Acessibilidade / Reportar erro

Estrutura Intelectual dos Estudos em Andamento em Escolas de Negócios

RESUMO

Examinamos a pesquisa existente nas Escolas de Negócios (EN) na tentativa de entender as influências estruturais e intelectuais na pesquisa convencional, bem como a evolução e as tendências da pesquisa. Por meio de um estudo bibliométrico de cocitação e pareamento bibliográfico, apoiado em análises fatoriais e de rede, de uma amostra de 493 artigos, examinamos 76 artigos selecionados e suas referências. Os resultados indicam que as críticas feitas às EN influenciaram os trabalhos principais. Encontramos três fontes principais de críticas no nível intelectual: Lacuna entre Teoria e Prática, Relevância Social e Currículos e Prática. Nos principais trabalhos identificamos seis tópicos diferentes: Relevância da EN, Relevância do Ensino, Relevância para a Prática, Relevância do Curriculo, Evolução e Influência da EN, e Reputação. Através de nossa pesquisa bibliométrica, contribuímos para a pesquisa das EN de duas maneiras. Permitiu a identificação de trabalhos e temas que influenciaram as reflexões nas EN, pois influenciaram a pesquisa em andamento e, consequentemente, as tendências da pesquisa. Além disso, os resultados servem como orientações possíveis para os gerentes da EN.

PALAVRAS-CHAVE
Relevância das Escolas de Negócios; Bibliometria; Estratégia das Escolas de Negócios

ABSTRACT

We examined the extant research on Business Schools (B-Schools) in an attempt to understand the intellectual structural influences in mainstream research, as well as the evolution and trends in research. Through a bibliometric study of co-citation and bibliographic coupling, supported by factor and network analyses of a sample of 493 articles, we examined 76 selected articles and their references. The results indicate that critiques of B-Schools influenced mainstream works. We found three primary sources of criticism at the intellectual level: Theory and Practice Gap, Social Relevance, and Curricula and Practice. The mainstream works identified six different topics: B-School Relevance, Teaching Relevance, Relevance to Practice, Curricula Relevance, B-School Evolution, and Influence, and Reputation. The longitudinal analysis identified four trends: Relevance to Practice, Social Relevance, Academic-Practitioner Divide, and Teaching Relevance. Through our bibliometric research, we contribute to the B-Schools research in two ways. It enabled the identification of works and themes that influenced reflections on B-Schools, as they influenced the ongoing research, and consequently, the research trends. Furthermore, the results serve as possible orientations for B-School managers.

KEYWORDS
Business Schools relevance; Bibliometrics; Business Schools Strategy

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, houve uma proliferação de novos cursos nas Escolas de Negócios (EN), especialmente no Master of Business Administration (MBA) (Collet & Vives, 2013Collet, F. & Vives, L. (2013). From preeminence to prominence: The fall of U.S. Business Schools and the rise of European and Asian Business Schools in the Financial Times Global MBA Rankings. Academy of Management Learning and Education, 12(4), 540-563.). O Brasil seguiu essa tendência, pela proliferação de programas de MBA desde os anos 90, com a crença entre profissionais e recrutadores de que um diploma de MBA faz parte dos critérios para o sucesso profissional (Wood Jr. & Cruz, 2014Wood Jr., T., & Cruz, J. (2014). MBAs: Cinco Discursos em Busca de uma Nova Narrativa. Cadernos EBAPE.BR, 12(1), 26-44.). As EN são classificadas em termos de legitimidade (Collet & Vives, 2013Collet, F. & Vives, L. (2013). From preeminence to prominence: The fall of U.S. Business Schools and the rise of European and Asian Business Schools in the Financial Times Global MBA Rankings. Academy of Management Learning and Education, 12(4), 540-563.), pela sua influência nas escolhas dos estudantes (Sauder & Lancaster, 2006Sauder, M., & Lancaster, R. (2006). Do rankings matter? The effects of U.S. News and World Report rankings on the admissions process of law schools. Law and Society Review, 40(1), 105-134.), nas decisões dos empregadores e em sua reputação de excelência (Dichev, 1999Dichev, I. (1999). How good are business school rankings? Journal of Business, 72(2), 201-213.). A proliferação das EN e dos programas MBA é um fenômeno importante, que justifica um melhor entendimento dos estudos realizados e dos caminhos seguidos pelas pesquisas.

Há uma crescente conscientização de que o estudo de fenômenos é importante para o papel e a importância da pesquisa, para fornecer uma resposta aos problemas cotidianos e possibilitar o aprendizado nas organizações (Doh, 2015Doh, J. (2015). Why we need phenomenon-based research in international business. Journal of World Business, 50(4), 609-611.). A pesquisa baseada em fenômenos tem como foco a compreensão de um fenômeno no mundo real (Von Krogh et al., 2012Von Krogh, G., Rossi-Lamastra, C., & Haefliger, S. (2012). Phenomenon-based research in management and organization science: When is it rigorous and does it matter? Long Range Planning, 45(4), 277-298.). Como mencionado anteriormente, a compreensão do fenômeno das EN, pelo seu crescimento, e pela influência nas pessoas e empresas, é importante. Muito foi escrito, mas uma breve pesquisa indica que não existem estudos disponíveis que tenham procurado entender a base desta pesquisa e sua evolução intelectual.

As EN têm sido severamente criticadas por falta de relevância para a prática, e por não contribuírem efetivamente para a carreira dos estudantes (Pfeffer e Fong, 2004). Adicionalmente, foram colocadas preocupações sobre o desalinhamento curricular em relação, por exemplo, às soft skills (Navarro, 2008Navarro, P. (2008). The MBA core curricula of top-ranked U.S. business schools: A study in failure? Academy of Management Learning and Education, 7(1), 108-123.), bem como pelas falhas em preparar líderes e gerentes profissionais (Bennis e O´Toole, 2005Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104.) adequadamente. Apesar da oportunidade para a área de administração assumir a liderança na pesquisa da EN - “as escolas de negócios estão perdendo porque, relativamente, pouco se concentram nos trabalhos dessa área” (Arbaugh, 2016Arbaugh, J. (2016). Where are the dedicated scholars of management learning and education? Management Learning, 47, 230-240. , p. 238). Autores que discutem relevância também questionam a falta de suporte teórico e trabalho empírico em relação às críticas e soluções (Augier e March, 2011Augier, M. & March, J. (2011). The roots, rituals, and rhetorics of change: North American business schools after the Second World War. Stanford, CA: Stanford Business Books.; Corley e Gioia, 2011Corley, K. & Gioia, D. (2011). Building theory about theory building: What constitutes a theoretical contribution? Academy of Management Review, 36, 12-32.; Bartunek e Rynes, 2014Bartunek, J. & Rynes, S. (2014). Academics and practitioners are alike and unlike: The paradoxes of academic-practitioner relationships. Journal of Management, 40, 1181-1201.). Sendo assim, é necessária uma investigação mais aprofundada para entender melhor (Gioia e Corley, 2002Gioia, D. & Corley, K. (2002). Being Good Versus Looking Good: Business School Rankings and the Circean transformation from substance to image. Academy of Management Learning and Education, 1, 107-120.) a pesquisa de gestão que foi realizada e os caminhos que essa pesquisa seguiu.

Para entender esse fenômeno e sua evolução, realizamos um estudo bibliométrico de cocitação e de pareamento bibliográfico. Os estudos bibliométricos de cocitação permitem a análise das referências em artigos em um determinado campo para descrever o conteúdo e a evolução da pesquisa nesse campo. O pareamento mede a frequência com que dois documentos em uma amostra compartilham pelo menos uma referência comum. Esse tipo de estudo investiga a sobreposição de bibliografias (Vogel e Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.; Zupic e Čater, 2015Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429-472.) e identifica as tendências de pesquisa no campo em questão. A cocitação e o pareamento bibliográfico foram realizados até 2015, utilizando a análise de 76 artigos e 38 referências para a cocitação.

Nossas descobertas nos permitem mostrar esquematicamente a influência da base intelectual da pesquisa das EN e sua influência na pesquisa predominante. A relevância das EN continua a ser estudada e discutida. A lacuna entre a teoria e a influência na prática tem impactado os estudos relacionados com a prática. A relevância social das EN é revista em sua evolução e influência. A relevância social é crescente pela presença de profissionais experientes do mercado, mas não reduziu as preocupações com o ensino nas EN e os estudos sobre técnicas de ensino.

Apresentamos duas contribuições principais para a pesquisa das EN. Identificamos os trabalhos e os temas que influenciaram a pesquisa em andamento. Também identificamos as tendências de pesquisa das EN. Nosso trabalho não apenas melhora a compreensão do fenômeno, mas também apresenta oportunidades para futuros estudos sobre as EN. Nossas descobertas oferecem algumas orientações práticas para os gerentes das EN.

2. MÉTODO E TÉCNICAS DE PESQUISA

2.1. Procedimentos de coleta de dados

Os dados foram coletados no banco de dados da ISI Web of Science. Todas as revistas de negócios e administração disponíveis foram consideradas. A palavra-chave “escola* de negócio*” foi usada no campo Tópico do banco de dados para selecionar os artigos. O asterisco (*) foi utilizado para que qualquer variação da redação pudesse ser considerada. O resultado da pesquisa foi examinado para verificar se todos os artigos da amostra eram importantes para as análises. A amostra final considerou toda a pesquisa no banco de dados e continha 493 artigos publicados em 19 periódicos (Tabela 1).

Tabela 1.
Revistas e número de artigos selecionados

Para reduzir o viés e garantir a validade e a confiabilidade dos estudos selecionados, estabelecemos critérios para a seleção da amostra final (Vogel e Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.). Os trabalhos tinham que ter as Escolas de Negócios (EN) como tema central. Os autores leram o título, o resumo e a introdução de cada documento para validar a amostra independentemente. Alguns documentos foram lidos na íntegra para esclarecer eventuais dúvidas. Obtivemos um coeficiente de Cohen-Kappa de 0,93 de acordo entre os autores.

A bibliometria ajuda a controlar vieses trazidos pela subjetividade usual em revisões qualitativas realizadas sem a ajuda de ferramentas empíricas (Ramos-Rodrigues e Ruiz-Navarro, 2004Ramos-Rodriguez, A., & Ruiz-Navarro, J. (2004). Changes in the intellectual structure of strategic management research: A bibliometric study of the Strategic Management Journal, 1980-2000. Strategic Management Journal, 25(10), 981-1004.). Além disso, por meio de análises estatísticas, grandes quantidades de dados bibliográficos podem ser consideradas, trazendo um escopo mais amplo do que em revisões puramente qualitativas. (Vogel e Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.; Zupic e Čater, 2015Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429-472.). A bibliometria pode ser usada como uma etapa anterior para orientar a análise durante a revisão sistemática. Neste estudo, foram utilizadas duas técnicas bibliométricas, cocitação e pareamento bibliográfico.

A cocitação permite medir a frequência na qual um par de artigos é citado em conjunto (McCain, 1990McCain, K. (1990). Mapping authors in intellectual space: A technical overview. Journal of the American Society for Information Science, 41(6), 433-443.). É útil para detectar mudanças paradigmáticas e escolas de pensamento (Zupic e Čater, 2015Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429-472.).

O pareamento é uma medida de similaridade com base na frequência em que dois documentos da amostra compartilham pelo menos uma referência comum, ou seja, os documentos de uma amostra são agrupados de acordo com a sobreposição de suas bibliografias (Vogel e Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.; Zupic e Čater, 2015Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429-472.). Quanto maior o número de referências compartilhadas por dois documentos na amostra, maior a semelhança entre eles (Vogel e Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.).

A análise de cocitação foi realizada primeiro. Com o auxílio do Bibexcel, foi gerada uma matriz de coocorrência (Bernard e Ryan, 2010Bernard, H. & Ryan, G. (2010). Analyzing qualitative data: Systematic approaches. Thousand Oaks: Sage Publications, Inc.) das referências de cada par de artigos da amostra. A análise de cocitação foi realizada utilizando as referências da amostra de artigos utilizados para o pareamento. Para executar o pareamento, reduzimos nossa amostra em apenas os artigos com pelo menos seis pareamentos (laços ≥ 6) e com pelo menos um documento (nó ≥ 1). A amostra reduzida resultante foi composta por 76 artigos.

Esse procedimento nos permitiu verificar as estruturas intelectuais que influenciam especificamente a agenda atual de pesquisa representada por esses artigos. Para a análise do pareamento, utilizando a mesma amostra de 76 artigos, foi realizada uma análise fatorial exploratória, com o objetivo de agrupar os artigos por sua similaridade. Realizamos uma análise de citação das referências usadas na amostra (link do arquivo: https://drive.google.com/file/d/16-KfNKpXdbhhTxRHdrV2pvBRjoSY4x0s/view?usp=sharing).

Para a análise do pareamento, foi utilizada a matriz de coocorrência gerada, complementada pela análise fatorial e pelo diagrama de rede. O primeiro empregava rotação Varimax (Lin e Cheng, 2010Lin, T. & Cheng, Y. (2010). Exploring the knowledge network of strategic alliance research: A co-citation analysis. International Journal of Electronic Business Management, 8(2), 152-160.). Foram consideradas cargas fatoriais de aproximadamente 0,4 ou mais (Guerrazzi et al. 2015Guerrazzi, L., Brandão, M., Campos Junior, H. & Lourenço, C. (2015). Pesquisa em marketing e estratégia nos principais periódicos internacionais: um estudo bibliométrico sobre publicações no século XXI. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 14(1), 7-27.).

Todos os artigos que compõem cada fator, para análises de pareamento e de cocitação, foram lidos de forma a compreender o seu conjunto de conteúdos. Utilizamos um segundo método de agrupamento para aumentar a robustez (Zupic & Čater, 2015Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429-472.). A análise de rede permite a visualização da estrutura intelectual de um campo por meio de um diagrama de rede, com “nós” representando publicações e “laços” representando sua relação de compartilhamento. Portanto, os fatores foram usados e se sobrepuseram no diagrama de redes fornecido pelo software Ucinet (Lin e Cheng, 2010Lin, T. & Cheng, Y. (2010). Exploring the knowledge network of strategic alliance research: A co-citation analysis. International Journal of Electronic Business Management, 8(2), 152-160.). A rede mostra a proximidade entre os artigos e suas conexões, representando o relacionamento e a dimensão do número de artigos juntos.

Também relatamos densidade, coesão e centralidade, métricas usuais para análise de rede (Vogel e Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.). A densidade representa a extensão em que um fator possui bases conceituais comuns, e seu valor máximo é obtido quando todos os elos possíveis entre as referências do mesmo fator são esgotados (Vogel & Güttel, 2013Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.). É um indicador interno do fator. Na cocitação, a densidade máxima indica que as referências agrupadas no mesmo fator têm independência na expressão de uma abordagem, pois são referenciadas em conjunto. No pareamento bibliográfico, indica-se que os itens de um fator, tendo o foco definido pelo agrupamento, empregam referências comuns.

Coesão é semelhante à densidade de um fator, mas considera a sua interconexão com outros grupos, indicando o grau de independência que do fator (Wasserman & Faust, 1994Wasserman, S. & Faust, K. (1994). Social Network Analysis Methods and Applications. Cambridge: Cambridge University Press .). É um indicador entre fatores. Tanto para a citação quanto para a pareamento bibliográfico, a coesão complementa a explicação da densidade com relação ao poder de convergência entre itens do mesmo fator. Centralidade de rede indica agrupamentos formados em torno dos artigos mais citados. É medida pelo número de links que cada item estabelece na rede; portanto, quanto mais links, mais central o item. Abrange toda a rede. A centralidade destaca a relevância do trabalho em toda a rede, pois é mais citado em conjunto com outro (cocitando), ou compartilha referências em grande número com outros artigos (pareamento).

Com o objetivo de investigar a influência da estrutura da literatura nos trabalhos em andamento sobre as EN, realizamos uma análise entre os resultados de cocitação e pareamento. Para atingir esse objetivo, foi criada uma matriz de coocorrência para as referências que constituem os fatores de cocitação e para os artigos da análise de pareamento. Nessa matriz, as referências de cocitação foram as linhas, e os artigos de pareamento foram as colunas, ambas agrupadas nos fatores previamente obtidos. O cruzamento entre linhas e colunas foi binarizado, e o preenchemos com “1” se tal referência foi usada em qualquer um dos artigos e “0” se não. Essa matriz possibilitou avaliar as influências das raízes intelectuais (cocitação) nas pesquisas atuais (pareamento), e apresentar os valores e as relações graficamente (Figura 1).

Figura 1.
Estrutura intelectual e pesquisa predominante em Escolas de Negócios.

Para verificar as influências das referências (cocitação) nos artigos (pareamento), realizamos a análise cruzada das referências neles. Por constituírem artigos e referências e essas estruturas serem a abordagem de um artigo, essa análise possibilita avaliar a influência direta entre as abordagens básicas com os fluxos de pesquisa utilizados para investigar nosso tema.

3. ESTRUTURA INTELECTUAL E ESTUDOS EM CURSO EM ESCOLAS DE NEGÓCIOS

A influência da estrutura intelectual na pesquisa predominante sobre Escolas de Negócios (EN) está apresentada na Figura 1. Essa figura, que está orientando nossa revisão, foi criada por meio dos resultados da análise bibliométrica disponível no Apêndice 1 APPENDIX 1. BIBLIOMETRIC RESULTS Co-citation analysis The factor analysis for the co-citation (Table A1.1) of the bibliographic coupling references enabled the identification of three factors responsible for 64.3% of the variance, the first factor being dominant. The named factors are: Factor CC1: Theory and Practice Gap; Factor CC2: Social Relevance; Factor CC3: Curricula and Practice. The works included in the co-citation are predominantly conceptual and in essays or books. Table A1.1 Co-citation Factor Analysis results References Factor loads CC1 Theory and Practice Gap CC2 Social Relevance CC3 Curricula and Practice Nowotny et al., 2001 ,886 ,056 ,170 Anderson et al., 2001 ,825 ,103 ,034 Tranfield & Starkey, 1998 ,823 ,193 -,007 Gibbons et al., 1994 ,821 -,088 ,345 Grey, 2001 ,806 -,113 ,338 Pfeffer, 1993 ,782 ,106 -,109 Shapiro et al., 2007 ,660 -,178 ,585 Van de Ven & Johnson, 2006 ,657 ,432 -,027 Starkey & Madan, 2001 ,651 ,274 ,034 Van de Vem, 2007 ,635 ,366 ,044 Rousseau, 2006 ,598 ,562 ,072 Hambrick, 1994 ,584 ,390 ,399 Kuhn, 1962 ,514 ,310 ,469 Leavitt, 1989 ,492 ,484 ,427 Ghoshal, 2005 ,195 ,840 ,114 Adler & Harzing, 2009 ,061 ,824 ,226 Ferraro et al., 2005 ,251 ,791 ,207 Bennis & O’Toole, 2005 ,194 ,755 -,059 Gioia & Corley, 2002 ,076 ,729 ,477 Cheit, 1985 ,023 ,716 ,159 Starkey & Tiratsoo, 2007 ,406 ,664 ,064 Datar et al., 2010 ,031 ,647 ,221 Friga et al., 2003 ,101 ,641 ,285 Porter & McKibbin, 1988 ,445 ,613 ,221 Gordon & Howell, 1958 ,213 ,579 ,522 Navarro, 2008 -,138 ,528 ,386 Pfeffer & Fong, 2004 ,256 ,152 ,892 Pfeffer & Sutton, 2007 ,321 ,035 ,880 Pfeffer & Fong, 2004 ,125 ,364 ,845 Starkey & Tempest, 2009 -,108 ,044 ,777 Rubin & Dierdorff, 2009 -,174 ,189 ,708 Mintzberg & Gosling, 2002 ,501 ,201 ,651 Trieschmann et al., 2000 ,019 ,137 ,619 Mintzberg, 2004 ,316 ,412 ,607 Khurana, 2007 ,242 ,451 ,591 Starkey et al., 2004 -,012 ,410 ,579 Rynes et al., 2001 ,374 ,118 ,556 Rousseau & McCarthy, 2007 ,120 ,345 ,496 Note: The complete references are available at https://drive.google.com/file/d/1iFNj0bRD1znifs6z1d4VRM2e-a9CmoFb/view?usp=sharing. Source: Elaborated by the authors. To select the number of articles, presented in Table A1.1, we used Lotka’s law of bibliometrics in the citation analysis (File link: https://drive.google.com/file/d/1ed7BUQw0F11E6GJIQUc_9IAyR38BjmO_/view?usp=sharing). It indicates that a relatively small number of cited articles (around 5%) would be representative of the intellectual structure that influences the theme (Nath & Jackson, 1991). The selected sample of 44 references was reduced to 38 due to adjustments during the factor analysis procedure. The articles of the sample selected, presented in Table I.1 in the Supplementary File at the previous link, correspond to 603 citations in 6200 citations in the 76 articles referenced (approximately 10% of the citations). The bibliographic co-citation network in Figure A1.1 shows the links between the articles in the sample. Table A.1.2 shows the explained variance from the factor analysis and the density and cohesion of each of the factors identified in the network. Figure A1.1. Co-citation network. Source: Elaborated by the authors. Table A1.2. Co-citation factor analysis and network metrics Co-citation Works Density Cohesion % Variance explained % Variance accumulated KMO Bartlett CC1 14 0.85 1.58 40.94 40.94 CC2 12 0.71 1.16 13.02 53.96 CC3 12 0.41 0.79 10.34 64.30 Total 38 0.48 0.000 Source: Elaborated by the authors. Factor CC1 was labeled “Theory and Practice Gap”. It contains 14 works. The articles show a high density in the network, suggesting that the references are predominantly shared in the same factor (Figure A1.1). The low cohesion indicates that this factor connects with the others (Table A1.2). Factor CC2, named “Social Relevance” is represented by 12 works (Table A1.1). This factor shows a relatively high density between the works. The references are predominantly shared in the same factor, with a relatively homogeneous body (Figure A1.1). The low cohesion indicates that this factor connects with the others (Table A1.2). We labeled Factor CC3 as “Curricula and Practice”. This factor is made up of 12 articles that generally criticize the curricula and content of teaching at B-Schools (Table A1.1). The articles showed a relatively heterogeneous body of literature (Figure A1.1) by the relatively low-density measure (Table A1.2). The low cohesion indicates the connection of this factor with others. Bibliographic Coupling (BC) The 6 factors were identified (Table A1.3). The bibliographic coupling network in Figure A1.2 shows the nodes, which are the articles in the sample, and the lines, which represent their shared references. The network shows two clusters, one formed by Factor BC2 and the second formed by Factors BC1, BC3, BC4, BC5 and BC6. Then, assuming that a logical order was observed in the network, it is possible to infer that Factor BC1- “B-School Relevance”, and Factor BC3 - “Relevance to practice”, are the central factors of the discussion, as they are related to the other factors and clearly have greater density. These are the factors from the factor analysis with the most articles. These factors are linked to the challenges facing B-Schools in regards to the market and the relevance of their research, respectively. Another aspect that justifies these factors being the most central is that they include the three articles with the highest degree of centrality. This means that they are coupled with many articles and have points in common with them, meaning their approaches are predominant in the network. In Factor BC1, there are two articles with a high degree of centrality. The first is Petriglieri and Petriglieri (2015), with 282 couplings, in which the authors address the teaching of leadership in B-Schools. The second is that of McTiernan and Flynn (2011), with 281 couplings, in which the authors address the criticisms of B-Schools from the perspective of their deans and their personal characteristics. Factor BC3 contains the article by Hughes et al., (2011), with the highest centrality of the three, with 286 couplings. Table A1.3. Bibliographic coupling factor analysis References Factor loadings BC1 B-School Relevance BC2 Teaching Relevance BC3 Relevance to Practice BC4 Curricula Relevance BC5 B-School Evolution and Influence BC6 Reputation a133 - Benjamin et al., 2011 AMLE .870 -.097 .180 -.066 .056 -.034 a147 - Henisz, 2011 AMLE .850 -.119 .109 .070 -.012 -.005 a188 - Arbaugh, 2010 AMLE .818 -.044 -.013 .263 -.121 -.021 a165 - Rubin & Dierdorff, 2011 AMLE .800 -.145 .125 .130 .043 .003 a155 - Walsh, 2011 AMR .791 -.160 .236 .013 .097 .129 a149 - McTiernan & Flynn, 2011 AMLE .753 -.204 .125 .078 .082 -.033 a189 - Peng & Dess, 2010 AMLE .752 .006 .235 .038 .032 .144 a127 - Dhanaraj & Khanna, 2011 AMLE .749 -.091 -.048 .126 -.033 .003 a318 - Safon, 2007 AMLE .732 .155 .080 .220 -.021 .211 a171 - O’Brien et al., 2010 AMLE .716 -.115 .218 .006 .105 .074 a132 - Petriglieri et al., 2011 AMLE .709 .124 .019 -.335 .072 -.220 a178 - Slater et al., 2010 AMLE .707 -.152 .028 .248 -.020 -.074 a195 - Petriglieri & Petriglieri, 2010 AMLE .670 .249 -.011 -.353 .035 -.222 a280 - Morgeson & Nahrgang, 2008 AMLE .669 .001 -.013 .200 -.108 .389 a146 - Charlier et al., 2011 AMLE .665 -.182 .380 -.043 .145 .089 a198 - Ferlie et al., 2010 BJM .661 .001 .478 .020 -.111 -.083 a138 - Thomas & Wilson, 2011 BJM .629 -.214 .402 -.070 -.057 .014 a380 - Pfeffer & Fong, 2004 JMS .626 .014 .244 .460 -.070 -.078 a307 - Harrison et al., 2007 AMLE .610 .123 .493 .290 .051 -.147 a284 - Schoemaker, 2008 CMR .595 .134 .293 .280 .323 -.056 a298 - McGrath, 2007 AMJ .591 .147 .306 .142 .092 .310 a247 - Chia & Holt, 2008 AMLE .589 .084 .389 .077 .179 -.049 a139 - Wilson & McKiernan, 2011 BJM .527 -.218 .180 -.079 -.052 .260 a160 - Vaara & Fay, 2011 AMLE .514 -.085 .072 .072 .009 .002 a104 - Vaara & Fay, 2012 JME .475 -.131 .075 .083 .038 .013 a134 - Kark, 2011 AMLE .441 .149 -.120 -.345 -.010 -.253 a106 - Rutherford et al., 2012 AMLE .430 -.157 -.142 .414 .025 -.020 a11 - Petriglieri & Petriglieri, 2015 AMLE .395 .276 -.006 -.029 -.161 -.173 a83 - Wright et al., 2013 JMS -.172 .898 .097 .105 -.025 .031 a27 - Trank, 2014 AMLE -.037 .888 .033 .042 .070 .025 a67 - Shrivastava et al., 2013 BSE -.220 .872 .148 .155 .012 .087 a94 - Walsh, 2012 ASQ -.064 .868 -.099 -.089 -.119 -.117 a89 - Willmott, 2012 BJM -.142 .834 .158 .061 -.053 .052 a86 - Klimoski & Amos, 2012 AMLE .064 .801 -.123 -.196 .018 -.170 a62 - Waddock & Lozano, 2013 AMLE -.043 .791 -.144 -.023 -.150 -.133 a70 - Tsui, 2013 AMR -.220 .761 -.056 .067 -.133 -.032 a25 - Glen et al., 2014 AMLE -.070 .723 -.070 .018 .248 -.136 a29 - Gamble & Jelley, 2014 AMLE -.187 .691 .267 .241 .133 .193 a18 - Alajoutsijärvi et al., 2015 AMLE -.037 .656 .035 -.109 .150 -.082 a24 - Aguinis et al., 2014 PSP -.181 .636 .144 .005 .023 .048 a16 - Akrivou & Bradbury-Huang, 2015 AMLE .346 .574 -.037 -.302 .033 -.272 a17 - Costigan et al., 2015 AMLE .207 .539 -.183 -.143 -.013 -.212 a43 - Knights & Clarke, 2014 OS -.010 .466 -.128 -.202 -.122 -.141 a388 - Stiles, 2004 BJM -.084 .105 .850 .045 .008 .025 a243 - Alferoff & Knights, 2009 BJM -.034 .090 .784 .039 -.083 -.020 a117 - Learmonth et al., 2012 BJM .117 -.250 .778 -.130 -.039 -.077 a248 - Knights, 2008 AMLE .225 .047 .755 .089 -.059 -.047 a239 - Kieser & Leiner, 2009 JMS -.046 .367 .712 .225 .302 .129 a135 - Hodgkinson & Starkey, 2011 BJM .289 -.208 .678 -.115 -.017 -.076 a161 - Hughes et al., 2011 AMLE .338 -.153 .659 -.035 -.064 -.110 a152 - Kieser & Leiner, 2011 JMS .375 -.125 .656 -.173 .132 .107 a336 - McKelvey, 2006 AMR .414 .255 .636 .145 .201 -.059 a156 - Sandberg & Tsoukas, 2011 AMR .474 -.146 .597 -.212 .131 -.050 a112 - Parnell et al., 2012 BJM .414 -.214 .593 .063 -.024 -.139 a196 - Antonacopoulou, 2010 BJM .466 -.086 .586 -.080 .057 -.035 a12 - Butler et al., 2015 BJM .161 .523 .585 .022 .081 .117 a335 - Bell et al., 2006 JMS .278 .291 .575 .218 .401 .055 a14 - Romme et al., 2015 BJM -.134 .530 .562 .207 .108 .075 a308 - Tushman et al., 2007 AMLE .318 .258 .556 .271 .331 -.049 a183 - Nicolai & Seidl, 2010 OS .419 -.124 .530 .010 .190 -.061 a421 - Priem & Rosenstein, 2000 OS .029 .105 .456 .321 .448 -.004 a282 - Clinebell & Clinebell, 2008 AMLE .491 .149 .018 .652 .253 -.004 a404 - Pfeffer & Fong, 2004 AMLE .266 -.010 .237 .642 .212 -.037 a345 - Navarro, 2006 AMLE .066 -.029 -.028 .532 .050 -.130 a283 - Navarro, 2008 AMLE .298 -.099 -.074 .493 .104 -.055 a354 - Augier & Teece, 2005 CMR -.027 .018 -.092 .054 .709 -.115 a378 - Augier et al., 2005 OS -.097 -.041 .007 .120 .680 .001 a326 - Augier & March, 2007 CMR .333 .290 .301 .328 .544 -.046 a153 - Bort et al., 2011 OS .296 -.266 .089 -.109 .501 .299 a109 - Khurana & Spender, 2012 JMS .464 -.289 .198 .044 .501 .020 a449 - Abrahamson, 1996 AMR -.148 .179 .428 .170 .483 .215 a420 - Baden-Fuller et al., 2000 LRP .024 -.086 -.172 -.062 -.057 .743 a366 - Ofori-Dankwa & Julian, 2005 OS .026 -.029 .112 -.051 .389 .709 a193 - Rindova et al., 2010 JM .006 -.032 -.140 -.056 -.091 .664 a322 - MacDonald & Kam, 2007 JMS .009 -.080 .125 -.093 .068 .589 a352 - Rindova et al., 2005 AMJ .069 -.117 -.146 .029 -.082 .508 Note: The complete references are available at <https://drive.google.com/file/d/1iFNj0bRD1znifs6z1d4VRM2e-a9CmoFb/view?usp=sharing> Source: Elaborated by the authors. Figure A1.2. Bibliometric coupling network diagram. Source: Elaborated by the authors. Due to the centrality of Factors BC1 and BC3, it is perceived that they communicate with the other factors, providing support for the other discussions. It is connected with Factor BC4 - “Curricula Relevance”, which is linked to Factor BC2 - Teaching Relevance, and Factor BC6 - Reputation - its characteristics and influences. Meanwhile, in Factors BC1, BC3 and BC5 - “B-Schools evolution and influence”, the authors base their discussions on the evolution of B-Schools. The way in which B-Schools evolved distanced them from the needs of the market and society. Schools are under pressure to conduct research that is more theoretical, which has little bearing on everyday phenomena and the reality that company managers deal with in practice. This has led to questions being raised with regard to this research and its relationship with the teaching of management, which is addressed in Factor BC2. This relationship is intermediated by the preparation of students for the market. Thus, the criticism is that if B-Schools claim to prepare students for the market, which is, or should be, their main goal, why are they conducting research that is not in keeping with this proposal? It has resulted in a reputation crisis, which is discussed by a significant number of authors, especially in Factor BC 6. Factor BC1 has the highest number of articles, with 28 (Table A1.3). We labeled it as “B-School Relevance”. The factor has the highest explained variance with 25.48% (Table A1.4) representing the predominance of the stream. The factor shows a homogeneous body of literature, considering the high-density measures. The relatively low cohesion (Table A1.4) and the cross loadings (Table A1.3) indicate the connection of this factor with others (Figure A1.2). Factor BC3 has the second highest number of articles, with 18 (Table A1.3). This factor was named “Relevance to practice”. This factor, contrary to Factor BC1, has the predominance of BJM, with 7 articles (Table A1.3). However, just two AMLE articles are present in Factor C33. This factor has an explained variance of 8.27% (Table A1.4). The factor shows a homogeneous body of literature focusing on the academic-practitioner divide. Considering the high-density measures, the relative low cohesion (Table A1.4) and the cross loadings (Table A1.3) indicate the connection of this factor to others (Figure A1.2). Table A1.4. Bibliographic coupling factor analysis and network metrics Bibliographic coupling Wors Density Cohesion % Variance explained % Variance accumulated KMO Bartlett BC1 28 0.91 1.90 25.48 25.48 BC2 15 0.85 4.70 14.59 40.06 BC3 18 0.93 1.72 8.27 48.34 BC4 4 1.00 6.38 5.17 53.51 BC5 6 0.93 2.01 3.89 57.40 BC6 5 0.90 3.72 2.98 60.38 Total 38 0.57 0.000 Source: Elaborated by the authors. Factor BC4 has only 4 articles (Table A1.3), and we found it adequate to label it “Curricula Relevance”. The factor has a low explained variance with 5.17% (Table A1.4). Factor BC5, with 6 articles (Table A1.3), was identified as “B-School evolution and influence”. The factor has a low explained variance with 3.89% (Table A1.4). Factor BC6 has 5 articles (Table A1.3) and is named “Reputation”. This factor is related to factor BC1 and presents some positive evidence of the relevance of B-Schools. It has the lowest explained variance with 2.98% (Table A1.4) and shows a homogeneous body of literature (Figure A1.2), considering the high-density measures. The relative low cohesion (Table A1.4) and the cross loadings (Table A1.3) also indicate the connection of this factor with others. Factor BC2 has a high number of articles (15) (Table A1.3) and was named “Teaching Relevance”. The bibliographic coupling network shows that Factor BC2 is more isolated in the right-hand corner of Figure A1.2. This is justified because the factor discusses how management is taught and, it focuses more on teaching tools and methodologies. This factor considers aspects regarding criticism of the teaching of management and the methodologies employed. The central discussion is always the same: that B-Schools evolved in such a way that the research they conduct is not very relevant to the market, even though they propose to prepare students for the challenges they will face in their careers. In the other factors, especially on the left side of the network, which begins with the central factors (1 and 3), the authors show concern over how to ally theory and practice. in the classrooms of B-Schools. On the right side of Figure A1.2, the need for B-Schools to draw closer to companies is discussed in factor BC2. Integrating Co-Citation and Bibliographic Pairing Results To build the intra-factor relations, we interpreted the cross-factor loadings from the factor analysis, the network shape and its metrics, as well as the reading of the articles. To support our readings regarding the relation of the co-citation factors, with the bibliographic coupling factors we calculated the sharing of references from the co-citation factors in the articles of the bibliographic coupling factors. The results are presented in Table A1.5 and Figure A1.3. In Table A1.5, the darker the cell, the greater is the relation between the co-citation and coupling factors. These results enabled us to integrate the co-citation and the bibliographic coupling. Together with the cross-loadings and network metrics enabled us to prepare Figure 1 that oriented our review. Table A1.5. Influence of the co-citation factors references values on the bibliographic coupling factors Factor Cocitação CC1 CC2 CC3 Pairing BC1 7 26 37 BC2 8 24 25 BC3 45 14 18 BC4 5 23 5 BC5 8 18 7 BC6 4 2 6 Source: Elaborated by the authors. Figure A1.3. Influence of the co-citation factors references graphic on the bibliographic coupling factors. Source: Elaborated by the authors. . Preservamos a identificação dos fatores dos resultados, onde CC são fatores da cocitação e BC do pareamento.

A Figura 1 apresenta esquematicamente a principal influência entre os fatores os quais servem como base intelectual e que iniciaram estudos em EN e pesquisas mais recentes (discussões em andamento). Os artigos constituintes da base intelectual da década de 1980 a meados da década de 2000 são principalmente artigos conceituais, embora alguns sejam qualitativos, com críticas às escolas de ensino médio. Há uma crítica predominante às EN, a lacuna de teoria e prática (fator CC1), com estudiosos questionando a relevância da pesquisa e de práticas de consultoria para os profissionais. Esse fator tem um impacto secundário sobre os outros na base da estrutura intelectual. De certa forma, é um desafio repensar a relevância dos serviços prestados pelas EN e sua relevância para a sociedade (fator CC2), e através de currículos e sua aplicabilidade na prática (fator CC3). Até certo ponto, os fatores questionam os gerentes que estão sendo treinados nas EN, a relevância de seu papel e a importância do que ensinam. No entanto, a preocupação sobre como ensinar não é enfatizada. Deve-se ressaltar que, durante esse período, a maioria dos artigos focou nas EN na América do Norte e no Reino Unido.

A relevância das EN para o mercado (CC3) continua sendo estudada e discutida (Fator BC1), bem como relacionada à sua busca por legitimidade e reputação. Como a lacuna entre a teoria e a prática (CC1), considerando sua relação com a prática (fator BC3). A relevância social das EN é revisada em sua evolução e influência (BC5). Apesar do uso de profissionais experientes do mercado (Fator BC4), também foram levantadas preocupações sobre o ensino nas EN e sobre como as técnicas de ensino são usadas nesse sentido (Fator BC2), para serem relevantes socialmente (Fator CC2). Cada um dos fatores será mais explorado.

3.1. Estrutura intelectual nas Escolas de Negócios

O fator CC1 foi rotulado como “Teoria e Prática”. As obras centrais da rede estão presentes nesse fator: Starkey e Madan (2001Starkey, K. & Madan, P. (2001). Bridging the Relevance Gap: Aligning Stakeholders in the future of management research. British Journal of Management, 12(SI), 3-26.); Van de Ven e Johnson (2006Van de Ven, A., & Johnson, P. (2006). Knowledge for theory and practice. Academy of Management Review, 31, 802-821.); Van de Ven (2007Van de Ven, A. (2007). Engaged Scholarship: A Guide for Organizational and Social Research. New York: Oxford University Press.). Esses artigos apresentam argumentos sobre a falta de relevância da pesquisa das EN para a prática.

Os autores desse fator argumentam que o conhecimento é cada vez mais produzido e distribuído socialmente (Gibbons et al. 1994Gibbons, M., Limoges, C., Nowotny, H., Schwartzman, S., Seot, P. and Trow, M., (1994). The new production of knowledge: The dynamics of science and research in contemporary societies. SAGE, London.) e, por conseguinte, por sua natureza, a pesquisa em gestão deve ser aplicada (Tranfield e Starkey, 1998Tranfield, D. & Starkey, K. (1998). The Nature, Social Organization and Promotion of Management Research: Towards Policy. British Journal of Management, 9(4), 341-353.). O foco principal está na necessidade de repensar a ciência (Nowotny et al. 2001Nowotny, H., Scott, P. & Gibbons, M. (2001). Re-thinking science: Knowledge and the public in an age of uncertainty. Cambridge: Polity Press.) e desenvolver o vínculo entre teoria e prática (Hambrick, 1994Hambrick, D. (1994). What if the Academy actually mattered? Academy of Management Review, 19(1), 11-16.). Isso cria uma discussão sobre o modelo kuhniano de ciência normal (Kuhn, 1962Kuhn, T., (1962). The Structure of Scientific Revolutions. Chicago: The University of Chicago Press.), e da pesquisa de solução de problemas, que é mais distribuída socialmente (Gibbons et al. 1994Gibbons, M., Limoges, C., Nowotny, H., Schwartzman, S., Seot, P. and Trow, M., (1994). The new production of knowledge: The dynamics of science and research in contemporary societies. SAGE, London.; Tranfield & Starkey, 1998Tranfield, D. & Starkey, K. (1998). The Nature, Social Organization and Promotion of Management Research: Towards Policy. British Journal of Management, 9(4), 341-353.; Anderson, Herriot & Hodgkinson, 2001Anderson, N., Herriot, P. & Hodgkinson, G. P. (2001). The practitioner-researcher divides in industrial, work and organizational psychology. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 74(4), 391-411.). Shapiro, Kirkman e Courtney (2007) acrescentam que tal lacuna deve ser interpretada como resultado de dois problemas de tradução distintos: “perdido antes da tradução”, onde o conhecimento produzido não tem chance de causar impacto na prática e um “perdido na tradução” - onde a produção de conhecimento não é adequadamente traduzida em prática.

No entanto, a criação de conhecimento é um processo complexo (Grey, 2001Grey, C. (2004). Reinventing Business Schools: The Contribution of Critical Management Education. Academy of Management Learning and Education, 3(2), 178-186.) e deve ser considerado em diferentes paradigmas (Pfeffer, 1993Pfeffer, J. (1993). Barriers to the Advance of Organizational Science: Paradigm Development as a Dependent Variable. Academy of Management Review, 18(4), 599-620.), com um pensamento de rigor científico no elo entre teoria e prática (Van de Ven, 2007Van de Ven, A. (2007). Engaged Scholarship: A Guide for Organizational and Social Research. New York: Oxford University Press.). Contudo, a fraca união entre teoria e prática é posta em causa, com vários estudos considerados de pouca relevância para os gerentes (Van de Ven & Johnson, 2006Van de Ven, A. (2007). Engaged Scholarship: A Guide for Organizational and Social Research. New York: Oxford University Press.). Os princípios das evidências de pesquisa devem ser traduzidos em prática para resolver problemas organizacionais (Rousseau, 2006Rousseau, D. (2006). Is there such a thing as “evidence-based management”? Academy of Management Review, 31(2), 256-269.) e ajudar a treinar gerentes para lidar com desafios reais ao longo de suas carreiras (Leavitt, 1989Leavitt, H., (1989). Educating our MBAs: On teaching what we haven’t taught. California Management Review, 31(3), 38-50.). Nas EN, os gerentes devem colaborar com seus conhecimentos (Starkey & Madan, 2001Starkey, K. & Madan, P. (2001). Bridging the Relevance Gap: Aligning Stakeholders in the future of management research. British Journal of Management, 12(SI), 3-26.).

O fator CC2 é denominado “Relevância Social”. Os artigos reforçam a relevância e o papel social das EN, e as críticas ao impacto das classificações e acreditações nelas (Navarro, 2008Navarro, P. (2008). The MBA core curricula of top-ranked U.S. business schools: A study in failure? Academy of Management Learning and Education, 7(1), 108-123.; Gioia & Corley, 2002Gioia, D. & Corley, K. (2002). Being Good Versus Looking Good: Business School Rankings and the Circean transformation from substance to image. Academy of Management Learning and Education, 1, 107-120.; Adler e Harzing, 2009Adler, N. & Harzing, A., (2009). When Knowledge Wins: Transcending the sense and nonsense of academic rankings. Academy of Management Learning and Education, 8(1), 72-95.). Preocupações com a relevância e o papel social das EN não são novas (Cheit, 1985Cheit, E. (1985). Business Schools and Their Critics. California Management Review. 27(3), 43-62.; Gordon & Howell, 1958Gordon, R. & Howell, J. (1958). Higher Education for Business. Columbia University Press.). A necessidade de mudança é enfatizada pelos autores desse fator, que defendem tendências a serem consideradas em relação à oferta e à demanda na educação dos gerentes (Friga, Bettis e Sullivan, 2003Friga, P., Bettis, R. & Sullivan, R., (2003). Changes in graduate management education and new business school strategies for the 21st century. Academy of Management Learning and Education, 2(3), 233-249.). Há um apelo para que as EN tenham relevância social que considere uma perspectiva global, o desenvolvimento de liderança e habilidades sociais e maior integração de disciplinas para melhorar as habilidades de tomada de decisão (Datar et al., 2010Datar, S., Garvin, D. & Cullen, P., (2010). Rethinking the MBA: Business Education at a Crossroads. Boston, MA: Harvard Business Press.; Bennis & O’Toole, 2005Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104. ) Alega-se que as EN deveriam ser mais relevantes para os profissionais (Porter & McKibbin1988Porter, L. & McKibbin, L. (1988). Management Education and Development: Drift or Thrust into the 21st Century? New York: McGrawHill.).

O fato de certas teorias serem tratadas como práticas reais, independentemente de seu impacto social, tem sido questionado (Ferraro, Pfeffer e Sutton, 2005Pfeffer, J. (2005). Why Do Bad Management Theories Persist? A Comment on Ghoshal. Academy of Learning and Education, 4(1), 96-100.; Ghoshal, 2005Ghoshal, S. (2005). Bad management theories are destroying good management practices. Academy of Learning Education, 4(1), 75-91.). Os escândalos éticos provocados pelos gerentes das organizações mostram que as EN precisam começar a considerar aspectos éticos e ir além do foco nos resultados financeiros (Ghoshal, 2005Ghoshal, S. (2005). Bad management theories are destroying good management practices. Academy of Learning Education, 4(1), 75-91.; Bennis & O´Toole, 2005Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104.). Mudar o currículo nas EN deve significar integração multidisciplinar (Navarro, 2008Navarro, P. (2008). The MBA core curricula of top-ranked U.S. business schools: A study in failure? Academy of Management Learning and Education, 7(1), 108-123.; Bennis e O´Toole, 2005Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104.; Porter e McKibbin, 1988Porter, L. & McKibbin, L. (1988). Management Education and Development: Drift or Thrust into the 21st Century? New York: McGrawHill.) e o desenvolvimento das EN como fóruns para cidadãos e locais para construir redes sociais (Starkey e Tiratsoo, 2007Starkey, K. & Tiratsoo, N. (2007). The Business School and the Bottom Line. Cambridge: Cambridge University Press.).

Nós rotulamos o Fator CC3 como “Currículos e Prática”. As EN são criticadas por causa da pressão para alcançar resultados financeiros (Khurana, 2007Khurana, R. (2007). From higher aims to hired hands: the social transformation of American business schools and the unfulfilled promise of management as profession. Princeton: Princeton University Press.), promovidas pela crença do aluno de que o que é ensinado nas EN ajudará o crescimento pessoal e profissional de um indivíduo (Pfeffer & Fong, 2004Pfeffer, J. & Fong, C. (2004). The business school “business”: some lessons from the US experience. Journal of Management Studies, 41(8), 1501-1520.). A relação com a prática é necessária (Mintzberg & Gosling, 2002Mintzberg, H. & Gosling, J. (2002). Educating managers beyond borders. Academy of Management Learning and Education, 1(1), 64-76.; Rynes, Bartunek & Daft, 2001Rynes, S., Bartunek, J. & Daft, R. (2001). Across the Great Divide: Knowledge Creation and Transfer between Practitioners and Academics. Academy Management Journal, 44(2), 340-355.). Eles defendem a necessidade de criar conhecimento para o gerenciamento (Starkey, Hatchuel e Tempest, 2004Starkey, K., Hatchuel, A. & Tempest, S. (2004). Rethinking the Business School. Journal of Management Studies, 41(8), 1521-1531.). Além disso, os currículos devem abordar problemas reais (Pfeffer e Fong, 2004; Starkey e Tempest, 2009Starkey, K. & Tempest, S. (2009). The winter of our discontent: The design challenge for business schools. Academy of Management Learning and Education, 8(4), 576-586.) e focar no desenvolvimento de competências dos gerentes (Rubin e Dierdorff, 2009Rubin, R. & Dierdorff, E. (2009). How relevant is the MBA? Assessing the alignment of required curricula and required managerial competencies. Academy of Management Learning and Education, 8(2), 208-224.). As EN devem considerar a experiência e o significado no processo de aprendizagem, que transcende a sala de aula (Mintzberg e Gosling, 2002Mintzberg, H. & Gosling, J. (2002). Educating managers beyond borders. Academy of Management Learning and Education, 1(1), 64-76.). Implica mudanças na maneira como os gerentes são ensinados (Mintzberg, 2004Mintzberg, H. (2004). Managers Not MBAs: A Hard Look at the Soft Practice of Managing and Management Development. San Francisco: Berrett-Koehler.), por exemplo, mediante o ensino baseado em evidências (Pfeffer & Sutton, 2007) que permite “decisões gerenciais e práticas organizacionais informadas pelas melhores evidências científicas disponíveis” (Rousseau e McCarthy, 2007Rousseau, D. & McCarthy, S. (2007). Educating managers from an evidence-based perspective. Academy of Management Learning & Education, 16(6), 84-101. , p. 84). As EN devem considerar o equilíbrio entre a aquisição de conhecimento através da pesquisa e a exploração do conhecimento por meio da instrução (Trieschmann et al., 2000Trieschmann, J., Dennis, A., Northcraft, G. & Nieme Jr., A. (2000). Serving constituencies. In, Business Schools: M.B.A. program versus research performance. Academy of Management Journal, 43(6), 1130-1141.).

3.2. Estudos em andamento nas Escolas de Negócios

O fator BC1 é rotulado como “Relevância das EN”. O desafio proposto pelos autores desse fator é preparar as pessoas com as competências necessárias para o mercado e a sociedade (Walsh, 2011Walsh, S. (2011). Exploring Classroom Discourse: Language in Action. London: Routledge.). As EN enfatizam a teoria em detrimento da relevância para a prática (McGrath, 2007McGrath, M. (2007). School bullying: tools for avoiding harm and liability. Thousand Oaks: Corwin Press.). Algumas críticas argumentam que as EN não podem desempenhar esse importante papel na preparação de líderes (Benjamin & O’Reilly, 2011Benjamin, B. & O’Reilly, C. (2011). Becoming a leader: Early career challenges faced by MBA Graduates. Academy of Management Learning and Education, 10(3), 452-472.) e, portanto, não fazem diferença em suas carreiras (Pfeffer & Fong, 2004Pfeffer, J. & Fong, C. (2004). The business school “business”: some lessons from the US experience. Journal of Management Studies, 41(8), 1501-1520.). Outros enfatizam que a liderança desenvolvida nas EN reflete valores e ações negativas sem preocupação para a sociedade, e que há uma necessidade de diversidade de gênero para executivos mais humanizados (McTiernan & Flynn, 2011McTiernan, S. & Flynn, P. M. (2011). “Perfect storm” on the horizon for women business school deans? Academy of Management Learning and Education, 10(2), 323-339.). As EN são os espaços de trabalho em potencial, não apenas para melhorar o conhecimento, mas também para influenciar a identidade dos gerentes para essa liderança humanizada (Petriglieri &Petriglieri, 2010Petriglieri, G. & Petriglieri, J. (2010). Identity Workspaces: The Case of Business Schools. Academy of Learning Education, 9(1), 44-60.; Petriglieri, Wood, & Petriglieri, 2011Petriglieri, G., Wood, J. & Petriglieri, J. (2011). Up Close and Personal: Building Foundations for Leaders’ Development Through the Personalization of Management Learning. Academy of Management Learning and Education, 10(3), 430-450.).

Para superar essas críticas, vários modelos foram propostos (Ferlie, McGivern, & Moraes, 2010Ferlie, E., McGivern, G., & De Moraes, A. (2010). Developing a Public Interest School of Management. British Journal of Management, 21(S1), 60-70.; Thomas & Wilson, 2011): a “Ágora” como uma plataforma aberta para discussão e desenvolvimento (ver Starkey e Tiratsoo, 2007Starkey, K. & Tiratsoo, N. (2007). The Business School and the Bottom Line. Cambridge: Cambridge University Press.); as escolas no modelo profissional (ver Bennis & O’Toole, 2005Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104.); e o modelo de interesse público da escola de negócios para o interesse da sociedade (Ferlie, McGivern e De Moraes, 2010Ferlie, E., McGivern, G., & De Moraes, A. (2010). Developing a Public Interest School of Management. British Journal of Management, 21(S1), 60-70.).

Alguns autores sugeriram que as EN precisam revisar seus propósitos, currículos e pedagogia, apesar da forma organizacional institucionalizada e buscar legitimidade que iniba a mudança (ver Wilson & McKiernan, 2011Wilson, D., & McKiernan, P. (2011). Global mimicry: putting strategic choice back on the business school agenda. British Journal of Management, 22(3), 457-469.). O desafio da relevância é uma questão de competências comportamentais (Rubin & Dierdorff, 2011Rubin, R. & Dierdorff, E. (2011). On the road to Abilene: Time to manage agreement about MBA curricular relevance. Academy of Management Learning and Education, 10(1), 48-61.), que são valorizadas pelas organizações (Safon, 2007Safón, V. (2007). Factors that influence recruiters’ choice of b-schools and their MBA graduates: Evidence and implications for b-schools. Academy of Management Learning & Education, 6(2), 217-233.). Isso significa que a natureza do conhecimento produzido e ensinado nas EN deve ser revista (Chia & Holt, 2008Chia, R. & Holt, R. (2008). The nature of knowledge in business schools. Academy of Management Learning and Education, 7(4), 471-486.), e o impacto acadêmico deve ser avaliado não apenas via publicações acadêmicas, mas também pelo impacto nos alunos (Morgerson e Nahrgang, 2008Morgeson, F. P., & Nahrgang, J. D. (2008). Same as It Ever Was: Recognizing Stability in the Business Week Rankings. Academy of Management Learning and Education, 7(1), 26-41.).

Os autores fazem várias sugestões, como a inclusão de disciplinas como ciências humanas (Bennis & O´Toole, 2005Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104.; Schoemaker, 2008Schoemaker, P. (2008), Rethinking management education: the future challenges of Business. California Management Review, 50(3), 119-39.), exigindo um currículo de ensino distinto e uma abordagem pedagógica (Harrison, Leitch, & Chia, 2007Harrison, R., Leitch, C. & Chia, R. (2007). Developing paradigmatic awareness in university Business Schools: The challenge for executive education. Academy of Management Learning and Education, 6(3), 332-343.). Vaara e Fay (2011Vaara, E. & Fay, E. (2011). How can a Bourdieusian perspective aid the analysis of MBA education? Academy of Management Learning and Education, 1(10), 27-39.; 2012Vaara, E., & Fay, E. (2012). Reproduction and change on the global scale: A Bourdieusian perspective on management education. Journal of Management Studies, 49(6), 1023-1051.), por exemplo, apresentaram uma perspectiva bourdieusiana para a educação em administração. O desenvolvimento de habilidades de liderança (Kork, 2011) deve incluir ética nos negócios (Rutherford et al., 2012Rutherford, S., Mann, M.E., Wahl, E. & Ammann, C. (2012). Comment on: “Erroneous Model Field Representations in Multiple Pseudoproxy Studies: Corrections and Implications” by Jason E. Smerdon, Alexey Kaplan and Daniel E. Amrhein, Journal Climate, 26, 3482-3484.), tomada de decisão (Henisz, 2011Henisz, W. (2011). Leveraging the Financial Crisis to Fulfill the Promise of Progressive Management. Academy of Management Learning and Education, 10(2), 298-321.) e sustentabilidade (Slater, Dixon e Fowler, 2010Slater, D. J. & Dixon-Fowler, H. R. (2010). The future of the planet in the hands of MBAs: An examination of CEO MBA education and corporate environmental Performance. Academy of Management Learning and Education, 9(3), 429-441.) e como atuar em mercados emergentes (Dhanaraj & Khanna, 2011Dhanaraj, C. & Khanna, T. (2011). Transforming mental models on emerging markets. Academy of Management Learning and Education, 10(4), 684-701. ), apoiada pela gerência baseada em evidências (Charlier, Brown, & Rynes, 2011Charlier, S., Brown, K. & Rynes, S. (2011). Teaching evidence-based management in MBA programs: What evidence is there? Academy of Management Learning and Education, 10(2), 222-236.) no currículo da EN.

No entanto, alguns autores contestam as críticas à relevância das EN, por exemplo, como colocam Pfeffer e Fong (2004Pfeffer, J. & Fong, C. (2004). The business school “business”: some lessons from the US experience. Journal of Management Studies, 41(8), 1501-1520.). O’Brien et al. argumentam que “a pesquisa realizada nas escolas de negócios é relevante e valiosa para os profissionais, como evidenciado pelo considerável valor econômico de longo prazo adicionado aos salários dos estudantes de MBA.” (O’Brien et al. 2010O’Brien, J., Drnevich, P., Russell, C. & Armstrong, C. (2010). Does Business School research add economic value for students? Academy of Management Learning and Education, 9(4), 638-651., p.648).

Além disso, Slater, Dixon e Fowler (2010Slater, D. J. & Dixon-Fowler, H. R. (2010). The future of the planet in the hands of MBAs: An examination of CEO MBA education and corporate environmental Performance. Academy of Management Learning and Education, 9(3), 429-441.) argumentam que executivos formados nas EN apresentam resultados positivos em relação à sustentabilidade. Arbaugh (2010Arbaugh, J. (2010). Do undergraduates and MBAs differ online? Initial conclusions from the literature. Journal of Leadership and Organizational Studies, 17(2), 129-142.) defende que o artigo de Peng e Dess (2010Peng, M. & Dess, G. (2010). In the spirit of scholarship. Academy of Management Learning and Education, 9(2), 282-98.) “não apenas desafia a noção de que a bolsa de gestão é deficiente, mas argumenta que, de fato, os sistemas e mecanismos de avaliação atualmente existentes para avaliar o valor de nossas publicações têm um papel positivo, motivando-nos a produzir um trabalho melhor do que o que poderíamos ter de outra forma” (Arbaugh, 2010Arbaugh, J. (2010). Do undergraduates and MBAs differ online? Initial conclusions from the literature. Journal of Leadership and Organizational Studies, 17(2), 129-142., p. 280).

O fator BC3 foi nomeado “Relevância para a prática”. A discussão da relevância é importante nos EUA e no Reino Unido (Butler, Delaney, & Spoelstra, 2015Butler, N., Delaney, H. & Spoelstra, S. (2015). Problematizing “Relevance” in the Business School: The Case of Leadership Studies. British Journal of Management, 26, 731-744. ), mas no Fator 3 é um foco diferente do Fator BC1. Parece ser o foco da pesquisa do Reino Unido que discute a divisão praticantes-academia e avalia possíveis remédios. Alguns autores afirmam que a pesquisa não é relevante para a prática (McKelvey, 2006McKelvey, B. (2006). Comment on Van De Ven and Johnson’s ‘Engaged Scholarship’: Nice Try, But . Academy of Management Review, 31(4), 822-829.). Bell, den Ouden e Ziggers argumentaram que “não é construído sobre um consenso mínimo de crenças paradigmáticas, resultando em [...] uma lacuna acadêmica, nem capaz de fornecer aos profissionais respostas adequadas, o que chamamos de lacuna de relevância gerencial”. Bell et al. 2006Bell, J. Den Ouden, B., & Ziggers, G. (2006). Dynamics of cooperation: At the brink of irrelevance. Journal of Management, 43(7), 1607-1619., p. 1615).

Outros autores defendem a pesquisa e acreditam que ela pode ser relevante na prática (Sandberg e Tsoukas, 2011Sandberg, J. & Tsoukas, H. (2011). Grasping the logic of practice: Theorizing through practical rationality. Academy of Management Review, 36(2), 338-360.). Uma ideia central é alcançar o engajamento e a colaboração entre acadêmicos e profissionais (Hughes et al. 2011Hughes, T., D. Bence, L. Grisoni, N. O’Regan & D. Wornham (2011). Scholarship that matters: academic-practitioner engagement in business and management. Academy of Management Learning and Education, 10(1), 40-57.; ver cocitação Fator CC1 para Van de Ven, 2007Van de Ven, A. (2007). Engaged Scholarship: A Guide for Organizational and Social Research. New York: Oxford University Press., Van de Ven & Johnson, 2006Van de Ven, A., & Johnson, P. (2006). Knowledge for theory and practice. Academy of Management Review, 31, 802-821.; Starkey & Madan, 2001). A colaboração entre acadêmicos e profissionais seria uma possibilidade para a cocriação de conhecimentos relevantes (Antonacopoulou, 2010Antonacopoulou, E.P. (2010), Making the Business School More ‘Critical’: Reflexive Critique Based on Phronesis as a Foundation for Impact. British Journal of Management, 21(Special Issue), s6-s25. ). Essa relação, apesar de outras tensões, deve considerar a necessidade de pesquisas imparciais contra os resultados de curto prazo exigidos pelos profissionais (Tushman et al. 2007Tushman, M., Fenollosa, A., McGrath, D., O’Reilly, C. & Kleinbaum, A. (2007). Relevance and rigor: Executive education as a lever in shaping practice and research. Academy of Management Learning and Education, 6(3), 345-365.). Portanto, alguns autores defendem que a divisão praticantes-academia permanecerá sem solução, pois ciência e prática têm significados diferentes para pesquisadores e profissionais (Kieser & Leiner, 2009Kieser, A. & Leiner, L. (2009) Why the rigour-relevance gap in management research is unbridgeable. Journal of Management Studies, 46(3), 516-533.; 2011Kieser, A. & Leiner, L. (2011). On the Social Construction of Relevance: A Rejoinder. Journal of Management Studies, 48(4), 891-898.; Nicolai & Seidl, 2010Nicolai, A. & Seidl, D. (2010), That’s relevant! different forms of practical relevance in management science. Organization Studies, 31(9-10), 1257-1285.). Kieser e Leiner (2009Kieser, A. & Leiner, L. (2009) Why the rigour-relevance gap in management research is unbridgeable. Journal of Management Studies, 46(3), 516-533.) argumentam que a relação entre acadêmicos e profissionais não seria adequada para a pesquisa, mas seria viável para resolver problemas práticos. Os acadêmicos podem orientar-se para os profissionais “de maneira a contrariar sua identidade acadêmica e seu espírito de pesquisa” (Butler, Delaney, & Spoelstra, 2015Butler, N., Delaney, H. & Spoelstra, S. (2015). Problematizing “Relevance” in the Business School: The Case of Leadership Studies. British Journal of Management, 26, 731-744. , p. 732).

Em geral, os autores concordam com a lacuna de relevância da pesquisa e a necessidade de entender melhor o constructo relevância (Priem e Rosenstein, 2000Priem, L. R. & Rosenstein, J. (2000). Is Organization Theory obvious to practitioners? A test of one established theory. Organization Science, 11(5), 509-522.; Learmonth, Lockett e Dowd, 2012Learmonth, M., Lockett, A. & K. Dowd (2012). Towards scholarship that matters: the usefulness of useless research and the uselessness of useful research. British Journal of Management, 23(1), 35-44.; Parnell et al., 2012Parnell, G., Bresnick, T., Tani, S. & Johnson, E. (2012). Decision analysis soft skills, in Handbook of Decision Analysis, Hoboken: John Wiley and Sons, Inc.). Isso levou os autores a discutir a sugestão de possíveis remédios e sua eficácia. Isso é destacado na discussão do Reino Unido sobre alternativas metodológicas ao conhecimento do Modo 1 (Knights, 2008Knights, D. (2008). Myopic rhetorics: Reflecting epistemologically and ethically on the demand for relevance in organizational and management research. Academy of Management Learning and Education, 7, 537-552.), como o Modo 2 (Stiles, 2004Stiles, D.R. (2004). Narcissus revisited: The values of management academics and their role in Business School strategies. UK and Canada: British Journal of Management, 15(2), 157-175.; Knights, 2008Knights, D. (2008). Myopic rhetorics: Reflecting epistemologically and ethically on the demand for relevance in organizational and management research. Academy of Management Learning and Education, 7, 537-552.) e, outras possibilidades, como pesquisa no Modo 3, bolsa de estudos engajada, ciência pragmática e gerenciamento baseado em evidências (Romme et al. 2015Romme, A., Avenier, M.-J., Denyer, D., Hodgkinson, G., Pandza, K., Starkey, K. & Worren, N. (2015), Towards Common Ground and Trading Zones in Management Research and Practice. British Journal of Management, 26(3), 544-559.).

O fator BC4 foi identificado como “Relevância Curricular”. O fator tem uma baixa variância explicada com 5,17%. Aqui, as EN são questionadas sobre sua falta de relevância para a prática de negócios, e os autores defendem modelos que trazem prática para o aluno, como nas escolas de medicina (Pfeffer & Fong, 2004). Pfeffer e Fong observaram que isso “implica focar a pesquisa em fenômenos e problemas de importância duradoura e construir currículos que são avaliados, em parte, pela forma como eles realmente preparam os alunos para serem eficazes na prática da profissão.” (Pfeffer & Fong, 2004).

Isso implica um programa curricular mais próximo dos desafios da vida real que os profissionais enfrentam e o desenvolvimento de competências para suas atividades profissionais (Navarro, 2006Navarro, P. (2006). The Well-Timed Strategy: Managing the Business Cycle for Competitive Advantage. Upper Saddle River: Wharton School Publishing., 2008Navarro, P. (2008). The MBA core curricula of top-ranked U.S. business schools: A study in failure? Academy of Management Learning and Education, 7(1), 108-123.). Clinebell e Clinebell (2008Clinebell, S. & Clinebell, J.M. (2008). The tension in business education between academic rigor and real-world relevance: The role of executive professors. Academy of Management Learning and Education, 7(1), 99-107.) argumentam que existem dois desafios enfrentados pelas EN: a escassez de professores com Doutorado e a falta de relevância. Um dos remédios para solucionar isso seria resolver as tensões relativas à integração e uso de professores executivos ou professores qualificados com experiência profissional.

O fator BC5 foi identificado como “Evolução e influência das EN”. Aqui, o reconhecimento da evolução das EN aparece nas discussões entre os autores (Augier & March, 2005Augier, M., March, J. & Sullivan, B. N. (2005). Notes on the evolution of a research community: Organization Studies in Anglophone North America, 1945-2000. Organization Science, 16 (1), 85-95.; 2007Augier, M. & March, J. (2007). The Pursuit of relevance in management education. California Management Review, 49(3), 129-146.; Augier & Teece, 2005Augier, M. & Teece, D. J. (2005). Na economics perspective on intellectual capital. In B Marr (Ed) Perspectives on Intellectual Capital, Oxford: Elsevier.; Khurana & Spender, 2012Khurana, R. & Spender, J. C. (2012). Herbert A. Simon on what ails business schools: more than a problem in organizational design. Journal of Management Studies, 49(3), 619-639.), bem como na discussão de teorias da moda (Abrahamson, 1996Abrahamson, E. (1996). Management Fashion. Academy of Management Review, 21(1), 254-285.; Bort & Kieser, 2011Kieser, A. & Leiner, L. (2011). On the social construction of relevance: A rejoinder. Journal of Management Studies, 48, 891-898.). A evolução das EN mostrou uma transição da pesquisa conduzida pelo mundo real, para a pesquisa dirigida pela teoria, quase desapegada de seus problemas e contextos (Augier & March, 2005Augier, M., March, J. & Sullivan, B. N. (2005). Notes on the evolution of a research community: Organization Studies in Anglophone North America, 1945-2000. Organization Science, 16 (1), 85-95.; 2007Augier, M. & March, J. (2007). The Pursuit of relevance in management education. California Management Review, 49(3), 129-146.; Augier & Teece, 2005Augier, M. & Teece, D. J. (2005). Na economics perspective on intellectual capital. In B Marr (Ed) Perspectives on Intellectual Capital, Oxford: Elsevier.; Khurana & Spender, 2012Khurana, R. & Spender, J. C. (2012). Herbert A. Simon on what ails business schools: more than a problem in organizational design. Journal of Management Studies, 49(3), 619-639.). A evolução reflete o ideal de SimonSimon, H. (1967). The business school: A problem in organizational design. Journal of Management Studies, 4(1), 1-16., onde “conhecimento da prática” e “conhecimento das disciplinas” estão integrados (Khurana & Spender, 2012Khurana, R. & Spender, J. C. (2012). Herbert A. Simon on what ails business schools: more than a problem in organizational design. Journal of Management Studies, 49(3), 619-639.). As EN são onde estão os pesquisadores e os pesquisadores criam moda (Bort & Kieser, 2011Bort, S. & Kieser, A. (2011). Fashion in organization theory: An empirical analysis of the diffusion of theoretical concepts. Organization Studies, 32(5), 655-681.). As EN devem ser os principais responsáveis pela criação de teorias da moda. Os acadêmicos devem pesquisar e aprender como estabelecer as teorias da moda (Abrahamson, 1996Abrahamson, E. (1996). Management Fashion. Academy of Management Review, 21(1), 254-285.).

O fator BC6 é denominado “Reputação”. Esse fator inclui estudos que direta (Baden-Fuller, Ravazzolo, & Schweizer, 2000Baden-Fuller, C., Ravazzolo, F. & Schweizer, T. (2000). Making and measuring reputations: the research ranking of European business schools. Long Range Planning, 33(5), 621-650.) ou indiretamente consideram a influência dos rankings nas EN (Rindova, et al. 2005Rindova, V., Williamson, I., Petkova, A., & Sever, J. (2005). Being good or being known: An empirical examination of the dimensions, antecedents, and consequences of organizational reputation. Academy of Management Journal, 48(6), 1033-1049.; Macdonald & Kam, 2007Macdonald, S. & Kam, J. (2007). Ring a ring o’ roses: Quality journals and gamesmanship in management studies. Journal of Management Studies, 44(4), 640-655.; Rindova, Williamson, & Petkova, 2010Rindova, V., Williamson, I., & Petkova, A. 2010. When is reputation an asset? Reflections on theory and methods in two studies of business schools. Journal of Management, 36(3), 610-619.). Os rankings da mídia, que incluem os MBAs das EN, têm uma forte influência na reputação e, consequentemente, na possibilidade de cobrar taxas de prêmio (Rindova et al. 2005Rindova, V., Williamson, I., Petkova, A., & Sever, J. (2005). Being good or being known: An empirical examination of the dimensions, antecedents, and consequences of organizational reputation. Academy of Management Journal, 48(6), 1033-1049.). O efeito indireto dos rankings de periódicos nas publicações (Rindova et al. 2005Rindova, V., Williamson, I., Petkova, A., & Sever, J. (2005). Being good or being known: An empirical examination of the dimensions, antecedents, and consequences of organizational reputation. Academy of Management Journal, 48(6), 1033-1049.; Macdonald & Kam, 2007Macdonald, S. & Kam, J. (2007). Ring a ring o’ roses: Quality journals and gamesmanship in management studies. Journal of Management Studies, 44(4), 640-655.) e nos trabalhos de pesquisa também é reconhecido (Ofori-Dankwa & Julian, 2005Ofori-Dankwa, J. & Julian, S.D. (2005). From thought to theory to school: The role Of contextual factors in the evolution of schools of management thought. Organization Studies, 26 (9), 1307-1329.). As EN, como parte de uma IES, também sofreriam o efeito desse relacionamento (Rindova et al. 2005Rindova, V., Williamson, I., Petkova, A., & Sever, J. (2005). Being good or being known: An empirical examination of the dimensions, antecedents, and consequences of organizational reputation. Academy of Management Journal, 48(6), 1033-1049.). A pesquisa dos autores Rindova et al. (2005Rindova, V., Williamson, I., Petkova, A., & Sever, J. (2005). Being good or being known: An empirical examination of the dimensions, antecedents, and consequences of organizational reputation. Academy of Management Journal, 48(6), 1033-1049.) forneceu apoio empírico para o efeito positivo da pesquisa acadêmica na reputação das EN.

O fator BC2 foi nomeado “Relevância no Ensino” com o objetivo de fazer a diferença para a sociedade (Tsui, 2013Tsui, A. (2013). The spirit of science and socially responsible scholarship. Management and Organization Review, 9(3), 375-394.; Walsh, 2012Walsh, M. (2012). Conceptualizing classroom interactional competence. Novitas-Royal Research on Youth and Language, 6(1), 1-14.). A maioria dos artigos se concentra no ensino de administração; ferramentas de teste (Wright, Paroutis, & Blettner, 2013Wright, R., Paroutis, S. & Blettner, D. (2013). How useful are the strategic tools we teach in Business Schools? Journal of Management Studies, 50(1), 92-152.); estudando gestão baseada em evidências (Trank, 2014Trank, C. (2014). Reading evidence-based management: The possibilities of interpretation. Academy of Management Learning and Education, 13(3), 381-395.; Gamble & Jelley, 2014Gamble, E. & Jelley, R. (2014). The case for competition: Learning about evidence-based management through case competition. Academy of Management Learning Education, 13(3), 433-445.; Klimoski & Amos, 2012Klimoski, R. & Amos, B. (2012). Practicing. Evidence-Based Education in Leadership Development. Academy of Management Learning and Education, 11(4), 685-702.); design thinking (Glen, Suciu, & Baughn, 2014Glen, R., Suciu, C. & Baughn, C. (2014). The Need for Design Thinking in Business School. Academy of Management Learning and Education, 13(4), 653-667.); ou combinando ciência do design com realismo crítico (Willmott, 2012Willmott, H. (2012). Reframing Relevance as ‘Social Usefulness’: A Comment on Hodgkinson and Starkey’s ‘Not Simply Returning to the Same Answer Over and Over Again’. British Journal of Management, 23(4), 598-604.). Outros artigos enfocam gerenciamento e sustentabilidade (Shrivastava, Ivanaj, & Persson, 2013Shrivastava, P., Ivanaj, S. & Persson, S. (2013) Transdisciplinary Study of Sustainable Enterprise, Journal of the Business Strategy and the Environment, 22(4), 230-244.; Aguinis et al. 2014Aguinis, H., Bradley, K. J., & Brodersen, A. (2014). Industrial-organizational psychologists in business schools: Brain drain or eye opener? Industrial and Organizational Psychology: Perspectives on Science and Practice, 7(3), 284-303.; Akrivou e Bradbury-Huang, 2015Akrivou, K., & Bradbury-Huang, H. (2015). Educating integrated catalysts: Transforming business schools Toward ethics and sustainability. Academy of Management Learning and Education, 14(2), 222-240.); abordar as preocupações sobre como as EN estão ensinando gestão (Knights & Clarke, 2014Knights, D. & Clarke, C. (2014). It’s a bittersweet symphony, this life: Fragile academic selves and insecure identities at work. Organization Studies, 35(3), 335-357.; Costigan & Brink, 2015Costigan, R. & Brink, K. (2015). On the prevalence of linear versus nonlinear thinking in undergraduate business education: A lot of rhetoric, not enough evidence. Journal of Management and Organization, 21(4), 535-547.); e, fazendo sugestões para melhorar o ensino (Waddock & Lozano, 2013Waddock, S. & Lozano, J. (2013). Developing more holistic management education: Lessons learned from two programs. Academy of Management Learning and Education, 12(2), 265-284.).

Outros autores questionam as métricas usadas para avaliar o desempenho acadêmico e o paradoxo da legitimidade que as EN enfrentam (Alajoutsijarvi, Juusola, & Siltaoja, 2015Alajoutsijärvi, K., Juusola, K. & Siltaoja, M. (2015). The Legitimacy paradox of Business Schools: Losing by gaining? Academy of Management Learning and Education, 14(2), 277-291.). Como mencionado por Aguinis et al. (2014Aguinis, H., Bradley, K. J., & Brodersen, A. (2014). Industrial-organizational psychologists in business schools: Brain drain or eye opener? Industrial and Organizational Psychology: Perspectives on Science and Practice, 7(3), 284-303.), a “maioria das pesquisas sobre impacto acadêmico se concentrou quase exclusivamente em uma parte interessada específica e em um tipo de medida: acadêmicos e citações.” (Aguinis et al. 2014Aguinis, H., Bradley, K. J., & Brodersen, A. (2014). Industrial-organizational psychologists in business schools: Brain drain or eye opener? Industrial and Organizational Psychology: Perspectives on Science and Practice, 7(3), 284-303., p. 624).

4. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por intermédio da nossa pesquisa estudo, contribuímos para a pesquisa das Escolas de Negócios (EN) de duas maneiras. Primeiro, possibilitou a identificação de trabalhos e temas que influenciaram as reflexões nas EN. Segundo, ao apresentar a sua influência a pesquisa em andamento e, consequentemente, as tendências da pesquisa (Figura 1). Além disso, os resultados servem como orientações práticas para os gerentes das EN.

As análises fatorial e de rede nos permitiram detectar os tópicos preferencialmente estudados, e sua relação com os estudos que servem de base para a pesquisa atual. Por intermédio da determinação estrutura intelectual, poderíamos dizer que todo o campo está respondendo à chamada de trabalhos de Gioia e Corley (2002Gioia, D. & Corley, K. (2002). Being Good Versus Looking Good: Business School Rankings and the Circean transformation from substance to image. Academy of Management Learning and Education, 1, 107-120.) e Pfeffer e Fong (2004Pfeffer, J. & Fong, C. (2004). The business school “business”: some lessons from the US experience. Journal of Management Studies, 41(8), 1501-1520.), questionando a relevância das EN para a prática. A relevância das EN é questionada em relação à diferença entre teoria e prática, relevância social e adequação dos currículos à prática. Esses temas impactaram a pesquisa atual sobre as EN.

O estudo das EN foi motivado pela lacuna teoria-prática - uma questão de relevância. A diferença de relevância pode ser dividida em duas frentes: o questionamento da relevância da pesquisa para a prática e o questionamento da possibilidade de entregar o conhecimento produzido aos gerentes. Isso levanta a questão da necessidade de rigor e relevância na cocriação de conhecimento com os profissionais. O questionamento do papel e da relevância das EN pode ser dividido em dois tópicos de influência. Um deles é questionar o papel social das EN que solicitam considerar sua missão principal, preparar os gerentes de uma maneira que tenha um impacto positivo em suas carreiras e um efeito positivo na sociedade. Outro, e também um tópico relacionado, é a relevância do ensino nas EN - ensino para o crescimento pessoal e sua relação com a prática. É necessário se concentrar não apenas em novos conteúdos, como também no desenvolvimento de competências pessoais. Para fazer isso, novas formas de pedagogia são necessárias e precisarão transcender para a sala de aula. O desafio não é apenas adquirir conhecimento da pesquisa, mas explorá-lo através da prática.

A relevância das EN continua sendo questionada. Os autores continuam a questionar por que as EN não formaram líderes e fizeram a diferença nas carreiras dos gerentes. Eles afirmam que, para que as EN sejam relevantes para a sociedade, elas devem ser um lugar para influenciar os gerentes e desenvolver uma liderança mais humanizada. A principal diferença da estrutura intelectual é que, mesmo em artigos conceituais e em alguns estudos de caso, autores sobre esse tópico oferecem sugestões para contornar as críticas. Eles reforçam a necessidade de revisar o conteúdo e focar no desenvolvimento de competências dos gerentes. Está relacionado à influência de classificações positivas ou negativas da mídia em relação ao esforço das EN em ganhar legitimidade e melhorar sua reputação.

Apesar da pertinência das críticas, esses trabalhos foram predominantemente ensaios que influenciam os principais trabalhos sobre as EN. Esperávamos encontrar artigos discutindo a gestão das EN e os fatores institucionais no mainstream. Não estamos dizendo que esses estudos não existem, mas não pareciam predominantes em nossa seleção. A prática da gestão influenciaria as escolhas da EN e o uso de seus recursos e a escolha do curso de ação.

Considerando a afirmação de Gioia e Corley (2002Gioia, D. & Corley, K. (2002). Being Good Versus Looking Good: Business School Rankings and the Circean transformation from substance to image. Academy of Management Learning and Education, 1, 107-120.), as forças externas influenciarão as decisões gerenciais e, a nosso ver, influenciarão todos os tópicos que apresentamos neste trabalho. Embora muitas outras frentes de pesquisa possam surgir na agenda proposta a partir dos resultados deste estudo, acreditamos que os tópicos de pesquisa sugeridos e a revisão da influência dos rankings e da avaliação acadêmica ajudariam as EN a ganhar mais relevância e aumentar sua importância para os alunos e sociedade.

Argumentamos que as EN precisam se tornar relevantes para o mercado e a sociedade. Elas devem produzir resultados relevantes de pesquisa e se preocupar em preparar os alunos para o mercado, usando professores e técnicas de ensino adequadas. No entanto, em sua busca pela legitimidade, as EN tendem a se tornar homogêneas em relação ao conteúdo de seu ensino, concentrando-se em modismos gerenciais devido a pressões isomórficas (coercitivas, miméticas e normativas) decorrentes das acreditações e classificações que desejam alcançar. Trabalhos como o de Wilson e McKiernan (2011Wilson, D., & McKiernan, P. (2011). Global mimicry: putting strategic choice back on the business school agenda. British Journal of Management, 22(3), 457-469.) nos permitem sugerir que estudos futuros avaliem a influência de pressões isomórficas na escolha estratégica de gestores de EN e na adaptação de recursos. Seria interessante entender a hierarquia das pressões isomórficas nas EN no processo de buscar legitimidade e ganhar reputação.

A proliferação mundial de programas de MBA desde os anos 90 (Collet & Vives, 2013Collet, F. & Vives, L. (2013). From preeminence to prominence: The fall of U.S. Business Schools and the rise of European and Asian Business Schools in the Financial Times Global MBA Rankings. Academy of Management Learning and Education, 12(4), 540-563.) sugere a necessidade de não apenas incluir uma perspectiva internacional nos programas de MBA (Dhanaraj & Khanna, 2011Dhanaraj, C. & Khanna, T. (2011). Transforming mental models on emerging markets. Academy of Management Learning and Education, 10(4), 684-701.), mas também de entender a competição internacional de estudantes, colaboração internacional e EN de países emergentes.

As EN precisam alinhar seus currículos considerando as mudanças na sociedade e as necessidades dos alunos. Elas devem ser um local para nutrir valores positivos e preparar líderes. Isso representa um desafio, não somente em termos de conteúdo, mas ainda de professores, profissionais e desafios pedagógicos.

A chamada para o alinhamento curricular com a realidade e os desafios da sociedade deve ser investigada, considerando eventualmente a necessidade de desenvolver líderes e gerentes para uma realidade nova e futura, não considerando disciplinas, mas desenvolvendo reflexão e competências críticas (Benjamin & O’Reilly, 2011Benjamin, B. & O’Reilly, C. (2011). Becoming a leader: Early career challenges faced by MBA Graduates. Academy of Management Learning and Education, 10(3), 452-472.). Exige novas formas pedagógicas de ensino que estão sendo desenvolvidas e usadas nos cursos de graduação para educação executiva (Scafuto et al. 2017Serra, F., Ferreira, M. & Almeida, M. (2013). Organizational decline: a yet largely neglected topic in organizational studies. Management Research: The Journal of the Iberoamerican Academy of Management, 11(2), 133-156.), além de outras chamadas (Charlier, Brown, & Rynes, 2011Charlier, S., Brown, K. & Rynes, S. (2011). Teaching evidence-based management in MBA programs: What evidence is there? Academy of Management Learning and Education, 10(2), 222-236.).

Um segundo fluxo significativo na pesquisa das EN é a Relevância para a Prática, que está diretamente relacionada à discussão sobre difusão ou transferência de conhecimento e a divisão acadêmico-profissional. Os estudiosos do Reino Unido parecem se dedicar mais a essa discussão. Pensamos que o engajamento acadêmico-profissional é uma área promissora para futuras pesquisas (Van de Ven & Johnson, 2006Van de Ven, A., & Johnson, P. (2006). Knowledge for theory and practice. Academy of Management Review, 31, 802-821.). Estudos futuros devem continuar investigando as possibilidades dos modos de pesquisa de desenvolvimento do conhecimento (Stiles, 2004Stiles, D.R. (2004). Narcissus revisited: The values of management academics and their role in Business School strategies. UK and Canada: British Journal of Management, 15(2), 157-175.; Knights, 2008Knights, D. (2008). Myopic rhetorics: Reflecting epistemologically and ethically on the demand for relevance in organizational and management research. Academy of Management Learning and Education, 7, 537-552.; Romme et al. 2015Romme, A., Avenier, M.-J., Denyer, D., Hodgkinson, G., Pandza, K., Starkey, K. & Worren, N. (2015), Towards Common Ground and Trading Zones in Management Research and Practice. British Journal of Management, 26(3), 544-559.), mesmo com as possíveis tensões entre o sistema de pensamento dos praticantes e estudiosos (Kieser & Leiner, 2011Kieser, A. & Leiner, L. (2011). On the social construction of relevance: A rejoinder. Journal of Management Studies, 48, 891-898.; Nicolai & Seidl, 2010Nicolai, A. & Seidl, D. (2010), That’s relevant! different forms of practical relevance in management science. Organization Studies, 31(9-10), 1257-1285.). Outra possível investigação está considerando o envolvimento de acadêmicos em áreas executivas, como consultoria de negócios (Butler, Delaney, & Spoelstra, 2015Butler, N., Delaney, H. & Spoelstra, S. (2015). Problematizing “Relevance” in the Business School: The Case of Leadership Studies. British Journal of Management, 26, 731-744. ). É importante que as EN voltem a ser as geradoras dos modismos gerenciais (Abrahamson, 1996Abrahamson, E. (1996). Management Fashion. Academy of Management Review, 21(1), 254-285.), respondendo ao apelo de Hambrick (1994Hambrick, D. (1994). What if the Academy actually mattered? Academy of Management Review, 19(1), 11-16.) de aumentar a autopromoção dos acadêmicos.

Um tópico emergente e independente consequente é o ensino de relevância, que parece ser predominante e de interesse entre os estudiosos americanos. Esses artigos se concentram na discussão de taxas e métodos de ensino, com uma importante discussão sobre gerenciamento baseado em evidências. Nossa percepção, no entanto, é que essa pesquisa, que deve se concentrar em aplicações empíricas, parece permanecer casuística e conceitual. Nossas observações nos levaram a concordar que a pesquisa nas EN precisa se tornar um campo estruturado de estudo. No entanto, em seu estado atual, parece não ter suporte empírico e teórico (Augier & March, 2011Augier, M. & March, J. (2011). The roots, rituals, and rhetorics of change: North American business schools after the Second World War. Stanford, CA: Stanford Business Books.; Corley & Gioia, 2011Corley, K. & Gioia, D. (2011). Building theory about theory building: What constitutes a theoretical contribution? Academy of Management Review, 36, 12-32.; Bartunek & Rynes, 2014Bartunek, J. & Rynes, S. (2014). Academics and practitioners are alike and unlike: The paradoxes of academic-practitioner relationships. Journal of Management, 40, 1181-1201.).

Os estudos recomendam mais pesquisas para entender melhor o fenômeno. Geralmente, o fenômeno parece exigir mais estudos empíricos em contextos distintos, inclusive fora dos EUA e da Europa em economias emergentes (Dhanaraj & Khanna, 2011Dhanaraj, C. & Khanna, T. (2011). Transforming mental models on emerging markets. Academy of Management Learning and Education, 10(4), 684-701.). A relevância para a prática parece testar as propostas dos ensaios e trabalhos conceituais predominantes.

Outra contribuição é o método único utilizado neste artigo, especialmente a junção das análises de cocitação e pareamento, que parecem proporcionar uma possibilidade para futuros estudos bibliométricos, possibilitando uma melhor compreensão de campos e fenômenos.

Este estudo apresenta limitações quanto ao método, pois é um estudo bibliométrico. Estudos futuros podem incluir o banco de dados Scopus. Essa base contém vários periódicos de ensino superior que não estão incluídos na base usada para o presente estudo. No entanto, a maioria dos periódicos mencionados não está diretamente relacionada à gestão, que era o nosso foco, mas principalmente à sociologia da educação. Outra limitação foi o uso da palavra-chave para pesquisa. A verificação de palavras-chave complementares atenuou essa limitação nos artigos selecionados que não resultaram em alteração significativa da amostra. Outras possíveis limitações foram atenuadas pelo uso de dois métodos complementares de análise (fator e rede) e pela realização de um estudo conjunto de cocitação e pareamento.

O estudo das EN, apesar de seu crescimento, ainda pode ser considerado recente, visto que a maioria dos artigos foi publicada há menos de 30 anos. Pode-se dizer que, devido à existência de muitos campos relacionados a críticas, compreender o comportamento estratégico das EN através de sua importância e influência sobre os executivos exigirá muito estudo adicional. Como previsto por Gioia e Corley (2002Gioia, D. & Corley, K. (2002). Being Good Versus Looking Good: Business School Rankings and the Circean transformation from substance to image. Academy of Management Learning and Education, 1, 107-120.), na primeira edição da AMLE, “a transformação circense das EN de substância em imagem, [é] um fenômeno que merece nossa compreensão e engajamento proativo”. Pela importância do tópico e os autores que emergem de nosso estudo, precisamos aprimorar a questão levantada pelo falecido Prof. Arbaugh: “Onde estão os estudiosos dedicados da aprendizagem e educação em administração?” (Arbaugh, 2016Arbaugh, J. (2016). Where are the dedicated scholars of management learning and education? Management Learning, 47, 230-240. , p. 230), neste caso, EN. A importância, e acima de tudo, o benefício potencial de ter EN relevantes, considerando pesquisa e ensino, para preparar e ter uma influência positiva sobre futuros líderes, é fundamental para ter pesquisadores engajados e dedicados.

REFERENCES

  • Abrahamson, E. (1996). Management Fashion. Academy of Management Review, 21(1), 254-285.
  • Adler, N. & Harzing, A., (2009). When Knowledge Wins: Transcending the sense and nonsense of academic rankings. Academy of Management Learning and Education, 8(1), 72-95.
  • Aguinis, H., Bradley, K. J., & Brodersen, A. (2014). Industrial-organizational psychologists in business schools: Brain drain or eye opener? Industrial and Organizational Psychology: Perspectives on Science and Practice, 7(3), 284-303.
  • Akrivou, K., & Bradbury-Huang, H. (2015). Educating integrated catalysts: Transforming business schools Toward ethics and sustainability. Academy of Management Learning and Education, 14(2), 222-240.
  • Alajoutsijärvi, K., Juusola, K. & Siltaoja, M. (2015). The Legitimacy paradox of Business Schools: Losing by gaining? Academy of Management Learning and Education, 14(2), 277-291.
  • Alferoff, C. & Knights, D. (2009). Making and Mending your Nets: Managing Relevance, Participation and Uncertainty in Academic-Practitioner Knowledge Networks. British Journal of Management, 20(1), 125-142.
  • Anderson, N., Herriot, P. & Hodgkinson, G. P. (2001). The practitioner-researcher divides in industrial, work and organizational psychology. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 74(4), 391-411.
  • Antonacopoulou, E.P. (2010), Making the Business School More ‘Critical’: Reflexive Critique Based on Phronesis as a Foundation for Impact. British Journal of Management, 21(Special Issue), s6-s25.
  • Arbaugh, J. (2010). Do undergraduates and MBAs differ online? Initial conclusions from the literature. Journal of Leadership and Organizational Studies, 17(2), 129-142.
  • Arbaugh, J. (2016). Where are the dedicated scholars of management learning and education? Management Learning, 47, 230-240.
  • Augier, M. & March, J. (2007). The Pursuit of relevance in management education. California Management Review, 49(3), 129-146.
  • Augier, M. & March, J. (2011). The roots, rituals, and rhetorics of change: North American business schools after the Second World War Stanford, CA: Stanford Business Books.
  • Augier, M. & Teece, D. J. (2005). Na economics perspective on intellectual capital. In B Marr (Ed) Perspectives on Intellectual Capital, Oxford: Elsevier.
  • Augier, M., March, J. & Sullivan, B. N. (2005). Notes on the evolution of a research community: Organization Studies in Anglophone North America, 1945-2000. Organization Science, 16 (1), 85-95.
  • Baden-Fuller, C., Ravazzolo, F. & Schweizer, T. (2000). Making and measuring reputations: the research ranking of European business schools. Long Range Planning, 33(5), 621-650.
  • Bartunek, J. & Rynes, S. (2014). Academics and practitioners are alike and unlike: The paradoxes of academic-practitioner relationships. Journal of Management, 40, 1181-1201.
  • Bell, J. Den Ouden, B., & Ziggers, G. (2006). Dynamics of cooperation: At the brink of irrelevance. Journal of Management, 43(7), 1607-1619.
  • Benjamin, B. & O’Reilly, C. (2011). Becoming a leader: Early career challenges faced by MBA Graduates. Academy of Management Learning and Education, 10(3), 452-472.
  • Bennis, W. & O’Toole, J. (2005). How business schools lost their way. Harvard Business Review, 83, 96-104.
  • Bernard, H. & Ryan, G. (2010). Analyzing qualitative data: Systematic approaches Thousand Oaks: Sage Publications, Inc.
  • Bort, S. & Kieser, A. (2011). Fashion in organization theory: An empirical analysis of the diffusion of theoretical concepts. Organization Studies, 32(5), 655-681.
  • Butler, N., Delaney, H. & Spoelstra, S. (2015). Problematizing “Relevance” in the Business School: The Case of Leadership Studies. British Journal of Management, 26, 731-744.
  • Charlier, S., Brown, K. & Rynes, S. (2011). Teaching evidence-based management in MBA programs: What evidence is there? Academy of Management Learning and Education, 10(2), 222-236.
  • Cheit, E. (1985). Business Schools and Their Critics. California Management Review 27(3), 43-62.
  • Chia, R. & Holt, R. (2008). The nature of knowledge in business schools. Academy of Management Learning and Education, 7(4), 471-486.
  • Clinebell, S. & Clinebell, J.M. (2008). The tension in business education between academic rigor and real-world relevance: The role of executive professors. Academy of Management Learning and Education, 7(1), 99-107.
  • Collet, F. & Vives, L. (2013). From preeminence to prominence: The fall of U.S. Business Schools and the rise of European and Asian Business Schools in the Financial Times Global MBA Rankings. Academy of Management Learning and Education, 12(4), 540-563.
  • Corley, K. & Gioia, D. (2011). Building theory about theory building: What constitutes a theoretical contribution? Academy of Management Review, 36, 12-32.
  • Costigan, R. & Brink, K. (2015). On the prevalence of linear versus nonlinear thinking in undergraduate business education: A lot of rhetoric, not enough evidence. Journal of Management and Organization, 21(4), 535-547.
  • Datar, S., Garvin, D. & Cullen, P., (2010). Rethinking the MBA: Business Education at a Crossroads Boston, MA: Harvard Business Press.
  • Dhanaraj, C. & Khanna, T. (2011). Transforming mental models on emerging markets. Academy of Management Learning and Education, 10(4), 684-701.
  • Dichev, I. (1999). How good are business school rankings? Journal of Business, 72(2), 201-213.
  • Doh, J. (2015). Why we need phenomenon-based research in international business. Journal of World Business, 50(4), 609-611.
  • Ferlie, E., McGivern, G., & De Moraes, A. (2010). Developing a Public Interest School of Management. British Journal of Management, 21(S1), 60-70.
  • Ferraro, F., Pfeffer, J. & Sutton, R. (2005). Economics language and assumptions: How theories can become selffulfilling. Academy of Management Review, 30(1), 8-24.
  • Friga, P., Bettis, R. & Sullivan, R., (2003). Changes in graduate management education and new business school strategies for the 21st century. Academy of Management Learning and Education, 2(3), 233-249.
  • Gamble, E. & Jelley, R. (2014). The case for competition: Learning about evidence-based management through case competition. Academy of Management Learning Education, 13(3), 433-445.
  • Ghoshal, S. (2005). Bad management theories are destroying good management practices. Academy of Learning Education, 4(1), 75-91.
  • Gibbons, M., Limoges, C., Nowotny, H., Schwartzman, S., Seot, P. and Trow, M., (1994). The new production of knowledge: The dynamics of science and research in contemporary societies SAGE, London.
  • Gioia, D. & Corley, K. (2002). Being Good Versus Looking Good: Business School Rankings and the Circean transformation from substance to image. Academy of Management Learning and Education, 1, 107-120.
  • Glen, R., Suciu, C. & Baughn, C. (2014). The Need for Design Thinking in Business School. Academy of Management Learning and Education, 13(4), 653-667.
  • Gordon, R. & Howell, J. (1958). Higher Education for Business Columbia University Press.
  • Grey, C. (2001). Re-imagining Relevance: A Response to Starkey and Madan. British Journal of Management, 12(SI), 527-S32.
  • Grey, C. (2004). Reinventing Business Schools: The Contribution of Critical Management Education. Academy of Management Learning and Education, 3(2), 178-186.
  • Guerrazzi, L., Brandão, M., Campos Junior, H. & Lourenço, C. (2015). Pesquisa em marketing e estratégia nos principais periódicos internacionais: um estudo bibliométrico sobre publicações no século XXI. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 14(1), 7-27.
  • Hambrick, D. (1994). What if the Academy actually mattered? Academy of Management Review, 19(1), 11-16.
  • Harrison, R., Leitch, C. & Chia, R. (2007). Developing paradigmatic awareness in university Business Schools: The challenge for executive education. Academy of Management Learning and Education, 6(3), 332-343.
  • Henisz, W. (2011). Leveraging the Financial Crisis to Fulfill the Promise of Progressive Management. Academy of Management Learning and Education, 10(2), 298-321.
  • Hodgkinson, G. & Starkey, K. (2011). Not Simply Returning to the Same Answer Over and Over Again: Reframing Relevance. British Journal of Management, 22(3), 355-369.
  • Hughes, T., D. Bence, L. Grisoni, N. O’Regan & D. Wornham (2011). Scholarship that matters: academic-practitioner engagement in business and management. Academy of Management Learning and Education, 10(1), 40-57.
  • Kark, R. (2011). Games managers play: Play as a form of leadership development. Academy of Management Learning and Education, 10(3), 507-527.
  • Khurana, R. & Spender, J. C. (2012). Herbert A. Simon on what ails business schools: more than a problem in organizational design. Journal of Management Studies, 49(3), 619-639.
  • Khurana, R. (2007). From higher aims to hired hands: the social transformation of American business schools and the unfulfilled promise of management as profession Princeton: Princeton University Press.
  • Kieser, A. & Leiner, L. (2009) Why the rigour-relevance gap in management research is unbridgeable. Journal of Management Studies, 46(3), 516-533.
  • Kieser, A. & Leiner, L. (2011). On the Social Construction of Relevance: A Rejoinder. Journal of Management Studies, 48(4), 891-898.
  • Kieser, A. & Leiner, L. (2011). On the social construction of relevance: A rejoinder. Journal of Management Studies, 48, 891-898.
  • Klimoski, R. & Amos, B. (2012). Practicing. Evidence-Based Education in Leadership Development. Academy of Management Learning and Education, 11(4), 685-702.
  • Knights, D. & Clarke, C. (2014). It’s a bittersweet symphony, this life: Fragile academic selves and insecure identities at work. Organization Studies, 35(3), 335-357.
  • Knights, D. (2008). Myopic Rhetorics: Reflecting Epistemologically and Ethically on The Demand for Relevance in Organizational and Management Research. Academy of Management Learning and Education, 7(4), 537-552.
  • Knights, D. (2008). Myopic rhetorics: Reflecting epistemologically and ethically on the demand for relevance in organizational and management research. Academy of Management Learning and Education, 7, 537-552.
  • Kuhn, T., (1962). The Structure of Scientific Revolutions Chicago: The University of Chicago Press.
  • Learmonth, M., Lockett, A. & K. Dowd (2012). Towards scholarship that matters: the usefulness of useless research and the uselessness of useful research. British Journal of Management, 23(1), 35-44.
  • Leavitt, H., (1989). Educating our MBAs: On teaching what we haven’t taught. California Management Review, 31(3), 38-50.
  • Lin, T. & Cheng, Y. (2010). Exploring the knowledge network of strategic alliance research: A co-citation analysis. International Journal of Electronic Business Management, 8(2), 152-160.
  • Macdonald, S. & Kam, J. (2007). Ring a ring o’ roses: Quality journals and gamesmanship in management studies. Journal of Management Studies, 44(4), 640-655.
  • McCain, K. (1990). Mapping authors in intellectual space: A technical overview. Journal of the American Society for Information Science, 41(6), 433-443.
  • McGrath, M. (2007). School bullying: tools for avoiding harm and liability Thousand Oaks: Corwin Press.
  • McKelvey, B. (2006). Comment on Van De Ven and Johnson’s ‘Engaged Scholarship’: Nice Try, But . Academy of Management Review, 31(4), 822-829.
  • McTiernan, S. & Flynn, P. M. (2011). “Perfect storm” on the horizon for women business school deans? Academy of Management Learning and Education, 10(2), 323-339.
  • Mintzberg, H. & Gosling, J. (2002). Educating managers beyond borders. Academy of Management Learning and Education, 1(1), 64-76.
  • Mintzberg, H. (2004). Managers Not MBAs: A Hard Look at the Soft Practice of Managing and Management Development San Francisco: Berrett-Koehler.
  • Morgeson, F. P., & Nahrgang, J. D. (2008). Same as It Ever Was: Recognizing Stability in the Business Week Rankings. Academy of Management Learning and Education, 7(1), 26-41.
  • Navarro, P. (2006). The Well-Timed Strategy: Managing the Business Cycle for Competitive Advantage Upper Saddle River: Wharton School Publishing.
  • Navarro, P. (2008). The MBA core curricula of top-ranked U.S. business schools: A study in failure? Academy of Management Learning and Education, 7(1), 108-123.
  • Nicolai, A. & Seidl, D. (2010), That’s relevant! different forms of practical relevance in management science. Organization Studies, 31(9-10), 1257-1285.
  • Nowotny, H., Scott, P. & Gibbons, M. (2001). Re-thinking science: Knowledge and the public in an age of uncertainty Cambridge: Polity Press.
  • Ofori-Dankwa, J. & Julian, S.D. (2005). From thought to theory to school: The role Of contextual factors in the evolution of schools of management thought. Organization Studies, 26 (9), 1307-1329.
  • O’Brien, J., Drnevich, P., Russell, C. & Armstrong, C. (2010). Does Business School research add economic value for students? Academy of Management Learning and Education, 9(4), 638-651.
  • Parnell, G., Bresnick, T., Tani, S. & Johnson, E. (2012). Decision analysis soft skills, in Handbook of Decision Analysis, Hoboken: John Wiley and Sons, Inc.
  • Peng, M. & Dess, G. (2010). In the spirit of scholarship. Academy of Management Learning and Education, 9(2), 282-98.
  • Petriglieri, G. & Petriglieri, J. (2010). Identity Workspaces: The Case of Business Schools. Academy of Learning Education, 9(1), 44-60.
  • Petriglieri, G. & Petriglieri, J. (2015). Can Business Schools Humanize Leadership? Academy of Learning Education, 14(4), 625-647.
  • Petriglieri, G., Wood, J. & Petriglieri, J. (2011). Up Close and Personal: Building Foundations for Leaders’ Development Through the Personalization of Management Learning. Academy of Management Learning and Education, 10(3), 430-450.
  • Pfeffer, J. & Fong, C. (2004). The business school “business”: some lessons from the US experience. Journal of Management Studies, 41(8), 1501-1520.
  • Pfeffer, J. (1993). Barriers to the Advance of Organizational Science: Paradigm Development as a Dependent Variable. Academy of Management Review, 18(4), 599-620.
  • Pfeffer, J. (2005). Why Do Bad Management Theories Persist? A Comment on Ghoshal. Academy of Learning and Education, 4(1), 96-100.
  • Porter, L. & McKibbin, L. (1988). Management Education and Development: Drift or Thrust into the 21st Century? New York: McGrawHill.
  • Priem, L. R. & Rosenstein, J. (2000). Is Organization Theory obvious to practitioners? A test of one established theory. Organization Science, 11(5), 509-522.
  • Ramos-Rodriguez, A., & Ruiz-Navarro, J. (2004). Changes in the intellectual structure of strategic management research: A bibliometric study of the Strategic Management Journal, 1980-2000. Strategic Management Journal, 25(10), 981-1004.
  • Rindova, V., Williamson, I., & Petkova, A. 2010. When is reputation an asset? Reflections on theory and methods in two studies of business schools. Journal of Management, 36(3), 610-619.
  • Rindova, V., Williamson, I., Petkova, A., & Sever, J. (2005). Being good or being known: An empirical examination of the dimensions, antecedents, and consequences of organizational reputation. Academy of Management Journal, 48(6), 1033-1049.
  • Romme, A., Avenier, M.-J., Denyer, D., Hodgkinson, G., Pandza, K., Starkey, K. & Worren, N. (2015), Towards Common Ground and Trading Zones in Management Research and Practice. British Journal of Management, 26(3), 544-559.
  • Rousseau, D. & McCarthy, S. (2007). Educating managers from an evidence-based perspective. Academy of Management Learning & Education, 16(6), 84-101.
  • Rousseau, D. (2006). Is there such a thing as “evidence-based management”? Academy of Management Review, 31(2), 256-269.
  • Rubin, R. & Dierdorff, E. (2009). How relevant is the MBA? Assessing the alignment of required curricula and required managerial competencies. Academy of Management Learning and Education, 8(2), 208-224.
  • Rubin, R. & Dierdorff, E. (2011). On the road to Abilene: Time to manage agreement about MBA curricular relevance. Academy of Management Learning and Education, 10(1), 48-61.
  • Rutherford, S., Mann, M.E., Wahl, E. & Ammann, C. (2012). Comment on: “Erroneous Model Field Representations in Multiple Pseudoproxy Studies: Corrections and Implications” by Jason E. Smerdon, Alexey Kaplan and Daniel E. Amrhein, Journal Climate, 26, 3482-3484.
  • Rynes, S., Bartunek, J. & Daft, R. (2001). Across the Great Divide: Knowledge Creation and Transfer between Practitioners and Academics. Academy Management Journal, 44(2), 340-355.
  • Safón, V. (2007). Factors that influence recruiters’ choice of b-schools and their MBA graduates: Evidence and implications for b-schools. Academy of Management Learning & Education, 6(2), 217-233.
  • Sandberg, J. & Tsoukas, H. (2011). Grasping the logic of practice: Theorizing through practical rationality. Academy of Management Review, 36(2), 338-360.
  • Sauder, M., & Lancaster, R. (2006). Do rankings matter? The effects of U.S. News and World Report rankings on the admissions process of law schools. Law and Society Review, 40(1), 105-134.
  • Scafuto, I., Serra, F., Mangini, E., Maccari, E. & Ruas, R. (2017). The impact of flipped classroom in MBA’s evaluation. Education + Training, 59, 914-928
  • Schoemaker, P. (2008), Rethinking management education: the future challenges of Business. California Management Review, 50(3), 119-39.
  • Serra, F., Ferreira, M. & Almeida, M. (2013). Organizational decline: a yet largely neglected topic in organizational studies. Management Research: The Journal of the Iberoamerican Academy of Management, 11(2), 133-156.
  • Shrivastava, P., Ivanaj, S. & Persson, S. (2013) Transdisciplinary Study of Sustainable Enterprise, Journal of the Business Strategy and the Environment, 22(4), 230-244.
  • Simon, H. (1967). The business school: A problem in organizational design. Journal of Management Studies, 4(1), 1-16.
  • Slater, D. J. & Dixon-Fowler, H. R. (2010). The future of the planet in the hands of MBAs: An examination of CEO MBA education and corporate environmental Performance. Academy of Management Learning and Education, 9(3), 429-441.
  • Starkey, K. & Madan, P. (2001). Bridging the Relevance Gap: Aligning Stakeholders in the future of management research. British Journal of Management, 12(SI), 3-26.
  • Starkey, K. & Tempest, S. (2009). The winter of our discontent: The design challenge for business schools. Academy of Management Learning and Education, 8(4), 576-586.
  • Starkey, K. & Tiratsoo, N. (2007). The Business School and the Bottom Line Cambridge: Cambridge University Press.
  • Starkey, K., Hatchuel, A. & Tempest, S. (2004). Rethinking the Business School. Journal of Management Studies, 41(8), 1521-1531.
  • Stiles, D.R. (2004). Narcissus revisited: The values of management academics and their role in Business School strategies. UK and Canada: British Journal of Management, 15(2), 157-175.
  • Thomas, H. & Wilson, A. (2011). Physics envy, cognitive legitimacy or practical relevance: dilemmas in the evolution of management research in the UK. British Journal of Management, 22(3), 443-456.
  • Tranfield, D. & Starkey, K. (1998). The Nature, Social Organization and Promotion of Management Research: Towards Policy. British Journal of Management, 9(4), 341-353.
  • Trank, C. (2014). Reading evidence-based management: The possibilities of interpretation. Academy of Management Learning and Education, 13(3), 381-395.
  • Trieschmann, J., Dennis, A., Northcraft, G. & Nieme Jr., A. (2000). Serving constituencies. In, Business Schools: M.B.A. program versus research performance. Academy of Management Journal, 43(6), 1130-1141.
  • Tsui, A. (2013). The spirit of science and socially responsible scholarship. Management and Organization Review, 9(3), 375-394.
  • Tushman, M., Fenollosa, A., McGrath, D., O’Reilly, C. & Kleinbaum, A. (2007). Relevance and rigor: Executive education as a lever in shaping practice and research. Academy of Management Learning and Education, 6(3), 345-365.
  • Vaara, E. & Fay, E. (2011). How can a Bourdieusian perspective aid the analysis of MBA education? Academy of Management Learning and Education, 1(10), 27-39.
  • Vaara, E., & Fay, E. (2012). Reproduction and change on the global scale: A Bourdieusian perspective on management education. Journal of Management Studies, 49(6), 1023-1051.
  • Van de Ven, A. (2007). Engaged Scholarship: A Guide for Organizational and Social Research New York: Oxford University Press.
  • Van de Ven, A., & Johnson, P. (2006). Knowledge for theory and practice. Academy of Management Review, 31, 802-821.
  • Vogel, R., & Güttel, W. (2013). The dynamic capability view in strategic management: a bibliometric review. International Journal of Management Reviews, 15(4), 426-446.
  • Von Krogh, G., Rossi-Lamastra, C., & Haefliger, S. (2012). Phenomenon-based research in management and organization science: When is it rigorous and does it matter? Long Range Planning, 45(4), 277-298.
  • Waddock, S. & Lozano, J. (2013). Developing more holistic management education: Lessons learned from two programs. Academy of Management Learning and Education, 12(2), 265-284.
  • Walsh, M. (2012). Conceptualizing classroom interactional competence. Novitas-Royal Research on Youth and Language, 6(1), 1-14.
  • Walsh, S. (2011). Exploring Classroom Discourse: Language in Action London: Routledge.
  • Wasserman, S. & Faust, K. (1994). Social Network Analysis Methods and Applications Cambridge: Cambridge University Press .
  • Willmott, H. (2012). Reframing Relevance as ‘Social Usefulness’: A Comment on Hodgkinson and Starkey’s ‘Not Simply Returning to the Same Answer Over and Over Again’. British Journal of Management, 23(4), 598-604.
  • Wilson, D., & McKiernan, P. (2011). Global mimicry: putting strategic choice back on the business school agenda. British Journal of Management, 22(3), 457-469.
  • Wood Jr., T., & Cruz, J. (2014). MBAs: Cinco Discursos em Busca de uma Nova Narrativa. Cadernos EBAPE.BR, 12(1), 26-44.
  • Wright, R., Paroutis, S. & Blettner, D. (2013). How useful are the strategic tools we teach in Business Schools? Journal of Management Studies, 50(1), 92-152.
  • Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric methods in management and organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429-472.

APÊNDICE 1. RESULTADOS BIBLIOMÉTRICOS Análise de cocitação

A análise fatorial para a cocitação (Tabela A1.1) das referências do pareamento permitiu identificar três fatores responsáveis por 64,3% da variância explicada, sendo o primeiro fator dominante. Os fatores nomeados são: Fator CC1: Lacuna de Teoria e Prática; Fator CC2: Relevância Social; Fator CC3: Currículos e Prática. Os trabalhos incluídos na cocitação são predominantemente conceituais e em ensaios ou livros.

Tabela A1.1.
Análise fatorial da cocitação

Para selecionar o número de artigos, apresentado na Tabela A1.1, usamos a lei da bibliometria de Lotka na análise de citações (link do arquivo: https://drive.google.com/file/d/1ed7BUQw0F11E6GJIQUc_9IAyR38BjmO_/view?usp=sharing). Indica que um número relativamente pequeno de artigos citados (cerca de 5%) seria representativo da estrutura intelectual que influencia o tema (Nath e Jackson, 1991). A amostra selecionada de 44 referências foi reduzida para 38 devido a ajustes durante o procedimento de análise fatorial. Os artigos da amostra selecionada apresentados na Tabela I.1 no Arquivo Complementar no link anterior, correspondem a 603 citações em 6200 citações nos 76 artigos referenciados (aproximadamente 10% das citações).

A rede de cocitação bibliográfica na Figura A1.1 mostra os links entre os artigos da amostra. A Tabela A.1.2 mostra a variação explicada da análise fatorial e a densidade e coesão de cada um dos fatores identificados na rede.

Figura A1.1.
Rede de cocitação.
Tabela A1.2.
Análise fatorial de co-citação e métricas de rede

O fator CC1 foi rotulado como “Teoria e Prática”. Contém 14 obras. Os artigos mostram uma alta densidade na rede, sugerindo que as referências são predominantemente compartilhadas no mesmo fator (Figura A1.1). A baixa coesão indica que esse fator se conecta aos outros (Tabela A1.2).

O fator CC2, denominado “Relevância Social”, é representado por 12 trabalhos (Tabela A1.1). Este fator mostra uma densidade relativamente alta entre as obras. As referências são predominantemente compartilhadas no mesmo fator, com um corpo relativamente homogêneo (Figura A1.1). A baixa coesão indica que esse fator se conecta aos outros (Tabela A1.2).

Nós rotulamos o Fator CC3 como “Currículos e Prática”. Esse fator é composto por 12 artigos que geralmente criticam os currículos e o conteúdo do ensino nas EN (Tabela A1.1). Os artigos mostraram um corpo de literatura relativamente heterogêneo (Figura A1.1) pela medida de densidade relativamente baixa (Tabela A1.2). A baixa coesão indica a conexão desse fator com outros.

Pareamento Bibliográfico (BC)

Os 6 fatores foram identificados (Tabela A1.3). A rede de pareamento bibliográfico na Figura A1.2 mostra os nós, que são os artigos da amostra, e as linhas, que representam suas referências compartilhadas. A rede mostra dois clusters, um formado pelo fator BC2 e o segundo pelos fatores BC1, BC3, BC4, BC5 e BC6. Então, assumindo que uma ordem lógica foi observada na rede, é possível inferir que o fator BC1- “Relevância da EN” e o fator BC3 - “Relevância para a Prática” são os fatores centrais da discussão, pois são relacionados a outros fatores e claramente possuem maior densidade. Esses são os fatores da análise fatorial com mais artigos. Esses fatores estão ligados aos desafios que as EN enfrentam em relação ao mercado e à relevância de suas pesquisas, respectivamente. Outro aspecto que justifica esses fatores serem os mais centrais é que eles incluem os três artigos com o mais alto grau de centralidade. Isso significa que eles são pareados a muitos artigos e têm pontos em comum com eles, o que significa que suas abordagens são predominantes na rede. No fator BC1, existem dois artigos com um alto grau de centralidade. O primeiro é Petriglieri e Petriglieri (2015Petriglieri, G. & Petriglieri, J. (2015). Can Business Schools Humanize Leadership? Academy of Learning Education, 14(4), 625-647.), com 282 pareamentos, nos quais os autores abordam o ensino da liderança nas EN. A segunda é a de McTiernan e Flynn (2011McTiernan, S. & Flynn, P. M. (2011). “Perfect storm” on the horizon for women business school deans? Academy of Management Learning and Education, 10(2), 323-339.), com 281 pareamentos, nos quais os autores abordam as críticas às EN na perspectiva de seus reitores e suas características pessoais. O fator BC3 contém o artigo de Hughes et al., (2011Hughes, T., D. Bence, L. Grisoni, N. O’Regan & D. Wornham (2011). Scholarship that matters: academic-practitioner engagement in business and management. Academy of Management Learning and Education, 10(1), 40-57.), com a maior centralidade dos três, com 286 pareamentos.

Tabela A1.3.
Análise fatorial do pareamento
Figura A1.2.
Diagrama da rede de pareamento bibliométrico.

Devido à centralidade dos fatores BC1 e BC3, percebe-se que eles se comunicam com os outros fatores, apoiando as demais discussões. Ele está conectado ao fator BC4 - “Relevância Curricular”, que está vinculado ao fator BC2 - “Relevância do Ensino” e ao fator BC6 - “Reputação” - suas características e influências. Enquanto isso, nos fatores BC1, BC3 e BC5 - “Evolução e influência das EN”, os autores baseiam suas discussões na evolução das EN. O modo como as EN evoluíram as distanciou das necessidades do mercado e da sociedade. As escolas estão sob pressão para realizar pesquisas mais teóricas, que têm pouca influência nos fenômenos cotidianos e na realidade com a qual os gerentes de empresas lidam na prática. Isso levou a questões levantadas em relação a esta pesquisa e sua relação com o ensino de administração, abordado no fator BC2. Essa relação é intermediada pela preparação dos alunos para o mercado. Assim, a crítica é que, se as EN alegam preparar os alunos para o mercado, qual é ou deveria ser seu principal objetivo, por que eles estão realizando pesquisas que não estão de acordo com esta proposta? Isso resultou em uma crise de reputação, discutida por um número significativo de autores, especialmente no fator BC 6.

O fator BC1 tem o maior número de artigos, com 28 (Tabela A1.3). Nós o rotulamos como “Relevância da EN”. O fator tem a maior variância explicada, com 25,48% (Tabela A1.4), representando a predominância do fluxo. O fator mostra um corpo de literatura homogêneo, considerando as medidas de alta densidade. A coesão relativamente baixa (Tabela A1.4) e as cargas cruzadas (Tabela A1.3) indicam a conexão desse fator com outros (Figura A1.2).

O fator BC3 possui o segundo maior número de artigos, com 18 (Tabela A1.3). Esse fator foi denominado “Relevância para a prática”. Esse fator, ao contrário do fator BC1, tem predomínio da BJM, com 7 artigos (Tabela A1.3). No entanto, apenas dois artigos AMLE estão presentes no fator C33. O fator tem uma variação explicada de 8,27% (Tabela A1.4). O fator mostra um corpo homogêneo de literatura com foco na divisão acadêmico-profissional. Considerando as medidas de alta densidade, a baixa coesão relativa (Tabela A1.4) e as cargas cruzadas (Tabela A1.3) indicam a conexão desse fator a outros (Figura A1.2).

Tabela A1.4.
Métricas da análise fatorial e da rede de pareamento bibliográfico

O fator BC4 possui apenas 4 artigos (Tabela A1.3) e acha adequado rotulá-lo de “Relevância Curricular”. O fator tem uma baixa variância explicada com 5,17% (Tabela A1.4). O fator BC5, com 6 artigos (Tabela A1.3), foi identificado como “Evolução e influência das EN”. O fator tem uma baixa variância explicada com 3,89% (Tabela A1.4).

O fator BC6 possui 5 artigos (Tabela A1.3) e é denominado “Reputação”. Esse fator está relacionado ao fator BC1 e apresenta algumas evidências positivas da relevância das EN. Apresenta a menor variância explicada em 2,98% (Tabela A1.4) e mostra um corpo de literatura homogêneo (Figura A1.2), considerando as medidas de alta densidade. A baixa coesão relativa (Tabela A1.4) e as cargas cruzadas (Tabela A1.3) também indicam a conexão desse fator com outros.

O fator BC2 possui um elevado número de artigos (15) (Tabela A1.3) e foi nomeado “Relevância para o Ensino”. A rede de pareamento bibliográfico mostra que o fator BC2 está mais isolado no canto direito da Figura A1.2. Isso se justifica porque o fator discute como a gestão é ensinada e se concentra mais em ferramentas e metodologias de ensino. Esse fator considera aspectos referentes às críticas ao ensino de gestão e às metodologias empregadas. A discussão central é sempre a mesma: as EN evoluíram de tal maneira que as pesquisas que realizam não são muito relevantes para o mercado, mesmo que proponham preparar os alunos para os desafios que enfrentarão em suas carreiras.

Nos outros fatores, especialmente no lado esquerdo da rede, que começa com os fatores centrais (1 e 3), os autores demonstram preocupação sobre como aliar teoria e prática. nas salas de aula das EN. No lado direito da Figura A1.2, a necessidade de as EN se aproximarem das empresas é discutida no fator BC2.

Integrando os resultados de cocitação e pareamento bibliográfico

Para construir as relações intrafatores, interpretamos as cargas cruzadas a partir da análise fatorial, do formato da rede e de suas métricas, bem como da leitura dos artigos. Para apoiar nossas leituras sobre a relação dos fatores de cocitação, com os fatores de pareamento bibliográfico, calculamos o compartilhamento de referências dos fatores de cocitação nos artigos dos fatores de pareamento bibliográfico. Os resultados são apresentados na Tabela A1.5 e na Figura A1.3. Na Tabela A1.5, quanto mais escura a célula, maior é a relação entre os fatores de cocitação e pareamento. Esses resultados nos permitiram integrar a cocitação e o pareamento bibliográfico. Juntamente com as cargas cruzadas e as métricas de rede, conseguimos preparar a Figura 1 que orientou nossa revisão.

Tabela A1.5.
Influência das referências dos fatores da cocitação nos fatores de pareamento bibliográfico
Figura A1.3.
Representação influência das referências dos fatores da cocitação nos fatores de pareamento bibliográfico.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Jul 2020
  • Data do Fascículo
    Jul-Aug 2020

Histórico

  • Recebido
    13 Ago 2019
  • Revisado
    19 Out 2019
  • Aceito
    09 Dez 2019
  • Publicado
    15 Jun 2020
Fucape Business School Av. Fernando Ferrari, 1358, Boa Vista, 29075-505, Vitória, Espírito Santo, Brasil, (27) 4009-4423 - Vitória - ES - Brazil
E-mail: bbronline@bbronline.com.br