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Caracterização do processo de análise do jogo em clubes da 1ª liga portuguesa profissional de futebol na época 2005/2006

Characterization of match analysis process in Portuguese first football league teams: season 2005/2006

Resumos

O nível competitivo alcançado pelo futebol profissional tem exigido níveis de desempenho cada vez mais elevados. Uma das formas que tem sido utilizada para monitorá-la é a análise do jogo (AJ). O presente trabalho pretendeu caracterizar o processo de AJ na 1ª liga portuguesa profissional de futebol. Os objetivos do estudo foram conhecer: 1) a importância da AJ; 2) a frequência da sua realização; 3) os profissionais envolvidos; 4) os instrumentos e métodos utilizados; e 5) a importância atribuída pelos treinadores a diferentes eixos de análise. A amostra foi constituída por 16 treinadores da 1ª liga portuguesa de futebol profissional 2005/2006 (89% do universo em estudo). A cada um deles foi aplicado um questionário previamente validado por oito especialistas. Os resultados obtidos revelaram que a AJ adquire a sua pertinência ao nível da planificação tático-estratégica. É comumente utilizado um instrumento com categorias predefinidas e os eixos de análise eleitos estão relacionados com a dimensão tático-estratégica do jogo. O treinador principal é o protagonista na análise do jogo da sua equipe, delegando a função de análise dos adversários num profissional da equipe técnica. Os sistemas de análise utilizados não são sofisticados e apenas uma minoria admite recorrer à informática. Os eixos de análise menos valorizados estão relacionados com a análise energético-funcional dos jogadores. Sintetizando, na referida liga o processo de AJ é sistematizado e foca preferencialmente a vertente táctico-estratégica dos jogos analisados. No entanto, apesar de serem utilizados instrumentos com categorias predefinidas, os sistemas de análise utilizados são pouco sofisticado.

Futebol; Análise do jogo; "Scouting"; Desempenho; Modelo de jogo


Nowadays, the competitive level achieved by professional football has required performance levels to increase highly. Match analysis is one of the tools that has been used to control performance. The aim of this work was to characterise match analysis process of 1st portuguese football league teams. The goals of this study were those of knowing: 1) the importance of match analysis; 2) the frequency of its accomplishment; 3) the professionals involved; 4) the instruments and systems used; and 5) the importance given to different axes of analysis. The sample was set up of sixteen coaches from the 1st Portuguese professional football 2005/06 league (89% of the universe taken for study). To each coach it was applied a questionnaire previously ratified by eight specialists. The obtained results revealed that match analysis seems to acquire its pertinence in planning strategic and tactic dimensions. Agreeing with this idea, the elected dimensions of analysis are related with strategy and tactics. The less appreciated dimensions of analysis are related with time-motion analysis. It seems to be usual to use an instrument with predefined categories. The coach is the match analysis protagonist of his own team and confers the duty of scouting opponent teams to a member of the technical staff. The analysis systems used aren't sophisticated and only a minority admits to use computerised technologies. In summary, in the mentioned league the process of match analysis is sistematized and focuses mainly on tactical and strategic aspects of the game. However, despite being used instruments with predefined categories, the analysis systems used are unsophisticated.

Football; Match analysis; Scouting; Performance; Game model


ARTIGOS ORIGINAIS - SOCIOCULTURAL

Caracterização do processo de análise do jogo em clubes da 1ª liga portuguesa profissional de futebol na época 2005/2006

Characterization of match analysis process in Portuguese first football league teams: season 2005/2006

Pedro Miguel SilvaI; Jorge CasteloII; Pedro SantosIII

IFaculdade de Desporto, Universidade do Porto - Portugal

IIUniversidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Portugal

IIIFaculdad de Ciencias de la Educación y del Deporte, Universidade de Vigo - Espanha

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Pedro Silva Urbanização Encosta do Douro, Omega A, R/C Esq 4420-134 - Gondomar - PORTUGAL e-mail: silva.p.m@gmail.com

RESUMO

O nível competitivo alcançado pelo futebol profissional tem exigido níveis de desempenho cada vez mais elevados. Uma das formas que tem sido utilizada para monitorá-la é a análise do jogo (AJ). O presente trabalho pretendeu caracterizar o processo de AJ na 1ª liga portuguesa profissional de futebol. Os objetivos do estudo foram conhecer: 1) a importância da AJ; 2) a frequência da sua realização; 3) os profissionais envolvidos; 4) os instrumentos e métodos utilizados; e 5) a importância atribuída pelos treinadores a diferentes eixos de análise. A amostra foi constituída por 16 treinadores da 1ª liga portuguesa de futebol profissional 2005/2006 (89% do universo em estudo). A cada um deles foi aplicado um questionário previamente validado por oito especialistas. Os resultados obtidos revelaram que a AJ adquire a sua pertinência ao nível da planificação tático-estratégica. É comumente utilizado um instrumento com categorias predefinidas e os eixos de análise eleitos estão relacionados com a dimensão tático-estratégica do jogo. O treinador principal é o protagonista na análise do jogo da sua equipe, delegando a função de análise dos adversários num profissional da equipe técnica. Os sistemas de análise utilizados não são sofisticados e apenas uma minoria admite recorrer à informática. Os eixos de análise menos valorizados estão relacionados com a análise energético-funcional dos jogadores. Sintetizando, na referida liga o processo de AJ é sistematizado e foca preferencialmente a vertente táctico-estratégica dos jogos analisados. No entanto, apesar de serem utilizados instrumentos com categorias predefinidas, os sistemas de análise utilizados são pouco sofisticado.

Unitermos: Futebol; Análise do jogo; "Scouting"; Desempenho; Modelo de jogo.

ABSTRACT

Nowadays, the competitive level achieved by professional football has required performance levels to increase highly. Match analysis is one of the tools that has been used to control performance. The aim of this work was to characterise match analysis process of 1st portuguese football league teams. The goals of this study were those of knowing: 1) the importance of match analysis; 2) the frequency of its accomplishment; 3) the professionals involved; 4) the instruments and systems used; and 5) the importance given to different axes of analysis. The sample was set up of sixteen coaches from the 1st Portuguese professional football 2005/06 league (89% of the universe taken for study). To each coach it was applied a questionnaire previously ratified by eight specialists. The obtained results revealed that match analysis seems to acquire its pertinence in planning strategic and tactic dimensions. Agreeing with this idea, the elected dimensions of analysis are related with strategy and tactics. The less appreciated dimensions of analysis are related with time-motion analysis. It seems to be usual to use an instrument with predefined categories. The coach is the match analysis protagonist of his own team and confers the duty of scouting opponent teams to a member of the technical staff. The analysis systems used aren't sophisticated and only a minority admits to use computerised technologies. In summary, in the mentioned league the process of match analysis is sistematized and focuses mainly on tactical and strategic aspects of the game. However, despite being used instruments with predefined categories, the analysis systems used are unsophisticated.

Uniterms: Football; Match analysis; Scouting; Performance; Game model.

Introdução

Há muito que o futebol deixou de ser apenas um jogo. Atualmente, reúne o estatuto de atividade profissional altamente remunerada, estando ainda revestido de um crescente interesse comercial, político e social (Ali 1988) altamente dependente da obtenção de sucesso. Este fato, acrescido dos interesses desportivos dos clubes, treinadores e jogadores, tem levado as equipes a perseguirem patamares máximos de rendimento, fazendo elevar consideravelmente o nível competitivo do futebol, a nível mundial.

Esta necessidade de jogar ao mais alto nível requer que os treinadores e clubes se dotem dos melhores meios existentes de melhoramento do desempenho (Carling, 2001). Um dos aspetos fundamentais neste sentido, passa pela obtenção de informação pontual e objetiva sobre as atuações dos jogadores em competição (García, 2000). Assim, os treinadores têm procurado obter informações sobre o desempenho individual ou coletivo dos seus jogadores e equipes a partir da utilização de vários auxiliares de memória que vão desde o simples lápis e papel até à tecnologia de vídeo-computorização mais sofisticada (Franks, Mcgarry & Hanvey, 1999). Neste contexto, a análise do jogo (AJ) é, atualmente, uma etapa imprescindível e fundamental do processo de preparação nos jogos coletivos (Moutinho, 1991), sendo considerada de vital importância para a coleta de dados objetivos (Franks, 1997; Garganta, 2001).

Alguns autores advogam que a objetividade da informação recolhida depende, em grande parte, do grau de sistematização do processo de análise (Garganta, 1998, 2000, 2001; Hughes & Franks, 2004). No entanto, parece ser desconhecida a forma como é aplicado na prática aquilo que é teorizado na literatura científica. Esta lacuna inspirou a realização desta investigação, cujos objetivos foram traçados no sentido de: 1) conhecer a importância atribuída pelos treinadores à AJ; 2) verificar a frequência da sua realização; 3) averiguar quem são os profissionais envolvidos no processo; 4) conhecer os instrumentos e métodos utilizados; e 5) conhecer a importância atribuída pelos treinadores a diferentes eixos de análise. Essencialmente, ao enveredar-se pela realização deste estudo, pretendeu-se conhecer a forma como os treinadores da 1ª liga portuguesa de futebol profissional compreendiam a AJ da sua equipe e a do adversário ("scouting") e como a operacionalizavam nos seus clubes.

Métodos

Amostra

A amostra foi constituída por 16 treinadores da 1ª liga portuguesa de futebol profissional da época 2005/06 (quantidade correspondente a 89% da população).

Procedimentos

Para a coleta de dados foi estruturado um questionário submetido à apreciação de oito especialistas. Para serem classificados como especialistas, estabeleceu-se como requisito mínimo que os indivíduos constituintes do painel de peritos fossem detentores de grau acadêmico em Ciências do Desporto.

Dos oito especialistas selecionados, quatro desempenhavam as funções de treinador há mais de cinco anos e os restantes quatro possuíam o grau de Doutor em Ciências do Desporto e lecionavam em universidades portuguesas.

O processo de validação foi realizado em quatro momentos diferentes, seguindo o mesmo tipo de procedimento utilizado por Garganta (1997):

1) Apresentação da primeira versão do questionário aos especialistas A e B e reformulação face às sugestões apresentadas;

2) Apresentação da segunda versão aos especialistas C e D e reformulação face às sugestões apresentadas;

3) Apresentação da terceira versão aos especialistas E e F e reformulação face às sugestões apresentadas;

4) Apresentação da quarta versão aos especialistas G e H e reformulação final.

Após ter sido apresentado ao conjunto dos oito especialistas e reformulado nas diferentes questões, o instrumento foi considerado validado.

O questionário foi constituído por 33 questões de fácil compreensão e simples preenchimento das quais 29 eram questões de resposta fechada e quatro eram questões de resposta aberta. Durante o processo de validação foram acrescentadas cinco novas questões ao questionário e nenhuma foi retirada. As questões inicialmente apresentadas foram ainda reformuladas em aspectos considerados relevantes pelos especialistas.

Para o presente estudo, foram considerados os resultados de apenas 15 questões. As restantes questões, embora todas relacionadas com o processo de AJ nos clubes, traduziam resultados sobre tópicos importantes, mas que não se enquadravam com os objetivos da investigação. Das cinco novas questões acrescentadas, apenas uma foi utilizada no presente estudo. Essa questão pretendia averiguar a frequência do visionamento dos jogos em vídeo.

Relativamente às 15 questões em análise, 14 eram de resposta fechada e uma questão era de resposta aberta. Das 14 questões de resposta fechada, em cinco o inquirido deveria assinalar "sim" ou "não". Em seis questões deveria assinalar as opções adequadas à realidade do seu clube e em três questões as respostas estavam organizadas numa escala de Likert de três pontos: 1 - pouco importante; 2 - importante; 3 - muito importante.

Em quatro questões de resposta fechada foi apresentada uma opção de resposta aberta na qual o inquirido podia especificar outra alternativa não contemplada no leque de opções para salvaguardar uma eventual omissão da resposta pretendida. Em duas questões de resposta fechada, foi solicitado aos inquiridos que hierarquizassem as opções pelo grau de importância, correspondendo "1" à opção mais importante, "2" à segunda opção mais importante e assim sucessivamente.

A aplicação dos questionários foi realizada entre os meses de Julho de 2005 e Janeiro de 2006. Nos clubes em que o questionário não foi preenchido de forma presencial, a participação do treinador principal foi garantida por um administrador.

Análise estatística

Os questionários recolhidos foram analisados no "software" SPSS v.14. Procedeu-se, inicialmente, à caracterização do estudo de cada uma das questões consideradas. A opção de resposta fechada presente na maioria das questões eliminou a possibilidade da existência de "outliers" e não se registrou informação omissa relevante. Prosseguiu-se, então, com o estudo descritivo e exploratório dos dados com base na análise da média e da percentagem.

Para analisar as respostas às questões estruturadas em escala de Likert, foram calculados os níveis médios de importância e considerados os seguintes intervalos:

- Mais de 50% das respostas concentradas no ponto 1 (pouco importante) e um nível médio de importância inferior a 1,5 foram consideradas pouco importantes;

- Menos de 50% das respostas concentradas em ambos os pontos 1 (pouco importante) e 3 (muito importante), ou níveis médios de importância iguais ou superiores a 1,5 e inferiores a 2,5 foram consideradas moderadamente importantes;

- Mais de 50% das respostas concentradas no ponto 3 (muito importante) e um nível médio de importância igual ou superior a 2,5 foram consideradas muito importantes.

Estes critérios vêm ilustrados na TABELA 1.

Resultados

Importância atribuída pelos treinadores à AJ dos adversários ("scouting") e das próprias equipes

Os resultados mais importantes da TABELA 2 revelam que os treinadores consideram a informação decorrente do "scouting" muito importante para definir estratégias para superar os adversários (2,69) e identificar os seus pontos fortes e fracos (2,63). O terceiro item mais importante foi a construção de exercícios de treino com base na informação do "scouting" (2,13). Destaca-se ainda que vários treinadores utilizam essas informações para proceder a alterações ao nível do modelo de jogo (50% dos treinadores consideram importantes ou muito importantes as informações decorrentes do "scouting" para introduzir alterações no jogo da sua equipe).

A AJ da própria equipe (TABELA 3) foi considerada mais importante para: 1) consolidar a forma de jogar (modelo de jogo) (2,94); 2) fornecer "feedback" à equipe e aos jogadores (2,81); 3) identificar pontos fortes e fracos da equipe e dos jogadores (2,75); 4) corrigir erros coletivos e/ou individuais (2,75); 5) construir exercícios de treino (2,69); 6) tornar o processo de treino eficaz (2,69) ; e 7) definir os conteúdos do treino (2,69). Podemos agrupar estes parâmetros em três tópicos principais reportando-se: 1) ao modelo de jogo; 2) à obtenção de "feedback"; e 3) à operacionalização do treino.

Frequência de realização da AJ da sua equipe e do "scoutings"

Os resultados obtidos são reveladores da elevada valorização atribuída à AJ do adversário e da própria equipe. Registrou-se um valor de 93,8% de treinadores que analisam todos os jogos da sua equipe. No que diz respeito ao "scouting", a totalidade dos treinadores alegou recolher informações sobre os seus adversários.

No que diz respeito ao local do jogo, a maior parcela de treinadores analisa dois jogos do adversário a jogar em sua casa (62,5%) e dois jogos do adversário a jogar fora de sua casa (50%). Quanto ao número de vezes em que cada jogo do adversário é analisado com a ajuda do vídeo, os treinadores evidenciaram a preferência por 1 a 2 análises em vídeo.

Profissionais envolvidos no processo de AJ da própria equipe e no "scouting"

Na TABELA 4 são analisadas as preferências dos inquiridos na realização do "scouting" e da AJ das suas equipes. Verifica-se que os treinadores atribuem diferentes importâncias ao papel dos diversos elementos que realizam a AJ em função da direção da análise. Assim, a análise que o treinador realiza da sua equipe é considerada a mais importante (87,5%), seguindo-se a que é levada a cabo pelo treinador adjunto (43,8%). Para a realização do "scouting" observa-se que 43,8% dos treinadores inclui na sua equipe técnica um elemento exclusivamente com essas funções, seguindo-se ele próprio como o 2º elemento prioritário (18,8%).

Instrumentos e métodos utilizados na AJ da equipe e no "scouting"

Os resultados obtidos confirmam a utilização, pela maioria dos treinadores inquiridos (62,5%), de um relatório padronizado com categorias predefinidas para analisar a sua equipe e o adversário. Existe, no entanto, um número considerável de treinadores que não possui nenhum instrumento de AJ predefinido, quer para o "scouting", quer para a AJ da sua equipe (37,5%).

Em relação aos sistemas de AJ utilizados pelos treinadores, é consensual o recurso primeiramente à notação manual e/ou gravador de voz a partir de observação direta e, posteriormente, ao auxílio do vídeo, tanto no "scouting" como na AJ da sua própria equipe (68,8% e 56,3% respectivamente). Apenas 31,3% dos treinadores recorrem ao computador e à utilização de um "software" esportivo para tratar a informação em ambas as situações. Três treinadores fizeram referência a esses "softwares":

- um Treinador utiliza dois programas de edição de vídeo;

- um Treinador utiliza um programa de edição de vídeo conjuntamente com um programa específico de análise do desempenho esportivo;

- um Treinador utiliza um programa desenvolvido pelo próprio analista de jogo.

Eixos de AJ preferidos pelos treinadores

Na TABELA 5 destacam-se a quantidade de itens que são considerados muito importantes para os treinadores: 1) identificação de padrões de jogo e de variações (2,88 e 2,69, respectivamente); 2) análise de jogadas de bola parada contra (2,88) e a favor (2,81); 3) análise dos momentos de transição (2,81 em ambos os momentos de transição do ataque para a defesa e da defesa para o ataque); e 4) análise das ações ofensivas (2,63) e e defensivas (2,56).

A caracterização individual dos jogadores, os parâmetros relacionados com a quantificação de dados, a análise das dimensões espaço e tempo e o comportamento do treinador adversário, embora tenham obtido valores intermédios de importância, foram considerados eixos de análise de menor importância em relação aos anteriores.

As distâncias percorridas pelos jogadores a alta, média, e baixa intensidade, assim como as distâncias totais percorridas, são os eixos de análise menos valorizados. Todos os parâmetros obtiveram níveis médios de importância correspondentes ao intervalo "pouco importante", à exceção do parâmetro de análise das distâncias percorridas pelos jogadores a alta intensidade. Neste parâmetro verificou-se um nível médio de importância de 1,56 que o coloca dentro do intervalo "importante".

Discussão

Os resultados obtidos demonstram a importância do "scouting" para os treinadores da amostra na definição da abordagem tático-estratégica a desenvolver para o jogo. Foi evidenciada a busca de informações visando a definição de estratégias para superar o adversário e a identificação dos pontos fortes e fracos do mesmo. Na literatura esta ideia é igualmente suportada por vários autores (Ariel, 1983; Carling, 2005; Garganta, 1998; Hughes & Churchill, 2005; Lopes, 2005; Martins, 2000).

A construção de exercícios de treino com base na identificação de determinadas caraterísticas evidenciadas pelos adversários também parece ser conveniente tendo em conta que o treinador constrói, para o período semanal de treino, um conjunto de exercícios específicos que procuram simular a realidade da situação competitiva que a sua equipe irá vivenciar (Castelo, 2004). Nesse sentido, a informação sobre o adversário deve nortear a construção de alguns exercícios de treino, nomeadamente os que se destinam a "ensinar" e a exercitar as soluções estratégicas delineadas para o jogo. Esta opinião também é corroborada pela maioria dos treinadores.

Uma questão relevante a ponderar reporta-se à profundidade com que as novas informações alteram a padronização dos exercícios utilizados assim como a forma de jogar. Os resultados obtidos na TABELA 2 relativos à importância atribuída pelos treinadores ao "scouting" para alterar a forma de jogar das suas equipes são discrepantes. Sendo o modelo de jogo uma conjetura de jogo (Oliveira, 2003) que se persegue e o orientador do todo o processo ensino-aprendizagem/treino (Garganta, 2003), parece-nos injustificável que os treinadores modifiquem aspectos do mesmo em função das caraterísticas do adversário a defrontar. Informações sobre o adversário poderão ser oportunas na elaboração e reajuste dos exercícios de treino ao nível de uma padronização semanal. Contudo, o treinador não deverá abdicar da sua ideia de jogo devendo as alterações estratégicas introduzidas ser conscientes e refletidas. É aconselhável que essas alterações sejam reguladas pelo modelo de jogo e pelos seus princípios organizativos.

Por outro lado, sendo a AJ da própria equipe com um determinado adversário uma forma de se obter informação relativamente à operacionalização do modelo de jogo (Franks & McGarry, 1996), parece paradoxal que o mesmo seja alterado em função das caraterísticas desse adversário. Foi constatado que é consensual o recurso à informação decorrente da análise para aferir sobre a operacionalização da forma de jogar, tendo sido considerado, inclusivamente, o parâmetro mais importante. Esta valorização, em simultâneo, da consolidação de uma ideia de jogo e da sua alteração em função do adversário é incongruente. Tendo em conta estas informações, é possível supor que, atualmente, numa altura em que o conceito de modelo de jogo é profusamente abordado no âmbito do treino, ainda existe muita confusão em redor do seu correto significado, sendo frequentemente confundido com o conceito de sistema de jogo. Este último diz respeito unicamente à disposição espacial dos jogadores no terreno de jogo (Castelo, 2004) e mudanças a este nível não implicam, necessariamente, mudanças profundas nos princípios que dão corpo à ideia de jogo do treinador. Em todo o caso, é plausível admitir que os treinadores possam ter percebido a frase "alteração da forma de jogar" como uma modificação em menor proporção daquela que se pretendia transmitir no questionário. Neste sentido, a interpretação destes resultados deverá ter em consideração essa possibilidade.

Sendo o modelo de jogo um referencial que determina e dirige a forma como devem ser tratadas as diversas componentes do jogo (Garganta, 2000; Oliveira, 1991), a valorização concedida pelos treinadores à AJ das suas próprias equipes no sentido da sua consolidação é coerente, na medida em que se torna importante poder aceder à interpretação que é realizada pelos jogadores ao mesmo. Com base nessas informações é possível regular o treino, repetindo-se este processo após cada jogo disputado (Franks, Goodman & Miller, 1983; Garganta, 1998; Hughes, 2005).

As informações da AJ que se relacionam com os parâmetros da obtenção de "feedback" foram também consideradas muito importantes, à semelhança do que é defendido na literatura. Diversos autores referem-se à utilização da AJ para identificação dos pontos fortes e fracos da equipe e para correção de erros coletivos e/ou individuais (Groom & Cushion, 2004; Hughes & Churchill, 2005; Murtough & Williams, 1999; Moutinho, 1991).

A informação fornecida aos jogadores sobre o seu próprio desempenho, num contexto coletivo ou individual (Calligaris, Marella & Innocenti, 1990), é uma das variáveis mais importantes que influenciam a aprendizagem (Franks & McGarry, 1996; Garcia, 2000; Godinho, 2002; Hotz, 1999; Liebermann, Katz, Hughes, Bartlett, McClements & Franks, 2002). A partir do reconhecimento dos aspectos que necessitam ser desenvolvidos ou reforçados, os treinadores podem planificar e organizar o treino tornando os seus conteúdos mais objetivos e específicos (Sampaio, 1999). Logo, é conveniente que a construção de exercícios tenha em conta as informações derivadas da análise de forma a que se intervenha cirurgicamente nos aspetos que requerem a atenção do treinador. Adapta-se, assim, o objetivo e a lógica do exercício à sua função específica, no que diz respeito à abordagem de um, ou mais, princípios do modelo de jogo que são perseguidos. Esta ideia é suportada por Queiroz (1986) e Castelo (2002).

Os resultados sobre a frequência da realização do "scouting" em função do local do jogo, reforçam a necessidade de analisar os adversários a jogar em casa e fora de sua casa. Nesta linha de pensamento, Silva (2002) estabelece relações entre o local do jogo e outros fatores relacionados (público, familiarização com o espaço, viagens) com o desempenho no futebol, apontando-o como influenciador dos estados psicológicos e comportamentais dos jogadores, treinadores e árbitros. No seu estudo com uma equipe participante na UEFA Champions League 2001/02, o mesmo autor verificou padrões comportamentais diferentes em relação a diferentes indicadores táticos, consoante o jogo se disputava fora ou em casa da referida equipe. Deste modo, as opções manifestadas pelos treinadores inquiridos revelam-se oportunas se for considerado o fato de as equipes apresentarem sistemas, métodos e ações estratégico-táticas diferentes, consoante os jogos se disputem no seu terreno ou no terreno das equipes que defrontam (Pacheco, 2005).

No que diz respeito à frequência de análises de cada jogo realizadas através do vídeo, as opções evidenciadas pela realização de uma a duas análises estão ajustadas, dados os constrangimentos temporais ao nível da coleta de dados e da sua posterior utilização na preparação para o jogo.

É pertinente a posição dos inquiridos de destacarem a análise que realizam das suas próprias equipes como sendo a mais importante. De acordo com Silva (1999) são os treinadores que assumem a responsabilidade na definição e implementação de uma concepção do jogo, logo, as suas opiniões e ideias são fundamentais para esse entendimento. O treinador poderá e deverá recorrer a outras opiniões para obter informações sobre o desempenho da sua equipe (os resultados apresentados na TABELA 4 apontam a opinião do treinador adjunto como a 2ª mais importante). Contudo, sendo ele próprio o protagonista na definição da forma como pretende que a sua equipe jogue, a sua própria análise reveste-se de especial importância.

O considerável número de treinadores que não utiliza nenhum tipo de instrumento de análise com categorias pré-definidas, não encontram as suas opções fundamentadas na literatura. Vários especialistas são da opinião que o resultado da análise depende das variáveis que estão a ser consideradas e da sua definição exata, pois estas ditarão a existência ou não de erros na recolha de dados (Anguera, Villaseñor, López & Mendo, 2000; Carosio, 2001; Contreras & Ortega, 2000; García, 2000; Garganta, 2001; Olsen & Larsen, 1997; Rodrigues, 2004). Apesar de ser possível descrever inúmeros aspectos do desempenho de uma equipe, apenas uma série limitada de elementos são importantes (Franks, Goodman & Miller, 1983; Gowan, 1987), deste modo, é desejável conhecer previamente as categorias de análise (Carosio, 2001; Garganta, 2001, 2000, 1998).

No que diz respeito aos sistemas de AJ utilizados pelos treinadores, a maioria utiliza um método misto de observação (combinação da observação em tempo real e observação com manipulação do tempo), que é para Rocha (1996) o mais rigoroso e o que permite uma melhor identificação das caraterísticas que se procuram. Quanto ao grau de sofisticação dos sistemas utilizados, refira-se que face às novas tecnologias comercialmente existentes, os treinadores podem evitar o recurso a métodos tão morosos no processamento dos dados. Seria mais vantajoso a adoção de sistemas de análise mais sofisticados, nomeadamente ao nível dos sistemas computorizados com capacidade de manipulação da imagem digital. As vantagens da utilização deste tipo de sistemas são evidenciadas na literatura por autores como Hughes (1996, 1991) e Riera (1995a).

Relativamente à seleção dos eixos de análise, a identificação de padrões de jogo visada pelos treinadores também é apontada por vários autores como importante no fornecimento de informação para aferir sobre os desempenhos observados e na regulação do processo de treino (Franks, Mcgarry & Hanvey, 1999; Garganta, 2001, 2000, 1998; Hughes & Churchill, 2005; McGarry & Franks, 1994). Para além de padrões, importa igualmente identificar acontecimentos que acontecem aleatoriamente e de forma imprevisível em determinadas configurações do jogo, produzindo alterações significativas no mesmo. Neste contexto, os momentos de transição para o ataque e transição para a defesa são extremamente importantes (Oliveira, 2004) pois reportam-se a períodos de tempo bastante curtos nos quais ambas as equipes se encontram momentaneamente desorganizadas para as novas funções que têm de assumir. Estes momentos do jogo adquirem maior pertinência se forem considerados os resultados da investigação de Pereira (2005). Este autor, baseado na análise de vários estudos, concluiu que 50% dos golos em ação de jogo ocorrem em momentos de transição. Todas estas ideias são congruentes com as opções manifestadas pelos treinadores.

Relativamente à análise de jogadas de bola parada, as preferências dos treinadores também estão em conformidade com as opiniões de Castelo (1994) e Carling (2005). Estes autores apontam este eixo de análise como um dos principais focos de interesse da AJ nos últimos anos.

Foi possível confirmar que a maioria dos treinadores considera ser útil a combinação de uma análise qualitativa (padrões de jogo) com uma análise quantitativa, sendo esta uma ideia igualmente reforçada por vários especialistas (García, 2000; Garganta, 1998, 2000, 2001; Maia, 2001; Morrison, 2000). Importa, contudo, fazer referência à valorização atribuída por vários treinadores a um tipo de análise puramente estatística e quantitativa, uma vez que esta é desaconselhada para tentar perceber a dinâmica de sistemas complexos como o futebol (Bishovets, Gadjiev & Godik, 1991;Borrie, Jonsson & Magnusson, 2002; Eom & Schutz, 1992; Garganta & Gréhaigne, 1999; Gréhaign, Bouthier & David, 1997; Grinvald, 1999; Hughes & Bartlet, 2002; Jonsson, Bjarkadottir, Gislason, Borrie & Magnusson, 2003; Joyce, 2002; Marques, 1995; Paulis & Mendo, 2002), principalmente quando se centra numa análise quantitativa da técnica. Convocamos Garganta e Pinto (1998), Garganta (2002), Castelo (2006) e Santos (2006) para argumentar que no futebol os fatores de execução técnica são sempre determinados por um contexto tático, tornando muito restrita a tentativa de compreensão do desempenho somente a partir do acesso à frequência de ocorrência de execuções técnicas.

A importância atribuída pelos treinadores à caracterização da atuação do treinador adversário também é reconhecida na literatura. Castelo (1996) salienta que a partir do conhecimento do perfil do técnico adversário, o treinador prepara-se para a competição estabelecendo quais as respostas táticas mais rápidas, mais racionais e mais eficazes às questões formuladas por este e pela equipe adversária, durante a competição.

Os resultados registrados traduzem ainda que os treinadores preferem obter informação sobre as ações levadas a cabo pelos jogadores sob o ponto de vista tático nos diferentes momentos do jogo em vez de uma caracterização energético-funcional dos mesmos, tal como sugerem Grosgeorge, Dupuis e e Vérez (1991). Garganta (1997) acrescenta que a intensidade com que um jogador executa as ações no jogo está dependente da forma como as equipes jogam e da maneira como condicionam o ritmo de jogo. Portanto, ela é função da qualidade das opções tático-técnicas efetuadas pelo jogador no decurso do jogo. Refira-se que a literatura aponta a análise da dimensão tática como a dimensão que fornece os melhores indicadores do desempenho (Castelo, 2006; Cruz & Tavares, 1998; Garganta, 1997, 2002; Garganta, Maia & Basto, 1997; Garganta & Pinto, 1998; Greco & Chagas, 1992; Guia, Ferreira & Peixoto, 2004; Mahlo, 1997; Oliveira, 2004; Paulis, 2000; Pinto, 1996; Riera, 1995b; Sisto & Greco, 1995).

Conclusão

Com o presente estudo pretendeu-se caracterizar o processo de AJ realizado pelos treinadores da 1ª liga portuguesa profissional de futebol nos seus clubes. Verificou-se que o "scouting" e a AJ da própria equipe são unanimemente utilizados e adquirem a sua pertinência ao nível da planificação estratégico-tática.

Apesar de se verificar um consenso em matéria de valorização atribuída à AJ da própria equipe para a consolidação do modelo de jogo, foram encontradas situações nas quais são operacionalizadas mudanças na forma de jogar em função das caraterísticas do adversário. Este paradoxo pode estar relacionado com a indistinção entre os conceitos de modelo de jogo e de sistema de jogo.

Foi também constatado que os treinadores são os protagonistas na AJ das suas equipes enquanto o "scouting" é delegado num elemento da equipe técnica exclusivamente designado para a análise de adversários.

No que diz respeito à frequência de realização da AJ, apesar de serem analisados um elevado volume de jogos, os meios utilizados são pouco sofisticados tendo em conta a disponibilidade de sistemas atualmente existentes, especificamente vocacionados para a análise do desempenho esportivo.

Quanto aos eixos de análise que são utilizados, os treinadores preferem os que se relacionam com a dimensão tático-estratégica do jogo e desvalorizam os que se relacionam com a análise energético-funcional (análise tempo-movimento).

Para futuras pesquisas recomenda-se a problematização da percepção dos treinadores face aos aos conceitos de modelo de jogo, sistema de jogo, tática e estratégia e o enfoque das razões que estão na base da não utilização de novas tecnologias de AJ.

Notas

1. GARGANTA (1997) define as variações como ações que, embora não representem regularidades ou invariâncias, assumem, pela sua imprevisibilidade, uma importância particular na história do jogo.

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Recebido para publicação: 05/10/2009

1a. Revisão: 22/03/2010

2a. Revisão: 04/08/2010

3a. Revisão: 27/10/2010

Aceito: 30/05/2011

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  • Endereço para correspondência:

    Pedro Silva
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      13 Out 2011
    • Data do Fascículo
      Set 2011

    Histórico

    • Recebido
      05 Out 2009
    • Aceito
      30 Maio 2011
    • Revisado
      27 Out 2010
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