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A IMPLEMENTAÇÃO DE COLEÇÕES EM REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS: O CASO DA COLEÇÃO CADERNOS UFS DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

RESUMO

Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado profissional e tem como objetivos descrever e mapear as etapas da digitalização da coleção Cadernos UFS: Geografia/ História existentes no Setor de Periódicos da biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a sua implementação no repositório institucional para domínio público. Neste sentido, trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, qualitativa, que apresenta um estudo de caso estruturado a partir de um projeto de intervenção que consistiu na digitalização de cinquenta artigos contidos na coleção Cadernos UFS: Geografia / História, produzidos no período de 1995 até 2010. Como metodologia, o processo passou por quatro etapas, iniciando pela descrição dos procedimentos de digitalização documental, pela escolha dos metadados, pela implantação dos dados digitalizados no repositório institucional e, por fim, pela divulgação e publicidade das revistas. Dentre os resultados obtidos, os de maior representatividade foram: a recuperação da informação científica contida nos Cadernos UFS, o aumento da visibilidade dos periódicos pela comunidade acadêmica e a informação científica em acesso livre. Conclui-se que é possível viabilizar o acesso aberto ao conhecimento e, concomitantemente, preservar a integridade do documento e a memória institucional, auxiliando no processo educacional, na mediação e disseminação da informação e na formação cognitiva de novos e melhores sujeitos informacionais.

PALAVRAS-CHAVE:
Ciência da informação; Gestão da informação; Bibliotecas universitárias; Periódicos científicos

ABSTRACT

This article presents part of the results of a professional master's research and aims to describe and map the steps of the scanning of the Cadernos UFS: Geografia/ History collection in the Setor de Periódicos da biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe (UFS) and its implementation in the repository for public domain. In the methodology was adopted research of the descriptive, qualitative type, that presents a case study from an intervention project that consisted in the digitalization of fifty articles contained in the collection Cadernos UFS: Geografia/History, produced in the period from 1995 to 2010. The process went through four stages, beginning with a description of the documentary digitization procedures, the choice of metadata, the implementation of the digitized data in the institutional repository and, finally, the publicity and publicity of the journals. Among the results obtained, the most representative were: the retrieval of the scientific information contained in the Cadernos UFS, the increase of the visibility of the journals by the academic community and the scientific information in open access. It is concluded that it is possible to provide open access to knowledge and, at the same time, to preserve the integrity of the document and institutional memory, assisting in the educational process, mediation and dissemination of information and in the cognitive training of new and better information subjects.

KEYWORDS:
Information science; Information management; University libraries; Scientific periodicals

1 Introdução

Atender às demandas de disseminação da informação no século XXI requer a compreensão de que os fluxos informacionais constituem o elemento central dos ambientes de informação. Pode-se deduzir que não há ambiente informacional sem haver fluxos de informação e vice-versa. Logo, a existência de um se dá em comunhão com a conservação do outro. Para Valentim (2010, p. 13), “Os fluxos informacionais são reflexos naturais dos ambientes aos quais pertencem, tanto em relação ao conteúdo quanto em relação à forma”.

Os espaços de fluxos são formados por redes pessoais, que projetam seus interesses em macrorredes coletivas, num agrupamento funcional e dinâmico diante das interações existentes nos sítios (por exemplo: universidades, empresas, indústrias, bibliotecas, etc.). Acredita-se que as relações e ligações entre os atores das redes definem e direcionam os fluxos de informação, gerando um mecanismo de retroalimentação contínua; fomentando o partilhamento e a comunicação de metas consensuais com equilíbrio e conectividade dentro da rede (CASTELLS, 2017CASTELLS, M. A sociedade em rede. 18. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2017.).

No tocante às redes de informação, voltadas para o partilhamento do conhecimento, quando da transferência da mente do criador para a materialização num suporte físico ou virtual de abrangência multidimensional, podem alcançar fronteiras inimagináveis, vindo a ser um possível dispositivo modificador da essência humana. Para Bourdieu (1989BOURDIEU, P. La noblesse d’Etat: grandes écoles et esprit de corps. Paris: Les Ed. de Minuit, 1989.), as complexas estruturas mentais resultam da internalização do aprendizado intelectual e social, promovendo visões alicerçadas que contribuem para a (re) construção do mundo.

A informação é a forma inicial de representação do conhecimento. Em concordância com Pinto (2009PINTO, L. P. Leitura e significado nos fluxos de informação. 2009. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo, Curso de Ciência da Informação, São Paulo, 2009.), almejar o seu acesso é um fenômeno de ação voltado para a produção de sentidos. É no caminhar do processo de crescimento interno/externo, mais precisamente, nas fases de produção, representação e recepção da informação que são gerados os fluxos de informação.

Informação é sempre fluxo e para o sujeito ela funciona como troca com o mundo exterior, o que lhe confere seu caráter social. Assimilada, interiorizada e processada por um sujeito específico, ela é a base para sua integração no mundo, propiciando ajustes contínuos entre o mundo interior e o mundo exterior. (TALAMO, 2004, p.1).

As universidades e as bibliotecas são organismos sociais em contínuo crescimento, estruturados para atender às demandas pedagógicas, científicas e tecnológicas da sociedade. Desta relação, surge uma unidade organizacional que reúne e associa os princípios da biblioteca com os da universidade, alternadamente, em diferentes momentos históricos, culturais, pedagógicos e político-sociais.

Questões pertinentes à sociedade transitam, categoricamente, pelo campo cultural, científico e tecnológico. Para Ferreira (2018FERREIRA, J. As grandes questões deste princípio de século passarão necessariamente pelo campo da cultura [Entrevista]. Revista Extensão & comunidade, Minas Gerais, v. 9, n. 1, set. 2018., p.13), “a cultura em suas múltiplas versões, expressões e ocorrências está no centro da agenda do século XXI e isso, também, precisa reverberar nas universidades”.

As universidades reúnem o que há de melhor na inteligência do país. Contudo, o modelo adotado carece de reestruturação. Neste viés, as bibliotecas universitárias precisam adaptar-se à ordem vigente de controle patrimonial mediante a redução de verbas públicas, terceirização de capital humano, necessidades de informatização de acervos e serviços.

As bibliotecas universitárias, como organizações, manejam a matéria-prima das universidades - a informação -, ou melhor, o fluxo da informação. Prontamente, uma biblioteca logra o seu substrato do meio bibliográfico e transfere os dados acolhidos através de seus produtos para a comunidade na qual está vinculada. Em paridade com Gianese e Corrêa (1996), administrar estrategicamente os serviços de uma organização, parte da proposta de que é preciso pensar não no que fazer, mas em como agir para minimizar lacunas.

Nessa perspectiva, desde então, mudanças significativas foram percebidas nos fluxos de informação, comunicação e cultura. Uma alteração comportamental no perfil das bibliotecas e de seus atores foi adotada com a finalidade de alinhar os objetivos e metas organizacionais com o mercado do conhecimento. A ênfase passou a ser no acesso à informação, usando a tecnologia como fio condutor para o alcance de saberes, para a dinamização das atividades diárias, para a otimização da produção científica.

O campo de estudo desta pesquisa é, primordialmente, o Setor de Periódicos da Biblioteca Central (BICEN) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O referido Setor está integrado à Divisão de Apoio ao Leitor (DIALE), sendo responsável pelo controle e processamento dos títulos de revistas científicas produzidas e ou adquiridas pela universidade. O Setor administra o fluxo de informação das revistas impressas, dando o suporte necessário às publicações eletrônicas produzidas pelo corpo editorial da universidade e das publicações armazenadas no Portal de Periódicos da Capes.

O Setor de Periódicos está situado no pavimento térreo da BICEN, próximo ao salão de estudos da biblioteca, com área de cerca de 110 m. Existem 2.287 mil títulos cadastrados no banco de dados, segundo relatório Pergamum/UFS (2018). Do quantitativo de periódicos existentes, cerca de 10% (dez por cento) são obras de autores sergipanos. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2018a).

Os periódicos científicos surgiram com o intuito de difundir o saber contido nas fontes de informação e, também, tencionando contribuir para o controle do volume de publicações impressas, acima de tudo, aquelas geradas após a segunda guerra mundial até os dias atuais. O objetivo era solucionar os problemas referentes à vagarosidade na comunicação científica, ciência só se concretiza se publicada, além de exercer a imparcialidade e fornecer maior nitidez para a pesquisa, sendo apontado como fonte alternativa para a substituição do livro, tornandose gradativamente um suporte de referência para o acesso, uso e propagação universal do conhecimento (PACKER; MENEGHINI, 2006PACKER, A. L.; MENEGHINI, R. Visibilidade da produção científica. In: POBLACION, D.; WITTER, G. P.; SILVA, J. F. M. Comunicação & produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara, 2006. p. 235-260.).

Os pioneiros no ramo das revistas (há 353 anos) foram a revista francesa Le Jovrnal des Sçavans - Journal des Savants- LJV (Jornal de Savants) e a inglesa Philosophical Transactions- PT (Transações filosóficas) da Royal Society of London, ambas criadas em 1665, período em que publicaram, sistematicamente, os resultados de suas pesquisas. A francesa, do editor Denis de Sallo, trazia descrições acerca dos avanços da ciência de forma generalista. E a inglesa, do editor Henry Oldenburg, foi a pioneira na prática de revisão por pares (NUNES, 2015NUNES, M. S. C. Mediação da informação em bibliotecas universitárias Brasileiras e Francesas. 2015. Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Curso Ciência da Informação, Salvador, 2015.).

A visibilidade da produção científica de um país, de uma universidade, de uma área temática, de um grupo de pesquisa e de um pesquisador individual está relacionada diretamente com a visibilidade dos periódicos onde são publicados os resultados das suas pesquisas. Quanto mais visíveis forem os periódicos, mais visível será a produção científica neles publicada. (PACKER; MENEGHINI, 2006PACKER, A. L.; MENEGHINI, R. Visibilidade da produção científica. In: POBLACION, D.; WITTER, G. P.; SILVA, J. F. M. Comunicação & produção científica: contexto, indicadores e avaliação. São Paulo: Angellara, 2006. p. 235-260., p. 237).

Nas universidades, a comunicação científica compreende a dois discursos assimétricos: um é a comunicação primária (produção científica especializada) e o outro é a comunicação secundária (popularização da ciência), com influência nas opções temáticas da primária (CARIBÉ, 2015CARIBÉ, R. C. V. Comunicação científica: reflexões sobre o conceito. Informação & Sociedade, João Pessoa, v. 25, n. 3, p. 89-104, set. /dez. 2015.; LOOSE; DEL VECCHIO LIMA, 2014LOOSE, E. B.; DEL VECCHIO LIMA, M. A comunicação científica sob a ótica de Isaac Epstein. Ação midiática: estudos em comunicação, sociedade e cultura, Goiás, n. 7, 2014.).

Com a implantação da rede mundial de computadores, cria-se a primeira revista eletrônica científica que, segundo Targino (2001, p. 98), foi financiada pela “National Science Foundation e desenvolvida no New Jersey Institute of Technology, nos Estados Unidos da América do Norte de 1978 a 1980, diz respeito ao Eletronic Information Exchange system” (Sistema Eletrônico de Intercâmbio de Informações), que inclui um boletim informal de referência, editado por especialistas e mais um caderno de notas.

A primeira revista eletrônica científica brasileira editada por uma universidade pública foi intitulada de “The Journal of Venomous Animals and Toxins” e foi lançada em 1995, no idioma inglês e desenvolvida pelo Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (CEVAP/ UNESP). Em 2003, recebe nova nomenclatura “The Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases (JVATiTD)” e novo ISSN 1678-9199, destacada pelo acesso aberto e categoria interdisciplinar (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO MESQUITA, 2018).

Na Universidade Federal de Sergipe (UFS) os primeiros registros de revistas científicas impressas foram herdados de instituições sergipanas de ensino privado, religiosas e de órgãos estaduais, como por exemplo: a Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe- IHGS (1913), a Revista da Academia Sergipana de Letras (1931). Já como produto oficial da UFS, as pioneiras foram as revistas Cadernos UFS: Geografia (1991)/ História (1995), em sequência a Revista TOMO (1998) do Programa de Pós-graduação em Sociologia, a Revista Eptic (1999) do Observatório de Economia e Comunicação, os Cadernos de Serviço Social (2001), a Revista de Biologia e Ciências da Terra (2001) e os Cadernos de Filosofia (2008). Vale destacar que os únicos dessa juntada, cujos artigos não estão digitalizados, são os intitulados de “Cadernos” (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2018b).

Os avanços no segmento educacional e tecnológico impulsionaram as atividades pedagógicas da UFS para uma espécie de adaptação seletiva natural, convergente com as novas demandas de mercado do fluxo informacional. Foi preciso caminhar em conjunto com as novas tecnologias de comunicação e informação. Daí as publicações de periódicos passaram a nascer e a coexistir também no formato eletrônico. Como por exemplo: a Revista Fórum Identidades (2007), a Revista Ponta de Lança (2008), a Palo Seco - Escritos de Filosofia e Literatura (2009), os Cadernos do Tempo Presente (2010), Prometeus - Filosofia em Revista (2010), Clínica & Cultura (2012), Acta of Fisheries and Aquatic Resources (2013), Revista Ambivalência (2013), Diké-Revista do Mestrado em Direito (2014), Revista Sergipana de Educação Ambiental (2014), Trapiche: educação, cultura & artes (2014), Revista Curiá: múltiplos saberes (2015), Revista Interdisciplinar de Pesquisa e Inovação (2015), Revista Tempos e Espaços em Educação (2015), Revista Agroforestalis News (2016), Revista Sergipana de Matemática e Educação Matemática (2016), O Manguezal (2017) e a Revista Convergências em Ciência da Informação do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (2018); Revista Cajueiro: ciência da informação e cultura da leitura (2018) (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2018b).

As publicações periódicas (revistas científicas) na UFS são comportadas de duas formas: no formato impresso, são alocadas num setor específico, definido como Setor de Periódicos e segue as orientações do Sistema de Classificação Decimal Universal (CDU) e do Código de Catalogação Anglo Americano (AACR2), para comportar o arranjo nas estantes. A circulação dos periódicos é comumente de acesso local ao ambiente de estudo da biblioteca, sendo vetada a circulação externa/empréstimo domiciliar.

Neste ponto, vale destacar que toda a documentação de autoria do estado de Sergipe, desta universidade e de seus colaboradores, é armazenada em caráter definitivo na Sala da Documentação Sergipana (incluso: livros, revistas, teses e dissertações). É uma forma de resguardar a memória documental/informacional da instituição, do estado e de seus protagonistas. Segundo Nora (1993NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n. 10, p.7- 28, dez. 1993., p.9) “a memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente”, que se sedimenta no que é tangível, no geográfico, no movimento, na imagem, no escopo.

Os dados das revistas impressas são preenchidos pelo software PERGAMUM de gerenciamento de bibliotecas. O sistema Kardex foi inicialmente projetado para arquivos de fichas impressas e, posteriormente, para o arquivamento de dados informatizados com supervisão de entrada/saída de publicações físicas e eletrônicas de periódicos nas unidades de informação, permitindo visualizar o acervo no todo, inserir novos volumes, fascículos, identificar os números atrasados, etc. Também permite auxiliar estrategicamente no controle do fluxo de informação (REDE PERGAMUM, 2009).

Quanto as revistas científicas que “nascem” no formato eletrônico, são gerenciadas por uma equipe de editoração (docentes, técnicos, bolsistas), que compõem o núcleo do Sistema de Editoração Eletrônica de Revistas (SEER/UFS). Os artigos indexados nas revistas acadêmicas estão disponíveis em acesso aberto. No Brasil, a licença do Creative Commons (CC) para bens culturais permite a distribuição gratuita de uma obra cujos direitos autorais foram compartilhados em rede, liberados para o acesso livre, fortalecendo as políticas de acesso aberto à informação. O CC, tem por finalidade expandir a visibilidade de obras através de licenças que permitem a cópia e o compartilhamento de dados com pouca restrição, contudo, respeitando o direito à propriedade intelectual. (LESSIG, 2004LESSIG, L. Cultura livre: como a grande mídia usa a tecnologia e a lei para bloquear a cultura e controlar a criatividade. Tradução: Fabio Emílio Costa. [S.l.: s.n], 2004.; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2018b).

Por toda a conjuntura apresentada, a Universidade Federal de Sergipe se solidifica como o principal vetor da cadeia produtiva do Estado, visto que, parte significativa da tecnologia desenvolvida através de seu corpo de pesquisadores advém de estudos que foram aperfeiçoados nos diversos campis da UFS. Em face disso, é imperiosa a atenção dispensada ao fluxo informacional levando-se em conta toda a complexidade, produtividade, armazenamento e a difusão de metadados nas distintas áreas do saber científico.

Segundo o relatório “Research in Brazil”, da Clarivate Analytics (2018), dirigido à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a produção científica de relevância para o país é, potencialmente, elaborada pelas universidades públicas. Os dados foram extraídos da plataforma de pesquisa personalizada em citações, o InCites e correspondem à faixa temporal de seis anos (2011/2016), apoiado em artigos científicos, livros, trabalhos apresentados em eventos, conferências, etc.

Assim, o presente estudo tem por objetivos descrever e mapear as etapas da digitalização da coleção Cadernos UFS: Geografia/ História existentes no Setor de Periódicos da biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a sua implementação no repositório institucional para domínio público.

2 Método

Foi adotada a pesquisa descritiva, de abordagem predominantemente qualitativa. Quanto aos procedimentos, a pesquisa se configura como um estudo de caso. O Sistema de Informação do Setor de Periódicos da BICEN/ UFS é o alvo da observação direta do fluxo informacional. Tal estudo é voltado para o método de investigação prático, porém, a estratégia deve ser preservada, como forma de creditar a pesquisa. Diversos estudos estão difundindo a técnica do estudo de caso com o intervencionismo como metodologia ativa transformadora do saber-fazer no campo das Ciências Humanas e Sociais.

O corpus trabalhado consistiu na digitalização de 10 (dez) fascículos da coleção cadernos de história (07 números) e cadernos de geografia (03 números), contendo mais de 50 artigos científicos produzidos por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe. É pertinente pontuar que estes periódicos já tiveram mais de 400 (quatrocentos) acessos desde a sua implantação no RI em agosto de 2018. E que estão dentre os mais consultados por pesquisadores das áreas de ciências humanas /afins, produzidos nos anos de 1991 até 2010 e cujo valor cultural é inestimável. Estes cadernos foram depositados em via única impressa na Biblioteca Central da UFS. Todavia, parte da coleção está comprometida, pois uma parcela significativa destes periódicos foi sendo desfalcada ao longo do tempo. E, em alguns casos, o estágio de deterioração é bastante avançado. O que redobra os cuidados relativos à recuperação da informação científica neles contida.

Nessa lógica, a coleção Cadernos UFS: Geografia/História traz, em seu bojo, artigos de professores mestres e doutores, alunos da graduação e da pós-graduação e de colaboradores desta e de outras universidades, abordando temáticas diversificadas sobre a cultura nacional e internacional e, particularmente, sobre o estado de Sergipe, os seus representantes políticos, religiosos, literários, os costumes, as tradições e festejos, a culinária, dança, música, teatro, o clima, relevo, hidrografia, etc. Informações e fatos que ajudaram a escrever a história de Sergipe e do mundo.

A metodologia aplicada se desenvolveu em 4 etapas, e teve início com a descrição dos procedimentos de digitalização documental, em seguida pela escolha dos metadados, depois pela implantação dos dados digitalizados no repositório institucional e, por fim, pela divulgação e publicidade da coleção digitalizada. Nesse viés, o processo para a digitalização dos periódicos Cadernos UFS: Geografia/ História, atendeu as recomendações do Conselho Nacional de Arquivos/CONARQ (2011) e passou pelos seguintes processos:

  • 1) seleção do periódico para digitalização. A escolha se deu por três fatores: a) por ser uma das coleções científicas mais consultadas no Setor de periódicos; b) pela quantidade de solicitação de pedidos de comutação bibliográfica deste material; c) para preservar a informação contida na coleção mencionada, já que parte dela apresenta sinais de deterioração.

  • 2) O segundo passo foi a higienização prévia, de forma a abrandar os sinais de desgaste do papel. Com a limpeza do periódico no todo, retirada de clips, nivelamento de páginas, encaixe de folhas soltas, suspensão de dobras, etc.

  • 3) O terceiro passo foi a escolha da ferramenta de digitalização. Para as revistas mais recentes 2005/2010, em melhor estado de conservação foi adotado o scanner da impressora HP, cuja configuração foi programada para a digitalização do documento já no formato em PDF. Todavia, para os periódicos de 1995/2004, a opção foi pelo scanner da impressora Epson, e as páginas foram digitalizadas gradativamente para não danificar o papel que já apresentava desgaste na qualidade da impressão.

  • 4) O quarto passo foi a retirada de imperfeições, fruto do processo de digitalização ou do estado físico do periódico. Para sanar essas falhas se recorreu aos programas da Microsoft office, o Paint (ferramenta de desenho) e o Word (ferramenta de imagem).

  • 5) O quinto passo consistiu em reunir num documento único no Word todas as páginas digitalizadas do periódico original. Conclusa a enumeração e organização das páginas, o documento foi salvo tanto no Word quanto em PDF.

  • 6) O sexto passo foi descrever todos os metadados em conformidade com os critérios do repositório institucional da UFS. Selecionar as palavras-chave extraídas dos artigos das revistas, os assuntos principais, consultar vocabulários controlados, etc.

A determinação de quais os metadados seriam utilizados na inserção dos periódicos no repositório institucional da UFS, tomou como referência o software DSpace (versão 6.0) que tem como esquema padrão o Dublin Core. Metadados por definição, são dados sobre dados que servem para descrever um recurso ou um objeto de informação em meio digital. O Dublin core (DC) é composto por 15 elementos: 1) creator (autor/criador); 2) subject (assunto); 3) coverage (cobertura); 4) contributor (colaborador); 5) date (data); 6) description (descrição); 7) rights (direitos autorais); 8) source (fonte); 9) format (formato); 10) identifier (identificador); 11) language (idioma); 12) Publisher (publicador/editor); 13) relation (relação); 14) type (tipo do recurso); 15) title (título), que auxiliam na descrição básica de um objeto informacional, alimentando padrões de interoperabilidade entre sistemas, sendo de grande relevância para a inserção de informações em bases de dados e repositórios institucionais (SOUZA; VENDRUSCULO; MELO, 2000; SHINTAKU, 2010).

  • 7) O sétimo passo foi salvar todos os dados produzidos em pen drive (mídia eletrônica) e junto com o bibliotecário responsável pelo Setor de Tecnologia da Informação, preencher todos os campos para depósito do novo material (periódico no todo), no repositório institucional (produção científica).

Repositórios Institucionais Digitais (RID), são bases de dados online que reúnem, de maneira organizada, a produção científica de uma instituição ou área temática. (INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 2015). O Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RI-UFS) foi criado em 18 de julho de 2010, por meio da resolução n. 40/2010/CONEPE, sendo recentemente substituído pela resolução n. 50/2017/CONEPE. A alteração se deu no intuito de incorporar toda a produção científica da universidade e, não apenas, as dos docentes (artigos de periódicos, trabalhos publicados em eventos, capítulos de livros, etc.). Assim, por meio da nova resolução, foram inclusas no RIUFS a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), contemplando boa parte da criação acadêmica da UFS. O objetivo é de preservar e disseminar os produtos científicos da instituição, cuja estrutura organizacional é formada por centros, departamentos, núcleos. O repositório tem o encargo de reunir, em um espaço virtual integrado, a diversidade cultural desta instituição de ensino superior. Engloba, portanto, a produção científica, as teses e dissertações, os eventos, os recursos educacionais, trabalhos de conclusão de curso, etc. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2017).

  • 8) O oitavo passo foi divulgar entre os usuários e colaboradores da biblioteca, a inclusão destes documentos no RI-UFS e monitorar por seis meses as visualizações e acessos dos periódicos Cadernos UFS: Geografia / História.

3 Resultados

Os resultados do plano de intervenção trazem a descrição da coleção de Cadernos UFS: Geografia / História digitalizados, os metadados utilizados como referência no processo (QUADROS 1, 2, 3), a inserção no repositório institucional e o ranking de visualizações.

Quadro 1
Modelo padrão de metadados utilizados na implantação dos Cadernos UFS
Quadro 2
Metadados utilizados nos Cadernos UFS: Geografia depositados no RI. v. 11, 1991.
Quadro 3
Metadados utilizados nos Cadernos UFS: História depositados no RI. v.1, n.1, 1995.

O Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RI-UFS) estabeleceu, institucionalmente, as diretrizes para a política de informação na modalidade de acesso aberto, tendo como objetivos: a) agrupar em um espaço virtual integrado/armazém da informação, a produção científica da universidade (acervos, eventos, teses, dissertações, trabalhos acadêmicos, recursos educacionais); b) ampliar a visibilidade e o impacto sociocultural da instituição e de seus atores (docentes, discentes, colaboradores); c) armazenar e preservar a memória intelectual dos pesquisadores; d) disponibilizar à sociedade o usufruto do conhecimento depositado nesta fonte de informação (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2017).

O RI possui interface gráfica de notória acessibilidade tanto para o cliente pesquisador quanto para o indexador de dados. No tocante à inclusão de dados no repositório, a plataforma de arquitetura de informação é de fácil navegação e usabilidade. Composta pelos módulos: a) página inicial; b) navegar; c) ajuda; d) sobre o RI-UFS; e) como publicar; f) idioma; g) meu espaço: login (usuário/senha). Para depósito no repositório da UFS, é preciso, preliminarmente, que o autor da submissão se identifique, com login e senha do sistema, para dar prosseguimento a todo o processo de autoarquivamento. O passo inicial para um novo depósito é escolher a coleção extraída de uma lista de comunidades (acervos, produção científica, teses/ dissertações, trabalhos acadêmicos, eventos, recursos educacionais). Posteriormente, interligar a coleção aos departamentos, centros e programas da UFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2017).

Em relação a este estudo, os principais dados inseridos no autoarquivamento foram: 1) autor; 2) orientador; 3) coorientador; 4) editor; 5) tipo de documento; 6) título principal/alternativo; 7) imprenta (local, licença, editora, data); 8) identificação (número normalizado-ISSN); 9) idioma; 10) área do conhecimento; 11) resumo; 12) abstract; 13) palavras-chave; 14) referências bibliográficas; 15) parte de onde o documento está inserido (periódico, livro, etc.); 16) siglas. A opção de busca facetada se dá por assunto, autor, data de publicação, tipo de documento (artigo, anais, dissertação, fascículo periódico, gravação de audio, monografia, relatório, trabalhos em eventos, tese, vídeo). A coleção digitalizada Cadernos UFS: Geografia/ História foi indexada na comunidade produção científica, tipo de documento periódico no todo.

A assinatura do termo de licença de distribuição não exclusiva é obrigatória e de extrema relevância para conceder à universidade o direito não exclusivo de reproduzir o trabalho em formato eletrônico, amparado legalmente, respeitando os direitos autorais e atuando com princípios éticos. A contribuição do profissional da informação é a de alimentar o banco de dados, no caso dos trabalhos acadêmicos, periódicos institucionais (convertidos para o formato digital), eventos da universidade, orientando e supervisionando, sempre que solicitado, o processo de arquivamento de informações científicas. Por fim, a verificação/conferência dos dados cadastrados antes de submeter ao depósito no RI-UFS, passando pelo processo de fluxo de informação da coleção para a qual o documento está sendo enviado, tornando-se parte desta coleção. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2017).

Nas ilustrações seguintes, a visualização dos Cadernos UFS: Geografia no RI. (FIGURA 1) e dos Cadernos de História no RI (FIGURA 2).

Figura 1
Gráfico de visualizações da produção científica do Departamento de Geografia- DGE no RIUFS- (ago. 2018/ jan. 2019).

Segundo dados extraídos do Repositório Institucional (RI-UFS) de agosto de 2018/ janeiro de 2019, foram registrados 309 acessos voltados à produção científica do Departamento de Geografia (DGE/UFS). Destes, 149 visualizações (48% por cento) foram para a coleção de Cadernos UFS: Geografia. Assumindo a liderança no ranking de preferência dos usuários do curso de geografia, humanas e de áreas afins. Esse material está disponível no RI em formato digital /PDF (acesso aberto) e impresso na Sala da Documentação Sergipana (consulta no local). Os dados obtidos do RI ratificam a importância do procedimento de digitalização documental, contribuindo de maneira significativa para a propagação do conhecimento científico.

A forma de se produzir ciência foi se moldando e, hoje, o curso de Geografia é um dos que possui melhor avaliação/conceito 5 (nota máxima) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes de Curso Superior (Enade). O programa de Pós-graduação (mestrado/doutorado) foi bem avaliado com nota 4. Um trabalho feito em parceria (docentes, discentes, pró-reitoria de graduação e pós-graduação, biblioteca, etc.), todos juntos em prol da educação de qualidade.

Figura 2
Gráfico de visualizações da produção científica do Departamento de História- DHI no RIUFS- (ago. 2018/ jan. 2019).

A partir dos dados extraídos do repositório institucional da UFS (RI-UFS) de agosto de 2018/ janeiro de 2019, foram registrados 436 acessos às produções científicas do Departamento de História (DHI/UFS). A coleção Cadernos UFS: História geraram 149 visualizações (63% por cento) do todo. Assumindo a liderança no ranking de preferência dos usuários do curso de história, humanas e de áreas afins. Esse material está disponível no formato digital em PDF para domínio público no RI e impresso na Sala da Documentação Sergipana (consulta no local).

Os dados obtidos do RI comprovam a importância do procedimento de digitalização documental, contribuindo de maneira ímpar para a promoção e disseminação do saber científico.

O curso de História, no momento, é avaliado/conceito 3 no Enade (2017). O Programa de Pós-graduação (mestrado) também foi avaliado com nota 3. Um trabalho em parceria (docentes, discentes, pró-reitoria de graduação e pós-graduação, biblioteca, etc.) vem sendo construído para melhorar estes indicadores e elevar os padrões de qualidade do curso.

4 Considerações Finais

A gestão eletrônica das revistas científicas produzidas pela UFS é realizada por uma equipe de professores, técnicos e bolsistas responsáveis pela editoração das revistas. O Setor de Periódicos da BICEN, em parceria com o Setor de Tecnologia da informação, apenas monitora, estatisticamente, os fluxos de informação científica por meio do controle de acesso local e eletrônico aos periódicos produzidos pela instituição.

Notadamente, aqueles que, por via de solicitação dos departamentos dos cursos de graduação e pós-graduação, aspiram pelo armazenamento de suas revistas, tanto no acervo físico da biblioteca quanto no repositório, encaminham ao Setor de Periódicos desta unidade de informação uma solicitação com o termo de licença para reprodução eletrônica, a partir da digitalização do periódico impresso (periódico no todo). É o que ocorreu com a coleção Cadernos UFS: Geografia / História.

A digitalização é feita pelo Setor de Periódicos e a inserção dos dados no RI pelo Setor de TI, reforçando que as revistas digitalizadas ficam armazenadas no repositório, vinculadas ao departamento de origem (por exemplo: DGE/DHI). Atender às demandas de disseminação da informação no século XXI requer a compreensão de que os fluxos informacionais constituem o elemento central dos ambientes de informação.

Os periódicos científicos foram, ao longo do caminho, moldando-se à realidade cultural, educacional, histórica, tecnológica, informacional e política do país e do mundo. Com o avanço das tecnologias de comunicação e informação, o formato impresso foi perdendo espaço para o protagonismo das revistas científicas eletrônicas. É o movimento de informatização, que se perpetua além do horizonte, ou seja, o documento deve nascer e ser operacionalizado, basicamente, no meio digital.

As coleções de periódicos impressos tendem, num futuro próximo, a serem identificadas como “coleções especiais”. Por isso, toda a atenção dispensada à preservação informacional destes documentos é fundamental para as universidades, pesquisadores e para a sociedade em geral.

Trabalhos, pesquisas científicas, métodos e técnicas, quando bem-empregados têm o poder de transformar uma realidade e que, para isto, é necessário conectar teoria e ação. E foi assim que este trabalho buscou atuar, de forma lógica, com foco, propósito e almejando a coletividade. A informação por este prisma é um elemento de grandeza absoluta na conquista de vantagem competitiva. Sobretudo, a informação produzida no meio interno (neste caso, na academia) e aquela que retorna (da academia para a sociedade) já polida.

Portanto, o papel do bibliotecário como mediador do acesso à informação, no contexto apresentado, é o de compreender a dinâmica da informação e a complexidade do indivíduo e, em razão disso, ser o elo de comunicação/junção entre ambos. Por fim, concluir que o profissional da informação é agente ativo/criador e cocriador na transformação/intervenção de uma realidade.

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  • JITA:

    JG. Digitization.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Set 2023
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    26 Ago 2019
  • Aceito
    19 Out 2019
  • Publicado
    22 Jan 2020
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