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Carta ao editor para: Acidente vascular cerebral isquêmico perinatal: estudo retrospectivo de 5 anos em maternidade nível III. einstein (São Paulo). 2015;13(1):65-71.

Li com interesse o artigo de Machado et al.1.Machado V, Pimentel S, Pinto F, Nona J. Perinatal ischemic stroke: a five-year retrospective study in a level-III maternity. einstein (São Paulo). 2015;13(1): 65-71. Este trabalho poderia ser melhorado se incluísse um grupo controle adequado, tornando uma mera série de casos descritiva em um estudo de caso-controle, com avaliação de odds ratios, e, assim, dando uma valiosa contribuição, alinhada a outras pesquisas publicadas recentemente.2.Harteman JC, Groenendaal F, Kwee A, Welsing PM, Benders MJ, de Vries LS. Risk factors for perinatal arterial ischaemic stroke in full-term infants: a case-control study. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2012;97(6):F411-6.

.Kirton A, Armstrong-Wells J, Chang T, Deveber G, Rivkin MJ, Hernandez M, Carpenter J, Yager JY, Lynch JK, Ferriero DM; International Pediatric Stroke Study Investigators. Symptomatic neonatal arterial ischemic stroke: the International Pediatric Stroke Study. Pediatrics. 2011;128(6):e1402-10.

.Darmency-Stamboul V, Chantegret C, Ferdynus C, Mejean N, Durand C, Sagot P, et al. Antenatal factors associated with perinatal arterial ischemic stroke. Stroke. 2012;43(9):2307-12.
-5.Wusthoff CJ, Kessler SK, Vossough A, Ichord R, Zelonis S, Halperin A, et al. Risk of later seizure after perinatal arterial ischemic stroke: a prospective cohort study. Pediatrics. 2011;127(6):e1550-7. A interpretação de taxas de incidência deve ser feita com cautela, pois apenas os casos sintomáticos, nas primeiras 72 a 94 horas de vida, foram incluídos; enquanto alguns recém-nascidos apresentam/apresentaram sintomas apenas após a alta, e outros lactentes, depois de alguns meses.4.Darmency-Stamboul V, Chantegret C, Ferdynus C, Mejean N, Durand C, Sagot P, et al. Antenatal factors associated with perinatal arterial ischemic stroke. Stroke. 2012;43(9):2307-12.,5.Wusthoff CJ, Kessler SK, Vossough A, Ichord R, Zelonis S, Halperin A, et al. Risk of later seizure after perinatal arterial ischemic stroke: a prospective cohort study. Pediatrics. 2011;127(6):e1550-7.Os dados do registro da coorte neonatal poderiam ter estimativas mais precisas para taxas de incidência, como em outros estudos.3.Kirton A, Armstrong-Wells J, Chang T, Deveber G, Rivkin MJ, Hernandez M, Carpenter J, Yager JY, Lynch JK, Ferriero DM; International Pediatric Stroke Study Investigators. Symptomatic neonatal arterial ischemic stroke: the International Pediatric Stroke Study. Pediatrics. 2011;128(6):e1402-10. Se considerarmos o nível atual de conhecimento nesta área, é ético gastar o tempo de investigadores, revisores, editores e leitores com hipóteses de pesquisas vagas e desenhos de estudos tão fracos?

RESPOSTA

Resposta a carta ao editor para: Acidente vascular cerebral isquêmico perinatal: estudo retrospectivo de 5 anos em maternidade nível III. einstein (São Paulo). 2015;13(1):65-71.

Reply to letter to the editor on: Perinatal ischemic stroke: a five-year retrospective study in a level-III maternity. einstein (São Paulo). 2015;13(1):65-71.

Agradecemos ao Dr. Israel Macedo por seu interesse em nosso artigo e pelos comentários, que procuraremos responder.

1. Inclusão de um grupo controle

Em nossa instituição, não é viável rastrear acidente vascular cerebral (AVC) de forma sistemática (por meio de ultrassonografia transcraniana), em todos recém-nascidos. Como o acidente vascular cerebral pode ser silencioso, e este foi um estudo retrospectivo, poderíamos ter incluído pacientes que apresentavam a doença no grupo controle, o que resultaria em um viés de seleção.

2. Cálculo das taxas de incidência

Como explicado na seção Métodos, fizemos a revisão dos casos de acidente vascular cerebral neonatal em recém-nascidos a termo, internados na unidade de cuidados intensivos neonatais. Outros casos fogem ao âmbito de nosso estudo. Mesmo se houvesse casos sintomáticos após uma alta hospitalar sem intercorrências, não teríamos acesso a esses pacientes, uma vez que nossa unidade não admite pacientes mais velhos provenientes do ambulatório, e nem todos os recém-nascidos são encaminhados para consultas de acompanhamento pediátrico após a alta.

Virgínia Machado, Sónia Pimentel, Filomena Pinto, José Nona

Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Lisboa, Portugal.

REFERENCES

  • 1
    Machado V, Pimentel S, Pinto F, Nona J. Perinatal ischemic stroke: a five-year retrospective study in a level-III maternity. einstein (São Paulo). 2015;13(1): 65-71.
  • 2
    Harteman JC, Groenendaal F, Kwee A, Welsing PM, Benders MJ, de Vries LS. Risk factors for perinatal arterial ischaemic stroke in full-term infants: a case-control study. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2012;97(6):F411-6.
  • 3
    Kirton A, Armstrong-Wells J, Chang T, Deveber G, Rivkin MJ, Hernandez M, Carpenter J, Yager JY, Lynch JK, Ferriero DM; International Pediatric Stroke Study Investigators. Symptomatic neonatal arterial ischemic stroke: the International Pediatric Stroke Study. Pediatrics. 2011;128(6):e1402-10.
  • 4
    Darmency-Stamboul V, Chantegret C, Ferdynus C, Mejean N, Durand C, Sagot P, et al. Antenatal factors associated with perinatal arterial ischemic stroke. Stroke. 2012;43(9):2307-12.
  • 5
    Wusthoff CJ, Kessler SK, Vossough A, Ichord R, Zelonis S, Halperin A, et al. Risk of later seizure after perinatal arterial ischemic stroke: a prospective cohort study. Pediatrics. 2011;127(6):e1550-7.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2015
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