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Estádio de maturação de frutos e influência de ácido giberélico na emergência e crescimento de Passiflora spp.

Fruit maturation stage and influence of gibberellic acid on the emergence and growth of Passiflora spp.

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a emergência e crescimento inicial de plantas de Passiflora spp. com sementes obtidas de frutos em diferentes estádios de maturação e tratadas com diferentes concentrações de ácido giberélico (GA3). As espécies avaliadas foram Passiflora alata, P. cincinnata, P. setacea, P. edulis e P. gibertii. No primeiro ensaio as sementes utilizadas foram extraídas de frutos em diferentes estádios de maturação e semeadas em sacos de polietileno no delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 3 (espécie x estádio de maturação) com cinco repetições. Um segundo e terceiro experimentos avaliaram respectivamente sementes armazenadas por 11 meses e sementes coletadas de frutos recém-colhidos das mesmas espécies, imersas em solução de GA3 (0; 250; 500 e 1.000 mg L-1) e transferidas para substrato agrícola. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 4 (espécie x concentração de GA3), com quatro blocos e vinte e cinco sementes por parcela, para análise da emergência. Frutos a partir do estádio "de vez" podem ser colhidos para P. cincinnata, P. alata, P. edulis e P. setacea, sem prejuízo da qualidade fisiológica das sementes. A solução de GA3 até 1.000 mg L-1 não incrementou a emergência e o crescimento inicial de plantas de Passiflora spp. armazenadas por 11 meses. Sementes obtidas de frutos maduros recém-colhidos de Passiflora spp. apresentam emergência mais alta e mais rápida, e crescimento inicial de plantas, após imersão em solução de GA3 entre 500 e 1.000 mg L-1.

Palavras-chave:
Passiflora spp.; Porta-enxerto; Propagação; Sementes; Regulador de crescimento

ABSTRACT

The aim of this work was to evaluate emergence and initial growth in plants of Passiflora spp. from seeds obtained from fruit at different stages of maturation and treated with different concentrations of gibberellic acid (GA3). The species under evaluation were Passiflora alata, P. cincinnata, P. setacea, P. edulis and P. gibertii. For the first trial, the seeds were extracted from fruits at different stages of maturation, and sown in polyethylene bags in a completely randomised design with a 4 x 3 factorial scheme (species x stage of maturation), with five replications. A second and third experiment evaluated respectively, seeds stored for 11 months and seeds collected from freshly picked fruit of the same species, immersed in a solution of GA3 (0, 250, 500 and 1000 mg L-1) and transferred to an agricultural substrate. The experimental design was of randomised blocks in a 5 x 4 factorial scheme (species x GA3 concentration), with four blocks and twenty-five seeds per lot to analyse emergence. In P. cincinnata, P. alata, P. edulis and P. setacea, fruit at the pre-ripe stage can be harvested with no harm to the physiological quality of the seeds. A solution of GA3 up to 1000 mg L-1 did not increase emergence or initial growth in plants of Passiflora spp. stored for 11 months. Seeds from ripe, freshly picked fruit of Passiflora spp. display greater and faster emergence, and greater initial plant growth after soaking in a 500 to 1,000 mg L-1 solution of GA3.

Key words:
Passiflora spp.; Rootstock; Propagation; Seeds; Growth regulator

INTRODUÇÃO

O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de maracujá, sendo Passiflora edulis Sims (maracujá amarelo ou azedo) a espécie com maior valor comercial e com representatividade de 95% nos cultivos comerciais (MELETTI, 2011MELETTI, L. M. M. Avanços na cultura do maracujá no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 1, p. 83-91, 2011.). A cultura do maracujazeiro é praticada especialmente pela agricultura familiar, em função da grande demanda por mão-de-obra nas operações de cultivo, estando em franca expansão devido à maior remuneração dessa fruta.

Nos últimos anos, a cultura do maracujazeiro vem sendo afetada por diversas doenças, as quais, em alguns casos, têm limitado ou inviabilizado a produção. Pesquisas em melhoramento genético vêm tentando obter cultivares resistentes (MELETTI, 2011MELETTI, L. M. M. Avanços na cultura do maracujá no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 1, p. 83-91, 2011.) e desenvolver metodologias alternativas de controle, como a enxertia de maracujazeiro azedo em espécies silvestres resistentes aos patógenos de solo (CHAVES et al., 2004CHAVES, R. C. et al. Enxertia de maracujazeiro-azedo em estacas herbáceas enraizadas de espécies de passifloras nativas. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 1, p. 120-123, 2004.; JUNQUEIRA et al., 2006JUNQUEIRA, N. T. V. et al. Reação a doenças e produtividade de um clone de maracujazeiro-azedo propagado por estaquia e enxertia em estacas herbáceas de Passiflora silvestre. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 28, n. 1, p. 97-100, 2006.; LENZA et al., 2009LENZA, J. B. et al. Desenvolvimento de mudas de maracujazeiro propagadas por enxertia. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 31, n. 4, p. 1135-1140, 2009.; NOGUEIRA FILHO et al., 2011aNOGUEIRA FILHO, G. C. et al. Florescimento e produção de maracujazeiro-amarelo obtido por enxertia hipocotiledonar em Jaboticabal-SP e Araguari-MG. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 1, p. 227-236, 2011a.; NOGUEIRA FILHO et al., 2011bNOGUEIRA FILHO, G. C. et al. Produção de mudas de maracujazeiro-amarelo por enxertia hipocotiledonar sobre sete espécies de passifloras. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 1, p. 237-245, 2011b.; PIRES et al., 2009PIRES, M. C. et al. Enxertia de progênies de maracujazeiro-roxo australiano em espécies nativas. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 31, n. 3, p. 823-830, 2009.; RONCATTO et al., 2004RONCATTO, G. et al. Comportamento de maracujazeiros (Passiflora spp.) quanto à morte prematura. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 3, p. 552-554, 2004.).

Há, no entanto, limitações para uma propagação eficiente, entre as quais se destaca a reduzida emergência de sementes de espécies silvestres de Passiflora spp., em geral decorrente de dormência diferenciada, o que dificulta a produção de mudas de pés francos ou de porta-enxertos promissores. Muitas técnicas podem ser utilizadas visando a quebra da dormência, dentre elas destaca-se a escarificação que pode ser mecânica ou química, temperaturas alternadas ou aplicação de reguladores vegetais (JUNGHANS; VIANA; JUNGHANS, 2008JUNGHANS, T. G.; VIANA, A. J. C.; JUNGHANS, D. T. Remoção parcial do tegumento na germinação in vitro e ex vitro de sementes de Passiflora gibertii N. E. Brown. Magistra, v. 20, n. 3, p. 231-235, 2008.; OSIPI; NAKAGAWA, 2005OSIPI, E. A. F; NAKAGAWA, J. Efeito da temperatura na avaliação da qualidade fisiológica de sementes de maracujá-doce (Passiflora alata Dryander). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 1, p. 179-181, 2005.; OLIVEIRA JUNIOR et al., 2010OLIVEIRA JÚNIOR, M. X. et al. Superação de dormência de maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast.). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 2, p. 584-590, 2010.; PASSOS et al., 2004PASSOS, I. R. S. et al. Utilização do ácido giberélico para a quebra de dormência de sementes de Passiflora nítida Kunth germinadas in vitro. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 2, p. 380-381, 2004.).

Na germinação de sementes e emergência de plântulas, as giberelinas atuam tanto na degradação do endosperma que envolve o embrião como na ativação enzimática e na mobilização de reservas energéticas que resultam no crescimento inicial e, em algumas espécies, pode substituir o efeito da luz na germinação (BRADFORD, 2004BRADFORD, K. J. Seed production and quality. Davis: University California, 2004, 134 p.). São poucos os estudos avaliando os efeitos de GA sobre germinação de Passiflora (ATAÍDE et al., 2006ATAÍDE, E. M. et al. Efeito de giberelina (GA3) e do bioestimulante 'Stimulate' na indução floral e produtividade do maracujazeiro-amarelo em condições de safra normal. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 28, n. 3, p. 343-346, 2006.; DELANOY et al., 2006DELANOY, M. et al. Germination of Passiflora mollissima (Kunth) L. H. Bailey, Passiflora tricuspis Mast. and Passiflora nov sp. seeds. Scientia Horticulturae, v. 110, n. 2, p. 198-203, 2006.; FERRARI et al., 2008FERRARI, T. B. et al. Emergência de sementes de maracujá-doce (Passiflora alata Curtis): fases e efeito de reguladores. Biotemas, v. 21, n. 3, p. 65-74, 2008.; FERREIRA et al., 2005FERREIRA, G. et al. Efeito de arilo na emergência de sementes de Passiflora alata Curtis em diferentes substratos e submetidas a tratamentos com giberelina. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 2, p. 277-280, 2005.; OLIVEIRA et al., 2005OLIVEIRA, A. et al. Efeito de reguladores vegetais no desenvolvimento de mudas de Passiflora alata Curtis. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 1, p. 9-13, 2005.). O estádio de maturação dos frutos de Passiflora spp. também é um importante fator que pode estar relacionado à qualidade de sementes (NEGREIROS et al., 2006NEGREIROS, J. R. S. et al. Influência do estádio de maturação e do armazenamento pós colheita na germinação e desenvolvimento inicial do maracujazeiro amarelo. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 28, n. 1, p. 21-24, 2006.).

Avaliou-se nesse trabalho a emergência, o índice de velocidade de emergência e o crescimento inicial de plantas de Passiflora spp. a partir de sementes obtidas de frutos em diferentes estádios de maturação e de sementes novas e armazenadas submetidas a diferentes concentrações de ácido giberélico.

MATERIAL E MÉTODOS

Local de avaliação

Todos os experimentos foram realizados a campo ou em casa de vegetação na Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, BA (12º 39' 25" S, 39º 07' 27" W, 226 m). O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo BSa, com evapotranspiração potencial média anual maior do que a precipitação pluviométrica média anual, estação seca de verão, temperatura média superior a 22 ºC no mês mais quente do ano e umidade relativa média anual em torno de 80%.

Material vegetal

As espécies avaliadas foram P. edulis Sims (HFOP-08), P. alata Curtis (BGP 004), P. cincinnata Mast. (BGP 268), P. setacea D.C. (BGP 238) e P. gibertii N.E. (BGP 008), provenientes do Banco de Ativo de Germoplasma de Maracujazeiro (BGP) da Embrapa Mandioca e Fruticultura, localizado em Cruz das Almas, BA. O P. gibertii foi utilizado apenas nos experimentos avaliando a aplicação de GA3 sobre emergência de plântulas (Experimentos 2 e 3).

Experimento 1 - avaliação do estádio de maturação dos frutos

Os frutos foram coletados em três estádios fenológicos ("de vez", maduro e senescente) no BGP da Embrapa Mandioca e Fruticultura. A coleta de todos os frutos foi realizada em novembro de 2011, em três a cinco plantas por espécie. Selecionaram-se amostras homogêneas de frutos por espécie e estádio, usando como critérios a massa de frutos e a relação sólidos solúveis/acidez titulável (ratio) do suco, respectivamente medidas por meio de uma balança semianalítica, com um refratômetro e determinada pela porcentagem de ácido cítrico após titulação com NaOH 0,1N. Desta maneira, P. alata, P. cincinnata, P. edulis e P. setacea apresentaram, respectivamente, frutos com massa média de 219,2; 70,6; 156,6 e 82,2 g ("de vez"), 215,4; 85,4; 148,8 e 59,8 g (maduros) e 152,2; 85,6; 153,2 e 63,0 g (senescentes) e ratio de 8,72; 2,01; 2,39 e 4,74 ("de vez"), 12,09; 1,94; 2,49 e 4,81 (maduros) e 17,29; 2,11; 2,77 e 5,85 (senescentes).

Após a colheita dos frutos e a lavagem das sementes para retirada da mucilagem, realizou-se o teste de emergência em casa de vegetação com 50% de sombreamento e temperatura média de 26 ºC. A semeadura foi realizada em sacos de polietileno de dimensões 20 cm x 12 cm e o substrato utilizado foi uma mistura de solo argiloso, esterco de curral curtido e vermiculita (3: 1: 1, v: v), apresentando os seguintes atributos químicos: pH (água) 6,3; P 700 mg dm-3; K 5,9; Ca 6,5; Mg 3,3; H + Al 6,9; SB 16,9; T 23,2 cmolc dm-3; V 70,0 % e M.O. 69,3 g kg-1. Utilizou-se microaspersão intermitente acionada por um controlador de tempo, com quatro irrigações diárias a 2 L m-2 durante 10 min.

Observações diárias da emergência foram realizadas a partir da semeadura, sendo consideradas emergidas as plântulas com cotilédones acima do nível do substrato. Calculou-se o índice de velocidade de emergência (IVE) de acordo com Maguire (1962)MAGUIRE, J. D. Speed of germination-aid in selection in evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, v. 2, n. 1, p. 176-177, 1962.. O experimento foi encerrado aos 60 dias após sua instalação, quando ocorreu a estabilização da emergência.

Experimento 2 - avaliação da aplicação de GA3 em sementes armazenadas

Utilizaram-se sementes provenientes de frutos maduros dos mesmos acessos de Passiflora spp. avaliados no experimento anterior e armazenadas por 11 meses em câmara fria a 10 ºC e 60% de UR do Laboratório de Sementes da Embrapa Mandioca e Fruticultura. As sementes estavam contidas em embalagens de papel cobertas por saco de polietileno, contendo 100 g de sementes cada. O teor de água foi estimado com três sub-amostras de 10 sementes por acesso pelo método de estufa a 105 ºC (BRASIL, 2009BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Regras para análise de sementes. Brasília, DF: MAPA : ACS, 2009. 395 p.). As espécies e os valores de teor de umidade das sementes na instalação do experimento foram, respectivamente, P. setacea (8,5%), P. cincinnata (10,1%), P. edulis (9,0%), P. gibertii (11,0%) e P. alata (9,4%).

Avaliaram-se quatro concentrações de ácido giberélico (GA3): 0, 250; 500 e 1.000 mg L-1. As sementes foram retiradas da câmara fria e imersas na solução durante cinco horas, sendo em seguida transferidas para bandejas de isopor contendo 128 células. Utilizaram-se a mesma casa de vegetação e substrato descritos no Experimento 1. A irrigação foi diária e manual. Após a emergência das plantas, realizou-se controle preventivo de antracnose via pulverizações quinzenais de difenoconazol (20 mL p.c. 100 L-1).

A emergência e o IVE foram calculados conforme descrito no Experimento 1. Ao final do experimento, nas espécies que apresentaram plantas suficientes para proceder à avaliação biométrica, avaliou-se o crescimento de dez plantas úteis por parcela, quanto a altura (cm) e diâmetro do caule (mm), com auxílio de régua graduada, número de folhas por planta e massa de matéria seca da parte aérea e da raiz (64 ºC, 72 h).

Experimento 3 - avaliação da aplicação de GA3 em sementes obtidas de frutos recém-colhidos

Os mesmos procedimentos descritos para o Experimento 2 foram seguidos, com sementes frescas provenientes de frutos maduros recém-colhidos. Imediatamente após a colheita dos frutos e a lavagem das sementes para retirada da mucilagem, procedeu-se à imersão nas soluções de GA3 e semeadura.

Análise estatística

No Experimento 1, o delineamento experimental foi inteiramente ao acaso em esquema fatorial 4 x 3 (espécie x estádio de maturação), totalizando 12 tratamentos, cinco repetições e um fruto na parcela. Nos Experimentos 2 e 3, o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 4 (espécie x concentração de GA3), em quatro blocos e dez plantas úteis para as variáveis biométricas. Em todos os experimentos, avaliou-se a emergência e o IVE com 25 sementes por parcela, e todos os resultados foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas pelo Teste de Tukey (p≤0,05). Nas variáveis em que o efeito da concentração de GA3 foi significativo, realizou-se a análise de regressão (p≤0,05 e 0,01), estimando-se a dose ótima e o respectivo valor estimado somente quando houve significância. Para atender a normalidade e homogeneidade da variância realizou-se transformação do tipo arco-seno da raiz quadrada em dados de porcentagem e do tipo raiz quadrada de (x + 0,5) em dados de IVE.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Experimento 1 - avaliação do estádio de maturação dos frutos

O estádio de maturação dos frutos de Passiflora spp. não influenciou a taxa de emergência nem o índice de velocidade de emergência das sementes aos 60 dias após a semeadura (Tabela 1), evidenciando que os frutos podem ser colhidos antes de estarem totalmente maduros ou mesmo após o início da senescência, sem prejuízo à emergência das sementes em substrato. Por outro lado, Junghans et al. (2012)JUNGHANS, T. G. et al. Estádios de maturação do fruto na emergência de plântulas de Passiflora alata. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 22., 2012, Bento Gonçalves. Anais... Bento Gonçalves: SBF, 2012. p. 5936-5939. observaram menor emergência das sementes obtidas em frutos "de vez" em relação aos outros estádios de maturação para a espécie P. alata. Quando se consideram a emergência e o IVE em função da espécie estudada, observa-se que P. edulis, superou todas as demais (Tabela 1), apresentando P. cincinnata e P. setacea taxas reduzidas de emergência.

Tabela 1
Emergência e índice de velocidade de emergência (IVE) em sementes de frutos de Passiflora obtidas de frutos em três estádios de maturação, 60 dias após a semeadura

Tais resultados confirmam que as sementes de espécies silvestres têm dificuldade de germinar sob as mesmas condições que as espécies cultivadas de maracujazeiro (FERRARI et al., 2008FERRARI, T. B. et al. Emergência de sementes de maracujá-doce (Passiflora alata Curtis): fases e efeito de reguladores. Biotemas, v. 21, n. 3, p. 65-74, 2008.; PÁDUA et al., 2011PÁDUA, J. G. et al. Emergência de sementes de Passiflora setacea e dormência induzida pelo armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, v. 33, n. 1, p. 80-85, 2011.). É necessário ampliar os estudos sobre os mecanismos de dormência de sementes nessas espécies e avaliar diferentes metodologias para sua superação, uma vez que, por serem mais tolerantes as doenças foliares e de solo, essas espécies têm potencial de uso como porta-enxerto das espécies mais suscetíveis (JUNQUEIRA et al., 2006JUNQUEIRA, N. T. V. et al. Reação a doenças e produtividade de um clone de maracujazeiro-azedo propagado por estaquia e enxertia em estacas herbáceas de Passiflora silvestre. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 28, n. 1, p. 97-100, 2006.; LENZA et al., 2009LENZA, J. B. et al. Desenvolvimento de mudas de maracujazeiro propagadas por enxertia. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 31, n. 4, p. 1135-1140, 2009.; NOGUEIRA FILHO et al., 2011bNOGUEIRA FILHO, G. C. et al. Produção de mudas de maracujazeiro-amarelo por enxertia hipocotiledonar sobre sete espécies de passifloras. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 1, p. 237-245, 2011b.).

Experimento 2 - avaliação da aplicação de GA3 em sementes armazenadas

P. edulis foi a espécie com maior emergência e IVE, seguida de P. gibertii (Tabela 2). Para as espécies P. alata, P. cincinnata e P. setacea, a aplicação de GA3 não influenciou a emergência das sementes armazenadas, que se manteve sempre inferior à de P. edulis e P. gibertii. A espécie P. alata apresentou emergência muito baixa, a ponto de não se dispor de plantas suficientes para as avaliações biométricas. A aplicação de GA3 não alterou o número de folhas, o diâmetro do caule e a massa seca da parte aérea e da raiz, independentemente da concentração utilizada, sendo que as espécies P. gibertii e P. edulis se destacaram com maiores altura e diâmetro do caule (Tabela 2).

Tabela 2
Emergência, índice de velocidade de emergência (IVE), altura de plantas (ALT), diâmetro do caule (DCA), número de folhas (NFO) e massa de matéria seca da parte aérea (MSA) e de raiz (MSR) de plantas de Passiflora spp. obtidas de sementes armazenadas por 11 meses em câmara fria e tratadas com quatro concentrações de ácido giberélico (GA3), 60 dias após a semeadura

Em geral, não houve efeito significativo das concentrações de GA3 sobre a emergência e o crescimento inicial de plântulas, independentemente da espécie avaliada, o que sugere que não há efeito desse regulador de crescimento nas espécies avaliadas quando se empregam sementes armazenadas. Observa-se ainda que, com exceção da P. edulis e P. gibertii, todas as demais espécies avaliadas apresentaram uma emergência muito baixa, que pode ter sido atribuída à perda do vigor decorrente do armazenamento (NEGREIROS et al., 2006NEGREIROS, J. R. S. et al. Influência do estádio de maturação e do armazenamento pós colheita na germinação e desenvolvimento inicial do maracujazeiro amarelo. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 28, n. 1, p. 21-24, 2006.; PADUA et al., 2011PÁDUA, J. G. et al. Emergência de sementes de Passiflora setacea e dormência induzida pelo armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, v. 33, n. 1, p. 80-85, 2011.), ou pela dormência característica das espécies silvestres, as quais ainda não foram domesticadas e/ou melhoradas como a espécie P. edulis (OLIVEIRA JUNIOR et al., 2010OLIVEIRA JÚNIOR, M. X. et al. Superação de dormência de maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast.). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 32, n. 2, p. 584-590, 2010.; ZUCARELI et al., 2009ZUCARELI, V. et al. Fotoperíodo, temperatura e reguladores vegetais na emergência de sementes de Passiflora cincinnata Mast. Revista Brasileira de Sementes, v. 31, n. 3, p.106-114, 2009.).

Outro fator que poderia ter influenciado no resultado foi o tempo de imersão das sementes na solução de ácido giberélico. Contudo, autores que empregaram tempo de imersão de 24 horas para sementes de P. setacea (PÁDUA et al., 2011PÁDUA, J. G. et al. Emergência de sementes de Passiflora setacea e dormência induzida pelo armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, v. 33, n. 1, p. 80-85, 2011.) e outros que utilizaram cinco horas de imersão para sementes de P. alata (FERREIRA et al., 2005FERREIRA, G. et al. Efeito de arilo na emergência de sementes de Passiflora alata Curtis em diferentes substratos e submetidas a tratamentos com giberelina. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 2, p. 277-280, 2005.), como realizado neste trabalho, observaram de forma similar o aumento da emergência, independentemente da concentração de ácido giberélico. Assim, esses resultados corroboram para que outros fatores, principalmente aqueles relacionados à duração e condições de armazenamento, tenham influência mais expressiva sobre germinação e emergência das sementes de Passiflora spp..

Em P. setacea, Pádua et al. (2011)PÁDUA, J. G. et al. Emergência de sementes de Passiflora setacea e dormência induzida pelo armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, v. 33, n. 1, p. 80-85, 2011. observaram que a dormência foi superada após aplicação de GA3 quando as sementes foram armazenadas por apenas cinco meses a 4 ºC, podendo ser conservadas por até oito meses em temperatura subzero. Já para sementes armazenadas por 12 meses da espécie P. cincinnata, Zucareli et al. (2009)ZUCARELI, V. et al. Fotoperíodo, temperatura e reguladores vegetais na emergência de sementes de Passiflora cincinnata Mast. Revista Brasileira de Sementes, v. 31, n. 3, p.106-114, 2009. obtiveram 76,8 e 75,0% de plântulas normais nas concentrações de 400 e 500 mg L-1 de GA4, respectivamente, diferindo dos resultados encontrados neste trabalho nas concentrações semelhantes, pois outros fatores como a temperatura e umidade podem ter interferido na superação de dormência das sementes dessa espécie.

Houve interações significativas entre a espécie e as concentrações de GA3 apenas para as variáveis IVE, altura de plantas e massa seca de raiz (Tabela 3). Na medida em que se aumentou a concentração de GA3, o IVE diminuiu para a espécie P. edulis, enquanto nas demais espécies, não houve efeito da concentração utilizada. Amaro et al. (2009)AMARO, A. C. E. et al. Combinações entre GA4+7 + N-(fenilmetil)-aminopurina e ethephon na germinação de sementes de Passiflora cincinnata Mast. Revista Brasileira de Sementes, v. 31, n. 1, p. 195-202, 2009. observaram aumento da velocidade média de germinação com diminuição do tempo médio desta em sementes de P. cincinnata, aplicando GA4. O armazenamento causa deteriorações nos tecidos das sementes, dificultando a ação do ácido giberélico sobre o desempenho das mesmas (RIVERA et al., 2011RIVERA, A. A. C. et al. Efeito do ácido giberélico na qualidade fisiológica de sementes redondas de milho doce, sob diferentes condições de armazenamento. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, v. 10, n. 3, p. 247-256, 2011.).

Tabela 3
Desdobramentos para índice de velocidade de emergência (IVE), altura de plântulas (ALT) e massa de matéria seca de raiz (MSR) de plantas de Passiflora spp. obtidas de sementes armazenadas por 11 meses em câmara fria e tratadas com quatro concentrações de ácido giberélico (GA3), 60 dias após a semeadura

Maior altura de plantas foi observada em P. gibertii quando se utilizou 500 mg L-1 de GA3 e, em P. setacea, com a concentração de 1.000 mg L-1. Nas demais espécies, não houve diferença na altura de plantas, independentemente da concentração de GA3 utilizada (Tabela 3). Maior massa seca de raiz foi observada em P. gibertii e P. edulis, quando se utilizaram 250 mg L-1 de GA3, enquanto para as demais espécies, independentemente da concentração utilizada, não houve diferença no acúmulo de matéria seca da raiz. Oliveira et al. (2005)OLIVEIRA, A. et al. Efeito de reguladores vegetais no desenvolvimento de mudas de Passiflora alata Curtis. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 1, p. 9-13, 2005. também verificaram que o comprimento e fitomassa seca de raiz, de caule, de folhas e total não foram significativamente alterados com o emprego de reguladores vegetais na germinação de sementes de P. alata.

Experimento 3 - avaliação da aplicação de GA 3 em sementes obtidas de frutos recém-colhidos

De forma similar ao experimento anterior, P. edulis foi a espécie com maior emergência e IVE, seguida de P. gibertii (Tabela 4). No entanto, em sementes obtidas de frutos recém-colhidos, a emergência e o IVE foram em geral superiores às observadas em sementes armazenadas e que, na medida em que se aumentaram as concentrações de GA3, observou-se efeito positivo na emergência em todas as espécies avaliadas.

Tabela 4
Emergência, índice de velocidade de emergência (IVE), altura de plantas (ALT), número de folhas (NFO), diâmetro do caule (DCA) e massa de matéria seca da parte aérea (MSA) e de raiz (MSR) de plantas de Passiflora spp. obtidas de sementes coletadas de frutos recém-colhidos e tratadas com quatro concentrações de ácido giberélico (GA3), 60 dias após a semeadura

Em P. alata, Ferreira et al. (2005)FERREIRA, G. et al. Efeito de arilo na emergência de sementes de Passiflora alata Curtis em diferentes substratos e submetidas a tratamentos com giberelina. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 2, p. 277-280, 2005. concluíram que a emergência de sementes não armazenadas foi superior (59%) após a extração do arilo, somada ao umedecimento do substrato com GA3 (100 mg L-1), enquanto Ferrari et al. (2008)FERRARI, T. B. et al. Emergência de sementes de maracujá-doce (Passiflora alata Curtis): fases e efeito de reguladores. Biotemas, v. 21, n. 3, p. 65-74, 2008. verificaram que o método de embebição não afetou a emergência das sementes, mas reduziu o tempo médio de emergência com o uso de 250 mg L-1 de GA4+7 associado a fenilmetil-aminopurina.

Considerando as variáveis biométricas, plantas de P. gibertii apresentaram a maior altura, número de folhas, diâmetro do caule e massa de matéria seca, seguidas de P. edulis, sendo que plantas de P. alata, P. cincinnata e P. setacea foram menores (Tabela 4). A concentração de 1.000 mg L-1 de GA3 resultou em maior emergência, IVE e número de folhas, em todas as espécies avaliadas, enquanto a concentração de 500 mg L-1 resultou em maiores altura de planta e massa seca da parte aérea. Resultados semelhantes foram encontrados por Passos et al. (2004)PASSOS, I. R. S. et al. Utilização do ácido giberélico para a quebra de dormência de sementes de Passiflora nítida Kunth germinadas in vitro. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 2, p. 380-381, 2004. com a dose 1.000 mg L-1 de ácido giberélico na superação da dormência de sementes de P. nitida Kunth.

Para todas as variáveis analisadas neste experimento houve interação significativa entre a espécie de maracujazeiro e a concentração de GA3 (Tabela 4). Por outro lado, quando as sementes avaliadas foram armazenadas por 11 meses, a interação foi significativa apenas para IVE, altura de plantas e massa seca de raiz. Isso deve ter ocorrido porque provavelmente o armazenamento teve um efeito negativo na viabilidade e no vigor das sementes e, consequentemente, nas suas respostas fisiológicas, neste caso, observa-se que o ácido giberélico não influenciou na germinação, o que sugere que outros fatores estão envolvidos no processo.

O armazenamento é um dos principais fatores que afetam o vigor, reduzindo o potencial fisiológico das sementes sobre sua emergência e o desenvolvimento das plântulas, que por sua vez decorrem da interação entre atributos fisiológicos das sementes com as condições do ambiente (CARVALHO, NAKAGAWA, 2012CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP, 2012. 590 p.; MARCOS FILHO, 2005MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495 p.).

As maiores taxas de emergência observadas em P. edulis foram alcançadas após a imersão das sementes em soluções de 250 a 1.000 mg L-1 de GA3 (Tabela 5). A concentração de 500 mg L-1 proporcionou maior emergência de plantas de P. alata, enquanto em P. setacea a melhor resposta foi decorrente da aplicação de 1.000 mg L-1. Em P. gibertii, a concentração de 250 mg L-1, também proporcionou melhor emergência estimada das sementes (81,70%). Apesar da expressiva variação de efeitos das concentrações de GA3 sobre as variáveis biométricas em cada espécie avaliada, de modo geral o crescimento inicial relacionou-se diretamente à concentração aplicada (Tabela 5).

Tabela 5
Equações de regressão, coeficientes de determinação, dose ótima no intervalo avaliado e valores estimados da emergência (%), índice de velocidade de emergência (IVE), altura da planta (cm), diâmetro do caule (mm), número de folhas, massa seca da parte aérea e da raiz (g), de Passiflora spp. em função de quatro concentrações de GA3 (g L-1) em sementes recém coletadas

Apesar de terem sidos conduzidos separadamente, uma análise conjunta dos três experimentos permite inferir que P. edulis apresenta uma elevada taxa de emergência de sementes independente do estádio de maturação, tempo de armazenamento e aplicação de ácido giberélico. Por outro lado, P. alata, P. setacea e P. cincinnata apresentaram taxas muito variadas de emergências entre os experimentos, mesmo quando avaliadas em condições similares de tratamento. Por exemplo, P. cincinnata apresentou valores médios de 3,67; 28,25 e 62,0% de emergência em sementes obtidas de frutos maduros, na ausência de GA3, respectivamente nos experimentos 1, 2 e 3. Essa avaliação, contrastante ao que se observa em P. edulis, possivelmente resulta do estado silvestre destas espécies que ainda não passaram por processo de seleção e melhoramento genético.

O conjunto dos resultados observados nestes experimentos confirma que, em um mesmo grupo genético, nem todas as espécies, variedades ou sementes individuais comportam-se de maneira semelhante no mesmo período de tempo, sob ampla faixa de condições experimentais, pois, a influência do fator 'espécie' exerce função determinante e está associada a conhecimentos básicos sobre a fisiologia de sementes e das condições que interferem no seu comportamento (MARCOS FILHO, 2005MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495 p.).

CONCLUSÕES

  1. Frutos de Passiflora alata, P. cincinnata, P. edulis e P. setacea podem ser colhidos nos estádios "de vez", maduro e senescente visando o fornecimento de sementes para multiplicação de plantas sem prejuízo à emergência;

  2. A imersão de sementes armazenadas por 11 meses em câmara fria em soluções de GA3 até 1.000 mg L-1 não aumentou a emergência e o crescimento inicial de plantas de Passiflora spp.;

  3. Sementes frescas obtidas de frutos maduros recém-colhidos de Passiflora alata, P. cincinnata, P. edulis, P. gibertii e P. setacea apresentam emergência mais elevada e mais rápida, além de maior crescimento inicial de plantas, após a imersão em solução de GA3 entre 500 e 1.000 mg L-1.

AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão de bolsa de estudo do primeiro autor; à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), pelo auxílio à pesquisa (Termo de Outorga RED0004/2012); à Embrapa Mandioca e Fruticultura, pelo apoio técnico; ao pesquisador Dr. Eder Jorge de Oliveira, pelo fornecimento do material vegetal.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2016

Histórico

  • Recebido
    10 Out 2014
  • Aceito
    20 Jan 2016
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