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Mapas de dor corporal aprimoram os relatos das queixas dolorosas em pacientes com dor orofacial

Resumos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Identificar as queixas dolorosas dos pacientes é essencial para determinar diagnósticos e intervenções terapêuticas adequadas em dor orofacial (DOF). Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a frequência das queixas de dor relatadas comparando-as àquelas marcadas pelos pacientes em mapas de dor. MÉTODO: Os dados foram coletados dos prontuários de 532 pacientes da Clínica de Dor Orofacial da Faculdade de Odontologia de Araraquara. Os indivíduos responderam a um questionário informando suas queixas de dor e completaram um mapa corporal indicando as áreas dolorosas. A frequência dos relatos foi comparada à frequência dos locais identificados nos mapas. Foram consideradas nove regiões anatômicas: cabeça, face, pescoço, ombros, braços, tórax, abdômen, costas e pernas. Também foram calculados sensibilidade, especificidade e valores kappa comparando os relatos de dor aos mapas, os últimos considerados padrão-ouro. RESULTADOS: A média etária da amostra foi de 33,5 ± 13,8 anos, 33,9 ± 13,9 anos para as mulheres e 31,7 ± 13,1 anos para os homens. Foi observada maior prevalência de dor entre as mulheres. Em ambos os gêneros, as regiões com mais queixas de dor estavam localizadas na parte superior do corpo e uma diferença significativa entre os relatos de dor e os desenhos de dor foi observada para as regiões abaixo do pescoço. Os mapas de dor corporal demonstraram superioridade sobre os relatos de dor na identificação das queixas dolorosas durante a anamnese. CONCLUSÃO: O relato da queixa principal não foi um método eficiente para conhecer todas as queixas dolorosas, pois os mapas corporais evidenciaram a presença de dores adicionais em pacientes com DOF.

Articulação temporomandibular; Autorrelato; Desenhos; Dor; Dor orofacial


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Assessing patients´ pain complaints is essential for determining adequate diagnosis and therapeutic interventions in orofacial pain (OFP). Thus, the aim of this study was to verify the frequency of reported pain complaints compared to those marked on patients´ body pain maps. METHOD: Data was collected from the Orofacial Pain Clinic archives (532 patients) of Araraquara Dental School. All individuals answered a standardized clinical questionnaire to report their chief complaints and completed a body map indicating their pain areas. The frequency of reported pain complaints was compared to the frequency of painful sites identified on body maps. Nine anatomic regions were considered: head, face, neck, shoulders, arms, chest, abdomen, back, and legs. In addition, sensitivity, specificity and kappa values were calculated comparing the pain reports to body pain drawings, the latter being considered as gold standard. RESULTS: The mean age of total sample was 33.5 ± 13.8 years, 33.9 ± 13.9 years for women and 31.7 ± 13.1 years for men. Higher prevalence of pain was observed among female patients. Overall, the regions of greater pain reports were located in the upper body areas, both for women and men. A significant difference between the pain reports and the pain drawings was observed for the body regions below the neck, in both genders. The body pain maps demonstrated superiority against pain reports in assessing patients´ painful complaints during the anamnesis. CONCLUSION: Pain reports were not an efficient method for diagnosing all patient´s painful complaints, because body pain maps evidentiated additional pain complaints in OFP patients.

Drawings; Facial pain; Pain; Self-report; Temporomandibular joint


ARTIGO ORIGINAL

Mapas de dor corporal aprimoram os relatos das queixas dolorosas em pacientes com dor orofacial* * Recebido do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Araraquara, SP.

Ana Lúcia FrancoI; Gabriel Henrique Farto RunhoII; José Tadeu Tesseroli de SiqueiraIII; Cinara Maria CamparisIV

IDoutoranda em Reabilitação Oral. Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Araraquara, SP, Brasil

IIOdontologista Geral. Araraquara, SP, Brasil

IIIProfessor da Clínica de Dor Orofacial, Divisão de Odontologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil

IVProfessora do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Araraquara, SP, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Dra. Ana Lúcia Franco Rua Humaita, 1680 – Centro 14801-903, Araraquara-SP Fone: 55 16 3301-6412. Fax: 55 16 3301-6406 E-mail: analu.franco@hotmail.com

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Identificar as queixas dolorosas dos pacientes é essencial para determinar diagnósticos e intervenções terapêuticas adequadas em dor orofacial (DOF). Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a frequência das queixas de dor relatadas comparando-as àquelas marcadas pelos pacientes em mapas de dor.

MÉTODO: Os dados foram coletados dos prontuários de 532 pacientes da Clínica de Dor Orofacial da Faculdade de Odontologia de Araraquara. Os indivíduos responderam a um questionário informando suas queixas de dor e completaram um mapa corporal indicando as áreas dolorosas. A frequência dos relatos foi comparada à frequência dos locais identificados nos mapas. Foram consideradas nove regiões anatômicas: cabeça, face, pescoço, ombros, braços, tórax, abdômen, costas e pernas. Também foram calculados sensibilidade, especificidade e valores kappa comparando os relatos de dor aos mapas, os últimos considerados padrão-ouro.

RESULTADOS: A média etária da amostra foi de 33,5 ± 13,8 anos, 33,9 ± 13,9 anos para as mulheres e 31,7 ± 13,1 anos para os homens. Foi observada maior prevalência de dor entre as mulheres. Em ambos os gêneros, as regiões com mais queixas de dor estavam localizadas na parte superior do corpo e uma diferença significativa entre os relatos de dor e os desenhos de dor foi observada para as regiões abaixo do pescoço. Os mapas de dor corporal demonstraram superioridade sobre os relatos de dor na identificação das queixas dolorosas durante a anamnese.

CONCLUSÃO: O relato da queixa principal não foi um método eficiente para conhecer todas as queixas dolorosas, pois os mapas corporais evidenciaram a presença de dores adicionais em pacientes com DOF.

Descritores: Articulação temporomandibular, Autorrelato, Desenhos, Dor, Dor orofacial.

INTRODUÇÃO

A dor orofacial (DOF) é um problema comum e apresenta alta incidência na população. A etiologia da DOF crônica ainda não está clara e o tratamento de pacientes com DOF crônica, por exemplo, por disfunção temporomandibular (DTM), é influenciado pela sua avaliação clínica1. Assim, é essencial identificar as queixas principais do paciente para se determinarem diagnósticos e intervenções terapêuticas adequadas. Enquanto os protocolos de triagem de pacientes com DOF incluem perguntas sobre a presença de dor em áreas faciais adjacentes como cabeça, pescoço, orelhas, ombros, as outras áreas corporais são raramente consideradas pelos odontologistas.

Estudos relataram uma associação entre DOF e algumas condições de dor generalizada2-7. Um exemplo desses relacionamentos é a fibromialgia que, quando desconhecida, pode dificultar o tratamento bem sucedido da DOF8. Uma informação importante a ser identificada em pacientes com dores crônicas é sobre a distribuição da dor e a forma com que a mesma é sentida9. Esquemas do corpo humano, nos quais o paciente desenha a localização e distribuição específica das suas áreas de dor, tem sido bastante úteis no diagnóstico e tratamento de diversas condições dolorosas crônicas2,9,10. Sugere-se que, com o uso dos mapas de dor, há maior possibilidade dos pacientes indicarem áreas adicionais de dor – fora da face – que poderiam não ter sido relatadas na queixa principal.

Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a frequência das queixas de dor relatadas comparando-as àquelas marcadas pelos pacientes nos seus respectivos mapas de dor corporal. Também se investigaram se os mapas de dor constituem uma ferramenta importante para o aprimoramento da avaliação das áreas de dor nos pacientes com DOF.

MÉTODO

Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (CAAE 0019.199.000-5), realizou-se este estudo em que os dados foram coletados dos prontuários de pacientes tratados na Clínica de Dor Orofacial da Escola de Odontologia de Araraquara de 2000 a 2004.

Estudantes pós-graduandos treinados aplicaram questionários padronizados que consistiram em uma entrevista e uma avaliação sistemática de estruturas cervicais, cranianas, dentárias e outras estruturas orais, de acordo com um protocolo clínico para detalhar: (a) a queixa principal; (b) as características gerais da dor quando ela era a queixa principal (localização, intensidade, qualidade, duração, momento em que a dor piorava); (c) presença de cefaleia e outras queixas de dor corporal; e (d) histórico médico do paciente.

Após a entrevista, foi solicitado aos pacientes que marcassem todos os seus locais dolorosos em um mapa do corpo humano. Podiam ser distinguidos nove locais de dor: cabeça, face, pescoço, ombros, braços, tórax, abdômen, costas e pernas. Esse critério de avaliação e diagnóstico tem sido bastante usado para classificar pacientes com dor2,9,10.

Os dados foram coletados de duas partes dos prontuários clínicos. As áreas da queixa principal foram coletadas com base no relato dos pacientes e as áreas de dor corporal foram marcadas pelos pacientes nos mapas corporais.

Análises descritivas foram usadas para comparar a frequência das queixas dolorosas relatadas com os locais de dor identificados nos mapas corporais, ao todo e por gênero, em todas as regiões anatômicas. Além disso, foram realizados testes de sensibilidade, especificidade e índice kappa para comparar a efetividade dos relatos contra os desenhos de dor, os últimos considerados padrão-ouro.

RESULTADOS

Ao todo, 532 pacientes foram avaliados, com maior prevalência de mulheres na amostra (84%). A idade média total da amostra foi 33,5 ± 13,8 anos, sendo 33,9 ± 13,9 anos para mulheres e 31,7 ± 13,1 anos para homens. O diagnóstico mais comumente observado foi de DTM (90,8%), seguido de cefaleia (2,6%) e bruxismo sem dor (2,6%), dor dentária (2,1%), dor neuropática (0,4%) e dor no pescoço (0,4%). O diagnóstico não foi esclarecido em seis pacientes (0,9%). Conforme indicado no gráfico 1, foi observada maior prevalência de queixas de dor entre as mulheres. No geral, as regiões com mais relatos de dor foram: cabeça (85,71%), face (49,81%), pescoço (24,81%) e ombros (8,08%). Os outros relatos de dor corporal variaram de 0% a 2%.


O gráfico 2 mostra os mapas de dor corporal dos pacientes. Como observado nos relatos de dor, as regiões mais marcadas nos desenhos foram face (85,34%), cabeça (63,72%), pescoço (56,95%) e ombros (29,70%). As outras áreas variaram de 2% a 21%, principalmente costas (21,80%), pernas (10,90%) e braços (7,14%).


Os valores de sensibilidade e especificidade dos relatos de dor comparados aos mapas de dor, assim como seus respectivos índices kappa, estão descritos na tabela 1. A maioria das áreas relatadas não se relacionou ou se relacionou fracamente com as áreas marcadas nos mapas (valores kappa variaram de –0,32 a 0,3). Como pode ser observado, o relato das queixas de dor não atingiu valores satisfatórios para um efetivo diagnóstico das queixas dolorosas dos pacientes.

DISCUSSÃO

Vários aspectos podem interagir no corpo humano para determinar o aparecimento e a progressão de doenças e também o aparecimento de dores persistentes. Parâmetros ambientais, como etnia, cultura, estresse e gênero também são variáveis essenciais3,11. Em relação ao gênero, neste estudo, houve prevalência mais alta de mulheres buscando tratamento para DOF. Além disso, uma prevalência mais alta de dor também foi observada nas mulheres, sugerindo que as mesmas apresentam maior probabilidade de desenvolver condições dolorosas12. Evidências recentes sugerem que os hormônios masculinos e femininos podem contribuir para as marcantes diferenças relativas ao gênero na ocorrência de dor musculoesquelética13. As diferenças entre os gêneros também podem ser expressas no processamento da dor nas vias nociceptivas, assim como em fatores ambientais e culturais11.

Os resultados deste estudo confirmam achados anteriores de que as regiões com mais relatos de dor estão localizadas na parte superior do corpo, tanto para homens quanto para mulheres. Porém, 69% a 76% dos pacientes com DTM também apresentam dor fora da cabeça e das regiões faciais2,14. A literatura também descreve uma correlação entre DOF e dor em outras partes do corpo. A dor referida é considerada um fator de risco para o desencadeamento de DTM entre as mulheres e também pode influenciar a manutenção de DTM em ambos os gêneros14.

Além disso, também foram identificados alguns preditores de DOF, sendo um deles a presença de dor generalizada15. Por exemplo, foi observada maior prevalência de sintomas na coluna cervical em pacientes com DTM16. A sensibilização central, as convergências neurais, a neuroplasticidade e a disfunção do sistema descendente inibitório da dor são alguns fenômenos que podem contribuir para a manutenção e a propagação da dor nesses pacientes17. Assim como outras condições de dor crônica, a DTM pode causar estados de depressão comórbida e ansiedade, piorando as manifestações dolorosas dos pacientes1,10,14. Achados recentes observaram que o sofrimento psicológico é comum em pacientes com dor orofacial, principalmente naqueles com dor generalizada18.

Foi observada diferença significativa entre os relatos de dor e os desenhos de dor nas regiões abaixo do pescoço, tanto para homens quanto para mulheres, o que pode ser devido ao fato que as pessoas acreditam que sinais e sintomas fora da boca não devem ser informados aos odontologistas10. A única exceção foi para a cabeça, cujas queixas relatadas foram superiores aos desenhos nos mapas. Isso pode ser devido à má interpretação do local da dor, porque tanto a dor facial quanto a cefaleia estão no contexto da DOF. Enquanto as cefaleias são definidas como dor acima da linha órbitomeatal, a dor facial ocorre anteriormente à pina e abaixo da linha órbitomeatal, acima do pescoço19.

Os pacientes que consultam os profissionais de cuidados primários costumam ser tratados pelas síndromes que apresentam, sendo frequentemente ignoradas as queixas coexistentes20. A atenção do odontologista é em geral voltada para a região orofacial. Os pacientes, por sua vez, também costumam limitar suas descrições de dor à área facial, porque não esperam receber tratamento de sintomas fora da boca ou da face. Destacam-se algumas falhas nessa abordagem profissional, como a presença concomitante de condições de dor generalizada que podem estar envolvidas na manutenção da dor do paciente e, se desconhecidas, podem dificultar o tratamento da DOF10.

Corroborando a literatura, os resultados do estudo sugerem que um exame minucioso pode revelar regiões coexistentes de dor. Os autorrelatos só foram bons para detectar dor na face e na cabeça, mas não para detectar dor em outras áreas do corpo. Portanto, tanto as informações dos autorrelatos quanto as dos mapas corporais parecem ser essenciais durante uma consulta em DOF, porque os primeiros parecem complementar os segundos e vice-versa. Esse método permite que os odontologistas coletem informações mais completas que permitam melhor diagnóstico e, consequentemente, levam a um tratamento global dos pacientes.

De maneira geral, os pacientes marcaram mais áreas dolorosas no mapa do que relataram nas queixas principais. Neste estudo, os mapas de dor foram superiores aos relatos de dor na identificação das áreas dolorosas dos pacientes. Portanto, sugerimos que os odontologistas usem os dois métodos na anamnese de pacientes com DOF.

CONCLUSÃO

O relato da queixa principal não foi um método eficiente para conhecer todas as queixas dolorosas do paciente, pois os mapas corporais evidenciaram a presença de dores adicionais em pacientes com DOF.

Apresentado em 12 de setembro de 2011.

Aceito para publicação em 02 de janeiro de 2012.

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  • Endereço para correspondência:
    Dra. Ana Lúcia Franco
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    Recebido do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Araraquara, SP.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      29 Mar 2012
    • Data do Fascículo
      Mar 2012

    Histórico

    • Recebido
      12 Set 2011
    • Aceito
      02 Jan 2012
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