Acessibilidade / Reportar erro

Critérios de validade em pesquisas em estratégia: uma análise em artigos publicados no EnAnpad de 1997 a 2010

Standards of quality in research strategy: an analysis in papers published at EnAnpad from 1997 to 2010

Criterios de validez en investigaciones en estrategia: un análisis en artículos publicados en el EnAnpad de 1997 a 2010

Resumos

Os critérios de validade constituem-se em elementos fundamentais que compõem o rigor metodológico de um estudo científico. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo analisar os critérios de validade utilizados em estudos científicos da área de estratégia, publicados nos anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnAnpad) entre 1997 e 2010. Na revisão teórica, abordam-se critérios de validade dos autores Selltiz, Wrightsman e Cook (1987), Straub e Carlson (1989), Cooper e Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), Yin (2005), Brewer e Hunter (2006) e Malhotra (2006). A partir da revisão de literatura, visando ampliar a adoção de critérios de validade, propõem-se itens que possam auxiliar os pesquisadores a verificar a adequação de seus estudos aos principais critérios. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica e bibliométrica com 53 artigos da área de estratégia, bem como se fez análise de conteúdo do referencial teórico dos artigos e se submeteram os dados à análise descritiva de frequência e percentual da utilização de validação quanto ao tipo de pesquisa (quantitativa, qualitativa e que mesclam as duas abordagens); aos tipos de critérios de validação empregados; e às obras mais citadas ao abordar validação. Constatou-se que as validades convergente, discriminante, de conteúdo e de construto foram os critérios mais empregados nos estudos revisados e que a validade de critério (validade de critério, concorrente e preditiva), apesar de amplamente abordada na literatura, foi empregada em menos de 10% desses estudos. Entre os resultados obtidos, verificou-se ainda que, na área de estratégia, são realizadas pesquisas que denotam preocupação com a validação, mas que esse número ainda é pequeno diante da quantidade de artigos publicados na área no período analisado, havendo espaço para exploração de outros critérios de validade, como a validação de critério. Espera-se que este estudo possa contribuir, por meio da divulgação e da orientação a respeito dos principais critérios de validade, para que as pesquisas adotem procedimentos de pesquisa voltados à validação dos instrumentos de pesquisa.

Validade; Critérios de validação; Estratégia; Artigos científicos; Bibliometria


Validity criteria are fundamental elements that make up the methodological rigor of a scientific study. Thus, this study aimed to examine the validity criteria used in scientific studies in the area of strategy, published in the Annals of EnAnpad between 1997 and 2010. In the literature review, the theoretical approach to validity criteria is that of Selltiz, Wrightsman and Cook (1987), Straub and Carlson (1989), Cooper and Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham and Black (2005), Yin (2005), Brewer and Hunter (2006) and Malhotra (2006). From the literature review, aiming to expand the adoption of validity criteria, items are proposed so that can help researchers to determine the adequacy of their studies to the main criteria. We performed a literature and bibliometric analysis of 53 articles in the field of strategy and content analysis was made of the theoretical articles; data were submitted to descriptive analysis of frequency and percentual use of validation as of the type of research (quantitative, qualitative and the two approaches mixed), the types of validation criteria employed, and the most cited works in addressing validation. It was found that the convergent, discriminant, content and construct validities were the most employed criteria in the studies reviewed and criterion validity (criterion validity, concurrent and predictive), although widely discussed in the literature, was used in less 10% of these studies. Among the results, even if it has, in the area of strategy, conducted surveys that show concern for validation, that number is still small considering the number of articles published in the field, in the period analyzed. So, there is room for exploring other validity criteria, such as criteria validation. This study can contribute, through the dissemination and guidance regarding the main validity criteria, so that research can adopt procedures aimed at validating research instruments.

Quality; Validity criteria; Strategy; Scientific papers; Bibliometric


Los criterios de validez son elementos fundamentales que componen el rigor metodológico de un estudio científico. Por lo tanto, este estudio tuvo como objetivo examinar los criterios de validez utilizados en los estudios científicos en el área de estrategia, publicados en la revista Annals of EnAnpad entre 1997 y 2010. Al revisar la fundamentación teórica, los criterios de validez adoptados son los de los autores Selltiz, Wrightsman y Cook (1987), Straub y Carlson (1989), Cooper y Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham y Black (2005), Yin (2005), Brewer y Hunter (2006) y Malhotra (2006). A partir de la revisión bibliográfica, con el objetivo de ampliar la adopción de criterios de validez, se proponen temas que pueden ayudar a los investigadores a determinar la adecuación de los estudios a los criterios principales. Se realizó una búsqueda bibliográfica y bibliométrico con 53 artículos en el campo de análisis de la estrategia y el contenido se hizo de los artículos teóricos; los datos fueron sometidos al análisis descriptivo de frecuencia y el porcentaje de uso de la validación para el tipo de investigación (cuantitativos, cualitativos y mixtos de los dos enfoques), los tipos de criterios de validación empleado, y las más citadas obras en el tratamiento de validación. Se encontró que la validez convergente, discriminante, de contenido y de constructo son los criterios que más se emplearon en los estudios revisados y que la validez de criterio (validez de criterio, concurrente y predictiva), aunque ampliamente discutida en la literatura, se utilizó en menor que 10% de estos estudios. Incluso, entre los resultados, en el ámbito de la estrategia, se realizan investigaciones que muestran preocupación por la validación, pero ese número es aún pequeño teniendo en cuenta el número de artículos publicados en el campo en el período analizado. Por lo tanto, hay espacio para explorar otros criterios de validez, como la validación de criterio. Se espera que este estudio puede contribuir, a través de la difusión y orientación sobre los principales criterios de validez, por lo que las búsquedas adopten procedimientos de investigación encaminados a la validación de instrumentos de investigación.

Validez; Criterios de validación; Estrategia; Artículos científicos; Bibliometría


ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO

Critérios de validade em pesquisas em estratégia: uma análise em artigos publicados no EnAnpad de 1997 a 2010

Standards of quality in research strategy: an analysis in papers published at EnAnpad from 1997 to 2010

Criterios de validez en investigaciones en estrategia: un análisis en artículos publicados en el EnAnpad de 1997 a 2010

Denise De OliveiraI; Silvana Anita WalterII; Tatiana Marceda BachIII

IMestranda em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Rua Antônio da Veiga, 140, Victor Konder, Blumenau – SC – Brasil – CEP 89012-900. E-mail: qualific@gmail.com

IIDoutora em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifica Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Rua Antônio da Veiga, 140, Victor Konder, Blumenau – SC – Brasil – CEP 89012-900. E-mail: silvanaanita.walter@gmail.com

IIIMestranda em Administração pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Rua Antônio da Veiga, 140, Victor Konder, Blumenau – SC – Brasil – CEP 89012-900. E-mail: tatibach@gmail.com

RESUMO

Os critérios de validade constituem-se em elementos fundamentais que compõem o rigor metodológico de um estudo científico. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo analisar os critérios de validade utilizados em estudos científicos da área de estratégia, publicados nos anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnAnpad) entre 1997 e 2010. Na revisão teórica, abordam-se critérios de validade dos autores Selltiz, Wrightsman e Cook (1987), Straub e Carlson (1989), Cooper e Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), Yin (2005), Brewer e Hunter (2006) e Malhotra (2006). A partir da revisão de literatura, visando ampliar a adoção de critérios de validade, propõem-se itens que possam auxiliar os pesquisadores a verificar a adequação de seus estudos aos principais critérios. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica e bibliométrica com 53 artigos da área de estratégia, bem como se fez análise de conteúdo do referencial teórico dos artigos e se submeteram os dados à análise descritiva de frequência e percentual da utilização de validação quanto ao tipo de pesquisa (quantitativa, qualitativa e que mesclam as duas abordagens); aos tipos de critérios de validação empregados; e às obras mais citadas ao abordar validação. Constatou-se que as validades convergente, discriminante, de conteúdo e de construto foram os critérios mais empregados nos estudos revisados e que a validade de critério (validade de critério, concorrente e preditiva), apesar de amplamente abordada na literatura, foi empregada em menos de 10% desses estudos. Entre os resultados obtidos, verificou-se ainda que, na área de estratégia, são realizadas pesquisas que denotam preocupação com a validação, mas que esse número ainda é pequeno diante da quantidade de artigos publicados na área no período analisado, havendo espaço para exploração de outros critérios de validade, como a validação de critério. Espera-se que este estudo possa contribuir, por meio da divulgação e da orientação a respeito dos principais critérios de validade, para que as pesquisas adotem procedimentos de pesquisa voltados à validação dos instrumentos de pesquisa.

Palavras-chave: Validade; Critérios de validação; Estratégia; Artigos científicos; Bibliometria.

ABSTRACT

Validity criteria are fundamental elements that make up the methodological rigor of a scientific study. Thus, this study aimed to examine the validity criteria used in scientific studies in the area of ​​strategy, published in the Annals of EnAnpad between 1997 and 2010. In the literature review, the theoretical approach to validity criteria is that of Selltiz, Wrightsman and Cook (1987), Straub and Carlson (1989), Cooper and Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham and Black (2005), Yin (2005), Brewer and Hunter (2006) and Malhotra (2006). From the literature review, aiming to expand the adoption of validity criteria, items are proposed so that can help researchers to determine the adequacy of their studies to the main criteria. We performed a literature and bibliometric analysis of 53 articles in the field of strategy and content analysis was made of the theoretical articles; data were submitted to descriptive analysis of frequency and percentual use of validation as of the type of research (quantitative, qualitative and the two approaches mixed), the types of validation criteria employed, and the most cited works in addressing validation. It was found that the convergent, discriminant, content and construct validities were the most employed criteria in the studies reviewed and criterion validity (criterion validity, concurrent and predictive), although widely discussed in the literature, was used in less 10% of these studies. Among the results, even if it has, in the area of ​​strategy, conducted surveys that show concern for validation, that number is still small considering the number of articles published in the field, in the period analyzed. So, there is room for exploring other validity criteria, such as criteria validation. This study can contribute, through the dissemination and guidance regarding the main validity criteria, so that research can adopt procedures aimed at validating research instruments.

Keywords: Quality; Validity criteria; Strategy; Scientific papers; Bibliometric.

RESUMEN

Los criterios de validez son elementos fundamentales que componen el rigor metodológico de un estudio científico. Por lo tanto, este estudio tuvo como objetivo examinar los criterios de validez utilizados en los estudios científicos en el área de estrategia, publicados en la revista Annals of EnAnpad entre 1997 y 2010. Al revisar la fundamentación teórica, los criterios de validez adoptados son los de los autores Selltiz, Wrightsman y Cook (1987), Straub y Carlson (1989), Cooper y Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham y Black (2005), Yin (2005), Brewer y Hunter (2006) y Malhotra (2006). A partir de la revisión bibliográfica, con el objetivo de ampliar la adopción de criterios de validez, se proponen temas que pueden ayudar a los investigadores a determinar la adecuación de los estudios a los criterios principales. Se realizó una búsqueda bibliográfica y bibliométrico con 53 artículos en el campo de análisis de la estrategia y el contenido se hizo de los artículos teóricos; los datos fueron sometidos al análisis descriptivo de frecuencia y el porcentaje de uso de la validación para el tipo de investigación (cuantitativos, cualitativos y mixtos de los dos enfoques), los tipos de criterios de validación empleado, y las más citadas obras en el tratamiento de validación. Se encontró que la validez convergente, discriminante, de contenido y de constructo son los criterios que más se emplearon en los estudios revisados ​​y que la validez de criterio (validez de criterio, concurrente y predictiva), aunque ampliamente discutida en la literatura, se utilizó en menor que 10% de estos estudios. Incluso, entre los resultados, en el ámbito de la estrategia, se realizan investigaciones que muestran preocupación por la validación, pero ese número es aún pequeño teniendo en cuenta el número de artículos publicados en el campo en el período analizado. Por lo tanto, hay espacio para explorar otros criterios de validez, como la validación de criterio. Se espera que este estudio puede contribuir, a través de la difusión y orientación sobre los principales criterios de validez, por lo que las búsquedas adopten procedimientos de investigación encaminados a la validación de instrumentos de investigación.

Palabras clave: Validez; Criterios de validación; Estrategia; Artículos científicos; Bibliometría.

1 INTRODUÇÃO

Os critérios de validade de instrumento nas pesquisas científicas consistem em um elemento fundamental que compõe o rigor metodológico. Na visão de Gressler (2004), a validade científica está relacionada ao rigor com o qual a pesquisa é desenvolvida, pois, sem a mesma, os resultados não serão confiáveis (STRAUB; CARLSON, 1989). A atenção para os assuntos de validação pode mover o campo para estudos significativos e conceitos refinados, longe de estruturas intratáveis e medidas defeituosas (STRAUB; CARLSON, 1989).

Entre os primeiros registros observados em validade de construto, destaca-se o estudo de Cronbach e Meehl (1955), na área da psicologia, com a intenção de especificar qualidades para investigação antes da publicação de testes.

Discussões e estudos realizados nas últimas décadas apontam para relevantes preocupações quanto à carência de validação nos instrumentos de pesquisas científicas. Conforme Straub e Carlson (1989), a validação dos instrumentos tem sido empregada inadequadamente. Entre importantes apontamentos, os autores afirmam que poucos pesquisadores dedicaram séria atenção ao assunto. Na perspectiva de averiguar os avanços da validação de instrumentos em pesquisas científicas, Boudreau, Gefen e Straub (2001), a partir da pesquisa de Straub e Carlson (1989), constataram que pesquisadores que desenvolvem estudos quantitativos aplicam, em maior quantidade, critérios de validade em seus estudos. Contudo, o campo ainda não atingiu o ponto no qual a validação é a regra, e não a exceção.

Walter, Baptista e Augusto (2008) averiguaram que, em estudos teórico-empíricos que investigaram o tema Visão Baseada em Recursos, principalmente os levantamentos, não se exploravam adequadamente os critérios de confiabilidade e de validade, apesar de alguns casos os apresentarem. Nesse sentido, Straub e Carlson (1989) apontam que, apesar da consciência crescente entre os pesquisadores sobre o emprego do arcabouço metodológico, esse precisa ser mais rigoroso, pois a maioria dos estudos empíricos continua não lançando mão de critérios de validade. Diante disso, torna-se importante investigar que critérios podem ser utilizados para atingir o rigor metodológico e, ainda, como pesquisas acadêmicas brasileiras estão sendo validadas.

No sentido apontado, esta pesquisa tem por objetivo analisar os critérios de validade utilizados em estudos científicos da área de estratégia, publicados nos anais do EnAnpad entre 1997 e 2010.

A escolha da área de estratégia para a realização da pesquisa ora apresentada está relacionada ao já observado por pareceristas que avaliam artigos submetidos a eventos e periódicos desta área da administração a respeito do considerável número de novos instrumentos de pesquisa (e adaptação dos já existentes) que são propostos sem a menção a procedimentos de validação. Assim, em uma busca preliminar, observou-se que, dos mais de mil artigos de estratégia disponíveis nos anais do EnAnpad, no período de 1997 a 2010, apenas 53 fazem referência à validação da pesquisa realizada.

A pesquisa que se realizou encontra-se neste artigo, o qual está estruturado da seguinte forma: na Seção 2, apresenta-se uma revisão dos principais aspectos relacionados aos critérios de validade identificados na literatura; na Seção 3, descreve-se o delineamento metodológico; na Seção 4, expõem-se os resultados obtidos; e, na última seção, apresentam-se as considerações finais, as limitações e as sugestões para futuras pesquisas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Brewer e Hunter (2006) ressaltam que a mensuração, em ciência social, consiste em realizar observações e organizá-las em uma pesquisa de forma que o conjunto de dados obtidos expresse uma característica social de uma amostra de pessoas ou eventos. A validação e a instrumentalização da pesquisa compõem as etapas do estágio da mensuração. Nesse contexto, a instrumentalização consiste na elaboração de uma ferramenta de pesquisa, ou na escolha de uma já existente, para mensurar o conceito que se deseja pesquisar. Já a validação determina como e com que precisão essas medidas representam os conceitos (BREWER; HUNTER, 2006). Em outras palavras, validade é o nível por meio do qual uma medida empírica reflete o significado real do conceito ou construto que se quer abranger (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987; BABBIE, 2005). Para Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), um construto com validade perfeita não contém erros de mensuração.

Para Cooper e Schindler (2003), a validade se refere ao grau das diferenças reais entre os pesquisados encontradas por meio da ferramenta de mensuração. A regra geral de validação é que medidas diferentes de um mesmo fenômeno deveriam concordar, não podendo, contudo, sofrer da mesma fonte de erro (BREWER; HUNTER, 2006). O desejo é que a ferramenta de mensuração seja sensível a todas as nuanças de significado e às transformações ocorridas ao longo do tempo (COOPER; SCHINDLER, 2003) ou que suas diferenças em escores representem, na característica mensurada, as reais diferenças entre os diversos sujeitos da amostra (MALHOTRA, 2006). Assim, segundo Cooper e Schindler (2003), a dificuldade em realizar o teste de validade encontra-se no fato de que, normalmente, não se sabe quais são as diferenças reais.

Do ponto de vista de Brewer e Hunter (2006), a validade de um construto é julgada por sua capacidade de executar seu papel explicativo, e seu conceito serve para unir logicamente vários aspectos de validade, sendo necessário, contudo, para organizar as comparações, realizar cada um dos passos de validação. Os autores redefinem a validação de uma medida como a comparação entre medidas, pois essa definição é mais ampla e possui a vantagem de definir validade em termos do processo atual de validação. Nessa concepção, uma medida válida é aquela que se relaciona altamente com medidas de aspecto e conteúdo de seu conceito válidas e com medidas correlatas de um conceito conhecido ou suposto, bem como que apresenta baixa ou nenhuma relação com medidas de conceitos não relacionadas ao conceito que está sendo mensurado. Além disso, a medida precisa estabelecer correlações com outras medidas, mesmo quando essas empregam técnicas diferentes das suas (BREWER; HUNTER, 2006).

Babbie (2005) alerta para que se tome cuidado no sentido de não confundir validade com confiabilidade. A confiabilidade é a aplicação repetida de técnicas, por meio de métodos que implicam resultados coerentes. Dessa forma, a confiabilidade relaciona-se com coerências nas descobertas da pesquisa e é verificada por meio da comparação dos resultados de aplicações repetidas da mesma medida em circunstâncias levemente diferentes ou comparando os resultados obtidos nas mesmas circunstâncias com medidas muito semelhantes. Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005) acrescentam que a validade está relacionada à precisão, enquanto a confiabilidade está ligada à coerência.

Percebe-se, assim, que as definições de validade encontradas abrangem três principais aspectos: a) mensurar com precisão (sem erros) o conceito ou construto que quer abranger, refletindo o significado real desse conceito (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987; BABBIE, 2005; HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; BREWER; HUNTER, 2006); b) as diferenças obtidas entre os escores devem refletir as diferenças reais entre os respondentes e entre as nuanças de significado na variável, sem sofrerem da mesma fonte de erro (COOPER; SCHINDLER, 2003; BREWER; HUNTER, 2006; MALHOTRA, 2006); e c) existir, ao serem realizadas comparações entre instrumentos, relação alta com medidas do conceito já validadas e baixa relação com construtos não relacionados (BREWER; HUNTER, 2006).

Esses três aspectos, conforme se apresentará a seguir, se relacionam com critérios de validade apresentados pelos autores. A literatura aponta diversos critérios de validade dos instrumentos de mensuração, e essas referências se desenvolvem à medida que aumentam as preocupações com mensurações científicas (COOPER; SCHINDLER, 2003).

Cooper e Schindler (2003), por exemplo, caracterizam a validade externa e a validade interna como as principais formas de validade. A primeira se refere à generalização dos dados no que tange às pessoas, aos ambientes e às épocas. A segunda se relaciona à habilidade de realizar a mensuração a partir do instrumento de pesquisa. Na validade interna, Straub e Carlson (1989) questionam se os efeitos observados poderiam ter sido causados por um conjunto de variáveis não hipotéticas e/ou imensuráveis ou se poderiam ser relacionados a esse conjunto de variáveis não hipotéticas e/ou imensuráveis. É crucial reconhecer que a validade interna não estabelece se o pesquisador está trabalhando com variáveis que verdadeiramente refletem o fenômeno sob investigação (STRAUB; CARLSON, 1989).

No contexto da validade interna, Cooper e Schindler (2003) sugerem três principais configurações de validação: validade de conteúdo, validade de critérios e validade de construto. Malhotra (2006) e Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005) também destacam essas três formas de validade (conteúdo, critérios e construto) como as principais na validação de uma mensuração.

A validade de conteúdo (também chamada de nominal ou de face) é uma avaliação subjetiva do conteúdo, porém sistemática, sendo que o pesquisador examina se os itens da escala envolvem o domínio do construto medido de forma adequada (COOPER; SCHINDLER, 2003; HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; MALHOTRA, 2006). Em uma organização, por exemplo, para mensuração da imagem pública, pode-se optar, a partir do instrumento de coleta de dados eleito, pelos itens conhecimento, atitudes ou opiniões e, na sequência, selecionar as opiniões relevantes para a pesquisa (COOPER; SCHINDLER, 2003).

Cooper e Schindler (2003) e Babbie (2005) acrescentam que, em uma criteriosa validade de conteúdo, o instrumento abrange, de forma adequada, os tópicos definidos como relevantes para as dimensões analisadas, assim como os significados incluídos no conceito. Um teste de capacidade matemática, por exemplo, não se limita à adição, pois é necessário envolver outros significados, como a subtração, a multiplicação e a divisão (BABBIE, 2005).

Brewer e Hunter (2006) consideram a validade de face e a de conteúdo como diferentes, destacando que uma medida possui validade de face quando é obviamente mais pertinente ao significado do conceito do que ao significado de outro conceito. Para ter validade de conteúdo, por sua vez, os dados de uma medida devem possibilitar uma prova adequada do comportamento social pelo conceito (BREWER; HUNTER, 2006).

Para Straub e Carlson (1989), a validade de conteúdo e a de face são difíceis de ser verificadas porque o universo de conteúdo possível é virtualmente infinito. Por isso, Cronbach (1971) sugere um processo de revisão por meio de peritos do campo até que uma versão de consenso seja alcançada ou, como destacado por Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), consulta a uma pequena amostra de respondentes especialistas para julgar a adequação dos indicadores escolhidos para representar o construto.

Cooper e Schindler (2003) destacam que outra forma de determinar a validade de conteúdo é usar um painel de pessoas para julgar como o instrumento atende aos padrões. Dessa forma, os pesquisadores definem os itens essenciais à pesquisa, os quais são avaliados, igualmente, por meio de um índice de validade de conteúdo e, a partir disso, mantêm os itens que atingirem um valor estatístico importante (COOPER; SCHINDLER, 2003).

As validades de face e de conteúdo eliminam erros resultantes da utilização de medidas irrelevantes ou insuficientes. Contudo, consistem em condições prévias, não eliminando a possibilidade de ocorrência de outros erros. Dessa forma, se faz necessária a adoção de outros critérios (BREWER; HUNTER, 2006). A esse respeito, Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005) indicam que a validade de conteúdo não é considerada uma medida suficiente de validade, de maneira que pesquisadores em administração normalmente prosseguem com validade de construto ou de critério.

A validade de critério examina se a escala de medida se comporta conforme o esperado em relação a outras variáveis, as quais são selecionadas por meio de critérios significativos (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; MALHOTRA, 2006). Essa forma de validade, segundo Cooper e Schindler (2006), reflete o sucesso das medidas usadas para a previsão ou estimativa de uma situação. Pode-se prever um resultado ou estimar a existência de um comportamento ou condição atual. Contudo, para o critério de validade ser verdadeiro, é preciso observar os seguintes elementos: relevância, isenção de viés, confiabilidade e disponibilidade (COOPER; SCHINDLER, 2003). Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005) exemplificam que, no desejo de medir um construto de lealdade de um cliente, a satisfação pode ser um critério usado para validar o instrumento, pois clientes leais tendem a estar satisfeitos.

A validação de critério pode ser realizada sob duas perspectivas: concorrente (também chamada de concomitante) e preditiva (COOPER; SCHINDLER, 2003; HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; MALHOTRA, 2006).

Na primeira, coletam-se simultaneamente os dados da escala e das variáveis (MALHOTRA, 2006), e os escores devem estar correlacionados (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005). Os clientes altamente satisfeitos com um determinado restaurante, por exemplo, também devem ser frequentadores assíduos do mesmo (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005). Tem-se, portanto, uma descrição do presente, visto que os dados do critério estão disponíveis simultaneamente à classificação do previsor. Assim sendo, um método de observação que categoriza corretamente as famílias pela renda atual tem validade concorrente (COOPER; SCHINDLER, 2003).

Na segunda, a coleta dos dados da variável critério é realizada posteriormente à do construto que está sendo validado (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; MALHOTRA, 2006). Assim, segundo Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), a validade preditiva busca prever os escores futuros de uma variável dependente a partir dos índices atuais obtidos na avaliação de um construto. Nessa direção, um questionário de opinião que prevê, com uma boa margem de acerto, o resultado das eleições sindicais tem validade preditiva (COOPER; SCHINDLER, 2003). Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) citam o exemplo dos vestibulares, cuja validade preditiva pretende identificar quem se formará ou quem desistirá por meio da correlação dos resultados como medida de um critério.

Babbie (2005) considera a validade relacionada a critério e a validade preditiva como sinônimas, definindo-a como o grau por meio do qual uma medida se relaciona a algum critério externo, ou seja, a validade de um teste escrito para motoristas é evidenciada pela relação entre as notas obtidas pelo candidato no teste e sua competência em dirigir, tendo como critério a competência ao volante.

A validade de construto, segundo Cooper e Schindler (2003), considera, além do instrumento de mensuração utilizado, a teoria. É uma avaliação do grau que o instrumento mede do constructo teórico que o pesquisador deseja estudar (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987; BREWER; HUNTER, 2006; MALHOTRA, 2006). Brewer e Hunter (2006) acrescentam que essa validade também indica que os conceitos construídos realmente definem características mensuráveis das pessoas ou dos grupos pesquisados.

De forma mais detalhada, de acordo com Cooper e Schindler (2003), na validade de construto, tenta-se identificar os construtos implícitos que são mensurados, bem como determinar como os testes representam esses construtos. Assim, uma medida apresenta validade de construto no grau em que estiver de acordo com as correlações previstas em outras proposições teóricas. O método por meio do qual é definido operacionalmente o evento precisa corresponder a uma base teórica empírica. Depois de estabelecido que o construto é importante no sentido teórico, busca-se a adequação do instrumento. Se houver uma medida do evento conhecida, correlacionam-se os resultados obtidos usando essa medida com aquelas derivadas dos instrumentos (COOPER; SCHINDLER, 2003).

Isso é realizado, de acordo com Malhotra (2006), por meio de respostas às questões teóricas sobre como funciona a escala, o porquê do funcionamento da escala e quais deduções podem ser feitas a partir da teoria relacionada com a escala. Por isso, a validade de construto pressupõe uma sólida teoria sobre a natureza do construto e do relacionamento deste com os demais (MALHOTRA, 2006) ou, como apontam Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), é necessário entender a fundamentação teórica subjacente às medidas obtidas.

Para Selltiz, Wrightsman e Cook (1976), a validade de construto diminui a necessidade de evidência de confiabilidade. Isso porque, segundo os autores, se medidas que usam métodos bastante diferentes mostram acordo considerável ou se medidas apresentam correlações razoavelmente altas com outras variáveis com as quais era predito se relacionarem, essas devem ser razoavelmente seguras.

Os autores apontam alguns elementos que compõem a validade de construto, como validade convergente e validade discriminante ou discriminatória (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987; HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; BREWER, HUNTER, 2006; MALHOTRA, 2006).

A validade convergente indica em que extensão a escala se relaciona positivamente com outras medidas do mesmo construto (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; MALHOTRA, 2006), ou seja, a concordância entre os escores obtidos com dois instrumentos que medem o mesmo construto (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987). Esse tipo de validade é avaliado, segundo Brewer e Hunter (2006), comparando medidas metodologicamente dissimilares, sendo que, para uma medida ser segura, deve apresentar leituras consistentes, independentemente de variações secundárias.

A validade discriminante (ou discriminatória), em contraposição, avalia em que grau a medida em questão não está relacionada com outras das quais deveria se diferenciar (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005; MALHOTRA, 2006), isto é, refere-se à discordância entre dois instrumentos que medem diferentes construtos (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987). Essa validade é testada, portanto, por meio da comparação entre medidas que, supostamente, não possuem conexão e consiste na habilidade que a medida apresenta de distinguir o fenômeno estudado (BREWER; HUNTER, 2006).

Malhotra (2006) apresenta, também, a validade nomológica como um elemento da validade de construto. A validade nomológica, segundo o autor, indica a relação entre os construtos teóricos de forma a confirmar as correlações significativas entre eles, originadas de uma teoria.

Para Brewer e Hunter (2006), além das validades convergente e discriminante, a validade preditiva (descrita anteriormente ao se abordar a validade de critério) também é um elemento da validade de construto. Para esses autores, a validade preditiva de uma medida é obtida pela comparação entre medidas de conceitos teoricamente relacionados e consiste na habilidade que a medida possui de confirmar hipóteses. A obtenção de altos índices destas três validades (convergente, discriminante e preditiva), para os autores, garante a validade de construto, visto que requerem medidas cujas técnicas são tão diferentes que qualquer convergência encontrada nos resultados das medidas dificilmente será atribuível a um erro.

Ainda a respeito da validade de construto, Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) e Straub e Carlson (1989) apontam que essa validade pode ser avaliada por meio de técnicas multitraços-multimétodos (MMMT) ou técnicas como análise fatorial de componentes principais ou confirmatórias.

Segundo Brewer e Hunter (2006), a validação de multitraços-multimétodos foi desenvolvida por Campbell e Finke (1959) e consiste em uma comparação entre várias leituras de uma mesma situação social. Essa validação envolve a identificação precisa das características do conceito avaliado e a aplicação de, pelo menos, dois métodos diferentes para desenvolver medidas múltiplas de cada característica. As medidas são aplicadas a uma amostra e geram uma matriz de informações que indicam a força das associações empíricas entre as diferentes medidas da mesma característica, entre medidas semelhantes de características diferentes e entre medidas diferentes de características diferentes. Se as medidas medem as características do conceito de forma adequada, diferenciando características diferentes, a expectativa é que as correlações entre as medidas de determinada característica sejam mais fortes que entre medidas de características diferentes.

Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) destacam a matriz multitraços-multimétodos a partir de um desenho de tabela de correlações composto pela validade convergente e pela validade discriminatória. Essa tabela demanda, pelo menos, dois métodos para medir, no mínimo, duas variáveis diferentes. Baseia-se no princípio de que quanto mais características duas mensurações tiverem em comum, maior será sua correlação. Podem compartilhar dois tipos de características: traço (conteúdo) e método (forma de mensuração). A matriz multitraços-multimétodos permite ao pesquisador determinar em que medida os escores refletem o traço e o método contido em toda a mensuração.

Além dos tipos de validade já destacados, Straub e Carlson (1989) destacam, ainda, mais um tipo de validade: a de conclusão estatística. Essa, segundo Straub e Carlson (1989), consiste em uma avaliação das relações matemáticas entre variáveis e a probabilidade de que essa avaliação matemática forneça um quadro correto da verdadeira covariação (COOK; CAMPBELL, 1979 apud STRAUB; CARLSON, 1989). Outro fator usado para determinar a validade da conclusão estatística de um estudo é o poder estatístico, que consiste na probabilidade de a hipótese nula ter sido rejeitada corretamente. A rejeição adequada está intimamente associada ao tamanho de amostra, de forma que testes com tamanhos de amostra maiores são menos prováveis de rejeitar a hipótese nula impropriamente (BAROUDI; ORLIKOWSKI, 1989; COHEN, 1969, 1977; KRAEMER; THIEMANN, 1987 apud STRAUB; CARLSON, 1989).

Babbie (2005) também apresenta dois tipos de validade diferentes: aparente e de construção. A primeira refere-se à qualidade de um indicador que reflete, de alguma variável, uma medida razoável. Um exemplo a destacar é um acordo entre pesquisadores sobre a melhor forma de medir um conceito. Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) acrescentam que a validade aparente é avaliada por juízes que examinam a técnica de mensuração empregada, de forma a verificar se a mesma mede o que é proposto. Fonoaudiólogos poderiam, por exemplo, examinar um teste para medir graus de retardo na linguagem das pessoas e decidir se esse teste mede o que propõe, a partir de um índice de validade para avaliar a concordância entre os juízes (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987). A validade de construção, por sua vez, é a forma como uma medida se relaciona, em um sistema de relações teóricas, com outras variáveis (BABBIE, 2005).

Tem-se, ainda, a validade simultânea, destacada por Selltiz, Wrightsman e Cook (1987), que consiste na capacidade de um teste diferenciar dois indivíduos. Por exemplo, se um teste elaborado para mensurar o grau de consciência política de indivíduos entre vários grupos sociais possibilitar a distinção entre indivíduos da situação e da oposição, o teste teria validade simultânea. Isso porque, além de medir o grau de consciência política, estaria assinalando as posições políticas contrárias (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987).

Deu-se destaque, até o momento, a medidas de validade apresentadas na literatura sem a consideração dos tipos de estudo nos quais podem ser empregadas. Assim, faz-se, a seguir, uma apresentação sobre a validação em estudos de caso.

Yin (2005) aborda os critérios de validade de projetos de pesquisa de estudo de caso, que são apresentados como testes utilizados para verificar a qualidade de uma pesquisa. O autor vale-se de três critérios comumente descritos para todos os métodos de ciências sociais e aborda sua aplicação em estudos de caso: validade de construto, validade interna e validade externa. A validade de construto, segundo Yin (2005), consiste em medidas operacionais adequadas para os conceitos, e sua aplicação em estudos de caso pode se dar por meio do emprego de múltiplas fontes de evidência e da demonstração de um encadeamento das evidências obtidas, sendo que o relatório do estudo de caso deve ser revisado por informantes-chave.

A validade interna, por sua vez, consiste na definição de relações causais entre determinadas condições, de forma que só pode ser aplicada em estudos explanatórios ou causais, não se adequando a estudos descritivos ou exploratórios (YIN, 2005). Essa validade pode ser obtida em estudos de caso, de acordo com Yin (2005), por meio da adequação do estudo de caso ao padrão de base prognóstica ou com várias previsões alternativas; da análise dos resultados do estudo de caso para construir uma explanação coerente a seu respeito; e do emprego de um modelo lógico, que define um encadeamento dos eventos ao longo do tempo por meio de padrões de causa-efeito.

Sobre a validade externa, Yin (2005) elucida que essa abrange a possibilidade de os resultados encontrados no estudo serem generalizados para outras condições, o que pode ser demonstrado, em estudos de caso, por meio da utilização de teoria em estudos de caso único e, em estudo de caso múltiplos, por meio da lógica de replicação. A generalização de estudos de caso é considerada analítica, ou seja, busca-se generalizar um grupo de dados para uma teoria mais abrangente (YIN, 2005).

Os critérios de validade fundamentados neste estudo encontram-se sintetizados e dispostos no Quadro 1.


Para sintetizar as informações apresentadas e visualizar os critérios mais citados, apresentam-se, no Quadro 2, os tipos de critérios de validade destacados pelos autores conforme a fundamentação teórica.


A partir da revisão de literatura apresentada, visando contribuir com a adoção de critérios de validade, destacam-se, no Quadro 3, algumas informações que podem auxiliar os pesquisadores a verificar a adequação de seus estudos aos principais critérios. Ressalta-se que o termo elemento apresentado no quadro pode ser um construto, uma variável, um fator ou um conceito, ou seja, o que se deseja mensurar ou pesquisar.


Nesta seção, abordaram-se critérios de validade de autores como Selltiz, Wrightsman e Cook (1987), Straub e Carlson (1989), Cooper e Schindler (2003), Babbie (2005), Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), Yin (2005), Brewer e Hunter (2006) e Malhotra (2006). Além disso, propuseram-se questões para verificação dos critérios de validade de conteúdo, de construto e de critério.

3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Para este estudo, optou-se pela pesquisa bibliográfica e bibliométrica. A partir da pesquisa bibliográfica, realizou-se uma análise de conteúdo do referencial teórico e se fez uma proposição de itens de análise que podem auxiliar os pesquisadores a verificar a adequação de seus estudos aos principais critérios.

A pesquisa bibliográfica, de acordo com Cervo e Bervian (2004), estuda um problema com base em referenciais teóricos publicados em documentos, visando conhecer as contribuições científicas anteriores (por meio de diferentes fontes, tais como: livros, publicações em periódicos e artigos científicos) sobre determinado tema. Para Gil (2009), esse tipo de pesquisa é realizado a partir de material já elaborado e publicado em relação ao assunto.

Já na pesquisa bibliométrica, desenvolveu-se uma perspectiva temporal longitudinal, com base nos artigos em estudos de estratégia, publicados nos anais do EnAnpad, no período de 1997 a 2010. O estudo bibliométrico, de acordo com Macias-Chapula (1998), aplica métodos quantitativos à produção, à divulgação e à utilização de informações registradas. Os estudos longitudinais, conforme Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), descrevem eventos ao longo do tempo.

A escolha da abrangência desta pesquisa foi motivada pela disponibilização dos anais das edições do EnAnpad, em CD-ROMs, a partir do ano de 1997. A obtenção dos artigos revisados ocorreu por meio de buscas eletrônicas nos CD-ROMs de cada edição do evento, no período de tempo e na área temática determinados, por meio das seguintes palavras-chave: validade, mensuração, critérios de validade, validação e confiabilidade.

Analisaram-se 53 artigos da área de estratégia, os quais foram subdivididos em dois grupos: os que aplicaram critérios de validade nos estudos e indicaram as etapas da validação (45 artigos), e os que apenas mencionaram a validade da pesquisa, porém não esclareceram o procedimento adotado (oito artigos).

A classificação ocorreu por meio de leitura, inicialmente, do resumo e do método de estudos dos artigos. Posteriormente, realizou-se o registro, em uma planilha eletrônica, das seguintes informações: ano de publicação dos trabalhos, autores, título, trechos que indicam validade, critérios de validade específicos, trechos em que foram apresentadas as etapas da validade aplicadas, autores citados, obras citadas e tipo de pesquisa de cada estudo. Após o registro, realizou-se a apuração dos dados, destacando os quantitativos em forma de tabelas.

Procedeu-se, então, à análise descritiva de frequência e percentual da utilização de validação quanto ao tipo de pesquisa (quantitativa, qualitativa e que mesclam as duas abordagens), aos tipos de critérios de validação empregados e às obras mais citadas quando da abordagem da validação. No que concerne à classificação da metodologia utilizada nos artigos, de acordo com Gressler (2004), a abordagem quantitativa caracteriza-se pela formulação de hipóteses, definições operacionais das variáveis, quantificação nas modalidades de coleta de dados e de informações e utilização de tratamentos estatísticos. A abordagem qualitativa difere, em princípio, da abordagem quantitativa, visto que não emprega instrumentos estatísticos como base do processo de análise (GRESSLER, 2004).

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta seção, apresentam-se os resultados obtidos e se faz a análise deles. A Tabela 1 expõe o número de artigos que apresentaram critérios de validade e dos que apenas citaram validade e não esclareceram sua aplicação, bem como mostra uma subdivisão em pesquisas quantitativas e qualitativas.

Conforme observado na Tabela 1, dos artigos pesquisados, 53 apresentaram ou citaram algum tipo de critérios de validade utilizado nas pesquisas, sendo que 45 deles informaram sobre a aplicação e oito não elucidaram os procedimentos e as etapas da validação. Isso denota que grande parte dos estudos da área de estratégia está preocupada com os critérios de validade, havendo, contudo, ainda, um grande espaço para ampliação da adoção dos procedimentos de validação, visto o amplo número de artigos publicados na área no período (mais de mil).

Observa-se, também, que a grande maioria dos estudos quantitativos (27 artigos) aplicou critérios de validade e informou as etapas. Entre os estudos qualitativos, boa parte igualmente realizou esses procedimentos (14 artigos). Já em relação aos estudos que mesclam as abordagens qualitativa e quantitativa, quatro destacaram os critérios e os procedimentos de aplicação adotados, e um não indicou a aplicação. Tem-se, assim, que os estudos quantitativos apresentam maior preocupação com os procedimentos de validação dos instrumentos utilizados do que as pesquisa qualitativas ou qualitativo-quantitativas. O menor número de artigos qualitativos que citaram a utilização de critérios de validade pode estar relacionado ao fato de que esses estudos podem empregar abordagens epistemológicas não positivistas, as quais adotam pressupostos de validação diferentes. Para uma discussão sobre validade sob a ótica de abordagens não positivistas, consultar Oliveira e Piccinini (2009) e Ollaik e Ziller (2011).

Na Tabela 2, destacam-se as obras mais citadas nos artigos revisados que abordam validade.

Como pode ser observado na Tabela 2, a obra mais citada foi Estudo de caso, de Robert K. Yin, em suas edições de 2001 e 2005. Esse resultado possivelmente está relacionado à incidência de estudos de caso entre as pesquisas revisadas. No livro citado, o autor aborda os critérios de validade de construto, interna, externa, e confiabilidade para estudos de caso. A segunda obra mais citada foi Análise multivariada de dados, de Hair Jr., Anderson, Tatham e Black, de diferentes edições. Essa obra costuma ser empregada por estudos quantitativos que aplicam estatística multivariada e aborda os critérios de validade de conteúdo, de construto (convergente e discriminante), de critério (concorrente e preditiva). Entre as obras mais citadas nos estudos revisados, destaca-se, ainda, o artigo "Index construction with formative indicators", de Diamantopoulos e Winklhofer, publicado, em 2001, no Journal of Marketing Research. O artigo apresenta formas pelas quais a qualidade de medidas de formação pode ser avaliada: especificação do escopo da variável latente, colinearidade dos indicadores, multicolinearidade e validade externa.

Na Tabela 3, expõem-se os tipos de critérios de validade mais empregados nos artigos revisados, distribuídos em métodos de pesquisas utilizados, quantidade e porcentagem.

Constata-se, na Tabela 3, que as configurações de validade mais empregadas versam sobre a validade convergente, indicada em 43,40% dos artigos; a validade discriminante, indicada em 41,51%; a validade de conteúdo, assinalada em 35,85%; e a validade de construto, apontada em 28,30%. Na sequência da classificação dos critérios mais aplicados, destacam-se as validades externa (15,09%), interna (11,32%), preditiva (9,43%), de critério (7,55%), nomológica (7,55%), concorrente (5,66%) e substantiva (5,66%), empregadas em proporções menores. Do mesmo modo, observa-se que a validade aparente apresenta o critério com menor índice de aplicação (1,89%).

Como destacado na revisão de literatura, os critérios de validade convergente e discriminante integram a validação do construto. Assim, se agregados os resultados desses três critérios (construto, convergente e discriminante), tem-se o total de 34 artigos que realizaram a validação de construto, o que corresponde a 64,15% dos artigos analisados. Do mesmo modo, os critérios de validade concorrente e preditiva fazem parte da validação de critério. No caso de agregação desses três critérios (critério, concorrente e preditiva), obtiveram-se sete artigos (13,20%). A partir dessa nova configuração dos dados, tem-se, portanto, como validações mais empregadas, a de construto (64,15%), seguida da de conteúdo (35,85%).

O elevado emprego da validação de construto indica que as medidas empregadas estão alinhadas com os construtos teóricos que pretendem mensurar (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987; BREWER; HUNTER, 2006; MALHOTRA, 2006). Além disso, um número razoável de estudos preocupa-se, portanto, com a validade de conteúdo, o que busca garantir a eliminação de erros resultantes da utilização de medidas irrelevantes ou insuficientes. Contudo, essa é uma condição prévia, não eliminando a possibilidade de ocorrência de outros erros, o que demanda a adoção de outros critérios (BREWER; HUNTER, 2006). Assim, pode ser problemático o fato de poucos estudos terem realizado a validação de critério, a qual avaliaria se a medida pode estimar ou prever uma situação externa e relacionada ao construto em questão (COOPER; SCHINDLER, 2003).

Percebe-se, ainda, que os critérios de validade discriminante, convergente, de conteúdo e de construto, ou seja, as validações de construto (união dos critérios de validade de construto, discriminante e convergente) e de conteúdo, foram as mais utilizadas pelas pesquisas quantitativas. Por outro lado, as pesquisa qualitativas empregaram mais os critérios de validade de construto, convergente, discriminante, de conteúdo e externa, o que corresponde às mesmas validações dos estudos quantitativos com acréscimo da validação externa. Isso pode estar relacionado ao emprego, entre os estudos de caso, da obra de Yin (2005), a qual indica a validade externa como um dos critérios de validação aplicáveis aos estudos de caso por meio da generalização analítica. Percebe-se, assim, uma preocupação com a generalização dos dados encontrados para outros contextos (COOPER; SCHINDLER, 2003; YIN, 2005).

Por fim, nos estudos qualitativos e quantitativos, foram empregados os critérios de validade de conteúdo, convergente, externa, interna e substantiva. Tem-se, ainda, que nenhuma pesquisa quantitativa empregou o critério de validade aparente, o que pode estar relacionado ao fato de essa ser uma avaliação mais subjetiva, normalmente realizada por especialistas que verificam se a medida/escala mensura o desejado (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987; BABBIE, 2005). Além disso, o critério de validade substantiva não figurou nos estudos qualitativos. Esse critério, que é definido por Garver e Mentzer (1999) como a associação entre os itens de uma variável, costuma ser obtido por meio do cálculo do coeficiente de validade substantiva (ANDERSON; GERBING, 1991), o que pode explicar sua ocorrência em pesquisas quantitativas.

Constatou-se, ainda, que as configurações das validades simultânea (SELLTIZ; WRIGHTSMAN; COOK, 1987), conclusão estatística (STRAUB; CARLSON, 1989) e construção (BABBIE, 2005), encontradas na literatura, não foram empregadas nos artigos revisados. Isso pode estar relacionado ao fato de poucos autores apresentarem esses critérios de validade em relação a outros amplamente presentes na literatura, como conteúdo, critério e construto.

Além do exposto, observou-se que 5,66% dos artigos pesquisados apontaram apenas o uso do cálculo do Alfa de Cronbach e Análise Fatorial como formas de validação de instrumento de pesquisa. Vale ressaltar que o Alfa de Cronbach é uma medida da confiabilidade de consistência interna (MALHOTRA, 2006), da mesma forma que Análise Fatorial apresenta-se como uma técnica para analisar os padrões de relações complexas multidimencionais, tendo como principais objetivos o resumo e a redução dos dados (HAIR JR.; ANDERSON; TATHAM; BLACK, 2005).

5 CONCLUSÕES

Este estudo analisou os critérios de validade utilizados em estudos científicos da área de estratégia, publicados nos anais do EnAnpad, entre 1997 e 2010. Constata-se que as validades convergente, discriminante, de conteúdo e de construto foram os critérios de validade mais empregados nos trabalhos pesquisados, o que indica o maior emprego das validações de construto (abrangendo convergente e discriminante) e de conteúdo. Essas formas de validação também são amplamente abordadas na literatura, a exemplo de Straub e Carlson (1989), Cooper e Schindler (2003), Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), Yin (2005), Brewer e Hunter (2006) e Malhotra (2006).

Outro resultado que despertou atenção foi a validação de critério (validade de critério, concorrente e preditiva) ter sido empregada em menos de 10% dos artigos revisados, não obstante esses critérios sejam amplamente abordados na literatura, em especial o critério de validade preditiva, por autores como Cooper e Schindler (2003), Hair Jr., Anderson, Tatham e Black (2005), Malhotra (2006), Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) e Brewer e Hunter (2006), e o de validade de critério, por Babbie (2005).

Destaca-se, ainda, o emprego do critério de validade substantiva em três artigos, apesar de esse não ter sido identificado previamente na revisão de literatura. Verificou-se o emprego dessa validade em estudos quantitativos, o que se atribui ao fato de essa validade normalmente estar associada ao cálculo de um coeficiente. Por outro lado, a validade aparente foi citada apenas em um estudo qualitativo, possivelmente por consistir em uma forma de avaliação mais subjetiva.

Outra distinção entre pesquisas qualitativas e quantitativas identificada foi o menor número de artigos qualitativos que citaram a utilização de critérios de validade, o que possivelmente está relacionado ao fato de que esses estudos podem empregar abordagens epistemológicas não positivistas, as quais não pressupõem a possibilidade de validação. Infelizmente, a maior parte dos artigos não cita a perspectiva epistemológica adotada, o que dificulta esse tipo de análise.

A partir do apresentado, conclui-se que, na área de estratégia, são realizadas pesquisas preocupadas com a validação, mas que esse número é restrito diante do número de artigos publicados na área no período analisado. Também há espaço para exploração de outros critérios de validade, como a validação de critério, que é pouco utilizada, apesar de amplamente citada na literatura. De forma geral, nota-se que os estudos têm adotado poucos tipos de validação, o que merece atenção, pois a validação de uma medida deveria atender a diferentes critérios de validade.

De tal forma, recomenda-se que os estudos da área considerem com maior cuidado a questão de validação das medidas para garantir que essas contribuam com o conhecimento sobre estratégia organizacional. Espera-se, portanto, que este artigo possa contribuir, por meio da divulgação e da orientação a respeito dos principais critérios de validade, para que os pesquisadores adotem procedimentos voltados à validação dos instrumentos de pesquisa.

A respeito das limitações deste estudo, pode-se destacar a amostra, tendo em vista que essa amostra utilizou apenas dados de um dos eventos nacionais da área de administração e em um período de 14 anos. Portanto, recomenda-se, para futuras pesquisas, a ampliação da amostra, abrangendo outros eventos e periódicos, bem como outros períodos. Também se recomenda que pesquisadores de outras áreas, principalmente daquelas nas quais a proposição e a adaptação de instrumentos de pesquisa são frequentes, desenvolvam estudos voltados à discussão e à divulgação de procedimentos de validade.

Além disso, destaca-se que, diante de a maior parte dos artigos não apresentar a perspectiva epistemológica adotada, não foi possível definir se todos poderiam fazer uso dos critérios de validade apresentados na literatura. Contudo, como foram analisados apenas artigos que citavam validade em seu conteúdo, acredita-se que sejam positivistas e, portanto, poderiam se valer dos critérios apresentados.

Este artigo pode ser copiado, distribuído, exibido, transmitido ou adaptado desde que citados, de forma clara e explícita, o nome da revista, a edição, o ano e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente, mas sem sugerir que a RAM endosse a reutilização do artigo. Esse termo de licenciamento deve ser explicitado para os casos de reutilização ou distribuição para terceiros. Não é permitido o uso para fins comerciais.

  • ANDERSON, J. C.; GERBING, D. W. Predicting the performance of measures in a confirmatory factor analysis with a pretest assessment of their substantive validities. Journal of Applied Psychology, v. 76, n. 5, p. 732-740, 1991.
  • BABBIE, E. Métodos de pesquisas de survey Belo Horizonte: UFMG, 2005.
  • BAROUDI, J. J.; ORLIKOWSKI, W. J. The problem of statistical power in MIS Research. MIS Quarterly, v. 13, n. 1, p. 87-106, Mar. 1989.
  • BREWER, J.; HUNTER, A. Foundations of multimethod research Thousand Oaks: Sage, 2006.
  • BOUDREAU, M.-C.; GEFEN, D.; STRAUB, D. W. Validation in IS research: a state-of-the-art assessment. MIS Quarterly, p. 1-24, Mar. 2001.
  • CAMPBELL, D. T.; FISKE, D. W. Convergent and discriminant validation by the multitrait-multimethod matrix. Psychological Bulletin, v. 56, p. 81-105, 1959.
  • CERVO, A.; BERVIAN, P. Metodologia científica 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
  • COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral sciences New York: Academic Press, 1969.
  • COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral sciences Revised Edition, New York: Academic Press, 1977.
  • COOPER, D. R.; SCHINDLER P. S. Métodos de pesquisas em administração Porto Alegre: Bookman, 2003.
  • CRONBACH, L. J.; MEEHL, P. E. Validade de construto em testes psicológicos. Psychological Bulletin, v. 52, p. 281-302, 1955.
  • CRONBACH, L. J.; MEEHL, P. E. Test validation. In: THORNDIKE, Robert L. (Ed.). Educational measurement. Washington: American Council on Education, 1971. p. 443-507.
  • GARVER, M. S.; MENTZER, J. T. Logistics research methods: employing structural equation modeling to test for construct validity. Journal of Business Logistics, v. 20, n. 1, p. 33-57, 1999.
  • GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
  • GRESSLER, L. A. Introdução a pesquisa: projetos e relatórios. São Paulo: Loyola, 2004.
  • HAIR JR., J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise multivariada de dados Porto Alegre: Bookman, 2005.
  • HAIR JR., J. F.; BABIN, B.; MONEY, A. H.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração Porto Alegre: Bookman, 2005.
  • MACIAS-CHAPULA, C. A. O papel da informetria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e international. Ciência da Informação, v. 27, n. 2, p. 134-140, maio/ago. 1998.
  • MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2006.
  • OLLAIK, L. G.; ZILLER, H. Distintas concepções de validade em pesquisas qualitativas. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 35., 2011, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Anpad, 2011.
  • OLIVEIRA, S. R. de; PICCININI, V. C. Validade e reflexividade na pesquisa qualitativa. Cadernos EBAPE.BR, v. 7, n. 1, p. 90-98, mar. 2009.
  • SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. W. Research methods in social relations New York: Holt, Rinehart and Winston, 1976.
  • SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. Métodos de pesquisas nas relações sociais 4. ed. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1987.
  • STRAUB, D. W.; CARLSON, C. L. Validating instruments in MIS research. MIS Quarterly, p. 147-169, June 1989.
  • WALTER, S. A.; BAPTISTA, P. P.; AUGUSTO, P. O. M. Visão baseada em recursos: uma análise dos delineamentos metodológicos e da maturidade dessa abordagem na área de estratégia do EnAnpad 1997-2007. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 32., 2008, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Anpad, 2008.
  • YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Jan 2013
  • Data do Fascículo
    Dez 2012
Editora Mackenzie; Universidade Presbiteriana Mackenzie Rua da Consolação, 896, Edifício Rev. Modesto Carvalhosa, Térreo - Coordenação da RAM, Consolação - São Paulo - SP - Brasil - cep 01302-907 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.adm@mackenzie.br