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Perfil sócio-demográfico e clínico de uma coorte de pacientes encaminhados a uma Clinica de Dor

Resumos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: No Brasil há pouca informação do perfil dos usuários de Clinica de Dor e o impacto que esta demanda tem sobre a utilização dos serviços de saúde. O objetivo deste estudo foi identificar o perfil dos pacientes encaminhados a uma Clinica de Dor por meio de variáveis sócio-demográficas e clínicas obtidas em triagem específica, correlacionando estas variáveis ao tempo e intensidade da dor. MÉTODO: Estudo descritivo, exploratório de coorte transversal no qual foram incluídos 128 indivíduos, atendidos em ambulatório especializado no tratamento da dor. As variáveis independentes incluíram idade, gênero, estado civil, situação laboral, escolaridade, religiosidade, etnia, clinica que encaminhou, diagnóstico de origem, diagnóstico da Clinica da Dor, tempo e tipo de dor. Os instrumentos de avaliação foram uma ficha eletrônica e o exame fisico realizado por médico especialista em dor. A coleta de dados ocorreu no momento da primeira visita à clínica, antes da interação com qualquer provedor de cuidados de saúde. RESULTADOS: A prevalência de dor foi maior no sexo feminino (58,5%), nos casados (66,4%), nos inativos (62,5%) e naqueles com escolaridade média de 6,8 ± 3,5 anos. A maioria tem crenças religiosas (93,7%). O tempo médio de dor foi de 32,6 ± 21,9 meses. Houve correlação positiva entre intensidade e maior tempo de dor nas mulheres e nível educacional menor que 5 anos (p < 0,05). CONCLUSÃO: Os pacientes com dor crônica anteriormente sob os cuidados de outra especialidade encaminhados para uma Clinica de Dor, fornecem dados que podem contribuir para o controle da dor com alternativas terapêuticas mais eficazes, pela interação entre os conhecimentos dos diferentes profissionais.

Dor crônica; Medição da dor; Tratamento da dor


BACKGROUND AND OBJECTIVES: There is little information in Brazil about the profile of Pain Clinic users and the impact of this demand on health services. This study aimed at identifying the profile of patients referred to a Pain Clinic using socio-demographic and clinical variables obtained by specific screening, correlating such variables to pain duration and intensity. METHOD: This is a cohort descriptive, transversal and exploratory study with 128 individuals seen by an outpatient setting specialized in pain management. Independent variables included age, gender, marital status, labor status, education, religiousness, ethnicity, clinic referring patients, original diagnosis, Pain Clinic diagnosis, pain duration and type. Evaluation tools were an electronic card and the physical evaluation performed by a pain specialist. Data were collected at first visit before the interaction with any health care provider. RESULTS: Pain was more prevalent among females (58.5%), married (66.4%), inactive (62.5%) and in those with mean school attendance of 6.8 ± 3.5 years. Most have religious beliefs (93.7%). Mean pain duration was 32.6 ± 21.9 months. There has been positive correlation between pain intensity and longer duration among females and educational level lower than 5 years. (p < 0.05). CONCLUSION: Chronic pain patients previously under the care of a different specialty and referred to a Pain Clinic supply data which may contribute to control pain with more effective therapeutic approaches, by the interaction of the knowledge of different professionals.

Chronic pain; Pain measurement; Pain treatment


ARTIGO ORIGINAL

Perfil sócio-demográfico e clínico de uma coorte de pacientes encaminhados a uma Clinica de Dor* * Recebido da Clinica da Dor do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP.

José Eduardo ForniI; Marielza Regina Ismael MartinsII; Carlos Eduardo Dall'Aglio RochaIII; Marcos H. D. FossIV; Lilian Chessa DiasV; Randolfo dos Santos JuniorVI; Michele DetoniVII; Ana Márcia Rodrigues da CunhaVIII; Sebastião Carlos da Silva JuniorIX

IOrtopedista e Traumatologista da Clinica da Dor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP, Brasil

IITerapeuta Ocupacional da Clinica da Dor do Hospital de Base do Departamento de Ciências Neurológicas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP, Brasil

IIINeurocirurgião da Clinica da Dor do Hospital de Base do Departamento de Ciências Neurológicas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP, Brasil

IVFisioterapeuta da Clinica da Dor do Hospital de Base do Departamento de Ciências Neurológicas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP, Brasil

VAssistente Social da Clinica da Dor do Hospital de Base da Fundação Faculdade de Medicina (FUNFARME). São José do Rio Preto, SP, Brasil

VIPsicólogo da Clinica da Dor do Hospital de Base da Fundação Faculdade de Medicina (FUNFARME). São José do Rio Preto, SP, Brasil

VIIEnfermeira da Clinica da Dor do Hospital de Base da Fundação Faculdade de Medicina (FUNFARME). São José do Rio Preto, SP, Brasil

VIIIAnestesiologista; Coordenadora da Clinica da Dor do Hospital de Base. São José do Rio Preto, SP, Brasil

IXNeurocirurgião; Coordenador da Clinica da Dor- Hospital de Base do Departamento de Ciências Neurológicas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Marielza Regina Ismael Martins Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 – Vila São Pedro 15090-000 São José do Rio Preto, SP. E-mail: marielzamartins@famerp.br

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: No Brasil há pouca informação do perfil dos usuários de Clinica de Dor e o impacto que esta demanda tem sobre a utilização dos serviços de saúde. O objetivo deste estudo foi identificar o perfil dos pacientes encaminhados a uma Clinica de Dor por meio de variáveis sócio-demográficas e clínicas obtidas em triagem específica, correlacionando estas variáveis ao tempo e intensidade da dor.

MÉTODO: Estudo descritivo, exploratório de coorte transversal no qual foram incluídos 128 indivíduos, atendidos em ambulatório especializado no tratamento da dor. As variáveis independentes incluíram idade, gênero, estado civil, situação laboral, escolaridade, religiosidade, etnia, clinica que encaminhou, diagnóstico de origem, diagnóstico da Clinica da Dor, tempo e tipo de dor. Os instrumentos de avaliação foram uma ficha eletrônica e o exame fisico realizado por médico especialista em dor. A coleta de dados ocorreu no momento da primeira visita à clínica, antes da interação com qualquer provedor de cuidados de saúde.

RESULTADOS: A prevalência de dor foi maior no sexo feminino (58,5%), nos casados (66,4%), nos inativos (62,5%) e naqueles com escolaridade média de 6,8 ± 3,5 anos. A maioria tem crenças religiosas (93,7%). O tempo médio de dor foi de 32,6 ± 21,9 meses. Houve correlação positiva entre intensidade e maior tempo de dor nas mulheres e nível educacional menor que 5 anos (p < 0,05).

CONCLUSÃO: Os pacientes com dor crônica anteriormente sob os cuidados de outra especialidade encaminhados para uma Clinica de Dor, fornecem dados que podem contribuir para o controle da dor com alternativas terapêuticas mais eficazes, pela interação entre os conhecimentos dos diferentes profissionais.

Descritores: Dor crônica, Medição da dor. Tratamento da dor.

INTRODUÇÃO

Durante a última década, a clínica multidisciplinar da dor se tornou em alternativa popular para o tratamento tradicional de dor persistente. Há, entretanto, pouca informação descrevendo essa população de usuários de saúde, e o impacto que esta nova demanda tem sobre a utilização dos serviços de saúde1.

A dor crônica é muito comum e seu tratamento apresenta custo significativo para o sistema de cuidados da saúde2.

Apesar de considerado um problema de saúde frequente, que acarreta sérios prejuízos pessoais e econômicos à população, muito pouco se conhece sobre a epidemiologia da dor crônica no Brasil e no resto do mundo, especialmente em se tratando de pesquisas de identificação de fatores etiológicos de dores persistentes. Estes estudos permitem uma visão mais ampla do fenômeno na população e fornecem subsídios para o planejamento de ações preventivas e organização dos serviços de saúde3.

Inúmeras pesquisas epidemiológicas sugerem que a dor é mais comum durante a fase de meia-idade tardia da vida, entre os 55 e 65 anos, e continua com a mesma prevalência em idade mais avançada, independentemente da localização anatômica ou da causa patogênica da dor4.

A dor diária é um importante fator de risco para o desenvolvimento de deficiência e as coortes etárias mais envelhecidas são mais vulneráveis4,5. Relações similares foram documentadas para o risco de depressão e transtornos do humor em pacientes com dor persistente5.

Estudos relatam que o melhor conhecimento das características dos pacientes com dor que procuram atendimento, e dos profissionais de saúde, é fundamental para que os serviços de controle da dor possam atender melhor as necessidades desses pacientes6,7.

A dor crônica e persistente acomete pacientes com uma série de doenças de duração variada, porém existe uma característica comum, a falta de compreensão dos fatores que iniciaram ou mantiveram seu desenvolvimento e a sua prevalência, em estudos bem conduzidos7.

O objetivo deste estudo foi identificar o perfil clínico de pacientes de uma Clinica de Dor pela análise de variáveis socio-demográficas e clínicas, correlacionado estas variáveis com o tempo e a intensidade da dor.

MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório de coorte transversal realizado com 128 indivíduos que foram atendidos pelo ambulatório especializado de dor.

Os dados para análise do perfil clínico foram obtidos a partir da anamnese e do exame físico, durante triagem realizada por especialista de dor. As variáveis estudadas foram: idade, gênero, estado civil, tempo de dor, situação laboral, escolaridade, religiosidade, etnia, clinica que encaminhou o paciente, diagnóstico de origem, diagnóstico da Clinica da Dor, tempo e tipo de dor.

Na análise estatística, foi utilizado o teste não paramétrico Qui-quadrado para correlação entre as variáveis, e, foi feita a análise descritiva para caracterização da amostra. Valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante.

Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (2384/2010).

RESULTADOS

A amostra estudada era composta por 75 indivíduos do sexo feminino (58,5%) e 53 do sexo masculino (41,5%), com idade entre 25 e 75 anos, com média de 47,78 ± 12,49 anos. A distribuição de frequências das variáveis estado civil, situação laboral, escolaridade, religiosidade e etnia, são apresentadas na Tabela 1.

O tempo médio de duração da dor foi de 32,6 ± 21,9meses (mediana de 23 meses), com tempo mínimo de 11 e máximo de 120 meses (Gráfico 1).


Quanto ao diagnóstico de origem e o realizado pelo especialista de dor existe falta de consenso na terminologia, contudo sem discrepância quanto ao diagnóstico de encaminhamento.

O gráfico 2 apresenta as especialidades que encaminharam pacientes para a Clinica de Dor.


A Tabela 2 relaciona a intensidade de dor e o tempo de dor segundo em relação ao sexo e nível educacional. No sexo masculino prevalece a dor de intensidade moderada (48%), com maior incidência na faixa etária entre 42 e 60 anos. Já no sexo feminino prevalece a dor de intensidade intensa, com maior incidência na faixa etária entre 35 e 55 anos.

DISCUSSÃO

Estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas no Brasil padeçam de algum tipo de dor, sendo o principal motivo de procura por assistência de saúde, sendo que a dor é considerada hoje um grave problema de saúde pública8.

Neste estudo, as variáveis sexo feminino, idade produtiva, viver com companheiro, escolaridade baixa e inatividade foram mais prevalentes para a dor crônica, dados também evidenciados em outros estudos9,10.

Analisando o impacto da dor crônica na comunidade, um estudo americano que analisou 4.611 indivíduos11, constatou que as mulheres eram as mais atingidas. Outro estudo com 2.184 indivíduos com dor cervical e incapacidade, evidenciou a mesma predominância.12 Um único trabalho não encontrou diferenças entre os sexos, porém essa população era constituída por jovens, fato que deve ser considerado ao analisar esses resultados.13 Variações hormonais, menor limiar e menor tolerância à dor e maior capacidade para discriminá-la podem explicar estas diferenças.

Em relação à idade e situação laboral, este estudo evidenciou idade média de 47,78 ± 12,49 anos e que a maioria dos pacientes estava inativa (62,5%). Alguns estudos acreditam que a presença de dor encontrada em adultos de meia-idade, com 40 a 49 anos, pode estar associada às atividades laborais, uma vez que se trata da faixa etária economicamente ativa9,14.

Também em relação a inatividade, estudo atualque relaciona á dor com a prescrição de opióides, relata que quanto menor o periodo de prescrição de opióides, menor o tempo que o paciente se ausenta do trabalho15.

Quanto a relação dor e situação conjugal, este estudo mostrou que a maioria era casada corroborando um trabalho sobre dor torácica, no qual os autores relatam manifestação significativamente precoce para o cuidado e menor tempo de dor nos homens casados que apresentaram infarto agudo do miocárdio com dor torácica16.

Estudo americano evidenciou que as práticas espirituais são uma forma que os indivíduos tem de lidar com a dor do câncer, e descreveu em pacientes de um centro oncológico expressões de contraste e valores sobre o uso da espiritualidade para controlar a dor em individuos afro-americanos e brancos17. Constataram que os grupos não diferiam quanto aspectos demográficos, estado de dor, ou terapias integrativas mas no grupo dos afro-americanos havia maior frequencia da utilização da espiritualidade mobilizando recursos internos com maior frequencia e diminuindo o quadro álgico. No presente estudo, identificou que 93% dos pacientes informaram ter práticas espirituais e que 66,5% dos pacientes era de etnia branca.

A intensidade e o tempo de duração da dor foi maior em mulheres, valores similares aos encontrados em outros estudos18,19.

Este estudo evidenciou correlação positiva entre dor musculoesquelética e o tempo de duração da dor, na mesma linha de estudo que revela que além dos fatores comportamentais individuais diante da dor musculoesquelética crônica, quando as dores tendem a ser mais persistentes ou contínuas, o prognóstico de resolução passa a ser mais reservado ou sombrio15.

As especialidades que mais encaminharam pacientes para a Clinica da Dor foram a oncologia, neurocirurgia, reumatologia e ortopedia. Não foram encontrados na literatura pesquisada dados similares. Estas são as especialidades que tratam um maior percentual de pacientes com dor crônica, o que explica serem as que mais encaminham pacientes para a Clinica de Dor, que é uma clinica multiprofissional, portanto mais capacitada para o tratamento destes pacientes do que os especialistas isoladamente.

A observação de que no sexo masculino prevalece a dor de intensidade moderada (48%), que foi mais frequente na faixa etária de 42 a 60 anos, e que no sexo feminino a dor foi mais intensa, atingindo as pacientes da faixa etária de 35 a 55 anos. Esses resultados estão conformes com os resultados de estudo que identificou diferenças sexuais em relação a dor com escores de dor mais altos em mulheres20.

A relação entre a dor muito intensa e o baixo nível educacional evidenciada neste estudo esta em concordância com o achado de outros estudos, nos quais a intensidade do fenômeno álgico esteve relacionado ao baixo nível educacional.21,22

CONCLUSÃO

Os pacientes com dor crônica anteriormente sob os cuidados de outra especialidade encaminhados para uma Clinica de Dor, fornecem dados que podem contribuir para o controle da dor com alternativas terapêuticas mais eficazes, pela interação entre os conhecimentos dos diferentes profissionais.

Apresentado em 24 de maio de 2012.

Aceito para publicação em 08 de junho de 2012.

Conflito de interesses: Nenhum

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  • Endereço para correspondência:

    Marielza Regina Ismael Martins
    Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 – Vila São Pedro
    15090-000 São José do Rio Preto, SP.
    E-mail:
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    Recebido da Clinica da Dor do Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). São José do Rio Preto, SP.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Jun 2012
    • Data do Fascículo
      Jun 2012

    Histórico

    • Recebido
      24 Maio 2012
    • Aceito
      08 Jun 2012
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