Acessibilidade / Reportar erro

Desempenho e parâmetros intestinais de frangos Label Rouge recebendo silagem de grãos úmidos de milho

Performance and intestinal parameters of Label Rouge chickens fed on high-moisture corn silage

RESUMO

Foram utilizados 1200 pintos da linhagem Label Rouge, com peso médio inicial de 41,0 ± 0,55 g, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 5, (com e sem acidificante X 0, 25, 50, 75 e 100% de silagem de grãos úmidos de milho - SGUM). Foram determinados o ganho de peso (GP), consumo de ração (CR), conversão alimentar (CA), além da análise morfométrica e de microbiota intestinal, rendimento de carcaça e de cortes. De 1 a 63 dias, houve efeito quadrático (P<0,05) da SGUM sobre o CR e CA. Houve interação (P<0,05) entre os níveis de SGUM e a adição de acidificante para o rendimento de carcaça, e de cortes (asa e peito) e fígado das fêmeas. Os machos apresentaram interação (P<0,05) entre os níveis de SGUM e o acidificante para carcaça, sobrecoxa, peito e gordura. Houve interação (P<0,05) da inclusão de SGUM e a adição ou não de acidificante para a contagem de Lactobacillus aos 63 dias. Houve efeito quadrático da SGUM para o tratamento com acidificante, e as criptas apresentaram maior diâmetro para o tratamento sem acidificante. Os resultados sugerem que frangos caipiras alimentados com até 50% de SGUM com acidificante apresentam boas características de carcaça e de cortes e não sofrem danos sobre os parâmetros intestinais.

Palavras-chave:
Alimentos alternativo; Carcaça; Frangos caipiras; Vilosidades

ABSTRACT

In this experiment, 1200 Label Rouge chicks were used, with an average initial weight of 41.0 ± 0.55 g. The chicks were distributed over a completely randomised design in a 2 x 5 factorial scheme (with and without acidifier, and 0, 25, 50, 75 and 100% high-moisture corn silage - HMCS). Weight gain (GP) was determined, together with feed intake (CR), and feed conversion (CA), morphometric analysis, an analysis of intestinal microbiota, and the yield from the carcass and cuts. From 1 to 63 days, a quadratic effect (P<0.05) was seen from the HMCS on CR and CA. There was an interaction (P<0.05) between the levels of HMCS and the addition of acidifier on carcass, cuts (wing and breast) and liver yield in females. For males, there was an interaction (P<0.05) between the levels of HMCS and acidifier on carcass, drumstick, breast and fat. There was an interaction (P<0.05) between the inclusion of HMCS and the addition of acidifier on the Lactobacillus count at 63 days. There was a quadratic effect from the HMCS for the treatment with acidifier, and the crypts showed a greater diameter for the treatment without acidifier. The results suggest that range chickens, fed with up to 50% HMCS with acidifier, display good characteristics for the carcass and cuts, and suffer no damage to the intestinal parameters.

Key words:
Alternative Feed; Carcass; Range chicken; Villi

INTRODUÇÃO

A agricultura orgânica no Brasil tem aumentado significativamente devido à valorização dos produtos agroecológicos (ZAMBERLAN; BÜTTENBENDER; SPAREMBERGER, 2006ZAMBERLAN, L.; BÜTTENBENDER, P. L.; SPAREMBERGER, A. O comportamento do consumidor de produtos orgânicos e seus impactos nas estratégias de marketing. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 30., 2006, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2006, CD-ROOM.). Dentre esses produtos, encontram-se os grãos, produtos de origem animal in natura, cortes de carnes nobres e produtos industrializados (BARCELLOS et al., 2006BARCELLOS, L. C. G. et al. Avaliação nutricional da silagem de grãos úmidos de sorgo de alto ou de baixo conteúdo de tanino para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35, n. 1, p. 104-112, 2006.; SANTOS et al., 2014SANTOS, C. F. et al. A agroecologia como perspectiva de sustentabilidade na agricultura familiar. Ambiente & Sociedade, v. 17, n.2, p. 33-52, 2014.).

Para que a avicultura alternativa conquiste o mercado consumidor, é necessário evidenciar que as aves criadas neste sistema de produção apresentem qualidades semelhantes ou superiores às existentes na avicultura industrial; entre elas, a textura da carne (CRABONE; MOORI; SATO, 2011CRABONE, G. T.; MOORI, R. G.; SATO, G. S. Fatores relevantes na decisão de compra de frango caipira e seu impacto na cadeia produtiva. Organizações Rurais & Agroindustriais, v. 7, n. 3, p. 312-323, 2011.). O frango caipira no Brasil tem se mostrado ótima alternativa como fonte de renda para pequenas propriedades, pois a ave é rústica, produtiva e apresenta elevada qualidade da carne (COSTA et al., 2007COSTA, F. G. P. et al. Avaliação do feno de maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Paz & Hoffman) na alimentação de aves caipiras. Revista Caatinga, v. 20, n. 3, p. 42-48, 2007.).

Entretanto, como o custo com alimentação representa aproximadamente 70% dos custos totais da criação, há uma busca incessante por matérias-primas que minimizem o custo das rações, sem prejudicar o desempenho zootécnico (COSTA et al., 2007COSTA, F. G. P. et al. Avaliação do feno de maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Paz & Hoffman) na alimentação de aves caipiras. Revista Caatinga, v. 20, n. 3, p. 42-48, 2007.). Nesse contexto, o grão de milho possui grande valor nutricional e é um dos mais utilizados na produção de aves; seja o grão seco ou em forma de silagem. Além disso, é considerado como a principal fonte de energia e responsável por até 25% da proteína bruta da ração (BASSO, 2009BASSO, F. C. Estabilidade aeróbia de silagens de planta e de grãos úmidos de milho. 2009. 80 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Departamento de Zootecnia, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Jaboticabal, 2009.).

A silagem de grãos úmidos de milho (SGUM) pode ser fornecida às aves, inclusive adicionada de produtos como os ácidos orgânicos, que melhoram o desempenho zootécnico e as características da carcaça, além de evitar o desenvolvimento de fungos em grãos com alta umidade, e em rações (GONÇALVES et al., 2005GONÇALVES, J. C. et al. Silagem de grãos úmidos de milho em substituição ao milho seco da ração de frangos de corte criados em dois sistemas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 40, n. 10, p. 1021-1028, 2005.). Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho, morfologia e microbiota intestinal de frangos Label Rouge alimentados com SGUM, com ou sem a utilização de acidificante.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, situada no Campus de Marechal Cândido Rondon-PR. Todos os procedimentos experimentais foram previamente submetidos à apreciação do Comitê de Conduta Ética no Uso de Animais em Experimentação da UNIOESTE, tendo sido aprovados para execução.

Foram utilizados 1200 pintos de 1 dia, de sexo misto, da linhagem Label Rouge, com peso médio inicial de 41 ± 0,55 g, adquiridos em incubatório idôneo, provenientes de uma mesma linhagem de matrizes, vacinadas no incubatório contra doença de Marek, Gumboro, Bouba Aviária e Bronquite Infecciosa.

Os animais foram criados em galpão de alvenaria telado e coberto com telhas cerâmicas, possuindo forração e cortinado de polipropileno e polietileno, provido de aquecedores de lâmpada infravermelha de 250 W, ventilação positiva e nebulização. As aves foram alojadas em unidades experimentais do tipo boxes, medindo 1,35 m x 1,30 m (1,76 m2), com cama nova de maravalha de pinus e equipados com bebedouros tipo nipple e comedouros tubulares. O programa de luz utilizado foi o contínuo (24 horas de luz natural + artificial), durante todo o período experimental.

As aves foram distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 5, constituído da combinação de dois tratamentos com e sem a adição de acidificante Nutriacid® (composto por 30,0% de ácido lático, 25,5% de ácido benzóico, 7% de ácido fórmico, 8% de ácido cítrico e 6,5% de ácido acético) e cinco níveis de substituição do fubá de milho pela SGUM (0; 25; 50; 75 e 100%), totalizando 50 unidades experimentais, com 24 aves cada. A composição bromatológica da SGUM foi determinada no Laboratório de Nutrição Animal da UNIOESTE, correspondendo aos seguintes valores: MS= 61,6%; MO= 98,6%; PB= 11,3%; EE= 4,2%; FDN= 12,7% e FDA= 3,7%.

Ração e água foram fornecidos ad libitum, sendo que as rações basais de cada fase (1 a 7, 8 a 21, 22 a 35, 36 a 56 e 56 a 63 dias) foram formuladas à base de milho e farelo de soja, de acordo com as recomendações propostas por Rostagno et al. (2011)ROSTAGNO, H. S. et al. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 3.ed. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2011. 252 p., conforme descrito na Tabela 1, sendo estas isoproteicas e isoenergéticas entre os níveis de inclusão de SGUM, cuja quantidade foi ajustada tomando por base o teor de matéria seca do milho, por meio do fator de correção de 1,382, segundo técnica realizada por Sartori et al. (2002)SARTORI, J. R. et al. Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002. e Andrade et al. (2004)ANDRADE, R. C. et al. Silagem de grãos úmidos de milho e aditivos na alimentação de frangos de corte. Acta Scientiarium Animal Science, v. 26, n. 4, p. 553-559, 2004..

Tabela 1
Composição centesimal, energética e química das rações basais para as diferentes fases dos frangos de corte

A inclusão do acidificante foi realizada de acordo com as recomendações do fabricante, sendo que para os tratamentos que não continham este ingrediente foi utilizado inerte (areia lavada).

As aves e as rações foram pesadas a cada 7 dias, para determinação do ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). A mortalidade das aves foi registrada diariamente para correções no CR, CA e para o cálculo da mortalidade e obtenção da viabilidade (SAKOMURA; ROSTAGNO, 2007SAKOMURA, N. K.; ROSTAGNO, H. S. Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos. Jaboticabal: FUNEP, 2007, 283 p.).

Aos 63 dias de idade, duas aves por unidade experimental dentro do peso médio do lote (± 5%) foram abatidas por deslocamento cervical e, em seguida, foram coletados fragmentos do duodeno, para análise morfométrica por meio de microscopia de luz, preparados de acordo com a metodologia descrita por Luna (1968)LUNA, L. G. Manual of the histologic staining methods of the armed forces institute of pathology. New York: MCGRAW HILL, 1968, 258 p..

Os segmentos do intestino com aproximadamente cinco centímetros de comprimento foram cuidadosamente coletados, lavados imediatamente com água destilada e fixados em formol tamponado, por 24 horas, sendo então substituídos por álcool 70%, onde permaneceram até o preparo das lâminas. Após este período, foram desidratados e fixados em sucessivos banhos de álcool 80%, por 40 minutos, álcool 90%, por 40 minutos e três banhos em álcool 100% de uma hora cada. Posteriormente, as amostras foram submetidas a dois banhos de xilol, por 30 minutos cada, e procederam-se os dois banhos em parafina histológica, de 30 minutos cada e um terceiro banho por 12 h, seguindo então para a emblocagem em parafina histológica.

Os cortes foram realizados da forma semi-seriada, com sete micrômetros de espessura e, posteriormente, as lâminas foram coradas por meio do método hematoxilina e eosina. Para a captura de imagens das lâminas, utilizou-se microscópio óptico Leica com sistema de captura de imagem (Image Manager-IM50). Foram mensurados dez vilos e dez criptas por repetição, com aumento de quatro vezes para ambos, por meio do software ImagePro-Plus. A partir dos valores encontrados, obteve-se a média por segmento intestinal de cada animal para altura de vilo e profundidade de cripta.

Para as análises de microbiota, uma ave por unidade experimental, aos 63 dias de idade, foi abatida e imediatamente coletado o conteúdo intestinal (ceco). As amostras foram acondicionadas em potes estéreis e encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia da UNIOESTE, onde foram homogeneizadas e pesadas (1,0 g), sendo então realizadas as diluições indicadas para o plaqueamento em meios específicos para Lactobacillus ssp, Clostridium sp. e Bifidum sp. As placas foram incubadas por 48 h a 37 ºC, sendo que para a identificação do Clostridium sp. e Bifidum sp. as placas foram colocadas em jarras contendo placas de anaerobac®, uma vez que estas bactérias crescem na ausência total de oxigênio. A contagem de colônias foi realizada em contador tipo Quebec e os resultados foram transformados e expressos em log10.

Aos 63 dias de idade, as aves foram pesadas e, após jejum de 8 horas, duas aves por unidade experimental, sendo um macho e uma fêmea representantes do peso médio (com variação de até 5% foram abatidas por deslocamento cervical. Em seguida, procedeu-se a sangria, depena, evisceração, lavagem e gotejamento. Após o completo gotejamento das carcaças, estas foram pesadas para obtenção do rendimento de carcaça e, em seguida, os cortes de peito, coxas, sobrecoxas e asas foram pesados para o cálculo de rendimento de cortes.

As vísceras foram coletadas e pesadas, e posteriormente foi realizada a pesagem individual de intestinos, fígado, moela e gordura abdominal (considerou-se gordura abdominal aquela depositada na região próxima à Bursa de Fabricius e à moela).

As variáveis estudadas foram avaliadas utilizando-se o Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas - SAEG (UFV, 2000UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. SAEG - Sistema para análise estatística e genética. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2000. 59 p.), por meio de análise de variância e posterior regressão polinomial, a 5% de significância.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Houve interação (P<0,05) entre os fatores estudados para rendimento de carcaça, peito, sobrecoxa e gordura abdominal, além de contagem de Lactobacillus e altura de vilo. O consumo de ração, conversão alimentar, rendimento de carcaça, gordura abdominal, moela e fígado foram afetados de modo significativo pelos níveis de SGUM, assim como a contagem de Lactobacillus e altura de vilo. Houve efeito (P<0,05) do acidificante sobre o rendimento de peito, sobrecoxa e fígado, bem como sobre a altura de vilo e profundidade de cripta (Tabela 2).

Tabela 2
Resumo da análise de variância das variáveis de desempenho, rendimento de carcaça, cortes e órgãos, e parâmetros intestinais de frangos de corte Label Rouge alimentados com diferentes níveis de inclusão de SGUM, com ou sem acidificante, de 1 a 63 dias de idade

Não houve interação (P>0,05) entre os níveis de substituição de SGUM e a adição ou não de acidificante na alimentação de frangos Label Rouge, de 1 a 63 dias (Tabela 3). Entretanto, houve efeito quadrático (P<0,05) para o CR e a CA em função dos níveis de inclusão de SGUM, sendo o maior CR e a pior CA obtidos nos níveis de 16,09% e 27,5%, respectivamente.

Tabela 3
Desempenho de frangos de corte Label Rouge alimentados com diferentes níveis de inclusão de SGUM, com e sem acidificante, de 1 a 63 dias de idade

Os resultados de desempenho observados no presente trabalho são diferentes dos encontrados na literatura (MADEIRA et al., 2010MADEIRA, L. A. et al. Avaliação do desempenho e do rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, n. 10, p. 2214-2221, 2010.; MOREIRA et al., 2012MOREIRA, A. S. et al. Desempenho de frangos caipiras alimentados com rações contendo diferentes níveis de energia metabolizável. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 64, n. 4, p. 1009-1016, 2012.; SARTORI et al., 2002SARTORI, J. R. et al. Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002.), o que pode ter ocorrido devido à aptidão e desempenho dos frangos caipiras Label Rouge, que embora tenham como uma de suas características o crescimento lento, no presente estudo apresentaram desempenho superior ao obtido pelos autores supracitados.

Outro fator que pode ter influenciado os resultados é a estrutura do milho utilizado na silagem, uma vez que depois de triturado ocorre melhor absorção do amido, o que potencializa a utilização dos nutrientes. Na silagem, uma boa fermentação permite maior solubilização dos nutrientes e, consequentemente, aumento da susceptibilidade do amido à hidrólise enzimática (PINTO et al., 2012PINTO, R. S. et al. Qualidade da silagem de grãos úmidos de diferentes espécies forrageiras. Global Science and Technology, v. 5, n. 3, p. 124-136, 2012.). O uso dos acidificantes propiciam melhor digestão e absorção dos alimentos (SARTORI et al., 2002SARTORI, J. R. et al. Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002.), muito embora no presente estudo esse efeito não tenha sido confirmado nos resultados de desempenho obtidos. Ainda assim, Andrade et al. (2004)ANDRADE, R. C. et al. Silagem de grãos úmidos de milho e aditivos na alimentação de frangos de corte. Acta Scientiarium Animal Science, v. 26, n. 4, p. 553-559, 2004., Madeira et al. (2010)MADEIRA, L. A. et al. Avaliação do desempenho e do rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, n. 10, p. 2214-2221, 2010., Moreira et al. (2012)MOREIRA, A. S. et al. Desempenho de frangos caipiras alimentados com rações contendo diferentes níveis de energia metabolizável. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 64, n. 4, p. 1009-1016, 2012. e Sartori et al. (2002)SARTORI, J. R. et al. Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002. reportaram melhora no desempenho de aves que receberam acidificantes na dieta contendo silagem de milho.

Os efeitos quadráticos observados para o CR e a CA em função do aumento nos níveis de inclusão da SGUM podem ter ocorrido devido à elevada inclusão de silagem, o que pode ter limitado o trato digestório devido à alta umidade na SGUM (PINTO et al., 2012PINTO, R. S. et al. Qualidade da silagem de grãos úmidos de diferentes espécies forrageiras. Global Science and Technology, v. 5, n. 3, p. 124-136, 2012.).

Houve interação (P<0,05) entre os níveis de inclusão de SGUM e a adição de acidificante para carcaça, sobrecoxa, peito e gordura (Tabela 4). A carcaça apresentou efeito linear (P<0,05) para os tratamentos com e sem acidificante. O peito e a gordura apresentaram efeito linear decrescente (P<0,05) para os tratamentos sem acidificante. Entretanto, a moela e o fígado apresentaram efeito linear crescente (P<0,05) para os tratamentos sem acidificante.

Tabela 4
Rendimento de carcaça, peito, coxa, sobrecoxa (SC), asa, gordura abdominal (GA), moela e fígado de frangos de corte Label Rouge alimentados com diferentes níveis de inclusão de SGUM, com ou sem acidificante, de 1 a 63 dias de idade

O efeito dos níveis de substituição sobre o peso da moela pode ter ocorrido devido ao teor de fibra da ração, o que aumenta o tempo de retenção do alimento e pode causar hipertrofia dos músculos da moela. Resultados semelhantes foram encontrados por Furtado et al. (2011)FURTADO, D. A. et al. Desempenho de frangos alimentados com feno de maniçoba no semiárido paraibano. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 6, n. 4, p. 722-728, 2011., que avaliaram o desempenho de frangos alimentados com feno de maniçoba no semiárido paraibano, e Costa et al. (2007)COSTA, F. G. P. et al. Avaliação do feno de maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Paz & Hoffman) na alimentação de aves caipiras. Revista Caatinga, v. 20, n. 3, p. 42-48, 2007., que avaliaram o feno de maniçoba em aves caipiras.

Os resultados encontrados diferem dos descritos por Saldanha et al. (2006)SALDANHA, E. S. P. B. et al. Performance, carcass yield, and meat quality of free-range broilers fed wet grain corn silage. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v. 8, n. 2, p. 113-118, 2006., Gonçalves et al. (2005)GONÇALVES, J. C. et al. Silagem de grãos úmidos de milho em substituição ao milho seco da ração de frangos de corte criados em dois sistemas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 40, n. 10, p. 1021-1028, 2005., Andrade et al. (2004)ANDRADE, R. C. et al. Silagem de grãos úmidos de milho e aditivos na alimentação de frangos de corte. Acta Scientiarium Animal Science, v. 26, n. 4, p. 553-559, 2004., Moreira et al. (2003)MOREIRA, J. et al. Avaliação de desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne do peito em frangos de linhagens de conformação versus convencionais. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1663-1673, 2003. e Sartori et al. (2002)SARTORI, J. R. et al. Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002., que avaliaram a SGUM na alimentação de frangos de corte. Estes resultados podem ter ocorrido devido à seleção genética, que varia de acordo com a importância dessas características para o mercado (MOREIRA et al., 2003MOREIRA, J. et al. Avaliação de desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne do peito em frangos de linhagens de conformação versus convencionais. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1663-1673, 2003.), uma vez que os autores supracitados avaliaram SGUM para frangos de crescimento rápido (Cobb 500), enquanto no presente estudo foram utilizadas aves caipiras, de crescimento lento.

Considerando os frangos da linhagem Label Rouge alimentadas com SGUM sem acidificante, estes apresentam rendimento de carcaça semelhante ao descrito por Madeira et al. (2010)MADEIRA, L. A. et al. Avaliação do desempenho e do rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, n. 10, p. 2214-2221, 2010., que avaliaram o desempenho e o rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. Embora a Label Rouge seja um ave de crescimento lento, esta é eficiente na produção de carne, o que lhe confere as boas características de carcaça.

Houve interação (P<0.05) da inclusão de silagem e a adição ou não de acidificante para a contagem de Lactobacillus e Clostridium. Com a inclusão de SGUM, houve efeito quadrático dos tratamentos sem acidificante na contagem de Lactobacillus, indicando um maior número de colônias com 50,54% de inclusão. Para RCM, o maior número de colônias foi obtido para 45,95% de inclusão de SGUM (Tabela 5).

Tabela 5
Contagem de colônias de Lactobacillus, Bifidum e Clostridium na microbiota de frangos de corte Label Rouge alimentados com diferentes níveis de inclusão de SGUM, com e sem acidificante, de 1 a 63 dias de idade

A inclusão de fibra na dieta e suas propriedades físico-químicas (solubilidade, viscosidade, capacidade de fermentação) podem alterar a composição e quantidade de microrganismos intestinais (MATEOS et al., 2012MATEOS, G. G. et al. Poultry response to high levels of dietary fiber sources varying in physical and chemical characteristics. Journal of Applied Poultry Research, v. 21, n.1, p.156-174, 2012.). A fibra dietética pode, por exemplo, reduzir o crescimento de microrganismos patogênicos como o Clostridium e a incidência de transtornos digestivos, uma vez que a fermentação de sua fração solúvel no ceco/cólon resulta em elevação da acidez do meio, interferindo diretamente na faixa ideal de pH requerido pelas bactérias patogênicas para seu crescimento e reprodução adequados (SHAKOURI; KERMANSHAHI; MOHSENZADEH, 2006SHAKOURI, H. D.; KERMANSHAHI, H.; MOHSENZADEH, M. Effect of different non starch polysaccharides in semi purified diets on performance and intestinal microflora of young broiler chickens. International Journal of Poultry Science, v. 5, n. 6, p. 557-561, 2006.). No presente estudo, o conteúdo de FDN e FDA da SGUM foi de 12,7 e 3,7%; respectivamente. Aliada ao uso do acidificante, a contagem de Clostridium na microbiota das aves apresentou redução (P<0,05), em relação às aves que não receberam acidificante.

Segundo Apajalahti, Kettunen e Graham (2004)APAJALAHTI, J.; KETTUNEN, A.; GRAHAM, H. Characteristics of the gastrointestinal microbial communities, with special reference to the chicken. World's Poultry Science Journal, v. 60, p. 223-232, 2004., a densidade bacteriana no ceco aumenta com a idade, sendo relativamente constante a partir dos 30 dias de idade. As enterobactérias e enterococos dominam o ceco nos três primeiros dias de idade, e os Lactobacillus estão em maior número após os três primeiros dias, mantendo-se estáveis durante todo o crescimento, porém a composição da dieta pode afetar a atividade da microbiota intestinal (SHAKOURI; KERMANSHAHI; MOHSENZADEH, 2006SHAKOURI, H. D.; KERMANSHAHI, H.; MOHSENZADEH, M. Effect of different non starch polysaccharides in semi purified diets on performance and intestinal microflora of young broiler chickens. International Journal of Poultry Science, v. 5, n. 6, p. 557-561, 2006.; VAN DER WIELEN et al., 2000VAN DER WIELEN, P. W. J. J. et al. Role of volatile fatty acids in development of the cecal microflora in broiler chickens during growth. Applied Environmental Microbiology, v. 66, p. 2536-2540, 2000.).

Ao avaliarem a resposta de frangos de corte sob diferentes temperaturas, alimentados com silagem de milho seco suplementada ou não com enzimas microbianas, Bhuiyan, Islam e Iji (2010)BHUIYAN, M. M.; ISLAM, A. F.; IJI, P. A. Response of broiler chickens to diets containing artificially dried high-moisture maize supplemented with microbial enzymes. South Africa Journal of Animal Science, v. 40, n. 4, p. 348-362, 2010. observaram que as bactérias anaeróbias aumentaram nas dietas que foram suplementadas com enzimas. As populações de Lactobacillus e Clostridium não foram alteradas no conteúdo cecal ao abate (42 dias), sendo que estes resultados diferem dos encontrados neste trabalho. Entretanto, nas dietas sem acidificante, os autores encontraram maior número de Lactobacillus, resultado semelhante ao encontrado no presente trabalho.

Para a altura dos vilos, houve interação (P<0,05) entre a substituição da SGUM e a adição de acidificante (Tabela 6). Foi observado efeito quadrático (P<0,05) da SGUM para o tratamento com acidificante. Houve diferenças (P<0,05) entre as criptas aos 63 dias de idade, indicando que foi maior a profundidade para as aves que estavam alimentadas com SGUM e sem acidificante.

Tabela 6
Altura de vilo e profundidade de cripta no intestino de frangos de corte Label Rouge alimentados com diferentes níveis de inclusão de SGUM, com e sem acidificante, de 1 a 63 dias de idade

Os resultados obtidos para altura do vilo divergem dos resultados encontrados por Viola e Vieira (2007)VIOLA, E. S.; VIEIRA, S. L. Suplementação de acidificantes orgânicos e inorgânicos em dietas para frangos de corte: desempenho zootécnico e morfologia intestinal. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, n. 4, p. 1097-1104, 2007., que avaliaram a suplementação de acidificantes orgânicos e inorgânicos em dietas para frangos de corte e concluíram que as aves do grupo controle apresentaram menor altura das vilosidades, afirmando que a ausência dos ácidos orgânicos reduz a capacidade de utilização dos nutrientes, quando comparada com aves que consumiram antibióticos ou acidificantes.

Entretanto, houve efeito quadrático da altura do vilo em função dos níveis de SGUM para as dietas que receberam acidificantes, apresentando uma altura maior ao nível de 64,39% de SGUM. A ação dos acidificantes inibiu a colonização de microrganismos, beneficiando desta maneira a mucosa intestinal e favorecendo a estrutura das vilosidades. Outro fator favorável pode ter sido a redução da descamação, o que pode ter elevado a proliferação das criptas, propiciando aumento no tamanho das vilosidades (CHAVEERACH; LIPMAN; VANKNAPEN, 2004CHAVEERACH, P.; LIPMAN, L. J. A.; VANKNAPEN, F. Antagonistics activies of several bacteria on in vitro growth of 10 strains of Campylobacter jejuni/coli. International Journal of Food and Microbiology, v. 90, p. 43-50, 2004.; VAN IMMERSEEL et al., 2006VAN IMMERSEEL, F. et al. The use of organic acids to combat Salmonella in poultry: a mechanistic explanation of the efficacy. Avian Pathology, v. 35, p. 182-188, 2006.).

Os resultados encontrados divergem dos obtidos por Andrade et al. (2004)ANDRADE, R. C. et al. Silagem de grãos úmidos de milho e aditivos na alimentação de frangos de corte. Acta Scientiarium Animal Science, v. 26, n. 4, p. 553-559, 2004., que não observaram interação da SGUM e do aditivo para as características morfométricas. Ainda assim, Sartori et al. (2002)SARTORI, J. R. et al. Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002. encontraram maior altura de vilo aos 21 dias, e menor profundidade de cripta no duodeno aos 42 dias, para as aves alimentadas com SGUM.

CONCLUSÕES

A inclusão de até 50% de silagem de grãos úmidos de milho proporcionou melhor desempenho, rendimentos de carcaça e cortes, e redução de danos sobre os parâmetros intestinais, enquanto o uso de acidificante reduziu a contagem bacteriana no intestino grosso.

  • Parte da Dissertação de Mestrado em Zootecnia do primeiro autor apresentada na Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE

REFERÊNCIAS

  • ANDRADE, R. C. et al Silagem de grãos úmidos de milho e aditivos na alimentação de frangos de corte. Acta Scientiarium Animal Science, v. 26, n. 4, p. 553-559, 2004.
  • APAJALAHTI, J.; KETTUNEN, A.; GRAHAM, H. Characteristics of the gastrointestinal microbial communities, with special reference to the chicken. World's Poultry Science Journal, v. 60, p. 223-232, 2004.
  • BARCELLOS, L. C. G. et al Avaliação nutricional da silagem de grãos úmidos de sorgo de alto ou de baixo conteúdo de tanino para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35, n. 1, p. 104-112, 2006.
  • BASSO, F. C. Estabilidade aeróbia de silagens de planta e de grãos úmidos de milho 2009. 80 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Departamento de Zootecnia, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Jaboticabal, 2009.
  • BHUIYAN, M. M.; ISLAM, A. F.; IJI, P. A. Response of broiler chickens to diets containing artificially dried high-moisture maize supplemented with microbial enzymes. South Africa Journal of Animal Science, v. 40, n. 4, p. 348-362, 2010.
  • CHAVEERACH, P.; LIPMAN, L. J. A.; VANKNAPEN, F. Antagonistics activies of several bacteria on in vitro growth of 10 strains of Campylobacter jejuni/coli. International Journal of Food and Microbiology, v. 90, p. 43-50, 2004.
  • COSTA, F. G. P. et al Avaliação do feno de maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Paz & Hoffman) na alimentação de aves caipiras. Revista Caatinga, v. 20, n. 3, p. 42-48, 2007.
  • CRABONE, G. T.; MOORI, R. G.; SATO, G. S. Fatores relevantes na decisão de compra de frango caipira e seu impacto na cadeia produtiva. Organizações Rurais & Agroindustriais, v. 7, n. 3, p. 312-323, 2011.
  • FURTADO, D. A. et al Desempenho de frangos alimentados com feno de maniçoba no semiárido paraibano. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, v. 6, n. 4, p. 722-728, 2011.
  • GONÇALVES, J. C. et al Silagem de grãos úmidos de milho em substituição ao milho seco da ração de frangos de corte criados em dois sistemas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 40, n. 10, p. 1021-1028, 2005.
  • LUNA, L. G. Manual of the histologic staining methods of the armed forces institute of pathology New York: MCGRAW HILL, 1968, 258 p.
  • MADEIRA, L. A. et al Avaliação do desempenho e do rendimento de carcaça de quatro linhagens de frangos de corte em dois sistemas de criação. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, n. 10, p. 2214-2221, 2010.
  • MATEOS, G. G. et al Poultry response to high levels of dietary fiber sources varying in physical and chemical characteristics. Journal of Applied Poultry Research, v. 21, n.1, p.156-174, 2012.
  • MOREIRA, A. S. et al Desempenho de frangos caipiras alimentados com rações contendo diferentes níveis de energia metabolizável. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 64, n. 4, p. 1009-1016, 2012.
  • MOREIRA, J. et al Avaliação de desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne do peito em frangos de linhagens de conformação versus convencionais. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 32, n. 6, p. 1663-1673, 2003.
  • PINTO, R. S. et al Qualidade da silagem de grãos úmidos de diferentes espécies forrageiras. Global Science and Technology, v. 5, n. 3, p. 124-136, 2012.
  • ROSTAGNO, H. S. et al Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 3.ed. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2011. 252 p.
  • SAKOMURA, N. K.; ROSTAGNO, H. S. Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos Jaboticabal: FUNEP, 2007, 283 p.
  • SALDANHA, E. S. P. B. et al Performance, carcass yield, and meat quality of free-range broilers fed wet grain corn silage. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v. 8, n. 2, p. 113-118, 2006.
  • SANTOS, C. F. et al A agroecologia como perspectiva de sustentabilidade na agricultura familiar. Ambiente & Sociedade, v. 17, n.2, p. 33-52, 2014.
  • SARTORI, J. R. et al Silagem de grãos úmidos de milho na alimentação de frangos de corte. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, n. 7, p. 1009-1015, 2002.
  • SHAKOURI, H. D.; KERMANSHAHI, H.; MOHSENZADEH, M. Effect of different non starch polysaccharides in semi purified diets on performance and intestinal microflora of young broiler chickens. International Journal of Poultry Science, v. 5, n. 6, p. 557-561, 2006.
  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. SAEG - Sistema para análise estatística e genética Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2000. 59 p.
  • VAN DER WIELEN, P. W. J. J. et al Role of volatile fatty acids in development of the cecal microflora in broiler chickens during growth. Applied Environmental Microbiology, v. 66, p. 2536-2540, 2000.
  • VAN IMMERSEEL, F. et al The use of organic acids to combat Salmonella in poultry: a mechanistic explanation of the efficacy. Avian Pathology, v. 35, p. 182-188, 2006.
  • VIOLA, E. S.; VIEIRA, S. L. Suplementação de acidificantes orgânicos e inorgânicos em dietas para frangos de corte: desempenho zootécnico e morfologia intestinal. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, n. 4, p. 1097-1104, 2007.
  • ZAMBERLAN, L.; BÜTTENBENDER, P. L.; SPAREMBERGER, A. O comportamento do consumidor de produtos orgânicos e seus impactos nas estratégias de marketing. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 30., 2006, Rio de Janeiro. Anais.. Rio de Janeiro: ANPAD, 2006, CD-ROOM.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2016

Histórico

  • Recebido
    17 Set 2015
  • Aceito
    09 Nov 2015
Universidade Federal do Ceará Av. Mister Hull, 2977 - Bloco 487, Campus do Pici, 60356-000 - Fortaleza - CE - Brasil, Tel.: (55 85) 3366-9702 / 3366-9732, Fax: (55 85) 3366-9417 - Fortaleza - CE - Brazil
E-mail: ccarev@ufc.br