Acessibilidade / Reportar erro

Comparação da qualidade de vida entre idosos que participam e idosos que não participam de grupos de convivência na cidade de itabira-mg

Comparison of quality of life among elderly that participate and do not participate of senior conviviality groups in the city of itabira-mg, Brazil

Resumos

Com o aumento no número de idosos no Brasil e no mundo, torna-se preocupante a qualidade de vida dos idosos acima de 60 anos. Diante disto, uma forma que se existe atualmente para que o idoso tente melhorar sua qualidade de vida é sua participação em grupos de convivência. OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida e a presença de transtorno depressivo entre idosos participantes e não participantes em grupos de convivência. MÉTODOS: A amostra foi composta por 30 idosos que participam de grupos de convivência (66,73+5,82 anos) e 30 idosos que não participam de grupo de convivência (66,70+5,70 anos). Para avaliar a qualidade de vida, foi utilizado o questionário genérico Medical Outcomes Study 36 - Item Short-Form Health Survey e para rastrear a presença de transtorno depressivo utilizou-se a Escala de Depressão Geriátrica. Para verificar a normalidade entre os grupos, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. O teste t-Student e o teste Mann-Whitney U para amostras independentes foram utilizados para realizar a comparação entre os grupos. O nível de significância foi mantido em 0,05 para todas as análises. RESULTADOS: Foi encontrada diferença estatisticamente significativa nos domínios capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que os idosos que participam de grupos de convivência apresentam melhor qualidade de vida e menor ocorrência de depressão quando comparados a idosos que não participam de grupos de terceira idade.

Qualidade de Vida; Idosos; Grupos de Convivência; SF-36; GDS


With the increase in the number of elderly people in Brazil and abroad, the quality of life of elderly over 60 years is worrisome. So, a way that can help the elderly try to improve their quality of life is their participation in conviviality groups. Objective: The purpose of this study is to assess the quality of life and the presence of depressive disorder among elderly participants and non participants in conviviality groups. Methodology: The sample consisted of 30 elderly involved conviviality groups (66,73+5,82 years) and 30 elderly people who do not participate in a group of coexistence (66,70+5,70 years). To assess the quality of life questionnaire it was used the generic SF-36, and to trace the presence of depressive disorder, it was used the GDS. To check the normality between the groups, it was used the Shapiro-Wilk test. The test for independent samples t-Student and the Mann-Whitney U test were used to perform the comparison between groups. The level of significance was maintained at 0.05 for all tests. Results: It was found a statistically significant difference in the functional capacity, general health, vitality and social aspects. Conclusions: The results suggest that older people that participate in conviviality groups have a better quality of life and lower incidence of depression when compared to older people who do not participate in a senior conviviality group.

Quality of Life; The Elderly; Groups of Living; SF-36; GDS


Comparação da qualidade de vida entre idosos que participam e idosos que não participam de grupos de convivência na cidade de itabira-mg

Comparison of quality of life among elderly that participate and do not participate of senior conviviality groups in the city of itabira-mg, brazil

Edelves Alves de AlmeidaI; Gleison Dias MadeiraI; Paula Maria Machado ArantesI;II; Mariana Asmar AlencarII

IFundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira. Curso de Fisioterapia. Itabira, MG, Brasil.

IIUniversidade Federal de Minas Gerais. Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação. Belo Horizonte, MG, Brasil

Correspondencia paraEdelves Alves de Almeida E-mail: dellcmi@valenet.com.br

RESUMO

Com o aumento no número de idosos no Brasil e no mundo, torna-se preocupante a qualidade de vida dos idosos acima de 60 anos. Diante disto, uma forma que se existe atualmente para que o idoso tente melhorar sua qualidade de vida é sua participação em grupos de convivência.

OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida e a presença de transtorno depressivo entre idosos participantes e não participantes em grupos de convivência.

MÉTODOS: A amostra foi composta por 30 idosos que participam de grupos de convivência (66,73+5,82 anos) e 30 idosos que não participam de grupo de convivência (66,70+5,70 anos). Para avaliar a qualidade de vida, foi utilizado o questionário genérico Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey e para rastrear a presença de transtorno depressivo utilizou-se a Escala de Depressão Geriátrica. Para verificar a normalidade entre os grupos, foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk. O teste t-Student e o teste Mann-Whitney U para amostras independentes foram utilizados para realizar a comparação entre os grupos. O nível de significância foi mantido em 0,05 para todas as análises.

RESULTADOS: Foi encontrada diferença estatisticamente significativa nos domínios capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais.

CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que os idosos que participam de grupos de convivência apresentam melhor qualidade de vida e menor ocorrência de depressão quando comparados a idosos que não participam de grupos de terceira idade.

Palavras-chave: Qualidade de Vida. Idosos. Grupos de Convivência. SF-36. GDS.

ABSTRACT

With the increase in the number of elderly people in Brazil and abroad, the quality of life of elderly over 60 years is worrisome. So, a way that can help the elderly try to improve their quality of life is their participation in conviviality groups. Objective: The purpose of this study is to assess the quality of life and the presence of depressive disorder among elderly participants and non participants in conviviality groups. Methodology: The sample consisted of 30 elderly involved conviviality groups (66,73+5,82 years) and 30 elderly people who do not participate in a group of coexistence (66,70+5,70 years). To assess the quality of life questionnaire it was used the generic SF-36, and to trace the presence of depressive disorder, it was used the GDS. To check the normality between the groups, it was used the Shapiro-Wilk test. The test for independent samples t-Student and the Mann-Whitney U test were used to perform the comparison between groups. The level of significance was maintained at 0.05 for all tests. Results: It was found a statistically significant difference in the functional capacity, general health, vitality and social aspects. Conclusions: The results suggest that older people that participate in conviviality groups have a better quality of life and lower incidence of depression when compared to older people who do not participate in a senior conviviality group.

Key words: Quality of Life. The Elderly. Groups of Living. SF-36. GDS.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Correspondência / Correspondence

Recebido: 02/12/2008

Revisado: 04/8/2009

Aprovado: 07/12/2009

  • 1. Acree LS, Longfors J, Fjeldstad AS et al. Physical activity is related to quality of life in older adults. Health and Quality of Life Outcomes 2006, 4:37.
  • 2. Fernandes MGM, Gonçalves MCR, Costa GMC et al. O Programa de Atenção à Saúde do Idoso em João Pessoa PB: realidade e possibilidades. Conc. João Pessoa 2002; 5(7):146-54.
  • 3. Paixão Jr CM, Reichenheim ME. Uma revisão sobre instrumentos de avaliação do estado funcional do idoso. Cad. Saúde Pública 2005, Rio de Janeiro, 21(1):7-19, jan-fev.
  • 4. Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad. Saúde Pública 2004, Rio de Janeiro, 20(2):580-588, mar- abr.
  • 5. Gordilho A, Nascimento JS, Silvestre J et al. Desafios a serem enfrentados no terceiro milênio pelo setor de saúde na atuação integral ao idoso. Bahia Análise & Dados 2001; 10(4):138-53.
  • 6. Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciên Saúde Coletiva 2000; 5(1): 7-18.
  • 7. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Promoção da Atividade Física "Agita Brasil": Atividade física e sua contribuição para a qualidade de vida. Rev. Saúde Pública 2002, v.36 n.2 São Paulo abr.
  • 8. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol 1998; 39:143 -50.
  • 9. Valderrábano F, Jofre R, López-Gómez JM. Quality of life in end-stage renal disease patients. Am J Kidney Dis 2001; 38:443-64.
  • 10. Bulsing FL, Oliveira KF, Rosa LMK et al. A influência dos grupos de convivência sobre a auto-estima das mulheres idosas do município de Santa Cruz do Sul RS. RBCEH 2007, Passo Fundo, v. 4, n. 1, p. 11-17, jan./jun.
  • 11. França L. Preparação para a aposentadoria: desafios a enfrentar. In: Veras R, organizador. Terceira idade: alternativas para uma sociedade em transição. Rio de Janeiro: Relume Dumará/UNATI; 1999. p. 11-34.
  • 12. Joia LC, Ruiz T, Donalisio MR. Condições associadas ao grau de satisfação com a vida entre a população de idosos. Rev Saúde Pública 2007;41(1):131-8.
  • 13. Organização Mundial de Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília/Organização Pan-Americana da Saúde; 2005.
  • 14. Fleck MPA, Chachamovich E, Trentini CM. Projeto WHOQOL-OLD: método e resultados de grupos focais no Brasil. Rev Saúde Pública 2003 37(6): 793-9.
  • 15. Bowling A, Gabriel Z, Dakes J et al. Lets ask them: a national survey of definitions of quality of life and its enhancement among people aged 65 and over. Int J Aging Hum Dev 2003; 56(4): 269-306.
  • 16. Santos SR, Santos IBC, Fernandes MGM et al. Elderly quality of life in the community: application of the Flanagans Scale. Rev Latino Am Enfermagem 2002; 10(6): 757-64.
  • 17. Vecchia RD, Ruiz T, Bocchi SCM, Corrente, JE. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(3): 246-52.
  • 18. Velarde JE, Avila FC. Methods for quality of life assessment. Salud Pública Méx 2002; 44(4): 349-61.
  • 19. Frutuoso D. A terceira idade na universidade. Rio de Janeiro, RJ: Ágora da Ilha, 1999.
  • 20
    CNBB. Vida, dignidade e esperança. Fraternidade e pessoas idosas. Campanha da Fraternidade. Texto Base CF 2003. São Paulo: Editora Salesiana; 2002.
  • 21. Neri AL, Sommerhalder C. As várias faces do cuidado e do bem-estar do cuidador. In: Néri AL (Ed.). Cuidar de idosos no contexto da família: questões psicológicas e sociais. Campinas: Alínea. 2001. p. 9-62.
  • 22. Monteiro PP. Envelhecer: histórias, encontros, transformações. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
  • 23. Carneiro RS, Falconea E, Clarka Del Pretteb et al. Qualidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com habilidades sociais. Psicologia: Reflexão e Crítica 2007, 20 (2), 229-237.
  • 24. Capitanini MES. Solidão na velhice: realidade ou mito? In: Néri AL, Freire SA (Orgs.). E por falar em boa velhice. Campinas: Papirus, 2000. p. 69-89.
  • 25. Freire SA. Envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. In: Néri AL, Freire SA (Orgs.). E por falar em boa velhice. Campinas: Papirus, 2000. p. 21-31.
  • 26. Dressler WW, Balieiro MC, Santos JE. The cultural construction of social support in Brazil: associations with health outcomes. Culture, Medicine and Psychiatry 1997, 21, 303- 335.
  • 27. Gray GR, Ventis DG, Hayslip B. Socio-cognitive skills as a determinant of life satisfaction in aged persons. International Journal of Aging and Human Development 1992, 35(3), 205-218.
  • 28. Nelson ME, Rejeski WJ, Blair SN et. al. Physical activity and public health in older adults: recommendation from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Official Journal of the American College of Sports Medicine. 2007.
  • 29. Castro M, Caiuby AVS, Draibe SA et al. Qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica em Hemodiálise avaliada através do instrumento genérico SF-36. Rev Assoc Med Bras 2003; 49(3): 245-9.
  • 30. Almeida OP, Almeida SA. Confiabilidade da versão brasileira da escala de depressão em geriatria (GDS) versão reduzida. Arq Neuropsiquiatr. 1999;57:4216.
  • 31
    World Health Organization. The ICD-10 Classification of Mental and Behavioural Disorders: diagnostic criteria for research. Geneva: WHO, 1993.
  • 32. American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders (DSM-IV). 4 Ed. Washington: American Psychiatric Press, 1994.
  • 33. Yesavage JA, Brink TL, Rose TL et al. Development and validation depression screening scale: a preliminary report. J Psychiatr Res. 1982-1983;17(1):37-49.
  • 34. Almeida OP, Almeida SA. Short versions of the geriatric depression scale: a study of their validity for the diagnosis of a major depressive episode according to ICD-10 and DSM-IV. Int J Geriatr Psychiatry. 1999 Oct;14(10):858-65.
  • 35. Irigaray TQ, Schneider RH. Características de personalidade e depressão em idosas da Universidade para a Terceira Idade (UNITI/UFRGS). Rev Psiquiatr RS. 2007;29(2).
  • 36. Portney LG, Watkins MP. Reliability. In: Portney LG, Watkins MP. Foundations of clinical research applications to pratice. New Jersey: Prentice-Hall; 2000. p.61-75.
  • 37. Lemos MCD et al. Qualidade de vida em pacientes com osteoporose: correlação entre OPAQ e SF-36. Rev Bras Reumatol 2006, v. 46, n.5, p. 323-328, set/out.
  • 38. Quadros TMB, Vilela Junior GB, Gordia AP et al. Qualidade de vida de acadêmicos do curso de educação física do sexo masculino. Revista Científica JOPEF 2006, 1(4): 51-54.
  • 39. Masuchi A, Kishi R. A review of epidemiological studies on the relationship of social networks and support to depressive symptoms in the elderly. Jpn J Public Health 2001, 48: 435448.
  • 40. Rosa TEC et al. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003, v. 37, n. 1, p. 40-48.
  • 41. Ramos LR. Fatores determinantes do envelhecimento saudável em idosos residentes em centro urbano: Projeto Epidoso, São Paulo, Cad Saúde Pública 2003, Rio de Janeiro, v. 19, n. 13, p. 793-798.
  • 42. Baptista MN et al. Correlação entre sintomatologia depressiva e prática de atividades sociais em idosos. Avaliação Psicológica, 2006, 5(1), pp. 77-85.
  • 43. Demura S, Sato S. Relationships between depression, lifestyle and quality of life in the community dwelling elderly: a comparison between gender and age groups. J Physiol Anthropol Appl Human Sci 2003, 22(3),159-166.
  • 44. Chacra FC. Empatia e comunicação na relação médicopaciente: uma semiologia autopoiética do vínculo. [tese ]. Campinas (SP): Faculdade de Ciência Médicas/UNICAMP; 2002.
  • 45. Areosa SVC, Ohlweiler ZNC. Redes, Unisc, v. 5, n. 1, p. 179-187, 2000.
  • Edelves Alves de Almeida
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      23 Out 2014
    • Data do Fascículo
      Dez 2010

    Histórico

    • Revisado
      04 Ago 2009
    • Recebido
      02 Dez 2008
    • Aceito
      07 Dez 2009
    Universidade do Estado do Rio Janeiro Rua São Francisco Xavier, 524 - Bloco F, 20559-900 Rio de Janeiro - RJ Brasil, Tel.: (55 21) 2334-0168 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
    E-mail: revistabgg@gmail.com