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SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA DOS STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS NO LEITE DE VACAS COM MASTITE

ANTIMICROBIAL SUSCEPTIBILITY OF STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLATED FROM BOVINE MASTITIC MILK

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo conhecer a sensibilidade antimicrobiana “in vitro” de 72 cepas de Staphylococcus aureus isoladas em amostras de leite de vacas com mastite clínica e subclínica, em 10 propriedades rurais do Estado de São Paulo. Os testes foram realizados pela da técnica de difusão em discos padronizada por Kirby-Bauer. Os principios ativos que apresentaram maior sensibilidade foram a gentamicina (98,6%) e a eritromicina (98,6%), seguidos pela estreptomicina (94,4%), oxacilina (84,7%), novobiocina (73,4%), vancomicina (72,2%), ampicilina (4,2%) e a penicilina (2,8%). Os resultados obtidos evidenciaram, ainda, que as 72 (100%) cepas estudadas apresentaram resistência a pelo menos 2 antibióticos ou quimioterápicos e que nenhum destes princípios ativos, agindo isoladamente, pode ser ativo contra qualquer das cepas experimentadas.

PALAVRAS-CHAVE
Stahylococcus aureus ; mastite bovina; antimicrobianos

ABSTRACT

The purpose of this study was to determine the in-vitro susceptibility pattern of 72 Staphylococcus aureus strains, isolated from bovine mastitic milk. The calves were reared on 10 dairy farms in the state of São Paulo, Brazil. These strains were tested by the standardized disc diffusion method. The highest susceptibility was to gentamicin (98.6%) and erytromycin (98.6%), followed by streptomycin (94.4%), oxacillin (84.7%), novobiocin (73.4%), vancomycin (72.2%), ampicillin (4.2%) and penicillin (2.8%). Results showed that 72 (100%) strains were resistant to at least 2 antibiotics and chemotherapeutics. None of the active principles, acting alone, was effective against any of the strains tested.

KEY WORDS
Stahylococcus aureus ; bovine mastitis; antimicrobial

INTRODUÇÃO

A mastite bovina continua sendo um grande problema para a indústria leiteira, apesar das inúmeras pesquisas voltadas para o controle desta enfermidade (FREITAS et al., 2005FREITAS, M.F.L.; PINHEIRO JUNIOR, J.W.; STAMFORD, T.L.M.; RABELO, S.S.A.; SILVA, D.R.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de Staphylococcus coagulase positivos isolados de leite de vacas com mastite no agreste do Estado de Pernambuco. Arquivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.72, n.2, p.171-177, 2005. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/V72_2/freitas.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2006.
http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/...
). A elevada ocorrência e as perdas econômicas decorrentes principalmente da diminuição da produção láctea (COSTA et al., 2000COSTA, E. O.; RAIA, M.R.; WATANABE, E.T.; GARINO, F.; COELHO, V. Infuência do tratamento intramamário de casos de mastite de bovinos em lactação em relação à presença de resíduos de antibióticos no leite de quartos sadios. Napgama, v.3, n.4, 14-17, 2000.), fazem com que esta enfermidade seja considerada a mais dispendiosa nas propriedades leiteiras (ANDRADE et al., 2000ANDRADE, M.A.; DIAS FILHO, F.C.; MESQUISTA, A.J.; ROCHA, P.T. Sensibilidade “in vitro” de Staphylococcus aureus isolados de amostras de leite de vacas com mastite subclínica. Ciência Animal Brasileira, v.1, n.1, p.53-57, 2000.).

Embora possa ser causada por inúmeros microrganismos os Staphylococcus aureus são reconhecidos como sendo os agentes etiológicos mais isolados em vários paises do mundo (et al., 2004SÁ, M.E.P.; CUNHA, M.S.R.S.; ELIAS, A.O.; VICTORIA, C.; LANGONI, H. Importância do Staphylococcus aureus nas mastites subclínicas: pesquisa de enterotoxinas e toxina do choque tóxico, e a relação com a contagem de células somáticas. Brazilian Journal Veterinary Research Animal Science, v.41, n.5, p.321-326, 2004.). Observações semelhantes foram realizadas por LANGONI et al. (1998)LANGONI, H.; SILVA, A.V. DA; CABRAL, K.G.; DOMINGUES, P.F. Aspectos etiológicos na mastite bovina: flora bacteriana aeróbica. Arquivo Brasileiro de Medicina Veteterinária, v.20, p.204-209, 1998. e BRABES et al. (1999)BRABES, K.C.S.; CARVALHO, E.P.; DIONÍSIO, F.L.; PEREIRA, M.L.; GARINO, F.; COSTA, E.O. Participação de espécies coagulase positivas e negativas produtoras de enterotoxinas do gênero Staphylococcus na etiologia de casos de mastite bovina em propriedades de produção leiteira dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Napgama, v.2, n.3, p.4-11, 1999. em rebanhos leiteiros do Estado de São Paulo.

Algumas características de virulência que contribuem para a persistência do S. aureus no tecido mamário (SANTOS et. al., 2003SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SOUZA, H.M.; OLIVEIRA, M.B.M.; JOHNER, J.M.Q.; LEAL, N.A.; ALMEIDA, A.M.P.; LEAL-BALBINO, T.C. Tipagem molecular de S. aureus isolados do leite de vacas com mastite subclinica e equipamentos de ordenha procedentes do estado de Pernambuco. Napgama, v.6, n.1, p.19-23, 2003.) e o uso inadequado de antibióticos que propicia o aparecimento de cepas multi-resistentes, são fatores que comprometem a eficiência do tratamento da mastite bovina causada por estes microrganismos (BARBERIO et al ., 2002BARBERIO, A.; GIETL, H.; DALVIT, P. “In vitro” sensibilidade aos antimicrobianos de Staphylococcus aureus e coliformes isolados de mastite bovina na região de Veneto, Itália, no período de 1996-1999. Napgama, v.5, n.1, p.10, 2002.).

Ainda que o controle desta enfermidade seja fundamentado na adoção de medidas higiênico-sanitárias, a antibioticoterapia pode exercer um importante papel especialmente se considerada a possibilidade da redução das infecções intramamárias e, a conseqüente eliminação das prováveis fontes de infecção (ERSKINE et al.,1993ERSKINE, R.J.; KIRK , J.H.; TYLER, J.W.; DEGRAVES, F.J. Advances in the therapy for mastitis. Veterinary Clinics North Ameica Food Animal Pratice, v.9, n.3, p.499-513, 1993.).

Tendo em vista o exposto e considerando que as indicações terapêuticas são na maioria das vezes realizadas de forma empírica (ANDRADE et al., 2000ANDRADE, M.A.; DIAS FILHO, F.C.; MESQUISTA, A.J.; ROCHA, P.T. Sensibilidade “in vitro” de Staphylococcus aureus isolados de amostras de leite de vacas com mastite subclínica. Ciência Animal Brasileira, v.1, n.1, p.53-57, 2000.) e que os testes de sensibilidade aos antimicrobianos são instrumentos muito úteis para avaliar o desenvolvimento de resistência em patógenos (BARBERIO et al., 2002BARBERIO, A.; GIETL, H.; DALVIT, P. “In vitro” sensibilidade aos antimicrobianos de Staphylococcus aureus e coliformes isolados de mastite bovina na região de Veneto, Itália, no período de 1996-1999. Napgama, v.5, n.1, p.10, 2002.), idealizou-se o presente trabalho com o objetivo de conhecer a sensibilidade “in vitro” frente alguns antibióticos e quimioterápicos das cepas de S.aureus isoladas no leite de vacas com mastite.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram estudadas 72 cepas de S. aureus isoladas do leite de vacas com sinais de mastite (COSTA et al., 2000COSTA, E. O.; RAIA, M.R.; WATANABE, E.T.; GARINO, F.; COELHO, V. Infuência do tratamento intramamário de casos de mastite de bovinos em lactação em relação à presença de resíduos de antibióticos no leite de quartos sadios. Napgama, v.3, n.4, 14-17, 2000.) ou que apresentavam positividade no California Mastitis Test (SCHALM; NOORLANDER, 1957SCHALM, O.W.; NOORLANDER, D.D. Experiments and observations leading to development of the California Mastitis Test. Journal of American Veterinary Medical Association, v.130, p.199-204, 1957.), em 10 propriedades rurais do Estado de São Paulo.

As amostras de leite foram semeadas em ágar sangue desfibrinado de ovino a 5% (v/v) e incubadas em estufa a 37º C por 24 a 48h. S. aureus foram identificados por coloração pelo método de Gram, fermentação da glicose e manitol em aerobiose e anaerobiose, produção de pigmento em agar seletivo e ecas ´rpvas de acetoina, coagulase, termonuclease (T nase), segundo KLOSS; LAMBE (1991)KLOSS, W.E., LAMBE, JUNIOR, D.W. Staphylococcus. In: BALOWS, A. (Ed.). Manual of clinical microbiology. 5.ed. Washington: Am. Soc. Microbiol., 1991. p.222-237., VARNAM; EVANS (1991)VARNAM, A.H.; EVANS, M.G., Foodborne pathogens: an illustrated text. London: Wolfe, 1991. 557p. e QUINN et al. (1994)QUINN, P.J.; CARTER, M.E.; MARKEY, B. Clinical veterinary microbiology, London: Wolfe, 1994. 648 p.. As cepas a serem estudadas já isoladas e identificadas, foram incubadas em 2 mL de meio de caldo cérebro coração (BHI) e incubadas a 37º C por 24h.

Os testes de sensibilidade “in vitro” foram realizados pelo método de Kirby-Bauer conforme o recomendado pelo National Mastitis CouncilNATIONAL MASTITISCOUNCIL (USA). Laboratory and field handbook on bovine mastities. Madison: WI:NMC, 1987. 222p., sendo utilizados os seguintes antimicrobianos: penicilina (10 un), gentamicina (10 mcg), ampicilina (10 mcg), vancomicina (30 mcg), novobiocina (30 mcg), oxacilina (1 mcg), estreptomicina (10 mcg) e eritromicina (15 mcg).

Tabela 1
Distribuição da sensibilidade “in vitro” das cepas de S. aureus isoladas em amostras de leite de vacas com mastite em 10 propriedades rurais do Estado de São Paulo, frente aos antibióticos e quimioterápicos avaliados, 2002.

RESULTADOS

A Tabela 1 mostra a distribuição dos resultados dos testes de sensibilidade “in vitro” das cepas de S. aureus isoladas em amostras de leite de vacas com mastite em 10 propriedades rurais do Estado de São Paulo, frente aos antibióticos e quimioterápicos avaliados. Observa-se que os princípios ativos que apresentaram maior sensibilidade foram a gentamincina (98,6%) e a eritromicina (98,6%) seguidos pela estreptomicina (94,4%), oxacilina (84,7%), novobiocina (73,4%), vancomicina (72,2%), ampicilina (4,2%) e a penicilina (2,8%). Verifica-se, também, que nenhum destes princípios ativos, agindo isoladamente, pode ser ativo contra qualquer das cepas experimentadas.

A Tabela 2 mostra distribuição da resistência “in vitro” das cepas de S. aureus isoladas em amostras de leite de vacas com mastite em 10 propriedades rurais do Estado de São Paulo, frente aos antibióticos e quimioterápicos estudados. Verifica-se que as 72 (100%) cepas testadas apresentaram resistência simultânea a pelo menos dois antibióticos e quimioterápicos.

Tabela 2
Distribuição da resistência “in vitro” das cepas de S. aureus isoladas em amostras de leite de vacas com mastite em 10 propriedades rurais do Estado de S. Paulo, frente aos antibióticos e quimioterápicos avaliados, 2002.

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

A análise da Tabela 1 revela que a gentamicina foi o antibiótico que apresentou maior (98,6%) ação “in vitro” sobre os S. aureus, achado este que se aproxima dos obtidos por OLIVEIRA et al. (2002)OLIVEIRA, A.A.F.; M OTA, R.A.; SOUZA, M.I.; SÁ, M.E.P. Perfil de senbibilidade antimicrobina in vitro frente a amostras de Staphylococcus spp isoladas de mastite subclinica bovina, no Agreste meredional de Pernambuco. Hora Veterinária, v.22, n.127, p.8-10, 2002., NADER FILHO et al. (1986)NADER FILHO, A.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; ROSSI JUNIOR, O.D.; AMARAL, L.A. Sensibilidade dos Staphylococcus aureus isolados em casos de mastite bovina, á ação de antibióticos e quimioterápicos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.38, n.4, p.581-588, 1986., VARGAS et al. (1996)VARGAS, A.C.; L AZZARINI, A.; DUTRA, V.; WEISS, L.H.N.; FERREIRA, G.L.;F LORES, L.A.S. Agentes infecciosos mais prevalentes em mastite bovina na região de Santa Maria, RS – Perfil de sensibilidade in vitro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINARIA, 24., 1996, Goiânia. Anais. Goiânia: Sociedade Goiana de Medicina Veterinária, 1996. p.119. e ANDRADE et al. (2000)ANDRADE, M.A.; DIAS FILHO, F.C.; MESQUISTA, A.J.; ROCHA, P.T. Sensibilidade “in vitro” de Staphylococcus aureus isolados de amostras de leite de vacas com mastite subclínica. Ciência Animal Brasileira, v.1, n.1, p.53-57, 2000., cujos valores foram de 100%, 94,6%, 95.1% e 89,4%, respectivamente. Todavia, COSTA et al. (1996)COSTA, E.O.; CARCIOFI, A.C.; MELVILLE, P.A.; RIBEIRO, A.V.; VIANI, F.C.; MASCOLI, R.; LIVEIRA, P.J. Mastite bovina: CMT versus microbiológico. Hora Veterinária, v.15, n.89, p.53-54, 1996., LANGONI et al. (1991)LANGONI, H.; DOMINGUES, P.F.; PINTO, M.P.; LISTONI, F.J.P. Etiologia e sensibilidade bacteriana da mastite bovina subclinica. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.43, n.6, p.507-515, 1991., DOMINGUES et al. (1994)DOMINGUES, P.F.; PADOVANI, C.R.; DOMINGUES, L.R. Estudo da eficácia in vintro dos antibióticos e quimioterápiocs usados no tratamento da mastite bovina por Staphylococcus sp. Hora Veterinária, n.82, p.27-29, 1994., COSTA et al. (2000)COSTA, E. O.; RAIA, M.R.; WATANABE, E.T.; GARINO, F.; COELHO, V. Infuência do tratamento intramamário de casos de mastite de bovinos em lactação em relação à presença de resíduos de antibióticos no leite de quartos sadios. Napgama, v.3, n.4, 14-17, 2000. e FREITAS et al. (2005)FREITAS, M.F.L.; PINHEIRO JUNIOR, J.W.; STAMFORD, T.L.M.; RABELO, S.S.A.; SILVA, D.R.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de Staphylococcus coagulase positivos isolados de leite de vacas com mastite no agreste do Estado de Pernambuco. Arquivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.72, n.2, p.171-177, 2005. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/V72_2/freitas.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2006.
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, obtiveram valores inferiores, quais sejam, 52,5%, 72,1%, 80%, 54% e 49%, respectivamente. Apesar dos distintos percentuais de sensibilidade a este princípio ativo, acredita-se que os resultados obtidos possam corroborar com a afirmação de LANGONI et al. (2000)LANGONI, H.; MENDONÇA, A.O.; DEVELLEY, A. Avaliação do uso da associação da bromexina com gentamicina no tratamento da mastite subclínica bovina. Napgama, n.1, p.4-7, 2000., segundo a qual a gentamicina continua sendo um antibiótico eficaz no tratamento das mastites bovinas de origem bacteriana. Por outro lado, observa-se que a eritromicina, a exemplo da gentamicina, foi o princípio ativo que apresentou a maior (98,6%) ação “in vitro” sobre os S. aureus isolados das mastites nas propriedades objeto desta investigação. Este achado foi superior aos verificados por NADER FILHO et al. (1986)NADER FILHO, A.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; ROSSI JUNIOR, O.D.; AMARAL, L.A. Sensibilidade dos Staphylococcus aureus isolados em casos de mastite bovina, á ação de antibióticos e quimioterápicos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.38, n.4, p.581-588, 1986., FAGLIARI et al. (1990)FAGLIARI, J.J.; LUCAS, A.; FERREIRA NETO, J.M. Sensibilidade a drogas antimicrobianas de bactérias isoladas de vacas com mastite clinica e subclínica. Ciência Veterinária, v.4, n.2, p.11-13, 1990. e BARBERIO et al. (2002)BARBERIO, A.; GIETL, H.; DALVIT, P. “In vitro” sensibilidade aos antimicrobianos de Staphylococcus aureus e coliformes isolados de mastite bovina na região de Veneto, Itália, no período de 1996-1999. Napgama, v.5, n.1, p.10, 2002., cujos valores foram de 89,2%, 93,1% e 78,7%, respectivamente.

A análise da Tabela 1 mostra, ainda, que a penicilina foi o antibiótico que apresentou menor (2,8%) ação “in vitro” sobre os S. aureus, sendo este resultado inferior aos obtidos por COSTA et al. (1996)COSTA, E.O.; CARCIOFI, A.C.; MELVILLE, P.A.; RIBEIRO, A.V.; VIANI, F.C.; MASCOLI, R.; LIVEIRA, P.J. Mastite bovina: CMT versus microbiológico. Hora Veterinária, v.15, n.89, p.53-54, 1996., DOMINGUES et al. (1994)DOMINGUES, P.F.; PADOVANI, C.R.; DOMINGUES, L.R. Estudo da eficácia in vintro dos antibióticos e quimioterápiocs usados no tratamento da mastite bovina por Staphylococcus sp. Hora Veterinária, n.82, p.27-29, 1994., NADER FILHO et al. (1986), LANGONI et al. (1991)LANGONI, H.; DOMINGUES, P.F.; PINTO, M.P.; LISTONI, F.J.P. Etiologia e sensibilidade bacteriana da mastite bovina subclinica. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.43, n.6, p.507-515, 1991., VARGAS et al. (1996)VARGAS, A.C.; L AZZARINI, A.; DUTRA, V.; WEISS, L.H.N.; FERREIRA, G.L.;F LORES, L.A.S. Agentes infecciosos mais prevalentes em mastite bovina na região de Santa Maria, RS – Perfil de sensibilidade in vitro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINARIA, 24., 1996, Goiânia. Anais. Goiânia: Sociedade Goiana de Medicina Veterinária, 1996. p.119., FREITAS et al. (2005)FREITAS, M.F.L.; PINHEIRO JUNIOR, J.W.; STAMFORD, T.L.M.; RABELO, S.S.A.; SILVA, D.R.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de Staphylococcus coagulase positivos isolados de leite de vacas com mastite no agreste do Estado de Pernambuco. Arquivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.72, n.2, p.171-177, 2005. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/V72_2/freitas.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2006.
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e ANDRADE et al. (2000)ANDRADE, M.A.; DIAS FILHO, F.C.; MESQUISTA, A.J.; ROCHA, P.T. Sensibilidade “in vitro” de Staphylococcus aureus isolados de amostras de leite de vacas com mastite subclínica. Ciência Animal Brasileira, v.1, n.1, p.53-57, 2000. cujos valores foram de 6,8%, 10%, 13,5%, 13,7%, 18,1%, 20% e 23,7%, respectivamente. Segundo ANDRADE et al. (2000)ANDRADE, M.A.; DIAS FILHO, F.C.; MESQUISTA, A.J.; ROCHA, P.T. Sensibilidade “in vitro” de Staphylococcus aureus isolados de amostras de leite de vacas com mastite subclínica. Ciência Animal Brasileira, v.1, n.1, p.53-57, 2000. a grande variação destes percentuais de sensibilidade “in vitro” talvez possa ser atribuída a utilização empírica e indiscriminada destes princípios ativos no tratamento da mastite bovina causada por S. aureus, de modo a proporcionar o aparecimento de linhagens resistentes.

Os dados inseridos na Tabela 1, evidenciam, também que nenhum dos princípios ativos ensaiados, agindo isoladamente, pode ser ativo contra qualquer das cepas de S. aureus experimentadas. Tais achados parecem corroborar com a afirmação de NADER FILHO et al. (1986)NADER FILHO, A.; SCHOCKEN-ITURRINO, R.P.; ROSSI JUNIOR, O.D.; AMARAL, L.A. Sensibilidade dos Staphylococcus aureus isolados em casos de mastite bovina, á ação de antibióticos e quimioterápicos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.38, n.4, p.581-588, 1986., segundo a qual o emprego de uma medicação que apresentasse apenas um dos antibióticos e quimioterápicos ensaiados, não eliminaria a totalidade das cepas de S. aureus isoladas nos casos de mastite bovina estudados na região objeto desta investigação.

Constitui-se motivo de grande preocupação a elevada (100%) ocorrência de cepas de S. aureus que apresentaram resistência múltipla frente aos princípios ativos ensaiados (Tabela 2), uma vez que muitos antibióticos e quimioterápicos disponíveis no mercado não teria efeito sobre tais microrganismos, fato este que poderia acarretar enorme dificuldade no tratamento dos animais doentes e, conseqüentemente, agravar as perdas econômicas decorrentes desta enfermidade.

A predominância (97,2%) de cepas resistentes simultâneamente à penicilina e à ampicilina verificada (Tabela 2), também foi observada por LANGE et al. (1997)LANGE, C.; CARDOSO, M.; PIANTA, C. Epidemiological characterization of S. aureus isolated from bovine mastitis in Porto Alegre, Brasil. Revista de Microbiologia., v.28, p.215-219, 1997. no Rio Grande do Sul, RAIMUNDO et al. (1999)RAIMUNDO, O.; DEIGHTON, M.; CAPSTIC, J.; GERRATY, N. Molecular typing of Staphylococcus aureus of bovine origin by polymorphisms of the coagulase gene. Veterinary microbiology, v.66, n.4, p.275-84, 1999. e PEREIRA (2001)PEREIRA, R.O. Epidemiologia Molecular da Mastite causada por Staphylococcus aureus. 2001. 52p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Universidade Estadual Paulista – Jaboticabal, 2001. em Minas Gerais, cujos valores foram de 85,3%, 100% e 92,8%, respectivamente. Acredita-se que tais achados possam ser atribuídos a provável capacidade de produção da beta-lactamase das cepas de S. aureus isoladas (ARCHER et al.,1994ARCHER, G.L.; NIEMEYER, D.M.; THANASSI, J.A.; PUCCI, M.J. Dissemination among staphylococci of DNA sequences associated with methicillin resistance. Antimicrob Agents Chemother, v.38, n.3, p.447-454, 1994.), a freqüente utilização destes princípios ativos nas propriedades objeto desta investigação (FREITAS et al., 2005FREITAS, M.F.L.; PINHEIRO JUNIOR, J.W.; STAMFORD, T.L.M.; RABELO, S.S.A.; SILVA, D.R.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de Staphylococcus coagulase positivos isolados de leite de vacas com mastite no agreste do Estado de Pernambuco. Arquivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.72, n.2, p.171-177, 2005. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/V72_2/freitas.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2006.
http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/...
) e ao uso inadequado destes medicamentos (FAGLIARI et al., 1990FAGLIARI, J.J.; LUCAS, A.; FERREIRA NETO, J.M. Sensibilidade a drogas antimicrobianas de bactérias isoladas de vacas com mastite clinica e subclínica. Ciência Veterinária, v.4, n.2, p.11-13, 1990.; ANDRADE et al., 2000ANDRADE, M.A.; DIAS FILHO, F.C.; MESQUISTA, A.J.; ROCHA, P.T. Sensibilidade “in vitro” de Staphylococcus aureus isolados de amostras de leite de vacas com mastite subclínica. Ciência Animal Brasileira, v.1, n.1, p.53-57, 2000.).

Sabe-se, contudo, que o elevado custo dos exames laboratoriais tem inibido a realização do isolamento, identificação e dos testes de sensibilidade “in vitro” dos agentes etiológicos da mastite bovina (FREITAS et al., 2005FREITAS, M.F.L.; PINHEIRO JUNIOR, J.W.; STAMFORD, T.L.M.; RABELO, S.S.A.; SILVA, D.R.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de Staphylococcus coagulase positivos isolados de leite de vacas com mastite no agreste do Estado de Pernambuco. Arquivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.72, n.2, p.171-177, 2005. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/V72_2/freitas.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2006.
http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/...
). Desse modo, na maioria das vezes, a escolha do medicamento anti-mastítico tem se baseado apenas no quadro clínico da enfermidade (FAGLIARI et al., 1990FAGLIARI, J.J.; LUCAS, A.; FERREIRA NETO, J.M. Sensibilidade a drogas antimicrobianas de bactérias isoladas de vacas com mastite clinica e subclínica. Ciência Veterinária, v.4, n.2, p.11-13, 1990.). Diante destes fatos, prejuízos ainda maiores têm sido experimentados pelos produtores rurais em decorrência dos insucessos obtidos no tratamento da mastite bovina (FREITAS et al., 2005FREITAS, M.F.L.; PINHEIRO JUNIOR, J.W.; STAMFORD, T.L.M.; RABELO, S.S.A.; SILVA, D.R.; SILVEIRA FILHO, V.M.; SANTOS, F.G.B.; MOTA, R.A. Perfil de sensibilidade antimicrobiana in vitro de Staphylococcus coagulase positivos isolados de leite de vacas com mastite no agreste do Estado de Pernambuco. Arquivos do Instituto Biologico, São Paulo, v.72, n.2, p.171-177, 2005. Disponível em: <http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/V72_2/freitas.PDF>. Acesso em: 20 abr. 2006.
http://www.biologico.sp.gov.br/ARQUIVOS/...
).

Os resultados obtidos oferecem valiosas informações sobre a sensibilidade dos S. aureus isolados nos casos de mastite bovina frente aos antimicrobianos testados. Todavia, deve-se assinalar que a escolha aleatória de medicamentos que possuam, por exemplo, a gentamicina como principio ativo, não implicará necessariamente no sucesso do tratamento, especialmente naquelas propriedades onde seu uso é freqüente e inadequado.

Diante do exposto, conclui-se que para a escolha do medicamento a ser utilizado no tratamento da mastite bovina causada por S. aureus, torna-se imperiosa a necessidade do conhecimento do perfil de sensibilidade frente aos antibióticos e quimioterápicos das cepas isoladas.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jan 2022
  • Data do Fascículo
    Jan-Mar 2007

Histórico

  • Recebido
    20 Jul 2006
  • Aceito
    01 Fev 2007
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