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A Revista Dor e o desafio para as novas indexações

Trabalhar em uma revista implica, entre várias possibilidades, rever conceitos, acontecimentos, novidades em várias áreas e exige atitude que direcione o leitor a ler seu conteúdo. De uma revista de natureza científica espera-se um milhão de coisas, entre elas, a qualidade técnica em cada publicação. Editar uma revista é uma tarefa de grupo interdisciplinar, cada canto expressa um detalhe de resultado, desde a congruência com as normas pré-estabelecidas à diagramação após o aceite de um artigo. Nesse contexto, o papel do editor e do corpo editorial é sem dúvida fundamental na análise da qualidade dos estudos submetidos a aprovação. E a dor como objeto de estudo já é em si, tanto do ponto de vista etimológico como epistemológico, extremamente complexa, requerendo um olhar crítico e detalhista de cada consultor. O objetivo da Revista Dor é promover e disseminar o conhecimento que traduza o avanço em pesquisa clínica e experimental na área de dor, além das fronteiras do Brasil. O trabalho para indexar a Revista Dor no tradicional INDEX MEDICUS será o próximo desafio para a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), nesta gestão. Manter a postura dos Editores anteriores, sem dúvida, consolidará essa intenção. A revista necessita coletar artigos de boa qualidade científica, suficientes para manter sua periodicidade ao longo do ano, e sistemas bem definidos de avaliação, como revisão por pares, para alcançar sua indexação.

O sistema Qualis de avaliação de periódicos científicos da CAPES classifica as revistas em categorias A1, A2, B1 a B5, além de C (nulo), conforme a qualidade técnica. Hoje somos B3 em algumas áreas e essa realidade somente mudará em direção ao conceito máximo se houver trabalho e crença na vantagem do resultado. Desse modo, estabelecer a Revista como documento para expressão de pesquisadores de qualidade técnica requer ainda muito trabalho. O fundamental para indexação é preencher os critérios solicitados pelas instituições e reconhecer nossos limites. A partir desse momento o trabalho dedicado e minucioso dever ser lei.

A importância do estudo da dor no mundo contemporâneo torna-se mandatória diante da assustadora progressão da prevalência na população mundial do sintoma e da doença. Compreender o limite entre a dor enquanto sintoma e a dor como a própria doença exige esforços contínuos em buscar uma interseção entre a ciência básica e a evidência clínica. Esse alcance pode ser o caminho para o conhecimento da anatomia e terapia da dor aguda e crônica. Não há mais espaço para condutas de profissionais de saúde não baseadas em estudos publicados em revistas de credibilidade científica. Boa conduta implica bons resultados no alívio da dor, melhora da qualidade de vida e do bem-estar do paciente e redução dos gastos do sistema de saúde. A revista Dor, de fácil acesso on-line, deve e deverá embasar os profissionais de saúde de maneira técnica e objetiva, permitindo hoje e no futuro a luta contra a dor.

Durval Campos Kraychete
Editor Executivo

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2016
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