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O novo Ibovespa é a melhor opção de investimento?

Resumo

Objetivo:

Verificar se o Ibovespa, Antigo ou Novo, seria a melhor opção para os investidores, considerando as possibilidades de investimentos (sem e com risco) no mercado brasileiro. Deveria o investidor colocar a parcela do seu dinheiro que escolhe alocar a ativos com risco no Ibovespa Novo? Existiriam opções mais eficientes para os investidores?

Metodologia:

Utilizou-se da moderna teoria de carteiras para a determinação da carteira T a partir de uma amostra de 118 ações por 34 trimestres. A igualdade de médias e variâncias foi testada por meio de testes paramétricos e não paramétricos, conforme o caso.

Resultados:

Estudando o Ibovespa Novo (calculado retroativamente) pelo período de 1º de janeiro de 2003 a 30 de abril de 2014, concluiu-se que, (i) analisando o período todo, (a) o Ibovespa Novo foi dominado por uma carteira obtida seguindo-se os conceitos da moderna teoria de carteiras (carteira T) e (b) o Ibovespa Novo dominou o Ibovespa Antigo; e (ii) analisando os 34 quadrimestres, o Ibovespa Novo foi dominado pela carteira T em 13 dos 18 quadrimestres (72,2% dos casos) em que houve dominância estatisticamente verificada.

Contribuições:

O artigo contribui com o estudo do Ibovespa Novo, oferecendo 118 ações para a formação da carteira T e por um período de 34 trimestres. Não se tem conhecimento de outros artigos que estudaram o Ibovespa Novo. Conclui-se, para o período analisado, que o investidor teria, na carteira T, uma melhor opção de investimento do que o Ibovespa Novo.

Palavras-chave:
Ibovespa; Teoria de Carteiras; Índice de Sharpe

Abstract

Purpose:

Verify whether Ibovespa, Old or New, could be the best alternative for investors, considering investment possibilities (risky and risk free) in the Brazilian market. Should investors put the portion of money that they allocate to risky assets into New Ibovespa? Are there more efficient alternatives for investors?

Design/methodology/approach:

The Portfolio T was determined with the modern portfolio theory from a sample of 118 shares for 34 four-month periods. Equality of means and variance were tested by means of parametric and nonparametric tests, as appropriate.

Findings:

Studying New Ibovespa (calculated retroactively) in the period between January 1, 2003 and April 30, 2014, it was concluded that, (i) analyzing the entire period, (a) New Ibovespa was dominated by a portfolio obtained by applying the concepts of the modern portfolio theory (portfolio T), and (b) New Ibovespa dominated Old Ibovespa, and (ii) analyzing each of the 34 four-month periods individually, New Ibovespa was dominated by the portfolio T in 13 out of the 18 four-month periods in which there had been statistically significant dominance (72,2% of all cases).

Originality/value:

The paper contributes to the study of the New Ibovespa, offering 118 shares to determine the Portfolio T and for a 34 four-month period. To the best knowledge of the authors, no other paper studied the New Ibovespa. It can be concluded that, for the period analyzed, when compared to New Ibovespa, the portfolio T would have been a better investment alternative.

Keywords:
Ibovespa; Portfolio Theory; Sharpe Ratio

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  • 2
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Contribuição por autor:

Apêndice A - Composição da carteira T ao longo dos 34 trimestres analisados


Carteiras 1 a 9


Carteiras 10 a 18


Carteiras 19 a 26


Carteiras 27 a 34

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2016

Histórico

  • Recebido
    06 Jun 2015
  • Aceito
    05 Jan 2016
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