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Serviços de atenção ao idoso e estratégias de cuidado domiciliares e institucionais

Aged care services and home health care and institutional strategies

Resumos

INTRODUÇÃO:

As redes de atenção à saúde são fundamentais para assistir a população idosa em seus diversos aspectos. A assistência domiciliar, o Programa Acompanhante de Idosos da Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo e as instituições de longa permanência para idosos compõem as redes de assistência à pessoa idosa. Faz-se necessário analisar como a rede entre esses serviços se estabelece e contempla essa demanda de cuidado.

OBJETIVO:

Descrever e comparar os serviços assistência domiciliar, Programa Acompanhante de Idosos e instituições de longa permanência para idosos quanto às possíveis diferenças e semelhanças, demanda dos usuários, fluxo assistencial e gestão de serviços.

METODOLOGIA:

Realizou-se uma revisão bibliográfica não exaustiva da literatura nacional publicada nas bases eletrônicas de dados SciELO e LILACS, em referências literárias e eletrônicas, no período de 1997 a 2012.

RESULTADOS:

No total, 32 estudos foram incluídos na revisão. Observou-se que a população atendida é predominantemente do sexo feminino, com idade avançada, e recebe assistência multiprofissional. Os serviços de assistência domiciliar e o Programa Acompanhante de Idosos valorizam a manutenção da família e da comunidade como ambiente terapêutico, postergando a institucionalização. A presença do cuidador mostrou-se como um dos fatores de maior influência para a permanência dos cuidados domiciliares.

CONCLUSÃO:

Conclui-se que os serviços revisados possuem objetivos que contemplam as demandas dos idosos. Espera-se que a integração dos equipamentos de saúde estabeleça suas ações de acordo com o perfil dos idosos e as características de cuidado oferecidas em cada serviço.

Assistência Domiciliar; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Serviços de Saúde para Idosos; Saúde do Idoso; Idoso; Saúde Pública


INTRODUCTION:

Health care networks are critical in assisting the elderly population in several aspects. Home care, the Senior Companion Program [Programa Acompanhante de Idosos] of São Paulo Municipal Health Departament and institutions for the aged compose networks to assist the elderly. It is necessary to analyze how the network is established between these services and features that demand care.

OBJECTIVE:

To describe and compare home care services, the Senior Companion Program, and institutions for the aged as to possible differences and similarities, user's demand, flow and care management services.

METHODS:

We carried out a non-exhaustive literature review of national literature published in electronic databases SciELO and LILACS in literary and electronic references in the period from 1997 to 2012.

RESULTS:

In total, 32 studies were included in the review. It was observed that the served population is predominantly female, with advanced age, and receive multidisciplinary care. Home care services and the Senior Companion Program value the maintenance of family and community as a setting, delaying institutionalization. The presence of the caregiver showed up as one of the most influential factors for the permanence of home care.

CONCLUSION:

It is concluded that the revised services have objectives that address the needs of the elderly. It is expected that the integration of health facilities establish their actions according to the profile of the elderly and characteristics of care offered at each service.

Home Nursing; Homes for the Aged; Health Services for the Aged; Health of the Elderly; Elderly; Public Health


INTRODUÇÃO

O crescimento do segmento populacional dos idosos cria uma demanda por serviços médicos e sociais, sendo essencial, para um país em transição demográfica como o Brasil, encontrar alternativas para a tendência de institucionalização de longo prazo dos idosos.1. Brito FC, Ramos LR. Serviços de atenção à saúde do idoso. In: Papaléo Netto, M. Tratado de Gerontologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 671-679.

Algumas leis foram criadas para promover ações para a população de idosos do país, como a versão atualizada da Política Nacional de Saúde do Idoso, Portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006.2. Brasil. Portaria nº 2.528, de 19 de Outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Portal da Saúde. 2006. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2528%20aprova%20a%20politica%20nacional%20de%20saude%20da%20pessoa%20idosa.pdf
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Esta constitui um marco constitucional histórico, pelo envolvimento de todas as esferas administrativas e governamentais responsáveis pelas ações a serem garantidas à população idosa.1. Brito FC, Ramos LR. Serviços de atenção à saúde do idoso. In: Papaléo Netto, M. Tratado de Gerontologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 671-679.

Em 2002, o Ministério da Saúde criou mecanismos para a organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso,3. Brasil. Mistério da Saúde.Redes Estaduais de Atenção à Saúde do Idoso: guia operacional e portarias relacionadas [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2002 [Acesso em 2011 ago 12]. (Série A. Normas e manuais técnicos). Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/redesestaduais.pdf.
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com o objetivo de atender às necessidades dos idosos com qualidade e de forma estruturada para cada nível assistencial. O incentivo à implantação de serviços que possam referenciar as demandas das regiões é fundamental para atingir a população idosa em seus diversos aspectos, através de uma equipe multiprofissional.4. Louvison MCP, Barros S. Políticas públicas e envelhecimento: a construção de uma política de direitos e os desafios da atenção integral à saúde da pessoa idosa no SUS. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.

As redes estaduais de assistência à saúde do idoso (Portaria GM/MS nº 702/2002 e Portaria SAS/MS nº 249/2002) são compostas por hospitais gerais e centros de referência em Assistência à Saúde do Idoso. As modalidades que as representam são: internação hospitalar, atendimento ambulatorial especializado, hospital-dia e assistência domiciliar.4 . Louvison MCP, Barros S. Políticas públicas e envelhecimento: a construção de uma política de direitos e os desafios da atenção integral à saúde da pessoa idosa no SUS. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.

A assistência domiciliar (AD), o Programa Acompanhante de Idosos (PAI) da Secretaria Municipal da Saúde da cidade de São Paulo e a instituição de longa permanência para idosos (ILPI) são modalidades de serviços que englobam as redes de assistência ao idoso. De acordo com a mudança do perfil demográfico e das características epidemiológicas encontradas no país, o cuidado domiciliar surgiu como uma modalidade alternativa de atenção à saúde.5. Duarte YAO, Diogo MJD. Atendimento Domiciliar: um enfoque gerontológico. São Paulo: Atheneu; 2000.

A Portaria nº 2.527, de 27 de outubro de 2011, redefine a AD no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo normas para cadastro desse serviço e sua habilitação, definições, diretrizes, organização domiciliar, modalidades de atenção domiciliar e financiamento. Nessa portaria, consta que a AD é um componente de atenção às urgências, estruturada com as redes de atenção à saúde.6. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.527 de 27 de outubro de 2011. Redefine a atenção domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2011. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.out.11/Iels205/U_PT-MS-GM-2527_271011.pdf.
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A AD busca garantir a humanização das ações em saúde e a preservação da capacidade funcional do indivíduo, além de sua contextualização em esferas socioculturais, psicológicas e de relações familiares.7. Rehem TCMSB, Trad LAB. Assistência domiciliar em saúde: subsídios para um projeto de atenção básica brasileira. Ciênc Saúde Coletiva 2005;10Supl:231-42. Contribui para a otimização dos leitos hospitalares e do atendimento ambulatorial, visando à redução de custos e complicações hospitalares.8. Floriani CA, Schramm FR. Atendimento domiciliar ao idoso: problema ou solução? Cad Saúde Pública 2004;20(4):986-94.

Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde desde 2004, o PAI é uma modalidade de cuidado domiciliar destinado a pessoas idosas em situação de fragilidade e vulnerabilidade social, que se encontram isoladas, sem suporte familiar ou social, sem acesso aos serviços de saúde e com dependência funcional, visando ao provimento do apoio e suporte nas atividades de vida diária (AVDs) e das demais necessidades sociais e de saúde. Esse programa é vinculado a uma unidade de saúde da Rede Básica de Atenção, incluindo Unidade Básica de Saúde (UBS) e Estratégia Saúde da Família (ESF) ou Unidade de Referência à Saúde do Idoso (URSI).9. Berzins MAVS, Paschoal SMP. Programa acompanhante de idosos. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.

As ILPIs constituem alternativas de cuidados para as pessoas idosas mais frágeis e muito dependentes na execução das tarefas básicas de vida diária e que, por várias razões de ordem médico-sociais, não podem ser mantidas nas suas residências.1. Brito FC, Ramos LR. Serviços de atenção à saúde do idoso. In: Papaléo Netto, M. Tratado de Gerontologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 671-679.

Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ILPIs são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. São domicílios coletivos que oferecem cuidados e algum tipo de serviço de saúde. Compõe a rede de habitação1010 . Camarano AA, Kanso S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev Bras Estud Popul 2010;27(1):232-5. e de serviços da assistência social, atendendo às necessidades da comunidade.1111 . Born T, Boechat NS. A qualidade dos cuidados ao idoso institucionalizado. In: Freitas EV, Py L, Cançado FAX, Doll J, Gorzoni ML, organizadores. Tratado de geriatria e gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p. 1131-43. No entanto, o envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental requerem que as instituições deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde.1010 . Camarano AA, Kanso S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev Bras Estud Popul 2010;27(1):232-5.

De acordo com o contexto apresentado, faz-se necessário analisar como a rede entre os serviços de AD, PAI e ILPI é estabelecida e se a mesma contempla a demanda de cuidado ao idoso. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar a descrição dos serviços mencionados, comparando-os quanto às possíveis diferenças e semelhanças, demanda dos usuários, fluxo assistencial e gestão de serviços.

METODOLOGIA

Trata-se de estudo de revisão bibliográfica não exaustiva da literatura nacional publicada nas bases eletrônicas de dados (SciELO e LILACS), em referências literárias e eletrônicas, no período de 1997 a 2012, em português. A busca dos textos foi realizada por duas pesquisadoras, por meio dos seguintes critérios de seleção: busca a partir das palavras-chave, seleção por título, seleção por resumo e leitura dos textos na íntegra.

As palavras-chave utilizadas para a busca nas bases de dados foram: assistência domiciliar OR instituição de longa permanência para idosos OR serviços de saúde para idosos OR saúde do idoso OR saúde do idoso institucionalizado OR acompanhante de idosos.

Foram selecionados os materiais que apresentaram informações descritivas sobre os serviços, associadas ou não às práticas assistenciais prestadas nos mesmos. Os trabalhos foram descritos e posteriormente comparados em relação aos seguintes critérios de análise: características do serviço, perfil da população atendida, presença ou ausência de cuidador, uso de equipamentos da comunidade e do sistema de saúde, composição da equipe multidisciplinar, infraestrutura dos serviços e evolução do usuário nos serviços.

RESULTADOS

Foram encontrados 271 textos a partir da busca por palavras-chave. Desses, 101 foram selecionados por títulos e 63 após a leitura dos resumos. No total, 57 textos foram lidos na íntegra, sendo 28 sobre o serviço de AD, 25 sobre ILPI e quatro sobre o PAI. Foram excluídos 25 textos por indisponibilidade nos locais de referência ou por não terem relação com os critérios de análise, totalizando 32 incluídos para a descrição dos serviços.

Em relação aos estudos sobre AD, observou-se que esta é uma alternativa de cuidado para idosos com incapacidades, doenças crônicas, dificuldades de acesso aos serviços de saúde,1212 . Carletti SM, Rejani MI. Atenção domiciliária ao paciente idoso. In: Papaléo Netto M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu;1996. p. 415-430. em vulnerabilidade social e situação econômica precária,1313 . Maximino VS. Terapia ocupacional e atenção domiciliar nos processos de envelhecimento. Mundo Saúde 2005;29(4):523-7. com sinais de fragilidade e dependência em suas atividades básicas de vida diária (ABVDs) e atividades instrumentais de vida diária (AIVDs).1414 . Beendendo RS, Gurgel JM. Interdisciplinaridade na assistência domiciliária. In: Papaléo Netto M. Tratado de Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 701-9.

Os critérios de elegibilidade para o serviço devem visar à equidade entre os pacientes a serem beneficiados e utilizar um instrumento de avaliação que permita a cada membro da equipe interpretar os dados colhidos na triagem. A presença de um cuidador responsável, formal ou informal, é um critério a ser considerado.1212 . Carletti SM, Rejani MI. Atenção domiciliária ao paciente idoso. In: Papaléo Netto M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu;1996. p. 415-430.

A equipe multiprofissional permite o desenvolvimento e adaptação de funções, favorecendo maior autonomia e independência do paciente. Na AD, em geral, a equipe é composta por médico, enfermeiro, psicólogo, odontólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista e assistente social.1212 . Carletti SM, Rejani MI. Atenção domiciliária ao paciente idoso. In: Papaléo Netto M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu;1996. p. 415-430. , 1414 . Beendendo RS, Gurgel JM. Interdisciplinaridade na assistência domiciliária. In: Papaléo Netto M. Tratado de Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 701-9. Os serviços de laboratório e radiologia, psicoterapia, oxigenoterapia, equipamentos e serviços de esterilização, farmácia, transporte para pacientes e equipamentos também estão incluídos na assistência ao paciente em domicílio.1212 . Carletti SM, Rejani MI. Atenção domiciliária ao paciente idoso. In: Papaléo Netto M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu;1996. p. 415-430.

Os serviços realizados na AD vão desde cuidados pessoais de suas atividades de vida diária até o uso de alta tecnologia hospitalar e uma rede de apoio para diagnóstico e para outras medidas terapêuticas; além do suporte comunitário e realização de tarefas externas.8 . Floriani CA, Schramm FR. Atendimento domiciliar ao idoso: problema ou solução? Cad Saúde Pública 2004;20(4):986-94.A visita domiciliar segue vários padrões em seu atendimento, de acordo com o serviço em exercício.1414 . Beendendo RS, Gurgel JM. Interdisciplinaridade na assistência domiciliária. In: Papaléo Netto M. Tratado de Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 701-9.

Os resultados dos estudos revisados sobre a AD são apresentados na tabela 1.

Tabela 1.
Apresentação da síntese dos artigos relacionados à assistência domiciliar. São Paulo-SP, 2013.

Sendo o PAI uma alternativa de cuidado domiciliar destinado aos idosos, ele objetiva: proporcionar assistência integral, facilitando o autocuidado, autonomia, independência e melhoria do estado de saúde; evitar ou adiar a institucionalização; reduzir o isolamento social; e capacitar os acompanhantes de idosos em domicílio ou na cidade.9. Berzins MAVS, Paschoal SMP. Programa acompanhante de idosos. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.

No PAI, a equipe é formada por 17 profissionais: um coordenador (assistente social), um enfermeiro, um médico, dois auxiliares de enfermagem, um motorista, um auxiliar administrativo e dez acompanhantes de idosos (ACIs). As atribuições dos acompanhantes dos idosos estão descritas em um protocolo do programa e são supervisionadas por toda a equipe, que acompanha e avalia suas ações.9. Berzins MAVS, Paschoal SMP. Programa acompanhante de idosos. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.

No programa, 72% dos inscritos são mulheres e pelo menos 50% já estão na oitava década de vida. Em relação às doenças, 32,2% são afetados por doenças crônicas como hipertensão, diabetes e câncer, e 18,6% convivem com agravos psíquicos (depressão, demência, ansiedade e síndrome do pânico).2424 . Prefeitura de São Paulo, Secretaria da Saúde. Programa acompanhante de idosos é ampliado na capital [Internet]. São Paulo: Prefeitura de São Paulo; 2012 [acesso em 25 Fev 2012]. Disponível em: http://extranet.saude.prefeitura.sp.gov.br/noticias/programa-de-acompanhantes-de-idosos-e-ampliado-na-capital.
http://extranet.saude.prefeitura.sp.gov....

Os acompanhantes do programa oferecem assistência aos idosos frágeis e vulneráveis, com agravos de saúde decorrentes de fragilidade, senilidade, dependência funcional, transtornos mentais, rede social e familiar precárias, com risco de institucionalização; realizam ações de prevenção e promoção à saúde e oferecem companhia em atividades externas.9 . Berzins MAVS, Paschoal SMP. Programa acompanhante de idosos. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.Nos estudos revisados, verificou-se que as ILPIs são exemplos de suporte não familiar a idosos e estão associadas à assistência social;1111 . Born T, Boechat NS. A qualidade dos cuidados ao idoso institucionalizado. In: Freitas EV, Py L, Cançado FAX, Doll J, Gorzoni ML, organizadores. Tratado de geriatria e gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p. 1131-43. emergem como uma alternativa de suporte social para atenção à saúde do idoso, provendo cuidados integrais.2525 . Pestana LC, Espirito Santo FH. As engrenagens da saúde na terceira idade: um estudo com idosos asilados. Rev Esc Enferm USP 2008;42(2):268-75.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia,2626 . Sociedade Brasileira De Geriatria e Gerontologia. Instituição de longa permanência para idosos: manual de funcionamento. São Paulo: SBGG; 2004. a ILPI é também chamada de abrigo, asilo, lar, casa de repouso, clínica geriátrica ou ancionato. É um estabelecimento para atendimento integral institucional para pessoas com 60 anos de idade ou mais, dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para permanecer com a família ou em domicílio.

Nas ILPIs, os idosos podem ser pagantes ou não. O ambiente deve ser capaz de resgatar antigos hábitos, experiências e recordações, deve ter recursos humanos para atender às necessidades e ser classificado segundo quatro modalidades, de acordo com a especialização do atendimento e a capacidade funcional do idoso.11 11 . Born T, Boechat NS. A qualidade dos cuidados ao idoso institucionalizado. In: Freitas EV, Py L, Cançado FAX, Doll J, Gorzoni ML, organizadores. Tratado de geriatria e gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p. 1131-43.Os serviços das ILPIs devem contar com assistência médica, odontológica, enfermagem, nutricional, psicológica, farmacêutica, atividades de lazer, reabilitação, serviço social, apoio jurídico e administrativo e serviços gerais.1515 . Alencar MCB, Henemann L, Rothenbuhler R. A capacidade funcional de pacientes e a fisioterapia em um programa de assistência domiciliar. Fisioter Mov 2008;21(1):11-20.

Hoje a procura de ILPIs é uma questão de saúde pública e surge não só por parte dos idosos com alta dependência, mas também por idosos jovens, entre 60 e 65 anos, independentes, que foram excluídos do mercado de trabalho e da proteção familiar, em decorrência das transformações socioeconômicas em curso na sociedade.2525 . Pestana LC, Espirito Santo FH. As engrenagens da saúde na terceira idade: um estudo com idosos asilados. Rev Esc Enferm USP 2008;42(2):268-75.

Os resultados dos estudos revisados sobre ILPIs são demonstrados na tabela 2.

Tabela 2.
Apresentação da síntese dos artigos relacionados às instituições de longa permanência para idosos. São Paulo-SP, 2013.

DISCUSSÃO

A comparação entre os serviços de AD, ILPI e PAI mostra que a maioria da população atendida é predominantemente do sexo feminino e idade avançada. Em relação ao perfil dos idosos atendidos, na AD, a maioria apresenta doenças crônico-degenerativas e funcionalidade comprometida, associadas à presença de cuidador (familiares). A maioria apresenta história prévia de internação hospitalar.

Nas ILPIs, os idosos apresentam doenças físicas, psíquicas, crônico-degenerativas, vulnerabilidade social, condições precárias de saúde, estágios terminais de patologias, deficiências cognitivas graves e funcionalidade comprometida. A procura da instituição, em geral filantrópica, acontece em situações nas quais o idoso vive sozinho, abandonado, em busca por segurança, por falta de condições familiares para o cuidado, e é uma opção ao idoso que não tem filhos. Geralmente é feita após a perda do cônjuge, presença de doenças e condição financeira insuficiente.

Em comparação com o PAI, os idosos são afetados por doenças crônicas como hipertensão arterial, diabetes e câncer, e uma parcela convive com agravos psíquicos (depressão, demência, ansiedade e síndrome do pânico). Assim como na AD e ILPI, encontram-se em situação de fragilidade clínica e dependência funcional.

Com o objetivo de ilustrar o fluxo assistencial do idoso com diferentes demandas, segue-se esquema representativo.

Através do fluxo assistencial (figura 1), observa-se que um dos fatores de maior influência para a permanência dos cuidados domiciliares, principalmente na AD, é a presença de um cuidador, que em geral é a esposa; em segundo lugar, a filha mais velha casada, em seguida, a filha viúva ou solteira.3737 . Rodrigues SLA, Watanabe HAW, Derntl AM. A saúde de idosos que cuidam de idosos. Rev Esc Enferm USP 2006;40(4):493-500.

Figura 1.
Fluxo assistencial. São Paulo-SP, 2013.

Para que os cuidados sejam bem desempenhados nos domicílios, o preparo e a escolha adequada do cuidador são fundamentais, e isso requer boa estrutura familiar. Atualmente, o número de idosos cuidando de idosos é crescente, sendo que muitas vezes os próprios cuidadores apresentam doenças potencialmente incapacitantes.3838 . Karsch UM. Idosos dependentes: famílias e cuidadores. Cad Saúde Pública 2003;19(3):861-66.

O processo de educação e orientação dos cuidadores de idosos deve estar presente nos serviços de assistência domiciliar. Martins et al.3939 . Martins JJ, De Albuquerque GL, Do Nascimento ERP, Barra DCC, De Souza WGA, Pacheco WNS. Necessidades de educação em saúde dos cuidadores de pessoas idosas no domicílio. Texto & contexto Enferm 2007;16(2):254-62. identificaram quais as necessidades de cuidado e educação apresentadas por seis cuidadores de idosos de um serviço de assistência domiciliar no estado de Santa Catarina. A partir das entrevistas, os cuidadores apresentaram interesse na aquisição de orientações relacionadas às doenças e cuidados de saúde. Nenhuma cuidadora possuía formação para cuidar de idosos e isso fomentou a busca por metodologias de educação em saúde por parte dos profissionais. As informações sobre os cuidados devem ser disseminadas e distribuídas pelo serviço público desde a atenção primária, a fim de auxiliar os profissionais e pacientes durante todo o processo de cuidado.

Relacionada com as ações primárias em saúde, a ESF possui o objetivo de reorganizar o modelo tradicional da atenção básica, unindo promoção, proteção e recuperação da saúde, usando a integração familiar como principal ferramenta.4040 . Silvestre JAN, Costa Neto MM. Abordagem do idoso em programas saúde da família. Cad Saúde Pública 2003;19(3):839-47.

41 . Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica. Departamento de Atenção a Saúde. Política Nacional de Atenção Básica [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2006. [acesso em 21 Jul 2012]. (Série Pactos pela Saúde, vol. 6). Disponível em: http://sistemas.aids.gov.br/forumprevencao_final/sites/default/files/arquivos/Politica_Nacional_Nac._de_At._Basica.pdf.
http://sistemas.aids.gov.br/forumprevenc...

42 . Bufon MCM, Rodrigues CK. A saúde da família como enfoque estratégico para a organização da atenção básica primária em saúde. Visão acad 2005;6(2):96-8.
- 4343 . Pavarini SCI, Luchesi BM, Fernandes HCL, Mendiondo MSZ, Filizola CLA, Barham EJ, et al. Genograma: avaliando a estrutura familiar de idosos de uma unidade de saúde da família. Rev Eletrônica Enferm 2008;10(1):39-50. É um instrumento para a implantação de programas com foco nos cuidadores, uma vez que, por sua proximidade com o território e com a comunidade, tem uma visão mais ampla do contexto de vida cotidiana desses idosos.4242 . Bufon MCM, Rodrigues CK. A saúde da família como enfoque estratégico para a organização da atenção básica primária em saúde. Visão acad 2005;6(2):96-8.

De acordo com os estudos revisados, os níveis de atenção básica e secundária são utilizados pelos usuários da AD e PAI, garantindo-lhes o acesso à saúde e inserindo-os em fluxos assistenciais em diversas modalidades de serviço. Na ILPI, os idosos fazem uso do serviço hospitalar nos casos de complicações, privados e do SUS, e realizam atividades fora da instituição para encontro social ou comunitário.

Em comum, os usuários da AD e ILPI deveriam contar com os cuidados do enfermeiro, médico, auxiliar de enfermagem, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional e farmacêutico. Exclusivamente na AD, fonoaudiólogo e agente comunitário de saúde complementam a equipe. Nem todos os autores descreveram a composição multiprofissional, porém destacaram a importância da mesma.

No estudo de Lenardt, Michel & Tallmann,3232 . Lenardt MH, Michel T,Tallmann AEC. A condição de saúde de idosas residentes em instituição de longa permanência. Cogitare Enferm 2009;14(2):227-36. a ILPI se diferencia pela presença do médico geriatra, odontologista, musicoterapeuta, cuidador de idosos (contratado pela ILPI), oferta de serviços de limpeza, lavanderia, manutenção, zeladoria, cozinha e setor administrativo. No PAI, o acompanhante de idosos recebe suporte contínuo da equipe técnica (assistente social, médico e enfermeiro), responsável pela elaboração e revisão do plano de cuidado individual, implementado pelo acompanhante no domicílio e nas atividades externas programadas. Há discussão de casos periodicamente entre o acompanhante e a equipe técnica do programa. Compreende-se que esses serviços são vantajosos por valorizarem a manutenção da família e da comunidade no ambiente terapêutico, postergando a institucionalização.4444 . São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde, Coordenação de Atenção Básica, Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa. Documento norteador do Programa Acompanhante de Idosos do Município de São Paulo. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde; 2012.

A partir da análise de dados do trabalho com grupos focais, Batista4545 . BATISTA MPP. Reflexões sobre o processo de trabalho do acompanhante de idosos do Programa Acompanhante de Idosos (PAI) no município de São Paulo, SP (Brasil) [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2013. analisou, em sua dissertação de mestrado, a opinião de 11 acompanhantes de idosos (ACIs) de 12 equipes do PAI, a respeito do processo de trabalho desenvolvido no programa. Verificou-se que os ACIs não tinham formação anterior específica ao trabalho do PAI e havia pouca experiência no trabalho com idosos. A regulamentação da profissão seria um respaldo para suas atribuições, além das elencadas pelo Documento Norteador.4444 . São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde, Coordenação de Atenção Básica, Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa. Documento norteador do Programa Acompanhante de Idosos do Município de São Paulo. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde; 2012. Os ACIs apresentaram forte vínculo com os idosos e relataram satisfação com o trabalho desempenhado, mesmo encontrando demandas imprevistas além dos cuidados em saúde. Adicionalmente, o trabalho foi considerado local de aprendizado, devido à troca de experiência com os colegas de profissão, com o próprio idoso e seus familiares. Em concordância com o pioneirismo do programa, os acompanhantes facilitam a inserção social dos idosos em situações de vulnerabilidade, os quais reconhecem a importância do seu trabalho.4444 . São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde, Coordenação de Atenção Básica, Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa. Documento norteador do Programa Acompanhante de Idosos do Município de São Paulo. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde; 2012.

No entanto, contradizendo o que foi encontrado nos estudos revisados, a realidade das condições das ILPIs foi retratada pela Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados4646 . Brasil. Câmara dos Deputados, Comissão de Direitos Humanos. Relatório da 5ª Caravana Nacional De Direitos Humanos: uma amostra da realidade dos abrigos e asilos de idosos no Brasil. Brasília, DF: Câmara dos Deputados; 2002. em 2002, quando organizaram a V Caravana Nacional de Direitos Humanos. A comissão visitou, durante uma semana, 28 ILPIs de quatro estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Paraná). Segundo os autores, além da irregularidade de funcionamento, muitas instituições funcionavam em condições de precariedade e com cuidados de saúde insuficientes. A maioria dos idosos era dependente, passava grande parte do tempo sem atividades e sem privacidade. O relatório enfatizou a necessidade de mudança no perfil institucional dos estabelecimentos que prestam cuidados aos idosos no Brasil, os quais não deveriam ser a última opção de assistência aos idosos dependentes.

Segundo a RDC/ANVISA nº 283,4747 . Brasil.Resolução RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. Diário Oficial da União. 2005. em relação ao funcionamento da ILPI, esta deverá contar com um responsável técnico pelo serviço com formação de nível superior, não especificando que o mesmo deva ter conhecimento na área de saúde ou gestão em saúde. O documento não preconiza os cuidados multiprofissionais, como descrito nos artigos.

Diferentemente do modelo de AD desempenhado em outros serviços, sobretudo nos particulares, na atenção básica as visitas domiciliares são frequentes nos casos de idosos acamados e dependentes. O papel da ESF, com ênfase na atenção ao idoso, se destaca pela identificação dos agravos mais frequentes e sua intervenção.4040 . Silvestre JAN, Costa Neto MM. Abordagem do idoso em programas saúde da família. Cad Saúde Pública 2003;19(3):839-47. No entanto, as ações de promoção e prevenção em saúde precisam ser intensificadas para cumprir o princípio da integralidade, um dos pilares do SUS.

Em estudo de revisão integrativa, Carvalho, Assunção & Bocchi48 48 . Carvalho CJA, Assunção RC, Bocchi SCM. Percepção dos profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família quanto a assistência prestada aos idosos: revisão integrativa de literatura. Physis 2010;20(4):1307-24.avaliaram a percepção dos profissionais quanto ao atendimento da ESF ao idoso. Os autores observaram que alguns fatores dificultam a relação da ESF com idosos, incluindo o ineficaz planejamento do serviço, irregularidade de assistência das equipes e reduzida capacitação profissional. Os autores também concluíram que os profissionais ainda não trabalham a favor das reflexões referentes à assistência do idoso, uma vez que a ESF tem transformado o modelo de atenção básica.

A ESF e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) são representados por diversas categorias profissionais que complementam as ações desempenhadas pelos profissionais do PAI. Essas ações interdisciplinares em saúde, assim como a capacitação desses profissionais, são importantes para garantir a qualidade e a integralidade do cuidado ao idoso assistido em domicílio.

Para ilustrar a infraestrutura e evolução dos usuários nos serviços, segue-se esquema representativo (figura 2).

Figura 2.
Infraestrutura e evolução dos usuários nos serviços. São Paulo-SP, 2013.

Verifica-se que a ILPI e o PAI possuem a iniciativa de promover a inclusão dos idosos em atividades a favor do envelhecimento ativo, mesmo naqueles que apresentam ou têm chances de desenvolver fragilidade clínica.

Em relação à evolução do usuário nos serviços, o risco de infecção hospitalar e o número de reinternações são reduzidos na AD. A ILPI pode ser um ambiente favorecedor das mudanças decorrentes do isolamento. As causas associadas ao isolamento são atribuídas a ausência da família, perda das referências e escassez das visitas ao longo do tempo.4949 . Leite VL, Santana RF. Intervenções psicoeducativas para famílias de idosos institucionalizados. In: Associação Brasileira de Enfermagem. SENPE 2011. Anais do 16º Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem; 19-22 Jun 2011; Campo Grande, MS: ABEn; 2011. p. 1165-8. Embora os estudos revisados destaquem essas questões, esse modelo de moradia oferece oportunidades de socialização entre os residentes, os quais apresentam características em comum e podem realizar trocas de experiências de vida, motivando-se uns aos outros.

O PAI tem se revelado como estratégia de garantia da acessibilidade, equidade e atenção integral às pessoas idosas em situação de fragilidade.9. Berzins MAVS, Paschoal SMP. Programa acompanhante de idosos. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5. É um programa de fácil tecnologia social e favorece a implantação em outras localidades, com base em seu Documento Norteador,4444 . São Paulo. Secretaria Municipal da Saúde, Coordenação de Atenção Básica, Área Técnica de Saúde da Pessoa Idosa. Documento norteador do Programa Acompanhante de Idosos do Município de São Paulo. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde; 2012. permitindo que as pessoas permaneçam pelo maior tempo na comunidade exercendo seus direitos de cidadania.9. Berzins MAVS, Paschoal SMP. Programa acompanhante de idosos. BIS, Bol Inst Saúde 2009;(47):53-5.

As principais limitações desta pesquisa estiveram relacionadas com a dificuldade em encontrar estudos científicos sobre o PAI, possivelmente por se tratar de um programa novo, e a impossibilidade de acesso a alguns artigos em bibliotecas de outros estados do Brasil.

CONCLUSÃO

De acordo com os objetivos propostos, foi observado que nos serviços de assistência domiciliar e no Programa Acompanhante de Idosos a presença do cuidador e do acompanhante de idoso, respectivamente, são fatores de proteção. Para que os cuidados sejam bem desempenhados, o preparo e a escolha adequada do cuidador são fundamentais.

Constatou-se que a demanda por cuidados institucionais tende a crescer, devido ao envelhecimento populacional e mudanças nos arranjos familiares. A ILPI é um serviço que deveria oferecer diversas atividades a seus residentes, promovendo melhora da autoestima e qualidade de vida.

As equipes multiprofissionais são fundamentais para o funcionamento dos serviços descritos. Os profissionais devem estar capacitados para ofertar cuidados de acordo com a demanda dos idosos e com o tipo de serviço proposto, principalmente para a população longeva e frágil, usuária dos serviços revisados.

Um modelo de atenção à saúde do idoso que pretenda apresentar efetividade e eficiência necessita de ações que envolvam todos os níveis e possuir um fluxo delineado de ações de educação, promoção da saúde, prevenção de doenças, postergação de moléstias e reabilitação de agravos.

Com base na presente revisão, espera-se que a integração dos equipamentos de saúde, disponíveis no sistema de referência e contrarreferência, estabeleça suas ações de acordo com o perfil dos idosos e as características de cuidado oferecidas em cada serviço. Novos estudos devem ser realizados para facilitar a reflexão dos profissionais e gestores de saúde sobre o tema em questão.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2014

Histórico

  • Recebido
    26 Mar 2013
  • Revisado
    20 Out 2013
  • Aceito
    20 Fev 2014
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