Inhuman Bondage: The Rise and Fall of Slavery in the New World. Oxford; Nova York: Oxford University Press, 2006.

ENGLISH, Darby. How to See a Work of Art in Total Darkness . Cambridge: MIT Press, 2007.

ENGLISH, Darby. 1971: A Year in the Life of Color. Chicago: The University of Chicago Press, 2016.

ENGLISH, Darby. To Describe a Life: Notes from the Intersection of Art and Race Terror. Londres: Yale University Press, 2019.

GIKANDI, Simon. Slavery and the Culture of Taste . Princeton: Princeton University Press, 2011.

KILOMBA, Grada. Desobediências poéticas . São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2019.

LAFONT, Anne. Fabric, Skin, Color: Picturing Antilles Markets as an Inventory of Human Diversity. Anuario Colombiano de Historia Social y de la Cultura , vol. 43 n. 2, 2016, pp. 121-154. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-24562016000200005&lng=es&nrm=iso&tlng=en. Acesso em: 11 jul. 2021.

LAFONT, Anne. How Skin Color Became a Racial Marker: Art Historical Perspectives on Race. Eighteenth-Century Studies , vol. 51 n. 1, 2017, pp. 89-113.

LUKÁCS, György. Social Darwinism, racial theory and fascism. In LUKÁCS, György. The Destruction of Reason . New Jersey: Humanities Press Atlantic Highlands, 1981.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra . São Paulo: n-1, 2008.

REPRESENTATIONS: Race and Representation: Affirmative Action, n. 55, verão 1996, pp. 98-119.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? São Paulo: Pólen, 2017.

SANTOS. Gislene Aparecida dos. A invenção do ser negro . Rio de Janeiro: Pallas, 2002.

SILVA, Denise Ferreira da. Towards a Global Idea of Race . Minnesota: University of Minnesota Press, 2007.

SILVA, Denise Ferreira da. A dívida impagável . São Paulo: Oficina de Imaginação Política e Living Commons, 2019.

SILVA, Denise Ferreira da. Em estado bruto / trad. Janaína Nagata Otoch. ARS , São Paulo, v. 17, n. 36, 2019, pp. 45-56. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/158811. Acesso em: 16 jul. 2021.

SNORTON, C. Riley; YAPP, Hentyle. Saturation: Race, Art, and the Circulation of Value. Cambridge: MIT Press, 2020.

STOICHITA, Victor I. Darker Shades. The Racial Other in Early Modern Art . Londres: Reaktion Books, 2019.

5.3 BRANQUITUDE

BAUM, Bruce. The Rise and Fall of the Caucasian Race: A Political History of Racial Identity. Nova York: New York University Press, 2006.

BENTO, Maria Aparecida da Silva. Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público . 2002. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

BERGO, Bettina; NICHOLLS, Tracey (orgs.). “I don’t see color”. Personal and Critical Perspectives on White Privilege . Pensilvania: The Pennsylvania State University Press, 2015.

BUCK-MORSS, Susan. Hegel e o Haiti / trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1, 2017.

DIANGELO, Robin. White Fragility. Boston: Beacon Press, 2018.

DIPIERO, Thomas. Missing Links: Whiteness and the Color of Reason in the Eighteenth Century. The Eighteenth Century, v. 40, n. 2, 1999, pp. 155-74.

DOBIE, Madeleine. Trading Places: Colonization and Slavery in Eighteenth-Century French Culture. Ithaca: Cornell University Press, 2010.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas / trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

FRANKENBERG, Ruth. White Women, Race Matters. The Social Construction of Whiteness . Londres: Routledge, 1993.

FRANKENBERG, Ruth. Displacing Whiteness. Essays in Social and Cultural Criticism . Durham, Londres: Duke University Press, 1997.

KENDALL, Frances. Understanding White Privilege . Nova York: Routlege, 2013.

LAFONT, Anne. L’art et la race: L’Africain (tout) contre l’œil des Lumières. Paris: Les Presses du Réel, 2019.

MICHEL, Aurélia. Un monde en nègre et blanc: enquête historique sur l’ordre racial. Paris: Seuil, 2020.

MILLER, Joseph C. The Problem of Slavery as History: A Global Approach. New Haven/Londres: Yale University Press, 2012.

MILLS, Charles. The Racial Contract . Ithaca: Cornell University Press, 1999.

MOREIRA, Adilson. Racismo recreativo . São Paulo: Pólen, 2019.

MORRISON, Toni. Playing in the Dark. Whiteness and the Literary Imagination . Nova York: Vintage Books, 1993.

MOYNAGH, Maureen. Nancy Cunard: Essays on Race and Empire. Nova York, Peterborough: Broadview Press, 2002.

PAINTER, Nell Irving. The History of White People . Nova York: WW Norton, 2010.

PATTERSON, Orlando. Slavery and Social Death . A Comparative Study. Cambridge, Londres: Harvard University Press, 1982.

RAMOS, Alberto Guerreiro. Patologia social do “branco” brasileiro . Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, 1955.

ROTHENBERG, Paula S. (org.). White Privilege. Essential Readings on the Other Side of Racism . Nova York: Worth, 2016.

TOBIN, Beth. Picturing Imperial Power . Duke University Press, 1999.

TROUILLOT, Michel-Rolf. Silencing the Past: Power and the Production of History. Boston: Beacon Press, 1995.

WEKKER, Gloria. White Innocence. Paradoxes of Colonialism and Race . Durham, Londres: Duke University Press, 2016.

6 PERSPECTIVAS FEMINISTAS E DE GÊNERO

Nesta seção, reunimos textos de diversas autoras que, desde os anos 1970, vêm formulando novos métodos de abordagem da história da arte e se lançando a uma prática renovada da crítica, informada pelo pensamento feminista e muitas vezes agregando às análises a questão racial, de gênero e a perspectiva social da tradição marxista.

Especialmente nos anos 1970, quando começaram a emergir mais consistentemente estudos feministas no campo da arte, parte significativa dessas autoras empenhou-se na revisão de temas consagrados do modernismo, voltando-se primordialmente à arte europeia do último quarto do século XIX, deslindando constructos sexistas e patriarcais historicamente arraigados na disciplina e destinando atenção privilegiada às questões do corpo e de sua representação na arte moderna. Tais análises apontaram o essencialismo e o caráter abstrato da categoria da visão em grande parte da historiografia da arte moderna e, ao defenderem que não se poderia abstrair o olhar do corpo no qual se encarnava, estimularam o reexame radical da própria categoria, do privilégio da opticalidade que ela subscrevia.

Linda Nochlin – autora do célebre ensaio “Por que não houve grande mulheres artistas?” (2016), publicado em 1971 – repôs em questão, em textos memoráveis, obras de artistas como Berthe Morisot, Manet, Degas e Seurat. Nochlin preconizava que o feminismo não se deixasse servir apenas a recuperar obras de mulheres artistas a fim de integrá-las ao cânone tradicional da história da arte, mas que pudesse desenredar estruturas e operações na formação do próprio cânone, cujas premissas tendiam a prestigiar certas modalidades da produção artística em detrimento de outras.

Na década de 1980, também Griselda Pollock desempenhou um papel fundamental no reexame da arte da virada do século XIX para o XX, incursionando por artistas e temas negligenciados pela historiografia da arte moderna, ou repondo na ordem do dia temas consagrados, entretanto abordados sob ângulos até então inexplorados. Apoiada em bases marxistas e feministas, com forte lastro numa psicanálise renovada pelo estruturalismo, Pollock propôs a análise das "estruturas sexualizadas" de circulação e inserção das mulheres nos círculos de arte e boemia no período, examinando modelos alternativos surgidos para negociar a participação de mulheres na modernidade: os chamados espaços da feminilidade (o estudo monográfico que dedicou a Mary Cassatt sendo exemplar dessa abordagem).

Cumpre assinalar, ademais, o papel do debate sobre a obra de Edgar Degas para os estudos feministas em história da arte, que envolveu autoras como Norma Broude, Carol Armstrong, Eunice Lipton, Hollys Clayson e as já mencionadas Linda Nochlin e Griselda Pollock, em discussões sobre a representação da figura da prostituta e do corpo feminino, e sobre misoginia, entre outros tópicos. Ainda no que diz respeito ao empenho de revisão da historiografia do modernismo, destacamos as contribuições de Tamar Garb sobre a figuração do corpo em Cézanne, retomando e radicalizando a formulação de Merleau-Ponty do olhar encarnado, como também os textos da historiadora sobre a obra de Picasso.

De uma perspectiva mais ampla, muitos dos estudos feministas que privilegiaram a análise das representações do corpo e da figura feminina na arte se beneficiaram da interlocução com a produção crítica nas áreas de cinema, audiovisual e cultura visual. Nesse sentido, o ensaio de 1973 "Prazer visual e cinema narrativo", de Laura Mulvey (1983)MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo / trad. João Luiz Vieira. In XAVIER, Ismail (org.) A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Edições Graal, Embrafilme, 1983, pp. 437-453., teórica do cinema e do audiovisual, pode ser considerado um marco, tendo formulado um conceito fundamental na reflexão sobre a imagem da mulher na arte e na cultura: o "olhar masculino" (male gaze). Os textos sobre cinema aqui reunidos examinam e problematizam o "olhar masculino” e as "imagens da mulher" em produções audiovisuais – com especial ênfase no melodrama. Além disso, discutem a possibilidade de uma prática feminista de cinema, propondo pensar, com o apoio de conceitos da psicanálise, do estruturalismo, do pós-estruturalismo e da semiótica, a imagem sexualizada da mulher enquanto sintoma de projeções, fantasias e ansiedades masculinas. A sólida bibliografia produzida nessa área permite atestar que a crítica feminista de cinema, ao explorar as conexões cruciais entre a psicanálise e uma cultura de imagens, renovou decisivamente o debate sobre as relações entre arte e política.

Nas décadas subsequentes, de 1990 e 2000, o debate feminista alcançou de modo vital o campo da crítica de arte, em textos nos quais as autoras projetavam uma intervenção política que se estenderia aos espaços institucionais dos museus e galerias e à mídia, ganhando repercussão inédita. Esta última década sinaliza também o fenômeno da incorporação da agenda feminista pelo multiculturalismo neoliberal, do qual resultaria uma corrente neoliberal do feminismo; uma exigência de radicalização crítica por parte de intelectuais feministas como Nancy Fraser (2020) seguiu-se a este fenômeno, indicando que a crítica das iniquidades aprofundadas sob o neoliberalismo não poderia ser relegada a um lugar secundário no debate feminista. Assinale-se, igualmente, a centralidade com que se afirmaram no cenário cultural e político das duas primeiras décadas do terceiro milênio um feminismo renovado, cujas pautas eram complexificadas e enriquecidas pelos movimentos LGBTQIA+ e os movimentos negros de emancipação. Revelando poder de espraiamento em escala global, esses movimentos contribuíram para uma ampliação notável, no debate público, das lutas pela emancipação social, doravante expressas a partir do ponto de vista das iniquidades ligadas à raça, à etnia e ao gênero. Uma atuante geração de artistas, intelectuais e escritoras em prol de um feminismo negro, assim como os estudos queer – em que se destaca a contribuição de Judith Butler –, têm pautado a radicalização de questões herdadas às gerações de autoras feministas precedentes, muitas vezes, abraçando intersecções dos debates de gênero, raça e classe.

6.1 PERSPECTIVAS FEMINISTAS EM HISTÓRIA E CRÍTICA DE ARTE / A CRÍTICA DE GÊNERO

ABRAHAM, Ayisha et al. Questions of Feminism: 25 Responses. October , vol. 71, 1995, pp. 5-48.

ARMSTRONG, Carol. Odd Man Out: Readings of the Work and Reputation of Edgar Degas. University of Chicago Press, 1991.

ARMSTRONG, Carol. Facturing Femininity: Manet's ‘Before the Mirror.’ October , vol. 74, 1995, pp. 75-104.

BASKINS, Cristelle L. Gender Trouble in Italian Renaissance Art History: Two Case Studies. Studies in Iconography , vol. 16, 1994, pp. 1-36.

BERGER, John. Modos de ver / trad. Jorge Leandro Rosa. São Paulo: Antígona, 2018.

BROUDE, Norma; GARRAND, Mary D. Feminist Art History and the Academy: Where Are We Now? Women's Studies Quarterly, vol. 15, n. 1-2, 1987, pp. 10-16.

BROUDE, Norma; GARRAND, Mary D. Introducing Feminist Art History . [S.l.]: Independently published, 2014.

BROUDE, Norma; GARRAND, Mary D. Feminism and Art History: Questioning the Litany. Nova York: Routledge, Taylor & Francis Group, 2019.

CRIMP, Douglas; ROLSTON, Adam (orgs.). AIDS Demo Graphics . Seattle: Bay Press, 1990.

DUNCAN, Carol. Virility and Domination in Early Twentieth Century Vanguard Painting. Artforum , v. 12, dez. 1973, pp. 30-39. Disponível em: https://www.artforum.com/print/197310/virility-and-domination-in-early-20th-century-vanguard-painting-36254. Acesso em: 1 Jul. 2021.

DUNCAN, Carol. When Greatness Is a Box of Wheaties. Art Forum, October , v. 14, n. 2, 1975, pp. 60-64. Disponível em: https://www.artforum.com/print/197508/when-greatness-is-a-box-of-wheaties-36066.. Acesso em: 1 Jul. 2021.

FERGUSON, Margaret; WICKE, Jennifer (orgs.). Feminism and Postmodernism . Durham: Duke University Press, 1992.

FUSS, Diana (org.). Inside/Out: Lesbian Theories, Gay Theories. Nova York: Routledge, 1991.

GARB, Tamar. ‘L'Art Féminin’: the formation of a critical category in the late nineteenth-century. Art History , n. 12, 1989, pp. 39-65.

GARB, Tamar. Gender and representation. In FASCINA, Francis et al. (eds). Modernity and Modernism: French Painting in the Nineteen Century. New haven: Yale University Press, 1993.

GARB, Tamar. Bodies of Modernity: Figure and Flesh in Fin-de-siècle France. Londres: Thames and Hudson, 1998.

GARRARD, Mary D. Feminism, Has It Changed Art History? Heresies, A Feminist Publication on Art & Politics , 1978. Disponível em: https://www.academia.edu/43805079/Feminism_Has_It_Changed_Art_History. Acesso em: 1 jul. 2021.

GOUMA-PETERSON, Thalia; MATHEWS, Patricia. The Feminist Critique of Art History. The Art Bulletin , vol. 69, n. 3, 1987, pp. 326-357.

HOLCOMB, Adele H; SHERMAN, Claire R. Women as Interpreters of the Visual Arts, 1820-1979 . Westport: Greenwood Press, 1981.

HORNE, Victoria; PERRY, Lara (orgs.). Feminism and Art History Now: Radical Critiques of Theory and Practice. Londres; Nova York: I.B. Tauris, 2017.

HYPATIA. A Journal of Feminist Philosophy. SPECIAL ISSUE: FRENCH FEMINIST PHILOSOPHY, v. 3, n. 3, inverno 1989.

JONES, Amelia. Art History / Art Criticism: Performing Meaning. In JONES, Amelia; STEPHENSON, Andrew. Performing the Body / Performing the Text . Nova York: Routledge, 1999, pp. 39-55.

JONES, Amelia. Sex and the (Art History) Academy. Perspective , v. 2, 2015. Disponível em: http://journals.openedition.org/perspective/. Acesso em: 1 jul. 2021.

KOONING, Elaine de et al. Eight Women Reply: Why Have There Been No Great Women Artists? Art News , v. 69, n. 9, jan. 1971, pp. 40- 45.

KRAUSS, Rosalind. Bachelors . Cambridge: The MIT Press, 1999.

KRISTEVA, Julia. Pouvoirs de l’horreur: essai sur l’abjection. Paris: Éditions du Seuil, 1980.

KRISTEVA, Julia. Women's Time. Signs , vol. 7, n. 1, 1981, pp. 13-35.

LIPPARD, Lucy R. From the Center: Feminist Essays on Women's Art. Nova York: E. P. Dutton, 1976.

LIPPARD, Lucy R. Projecting a Feminist Criticism. Art Journal , vol. 35, n. 4, 1976, pp. 337-339.

LIPPARD, Lucy R. Sweeping Exchanges: The Contribution of Feminism to the Art of the 1970s. Art Journal , v. 40, n. 1-2, outono-inverno 1980, pp. 362-365. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00043249.1980.10793628. Acesso em: 1 jul. 2021.

LIPPARD, Lucy R. To the Third Power: Feminism, Art and Class Consciousness. In LIPPARD, Lucy R. Get the Message? A Decade of Art for Social Change . Nova York: E.P. Dutton, 1984.

LIPTON, Eunice. Manet: A Radicalized Female Imagery. Artforum , v. 13, mar. 1975, pp. 48-53. Disponível em: https://www.artforum.com/print/197503/manet-a-radicalized-female-imagery-36081. Acesso em: 1 jul. 2021.

LIPTON, Eunice. Looking into Degas: Uneasy Images of Women and Modern Life. Berkeley, Los Angeles, Londres: University of California Press, 1986.

MURELL, Denise. Posing Modernity: The Black Model from Manet and Matisse to Today. New Haven; Londres: Yale University Press, 2018.

NELSON, Maggie. Women, the New York School, and Other True Abstractions . Iowa City: University of Iowa Press, 2011.

NOCHLIN, Linda. How Feminism in the Arts Can Implement Cultural Change. Arts in Society , v. 11, n. 1, 1974, pp. 80-89.

NOCHLIN, Linda. The Body in Pieces: The Fragment as a Metaphor of Modernity. Londres: Thames and Hudson, 1994.

NOCHLIN, Linda. Bathers, bodies, beauty: the visceral eye. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 2006.

NOCHLIN, Linda. Por que não houve grandes mulheres artistas? / trad. Juliana Vacaro. São Paulo: Edições Aurora, 2016. Disponível em: http://www.edicoesaurora.com/ensaios/Ensaio6.pdf. Acesso em: 1 jun. 2021.

NOCHLIN, Linda. The Politics of Vision: Essays on Nineteenth-Century Art and Society. Londres: Routledge, 2018.

NOCHLIN, Linda. Women, Art, Power and Other Essays. Londres: Routledge, 2018.

OWENS, Craig. The discourse of others: Feminists and postmodernism. In FOSTER, Hal (ed). The Anti-Aesthetic: Essays in Postmodern Culture. Port Townsend, WA: Bay Press,1983.

PARKER, Andrew; SEDGWICK, Eve Kosofsky (orgs.). Performativity and Performance . Londres: Routledge, 1995.

POLLOCK, Griselda. Beholding Art History: Vision, Place and Power. In MELVILLE Stephen; READINGS, Bill (eds). Vision and Textuality . Durham: Duke University Press, 1995.

POLLOCK, Griselda. Differencing the Canon: Feminism and the Histories of Art. Londres: Routledge, 1999.

POLLOCK, Griselda. Vision and Difference: Feminism, Femininity and the Histories of Art. Londres: Routledge, 2003.

POLLOCK, Griselda. Psychoanalysis and the Image: Transdisciplinary Perspectives. New Interventions in Art History. Malden, Massachusetts: Blackwell Publishing, 2006.

POLLOCK, Griselda; KENDALL, Richard (eds.). Dealing with Degas: Representations of Women and The Politics of Vision. Nova York: Universe, 1992.

POLLOCK, Griselda; PARKER, Rozsika. Old Mistresses: Women, Art and Ideology. Londres: Routledge & Kegan, 1981.

PRECIADO, Beatriz. Manifesto contrassexual /trad. Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: n-1 edições, 2014.

PRECIADO, Paul B. Transfeminismo / trad. Inaê Diana Lieksa. São Paulo: n-1 edições, 2018.

RAVEN, Arlene. Feminist Art Criticism: An Anthology [1973-1987]. Nova York: Routledge, Taylor & Francis Group, 2018.

ROSE, Barbara. Filthy Pictures. ArtForum , vol. 3, n. 8, mai. 1965, pp. 21-25. Disponível em: https://www.artforum.com/print/196505/filthy-pictures-some-chapters-in-the-history-of-taste-36934. Acesso em: 1 jul. 2021.

ROSE, Barbara. Georgia O'Keeffe' s Late Paintings. ArtForum , vol. 9, n. 3, nov. 1970, pp. 42-46. Disponível em: https://www.artforum.com/print/197009/georgia-o-keeffe-s-late-paintings-37752. Acesso em: 1 jul. 2021.

SEDGWICK, Eve Kosofsky. Epistemology of the Closet . Berkeley: University of California Press, 1990.

SNOW, Edward. Theorizing the Male Gaze: Some Problems. Representations , n o . 25, 1989, pp. 30-41.

TICKNER, Lisa. Feminism, Art History, and Sexual Difference. Genders , n. 3, 1988, pp. 92-128.

WAGNER, Anne Middleton. Three Artists (Three Women): Modernism and the Art of Hesse, Krasner, and O'Keeffe. Berkley and Los Angeles: University of California Press, 1998.

WATNEY, Simon. Read my Lips: AIDS, Art and Activism. Glasgow: Tramway Gallery, 1992.

WITTIG, Monique. "The Straight Mind" and Other Essays . Boston: Beacon, 1992.

6.2 MULHERES NA ARTE BRASILEIRA E LATINO-AMERICANA

FAJARDO-HILL, Cecília; GIUNTA, Andrea. Mulheres radicais: arte latino-americana, 1960-1985. Catálogo de exposição. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2018.

GIUNTA, Andrea. Feminismo y Arte Latinomaericano. Historias de artistas que emanciparon el cuerpo . Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2018.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje , Anpocs, 1984, pp. 223-244.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano . São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

MACEDO, Ana Gabriela; RAYNER, Francesca (orgs.). Género, cultura visual e performance. Antologia Crítica . Minho: Universidade do Minho, 2011.

SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Profissão artista: pintoras e escultoras acadêmicas brasileiras, 1884-1922. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 2008.

SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti; DIAS, Elaine. Mulheres artistas: as pioneiras (1880-1930). Catálogo de exposição. São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2015.

6.3 CRÍTICA FEMINISTA E QUESTÕES DE GÊNERO NO CINEMA

ATWELL, Lee. Homosexual Themes in the Cinema. Tangents . Los Angeles, 1966, pp. 4-10.

CITRON, Michelle et al. Women and Film: A Discussion of Feminist Aesthetics. New German Critique, n. 13, 1978, pp. 83-107.

CRIMP, Douglas. "Our Kind of Movie" – The Films of Andy Warhol . Cambridge: The MIT Press, 2012.

DOANE, Mary Ann. The Desire to Desire. The Woman's Film of the 1940s . Bloomington: Indiana University Press, 1987.

DYER, Richard. Now You See It: Studies on Lesbian and Gay Film. Londres: Routledge, 1990.

HAIDU, Rachel. "Women at Home": Martha Rosler and Yvonne Rainer, Circa 1975. In LEJEUNE, Anaël; MIGNON, Olivier; PIENNE, Raphaël (ed.) French Theory and American Art . Nova York: Sternberg Press, 2013, pp. 326-356.

KAPLAN, E. Ann. A mulher e o cinema: Os dois lados da câmera / trad. Helen Marcia. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.

KUHN, Annette. Women's Pictures, Feminism and Cinema . Londres: Verso, 1994.

KUHN, Annette. The Power of the Image: Essays on Representation and Sexuality. Londres: Routledge, 2016.

LAJER-BURCHARTH, Ewa. Unbelonging Interior: Chantal Akerman’s Là-Bas. Interiors and Interiority. In LAJER-BURCHARTH, Ewa; SÖNTGEN, Beate. Interiors and Interiority . Berlin, München, Boston: De Gruyter, 2015, pp. 435-456. 2015. Disponível em: doi:10.1515/9783110340457-024. Acesso em: 18 mar. 2019.

LAURETIS, Teresa de. Technologies of gender. Essays on Theory, Film and Fiction . Bloomington: Indiana University Press, 1987.

MODLESKI, Tania (ed.) Studies in Entertainment Critical Approaches to Mass Culture . Bloomington: Indiana University Press, 1994.

MODLESKI, Tania. Feminism Without women: Culture and Criticism in a Postfeminist Age. Londres; Nova York: Routledge; Taylor & Francis Group, 2016.

MODLESKI, Tania. The Women Who Knew Too Much: Hitchcock and Feminist Theory. Londres: Routledge, 2016.

MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo / trad. João Luiz Vieira. In XAVIER, Ismail (org.) A experiência do cinema . Rio de Janeiro: Edições Graal, Embrafilme, 1983, pp. 437-453.

MULVEY, Laura. Visual and Other Pleasures . Londres: Palgrave Macmillan, 1989.

MULVEY, Laura. A Phantasmagoria of the Female Body: The Work of Cindy Sherman. New Left Review , v. 1, n. 188, jul/ago. 1991, pp. 136-150.

MULVEY, Laura. Some Thoughts on Theories of Fetishism in the Context of Contemporary Culture. October , vol. 65, 1993, pp. 3-20.

PENLEY, Constance (org.). Feminism and Film Theory . Nova York: Routledge; Londres: BFI, 1988.

PENLEY, Constance. The Future of an Illusion. Film, feminism, and psychoanalysis . Minneapolis: University of Minnesota Press, 1989.

PENLEY, Constance; WILLIS, Sharon (orgs.). Male Trouble. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1993.

ROSE, Jacqueline. Sexuality in the Field of Vision. Londres: Verso, 2020.

ROSLER, Martha.The Private and the Public: Feminist Art in California. Artforum , v. 16, n. 1, set. 1977, pp. 66-74. Disponível em: https://www.artforum.com/print/197707/the-private-and-the-public-feminist-art-in-california-35980. Acesso em: 1 jul. 2021.

SILVERMAN, Kaja. The Acoustic Mirror. The Female Voice in Psychoanalysis and Cinema . Bloomington: Indiana University Press, 1988.

WILLIAMS, Linda. Hard Core: Power, Pleasure, and the Frenzy of the Visible. Los Angeles: University of California Press, 1989.

WOLF, Michelle; KIELWASSER, Alfred. Gay People, Sex, and the Media . Londres: Routledge, 1991.

6.4 FEMINISMO / QUESTÕES DE RAÇA E GÊNERO

BAMBARA, Toni Cade (ed). The Black Woman: An antology. New York: Washington Square Press, 1970.

BENHABIB, Seyla et al. Debates feministas: um intercâmbio filosófico / trad. Fernanda Veríssimo. São Paulo: Editora Unesp, 2019.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e a subversão da identidade / trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

BUTLER, Judith. Undoing Gender . Nova York: Routledge, 2009.

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? / trad. Sérgio Tadeu de Niemeyer Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: A situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Portal Géledes , Instituto da Mulher Negra, São Paulo, 6 mar. 2003. Disponível em: https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/. Acesso em: 12 jul. 2021.

CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil . São Paulo: Selo Negro, 2015.

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento / trad. Jamile Pinheiro Dias. São Paulo: Boitempo, 2019.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe / trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.

EVARISTO, Conceição. Da representação à autorrepresentação da mulher negra na literatura brasileira. Revista Palmares: cultura afro-brasileira, ano 1, n. 1, ago. 2005, pp. 52-57.

FRASER, Nancy. Revaluing French Feminism: Critical Essays on Difference, Agency, and Culture. Bloomington: Indiana Univ. Press, 1995.

FRASER, Nancy. Mapeando a imaginação feminista: da redistribuição ao reconhecimento e à representação. Estudos feministas, v. 15, n. 2, 2007, pp. 291-308.

FRASER, Nancy; ARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi. Feminismo para os 99%: um manifesto / trad. Heci Celina Pinto. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.

FRASER, Nancy; JAEGGI, Rahel. Capitalismo em debate: uma conversa na teoria crítica / trad. Nathalie Bressiani. São Paulo: Boitempo Editorial, 2020.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva / trad. Coletivo Sycorax. São Paulo: Editora Elefante, 2019.

FEDERICI, Silvia. Revolution at Point Zero: Housework, Reproduction, and Feminist Struggle. Oakland, PM Press 2020.

HOOKS, bell. Anseios: raça, gênero e políticas culturais / trad. Jamille Pinheiro. São Paulo: Editora Elefante, 2019.

HOOKS, bell. E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo / trad. Bhuvi Libanio. São Paulo: Rosa dos Tempos, 2019.

HOOKS, bell. Olhares Negros: raça e representação / trad. Stephanie Borges. São Paulo: Editora Elefante, 2019.

HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.) Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

LE DOEUFF, Michèle. Recherches sur l'Imaginaire philosophique . Paris: Payot, 1980.

LE DOEUFF, Michèle. The Gender of Knowledge . Nova York; Londres: Routledge, 2003.

LORDE, Audre. A poesia não é um luxo. In LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências / trad. Stephanie Borges. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019, pp. 45-50.

LORDE, Audre. As ferramentas do senhor nunca derrubarão a casa-grande. In LORDE, Audre. Irmã outsider: ensaios e conferências / trad. Stephanie Borges. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019, pp. 135-140.

LORDE, Audre. Sou sua irmã: escritos reunidos e inéditos (1976-1990) / trad. Stephanie Borges. São Paulo: Editora UBU, 2020.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
  • AMARAL, Aracy (coord.). Projeto construtivo brasileiro na arte (1950-1962). São Paulo/Rio de Janeiro: Pinacoteca do Estado de São Paulo/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1977.
  • ARANTES, Otília Beatriz Fiori. Mário Pedrosa: Itinerário crítico. São Paulo: Scritta Editorial, 1991.
  • ARNHEIM, Rudolf. Wilhelm Worringer: abstração e empatia. In ARNHEIM, Rudolf. Intuição e intelecto na arte /trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
  • BARCINSKI, Fabiana. Sobre a arte brasileira: da pré-história aos anos 1960. São Paulo: Edições Sesc/WMF Martins Fontes, 2015.
  • BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. Rio de Janeiro: Funarte/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1985.
  • CANDIDO, Antonio. Estrutura e função do Caramuru. Revista de Letras, São Paulo, vol. 2, n. 2, 1961, pp. 47-66.
  • CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos [1964]. São Paulo: Ouro Sobre Azul, 2014.
  • CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1970.
  • CARERI, Giovanni, Aby Warburg: Rituel, Pathosformel et forme intermédiaire, L'Homme, n. 165: Image et Anthropologie, jan. - mar. 2003, pp. 41-76.
  • CHAKRABARTY, Dipesh. Postcoloniality and the Artifice of History: Who Speaks for Indian Pasts? Representations: Imperial Fantasies and Postcolonial Histories, v. 10, n. 37, 1992, pp. 1-26.
  • CHIARELLI, Tadeu. Um jeca nos vernissages. São Paulo: Edusp, 1995.
  • COLI, Jorge. Fabricação e promoção da brasilidade: arte e questões nacionais. Perspective, [online], n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.4000/perspective.5541 . Acesso em: 21 jul. 2021.
    » https://doi.org/10.4000/perspective.5541
  • FERREIRA, Félix. Belas Artes: estudos e apreciações / Introdução e notas Tadeu Chiarelli. Porto Alegre: Zouk, 2012.
  • FERNANDES, Florestan; DAVID, Antônio (orgs.). O Brasil de Florestan. São Paulo: Editora Autêntica; Editora Fundação Perseu Abramo, 2018.
  • FRASER, Nancy; JAEGGI, Rahel. Capitalismo em debate: uma conversa na teoria crítica / trad. Nathalie Bressiani. São Paulo: Boitempo Editorial, 2020.
  • FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. São Paulo: Global Editora e Distribuidora Ltda, 2019.
  • FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
  • HOLANDA, Sérgio Buarque da. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
  • KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
  • KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
  • LOPEZ, Telê Ancona. Mariodeandradiando. São Paulo: Huitec, 1996.
  • MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1, 2008.
  • MICELI, Sergio. Mário de Andrade - a invenção do moderno intelectual brasileiro. In SCHWARCZ, Lilia (org.). Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, pp. 106-122.
  • MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo / trad. João Luiz Vieira. In XAVIER, Ismail (org.) A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Edições Graal, Embrafilme, 1983, pp. 437-453.
  • NAVES, Rodrigo. A forma difícil. Ensaios sobre a arte brasileira. São Paulo: Editora Ática, 1996.
  • NOCHLIN, Linda. Por que não houve grandes mulheres artistas? / trad. Juliana Vacaro. São Paulo: Edições Aurora, 2016. Disponível em: http://www.edicoesaurora.com/ensaios/Ensaio6.pdf . Acesso em: 1 jun. 2021.
    » http://www.edicoesaurora.com/ensaios/Ensaio6.pdf
  • OGUNDIRAN, Akinwumi. The End of Prehistory? An Africanist Comment. The American Historical Review, vol. 118, n. 3, 2013, pp. 788-801.
  • OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista: O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008.
  • PERSPECTIVE: Actualité en histoire de l’art, Brasil, n. 2, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.4000/perspective.5543 . Acesso em: 30 jun. 2021.
    » https://doi.org/10.4000/perspective.5543
  • PRADO Jr., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
  • RAMPLEY, Matthew. The Vienna School of Art History: Empire and the Politics of Scholarship, 1847–1918. University Park, PA: Penn State University Press.
  • RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Global Editora, 2015.
  • SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Editora Rocco, 2000.
  • SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Editora 34, 2000.
  • SILVA, Denise Ferreira da. A dívida impagável. São Paulo: Oficina de Imaginação Política e Living Commons, 2019.
  • WINCKELMANN, Johann Joachim. History of Ancient Art. In WINCKELMANN, Johann;
  • IRWIN, David (ed.). Winckelmann Writings on Art. Nova York e Londres: Phaidon, 1972, p. 104.
  • WORRINGER, Wilhelm. Abstraction and Empathy: A Contribution to the Psychology of Style [1907]. Chicago: Ivan R. Dee, 1997.
  • ZANINI, Walter. História da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1983.
  • ZILIO, Carlos. A difícil História da Arte Brasileira. Folhetim - Folha de São Paulo, São Paulo, 2 de out. 1983. Disponível em: http://www.carloszilio.com/textos/1983-folhetin-dificial-historia-da-arte-brasileira.pdf . Acesso em: 11 de jun. de 2021.
    » http://www.carloszilio.com/textos/1983-folhetin-dificial-historia-da-arte-brasileira.pdf

NOTAS

  • 1
    . O termo Pathosformeln (aqui grafado no plural) se traduz, literalmente, na língua alemã, por fórmulas de páthos. Em termos sumários, pode-se definir a categoria warburguiana de fórmulas de páthos como a recorrência, na cultura de imagens dos povos, de certos motivos que reaparecem, depois de um longo período de latência, carregados de intensidade afetiva nova. Warburg buscou compreender a recorrência desses motivos na confluência de diversos campos disciplinares, das ciências naturais à antropologia. O termo é comentado na página dedicada à “terminologia de Aby Warburg” do Center for Art and Media de Karlsruhe: “A fórmula de páthos é provavelmente o mais conhecido dos termos cunhados por Warburg: […] uma figura de pensamento construída mediante elementos contrastantes. Por um lado, trata-se de um material dramático; por outro, de um padrão constante. […] Ele enveredou pelo vocabulário de outros campos acadêmicos, preferindo as ciências naturais e, nos anos 1920, designou a Pathosformel como o “engrama da experiência afetiva” [“Engramm leidschaftlicher Erfahrung”]. Sua pesquisa é inseparável de uma atenção à energia contagiante do movimento, da Bildwanderung [em tradução livre: “imagem ambulante”] e da internacionalidade. Junto com Fritz Saxl, Warburg mencionava os atalhos da cultura [Wanderstrassen der Kultur], em direção aos quais o veículo das imagens [Bilderfahrzeuge] poderia conduzir ao longo de quaisquer fronteiras. [Warburg] acusava seus colegas historiadores da arte de um viés policialesco zeloso ao guardarem fronteiras [grenzpolizeiliche Befangenheit], pois apenas mediante um desinibido ir e vir entre fronteiras seria possível a ele lançar-se a suas próprias descobertas”. Cf. < https://zkm.de/en/event/2016/09/aby-warburg-mnemosyne-bilderatlas/warburgs-terminology> . Acesso em: 26 jun. 2021. Tradução de Sônia Sazlstein. Segundo o historiador Giovanni Careri, “A atenção dirigida ao teatro, às festas e, mais amplamente, a toda forma de ação ritual, é uma das instâncias antropológicas da perspectiva metodológica de Warburg” (CARERI, 2003, p. 42, tradução de Sônia Salzstein).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Out 2021
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2021

Histórico

  • Recebido
    16 Jul 2021
  • Aceito
    27 Jul 2021
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Depto. De Artes Plásticas / ARS, Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, 05508-900 - São Paulo - SP, Tel. (11) 3091-4430 / Fax. (11) 3091-4323 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: ars@usp.br