Acessibilidade / Reportar erro

Níveis de qualidade de vida em idosas ativas praticantes de dança, musculação e meditação

The levels of quality of life among active elderly women practitioners of dance, strengthining and meditation

Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar os níveis de qualidade de vida entre idosas sedentárias e ativas, praticantes de dança, musculação e meditação, avaliando ainda os efeitos destes sobre aqueles. Para tal, neste estudo ex post facto, a amostra foi dividida em quatro grupos: grupo de dança (GD, n=20, idade=67±4 anos), grupo de musculação (GF, n=15, idade=67±5 anos), grupo de meditação (GM, n=15, idade=68±4 anos) e grupo controle (GC, n=20, idade=68±6 anos). O protocolo utilizado na avaliação da qualidade de vida foi o questionário World Health Organization Quality of Life Group-old - WHOQOL-OLD. Nas comparações múltiplas (Post Hoc de Sheffe ou intervalo de confiança) foram encontrados resultados satisfatórios nas variáveis dom1 (Habilidades sensoriais; GDxGC, p=0,006), dom2 (Autonomia; GDxGF, p=0,026; GDxGC, p<0,001; GFxGC, p=0,001; GMxGC, p<0,001), dom3 (Atividades passadas presentes e futuras; GDxGC, p=0,004; GFxGC, p=0,033; GMxGC, p<0,001), dom4 (Participação social; GDxGC, IC=+0,421,+41,479; GMxGC, IC=+4,456,+48,804) e QVG (GDxGC, p<0,001; GFxGC, p=0,033; GMxGC, p<0,001). Após a exposição dos dados, inferiu-se que os dois programas de atividade física (dança e musculação) e a prática da meditação apresentaram, na amostra analisada, resultados satisfatórios, contribuindo para um melhor nível de qualidade de vida quando comparados com aqueles apresentados pelo GC.

Palavras-chave:
Idoso; Mulheres; Saúde da Mulher; Exercícios de Alongamento Muscular; Estudo Comparativo; Qualidade de Vida; Musculação; Meditação; Dança.

Abstract

This study aimed to compare the levels of quality of life between active and sedentary elderly, practitioners of dance, meditation and strengthening. So in this study ex post facto, the sample was divided into four groups: dance group (DG, n = 20, age = 67 ± 4 years), strength group (SG, n = 15, age = 67 ± 5 years), meditation group (MG, n = 15, age = 68 ± 4 years) and the control group (CG, n = 20, age = 68 ± 6 years). The protocol used to assess the quality of life was the questionnaire World Health Organization Quality of Life Group-old - WHOQOL-OLD. In multiple comparisons (Post Hoc Sheffe, or confidence interval) we found satisfactory results in the variables dom1 (Sensory abilities; DGxGC, p = 0006), dom2 (Autonomy; DGxSG, p = 0026; DGxGC, p <0001; SGxGC, p = 0001; MGxGC, p <0001), dom3 (past present and future activities; DGxGC, p = 0004; SGxGC, p = 0033; MGxGC, p <0001), dom4 (Social Participation; DGxGC , CI = +0421, +41479; MGxGC, CI = +4456, 48804), and QVG (DGxGC, p <0001; SGxGC, p = 0033; MGxGC, p <0001). After data exposure, we inferred that the two programs of physical activity (dance and strenghtining) and the practice of meditation had satisfactory results in the trial, contributing to a better quality of life when compared with those presented by the GC.

Key words:
Aged; Women; Women's Health; Dancing; Muscle Stretching Exercises; Comparative Study; Quality of Life; Meditation; Strengthening.

Texto completo disponível apenas em PDF. Full text available only in PDF format.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Pereira FF, Monteiro N, Vale RGS, Gomes ALM, Novaes JS, Júnior AGF, et al. Efecto del entrenamiento de fuerza sobre la autonomía funcional en mujeres mayores sanas. Revista Española de Geriatria e Gerontologia 2007; 42(6): 319-24.
  • 2
    IBGE. Base de Dados. 2004 [cited 2006 set. 10]; Available from: URL: Available from: URL: http://www.ibge.gov.br
    » http://www.ibge.gov.br
  • 3
    Dias Jr CS, Costa CS, Lacerda MA. O envelhecimento da população brasileira: uma análise de conteúdo das páginas da REBEP. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 2006; 9(2).
  • 4
    Veras RP, Caldas CP, Coelho FD, Sanches MA. Promovendo a Saúde e Prevenindo a Dependência: identificando indicadores de fragilidade em idosos independentes. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia2007; 10(3).
  • 5
    Cardoso AS, Mazo GZ, Salin MS, Santos CAX. Percepção subjetiva de saúde e nível de atividade física de idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia2008;11(1).
  • 6
    Jardim VCFS, Medeiros BF, Brito AM. Um olhar sobre o processo do envelhecimento: a percepção de idosos sobre a velhice. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia2006; 9(2).
  • 7
    Vecchia RD, Ruiz T, Bocchi SCM, Corrente JE. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Revista brasileira de epidemiologia 2005; 8(3): 246-52.
  • 8
    Doimo LA, Derntl A. Uso do tempo no cotidiano de idosos: um método indicador do estilo e modo de vida na velhice. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia2006; 9(1).
  • 9
    Kraemer WJ, Koziris LP, Ratamess NA, Hakkinen K, Triplett-Mcbride NT, Fry AC, et al. Detraining produces minimal changes in rhysical performance and hormonal variables in recreationally strength-trained men. J Strength Cond Res 2002; 16(3): 373-82.
  • 10
    Raso V, Matsudo SMM, Matsudo VKR. A força muscular de mulheres idosas decresce principalmente após oito semanas de interrupção de um programa de exercícios com pesos livres. Revista Brasileira de Medicina do Esporte 2001; 7(6): 177-86.
  • 11
    Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Brasília (DF): Conselho Nacional de Saúde; 1996.
  • 12
    Fleck M, Chachamovich E, Trentini C. Desenvolvimento e validação da versão em Português do módulo WHOQOL-OLD. Rev Saúde Pública 2006; 40(5): 785-91.
  • 13
    Thomas JR, Nelson JK, Silverman S. Métodos de pesquisa em atividade física. 5 ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.
  • 14
    Stella F, Gobbi S, Corazza DI, Costa JLR. Depressão no idoso: diagnóstico, tratamento e benefícios da atividade física. Motriz 2002; 8(3): 91-8.
  • 15
    Mota J, Ribeiro JL, Carvalho J, Matos MG. Atividade física e qualidade de vida associada à saúde em idosos participantes e não participantes em programas regulares de atividade física. Revista brasileira de educação física e esporte 2006; 20(3): 219-25.
  • 16
    Vale RGS. Efeitos do treinamento de força e de flexibilidade sobre a autonomia e a qualidade de vida de mulheres senescentes. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco; 2004.
  • 17
    Curiati JA, Bocchi E, Freire JO, Arantes AC, Braga M, Garcia Y, et al. Meditation reduces sympathetic activation and improves the quality of life in elderly patients with optimally treated heart failure: a prospective randomized study. J Altern Complement Med 2005; 11(3): 465-72.
  • 18
    Jayadevappa R, Johnson JC, Bloom BS, Nidich S, Desai S, Chhatre S, et al. Effectiveness of Transcendental Meditation on Functional Capacity and Quality of Life of African Americans with Congestive Heart Failure: A Randomized Control Study. Ethn Dis 2007; 17(1): 72-7.
  • 19
    Carta MG, Hardoy MC, Pilu A, Sorba M, Floris AL, Mannu FA, et al. Improving physical quality of life with group physical activity in the adjunctive treatment of major depressive disorder. Clin Pract Epidemol Ment Health 2008; 4(1): 1-6.
  • 20
    Antunes HKM, Stella SG, Santos RF, Bueno OFA, Mello MTD. Depression, anxiety and quality of life scores in seniors after an endurance exercise program. Rev Bras Psiquiatr 2005; 27(4): 266-71.
  • 21
    Paw MJCA, Poppel MNV, Twisk JW, Mechelen WV. Effects of resistance and all-round, functional training on quality of life, vitality and depression of older adults living in long-term care facilities: a 'randomized' controlled trial. BMC Geriatr 2004; 4(5): 1-9.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    May-Aug 2009

Histórico

  • Recebido
    03 Jul 2008
  • Aceito
    04 Maio 2009
Universidade do Estado do Rio Janeiro Rua São Francisco Xavier, 524 - Bloco F, 20559-900 Rio de Janeiro - RJ Brasil, Tel.: (55 21) 2334-0168 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revistabgg@gmail.com