Fouling organisms on Perna perna mussels: is it worth removing them?

Abstracts

Perna perna mussel spat were suspended from ropes on a long-line cultivation, at Coqueiro´s Beach, Anchieta, South-eastern Brazil, in order to quantify the fouling community structure and its effects on growth and biomass of mussels. Half of the ropes had the fouling removed monthly, half had the foulingleft until the end of the experiment. Monthly samples of thirty mussels from each group were measured and their biomass determined. The fouling organisms were identified, quantified and their biomass evaluated on a monthly basis. After ten months, mussels on the cleaned treatment were significantly larger and heavier (ANOVA; P < 0.05; Bonferroni: unfouled > fouled), showing that fouling reduced mussel development. The most abundant epibiont organisms in terms of biomass were the algae Polysiphonia subtilissima (29%) and Ulva rigida (10.3%), followed by the bryozoans Bugula neritina (13.6%) and Perna perna spat (10.6%). Over 97 taxa and 42,646 individuals were identified, crustaceans being the most abundant group, predominantly one amphipod Cheiriphotis megacheles (12,980 ind.). Species abundance was positively correlated with algal biomass, revealing the influence of algae on vagile fauna, which provide both food and shelter. The benefits of fouling removal are discussed because the majority of species are important feeding items to fishes and yet, the costs of its fouling control added to the associated mussel spat loss make this fouling removal of questionable value.

Mussel farming; Perna perna; Fouling communities; Anchieta - Espírito Santo

Sementes de Perna perna foram colocadas em cordas suspensas em long-line na Praia do Coqueiro, Anchieta, ES, objetivando-se determinar a estrutura da comunidade de incrustantes e seu efeito sobre o desenvolvimento dos mexilhões. Metade das cordas teve os incrustantes removidos mensalmente, na outra metade eles foram deixados até o final do experimento. Mensalmente, 30 mexilhões de cada grupo foram retirados e medidos e a biomassa aferida. Os incrustantes foram identificados, quantificados e a biomassa de cada taxon determinada. Após 10 meses de cultivo, os mexilhões sem incrustantes eram significativamente maiores e mais pesados (ANOVA; P < 0,05; Bonferroni: sem incrustantes > com incrustantes), demonstrando que os incrustantes interferiram negativamente no desenvolvimento dos mexilhões. Os incrustantes mais abundantes em termos de biomassa foram as algas Polysiphonia subtilissima (29%) e Ulva rigida (10,3%), seguidas pelos briozoários Bugula neritina (13,6%) e sementes de Perna perna (10,6%). Foram registrados 97 taxa e 42.646 indivíduos, sendo Crustacea o grupo mais abundante, principalmente o anfípodo Cheiriphotis megacheles (12.980 ind.). A abundância de indivíduos foi positivamente correlacionada com a biomassa de algas, revelando a influência das algas na fauna vágil, provendo abrigo e alimentação. Os benefícios da remoção dos incrustantes são discutidos, uma vez que a maioria dos incrustantes são importantes como itens alimentares para os peixes; além disso, os custos desta remoção somados à perda de sementes de mexilhões, tornam a remoção desta comunidade de incrustantes questionável.

Maricultura; Mexilhão; Criação; Incrustações marinhas; Organismos; Anchieta (ES)

• Anderson, M. J. & Underwood, A. J. 1994. Effects of substratum on the recruitment and development of an intertidal estuarine fouling assemblage. J. expl. mar. Biol. Ecol., 184:217-236.
• Arakawa, K. Y. 1990. Competitors and fouling organisms in the hanging culture of the Pacific oyster, Crassostrea gigas (Thunberg). Mar. Behav. Physiol., 17:67-94.
• Cigarría, J.; Fernández, J. & Magadán, L. P. 1998. Feasibility of biological control of algal fouling in intertidal oyster culture using periwinkles. J. Shellfish Res., 17:1167-1169.
• Claereboudt, M. R.; Bureau, D.; Côté, J. & Himmelman, J.H. 1994. Fouling development and its effect on the growth of juvenile giant scallops (Placopecten magellanicus) in suspended culture. Aquaculture, 121:327-342.
• Dittiman, D. & Robles, C. 1991. Effect of algal epiphytes on the mussel Mytilus californianus Ecology, 72:286-296.
• Enright, C. 1993. Control of fouling in bivalve aquaculture. World Aquacult., 24:44-46.
• Enright, C.; Krailo, D.; Staples, L.; Smith, M.; Vaughan, C.; Ward, D.; Gaul, P. & Borgese, E. 1983. Biological control of fouling algae in oyster aquaculture. J. Shellfish Res., 3:41-44.
• Enright, C. T.; Elner, R. W.; Griwold, A. & Borgese, E. M. 1993. Evaluation of crabs as control agents for biofouling in suspended culture of European oysters. World Aquacult., 24:49-51.
• Flimlin Jr., G. E. & Mathis Jr., G. W. 1993. Biological biofouling control in a field based nursery for the hard clam, Mercenaria mercenaria World Aquacult., 24:47-48.
• Lauzon-Guay, J. S.; Hamilton, D. J. & Barbeau, M. A. 2005. Effect of mussel density and size on the morphology of blue mussels (Mytilus edulis) grown in suspended culture in Prince Edward Island, Canada. Aquaculture, 249:265— 274.
• Lesser, M. P.; Shumway, S. E.; Cucci, T. & Smith, J. 1992. Impact of fouling organisms on mussel rope culture: interspecific competition for food among suspension-feeding invertebrates. J. expl. mar. Biol. Ecol., 165:91-102.
• Lodeiros, C. J. M. & Himmelman, J. H. 1996. Influence of fouling on the growth and survival of the tropical scallop, Euvola (Pecten) zic zac (L. 1758) in suspended culture. Aquacult. Res., 27:749-756.
• Lucas, A. & Beninger, P. G. 1985. The use of physiological condition indices in marine bivalve aquaculture. Aquaculture, 44:187-200.
• Marques, H. L. A. 1998. Criação comercial de mexilhões. São Paulo. Nobel. 109 p.
• Marques, H. L. A. & Pereira, R. T. L. 1988. Mexilhões: biologia e criação. Boletim técnico nº 12. Instituto de Pesca, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 32 p.
• Marques, H. L. A.; Pereira, R. T. L. & Correa, B. C. 1998. Seasonal variation in growth and yield of the brown mussel Perna perna (L.) cultured in Ubatuba, Brazil. Aquaculture, 169:263-273.
• Metri, R.; Rocha, R. M. & Marenzi, A. 2002. Epibiosis reduction on productivity in a mussel culture of Perna perna (Linné, 1758). Braz. Arch. Biol. Tech., 3:325-331.
• Monteiro, L. P. & Silva, S. H. G. 1995. Influência da exposição ao ar sobre a epifauna, crescimento e índice de condição do mexilhão Perna perna, na Baía da Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil. Publção esp.. Inst. Oceanogr., S Paulo, 11:115-121.
• Morrisey, D. J.; Cole, R. G.; Davey, N. K.; Handley, S. J.; Bradley, A.; Brown, S. N. & Madarasz, A. L. 2006. Abundance and diversity of fish on mussel farms in New Zealand. Aquaculture, 252:277-288.
• Silva, S. H. G. 1980. Contribuição ao estudo das comunidades incrustantes que ocorrem na Baía da Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil. Resultados preliminares. Rev. bras. Biol., 40:367-382.
• Souza-Conceição, J. M.; Castro-Silva, M. A.; Huergo, G. P. C. M.; Soares, G. S.; Marenzi, A. C. & Manzoni, G. C. 2003. Associação da ictiofauna capturada através de rede de emalhe com o cultivo de mexilhões da Enseada de Armação do Itapocoroy, em Penha (Santa Catarina — Brasil). Bolm Inst. Pesca, S Paulo, 29:117-121.
• Sutherland, J. P. 1990. Consequences of recruitment variation on rocky shores of the eastern Pacific Ocean. II Simpósio de Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste brasileira: Estrutura, função e manejo Publcões ACIESP, 71(3):43-66.
• Taylor, J. J.; Southgate, P. C. & Rose, R. A. 1997. Fouling animals and their effects on the growth of silver-lip pearl oyster, Pinctada maxima (Jameson) in suspended culture. Aquaculture, 153:31-40.
• Zalmon, I. R.; Gama, B. A. P. & Leta, A. C. 1993. Fouling community organization at Guanabara Bay, Brazil: a directional process or variable temporal progression? Obelia, 19:217-222.
• Freitas, M. 1997. Incrustações biológicas no mexilhão Perna perna (Mollusca, Bivalvia), cultivado na Ilha de Ratones, SC: efeito da exposição ao ar. Dissertação de Mestrado em Aquicultura. Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. 231 p.
• Garcia-Prado, J. A. 2000. Verificação da possível influência dos incrustantes ("biofouling") no desenvolvimento do mexilhão Perna perna (Linné, 1758) no cultivo da Praia do Coqueiro, município de Anchieta — ES. Monografia de Especialização em Ecologia e Recursos Naturais. Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil. 32 p.

Publication Dates

• Publication in this collection
  06 Nov 2007
• Date of issue
  June 2007

History

• Accepted
  23 Feb 2007
• Reviewed
  27 Nov 2006
• Received
  12 Sept 2006