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Estenose da veia pulmonar após ablação por radiofrequência

Um homem de 49 anos de idade foi submetido a ablação circunferencial por cateter de radiofrequência das veias pulmonares para tratamento de fibrilação atrial. O paciente apresentou evolução clínica favorável após o procedimento. Nove meses depois, foi submetido a uma radiografia de tórax (Figura 1A), que evidenciou opacidades pulmonares no lobo superior esquerdo. O paciente estava assintomático. Uma tomografia computadorizada de tórax mostrou opacidades pulmonares e espessamento de septos interlobulares no lobo superior esquerdo (Figura 1B), além de defeitos de afilamento e preenchimento da veia pulmonar do mesmo lobo (Figura 1C) e estenose do óstio da veia pulmonar inferior esquerda (Figura 1D). O diagnóstico de estenose de veia pulmonar (EVP) foi confirmado. O paciente permanece sob acompanhamento para monitoramento da doença.

Figura 1
Radiografia de tórax (A) mostrando opacidades pulmonares no lobo superior esquerdo. Tomografia computadorizada de tórax axial (B) demonstrando consolidações, algumas das quais nodulares, opacidades em vidro fosco e espessamento de septos interlobulares no lobo superior esquerdo, compatíveis com congestão pulmonar. Imagens axiais adquiridas ao nível do átrio esquerdo mostrando defeitos de afilamento e preenchimento da veia pulmonar do lobo superior esquerdo (C) (seta) e estenose do óstio da veia pulmonar inferior esquerda (D) (seta).

A ablação por cateter de radiofrequência tornou-se uma intervenção amplamente utilizada no tratamento da fibrilação atrial. A EVP é uma das complicações mais graves associadas a este procedimento. A maioria dos pacientes com EVP significativa é assintomática ou apresenta poucos sintomas. Os pacientes sintomáticos geralmente apresentam dispneia, tosse, dor torácica e/ou hemoptise. O tratamento da EVP grave depende dos sintomas e varia de nenhum tratamento a dilatação por balão ou implante de stent. Quando tais intervenções falham, a lobectomia pode ser necessária.11 Edriss H, Denega T, Test V, Nugent K. Pulmonary vein stenosis complicating radiofrequency catheter ablation for atrial fibrillation: A literature review. Respir Med 2016;117:215-22. https://doi.org/10.1016/j.rmed.2016.06.014.
https://doi.org/10.1016/j.rmed.2016.06.0...
,22 Teunissen C, Velthuis BK, Hassink RJ, van der Heijden JF, Vonken EJ, Clappers N, et al. Incidence of Pulmonary Vein Stenosis After Radiofrequency Catheter Ablation of Atrial Fibrillation. JACC Clin Electrophysiol 2017;3:589-98. https://doi.org/10.1016/j.jacep.2017.02.003.
https://doi.org/10.1016/j.jacep.2017.02....

REFERENCES

  • 1
    Edriss H, Denega T, Test V, Nugent K. Pulmonary vein stenosis complicating radiofrequency catheter ablation for atrial fibrillation: A literature review. Respir Med 2016;117:215-22. https://doi.org/10.1016/j.rmed.2016.06.014
    » https://doi.org/10.1016/j.rmed.2016.06.014
  • 2
    Teunissen C, Velthuis BK, Hassink RJ, van der Heijden JF, Vonken EJ, Clappers N, et al. Incidence of Pulmonary Vein Stenosis After Radiofrequency Catheter Ablation of Atrial Fibrillation. JACC Clin Electrophysiol 2017;3:589-98. https://doi.org/10.1016/j.jacep.2017.02.003
    » https://doi.org/10.1016/j.jacep.2017.02.003

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jul 2022
  • Data do Fascículo
    2022
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