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Equivalência semântica e cultural da Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS)

Resumo

Introdução:

Compreender que a multidimensionalidade das atitudes oriundas do intercâmbio entre diferentes gerações é fundamental para o estabelecimento da cooperação intergeracional e para a diminuição de estereótipos e preconceitos.

Objetivo:

Obter a equivalência semântica e cultural da Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS).

Método:

Dois tradutores brasileiros realizaram a tradução do inglês para o português. Um terceiro tradutor fez a síntese dessas duas traduções. A versão sintetizada foi retrotraduzida para o inglês. A partir das observações das traduções iniciais e da retrotradução, consolidou-se a versão semântica da escala, que foi aplicada em 32 profissionais que desenvolviam atividades intergeracionais (idosos/crianças) e atividades voltadas apenas para idosos. Após a aplicação, obteve-se a versão culturalmente adaptada à língua portuguesa.

Resultados:

A escala sofreu alterações orientadas ao seu refinamento cultural, apresentando diferença para os seguintes itens: 4) ao redor e perto; 6) superprotetores e protegem muito; 8) para ficarem por perto e a fim de se aproximarem; 11) ganhar e conseguir; 13) têm relacionamentos afetuosos e se relacionam de forma afetuosa; 17) afeição e afeto; 18) fazem boa parceria e são bons companheiros; 20) passam mal e ficam nervosos. As respostas são declarações avaliativas de atitudes positivas ou negativas sobre as trocas que ocorrem entre crianças e idosos, na presença de escalas Likert de apenas cinco pontos.

Conclusão:

A Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS) está adaptada e validada para a população brasileira denominada Escala de Atitudes em relação a Trocas Intergeracionais (EATI), podendo ser uma ferramenta útil para programas que realizam atividades entre crianças e idosos, bem como para profissionais que trabalham e desenvolvem ações desse caráter.

Palavras-chave:
Estudos de Validação; Trocas Intergeracionais; Relação entre Gerações; Atitudes; Crianças; Idoso

Abstract

Introduction:

Understanding the multidimensionality of attitudes originating from exchanges between different generations is fundamental for the establishment of intergenerational cooperation and the reduction of stereotypes and prejudices.

Objective:

To obtain the semantic and cultural equivalence of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS).

Method:

Two translators translated the scale from English into Portuguese. A third translator synthesized these two translations. The synthesized version was back-translated into English. From the observations of the initial and back translations, a semantic version of the scale was consolidated, which was applied to 32 professionals who developed intergenerational activities (elderly/children) and activities directed at elderly persons only. Following application, a version of the scale that was culturally adapted for the Portuguese language was obtained.

Results:

The scale was alterered due to cultural refinement, with differences in the following items: 4) around and near; 6) overprotective and highly protective; 8) be around and to want to get close to; 11) earn and obtain; 13) have warm relationships and to relate affectionately; 17) affection and fondness; 18) form a good team and are good companions; 20) feel sick and get irritated. The responses used are evaluative statements of positive or negative attitudes about the exchanges that take place between children and the elderly, based on a Likert scale of just five points.

Conclusion:

The Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS) has been adapted and validated for the Brazilian population and is known as the "Escala de Atitudes em relação a Trocas Intergeracionais" (Scale of Attitudes in Relation to Intergenerational Exchanges) (EATI). It can be a useful tool for programs featuring activities involving children and the elderly, as well as for professionals working and developing strategies in this field.

Key words:
Validation Studies; Intergenerational Relations; Attitude; Child; Elderly

INTRODUÇÃO

Na visão mais comumente aceita sobre o desenvolvimento humano, a velhice contrapõe-se à infância; a primeira por ser caracterizada como uma fase de perdas, fragilidade, afastamento e doenças, e a segunda como fase de crescimento e oportunidades.1 Muito embora mudanças nos paradigmas tradicionais e o engajamento dos idosos sejam evidentes em vários contextos, ainda existe forte associação com dependência, isolamento, improdutividade, desvalorização, incapacidade, declínio e morte.22. Gluth S, Ebner NC, Schmiedek F. Attitudes toward younger and older adults: the German aging semantic differential. Int J Behav Dev 2010;34(2):147-58.

3. Fonseca GG. Acercamiento cultural intergeneracional: propuestas desde la comunicación para la interrelación entre jóvenes y adultos mayores en Segovia [dissertação]. Espanha: Universidade de Valladolid; 2011.
-44. Randler C, Vollmer C, Wilhelm D, Flessner M, Hummel E. Attitudes towards the elderly among german adolescents. Educ Gerontol 2014;40(3):1-9. Essa oscilação sobre a velhice é mediada por atitudes e crenças individuais e sociais.55. Neri AL, Cachioni M, Resende CM. Atitudes em relação à velhice. In: Freitas EV, Py L. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 2002. p. 972-80.,66. Neri AL. Atitudes em relação à velhice: questões científicas e políticas. In: Freitas EV, Py L. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan; 2006. p. 1316-23.

As atitudes em relação à velhice fazem parte de um campo conceitual que inclui as crenças, os preconceitos e os estereótipos.6 As atitudes são socialmente aprendidas e servem para prever, explicar, regular e orientar os pensamentos, os sentimentos e as ações individuais e coletivas diante de pessoas, grupos e situações sociais.7-9 As atitudes manifestam-se em avaliações neutras, negativas ou positivas e de várias intensidades.10 As atitudes negativas contra as pessoas de outros grupos têm, na falta de informação e de contato social,determinantes importantes.22. Gluth S, Ebner NC, Schmiedek F. Attitudes toward younger and older adults: the German aging semantic differential. Int J Behav Dev 2010;34(2):147-58.

As crenças podem referir-se a percepções parciais, intuições, ilusões e distorções cognitivas. Quando essas crenças estão presentes, elas podem associar-se aos preconceitos e estereótipos, que se expressam por meio de generalização e de simplificação.6,10-12 A simplificação manifesta algumas características reais ou presumidas que são selecionadas ou realçadas como se fossem os únicos atributos que definissem determinado grupo.6 No processo de generalização, são atribuídas aos membros de uma categoria características observadas em um número reduzido de indivíduos ou, então, toma-se uma ocorrência particular como sendo típica de todo um grupo.66. Neri AL. Atitudes em relação à velhice: questões científicas e políticas. In: Freitas EV, Py L. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan; 2006. p. 1316-23.,77. Neri AL. Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade. São Paulo: Editora Perseu Abramo. 2007. Atitudes e preconceitos em relação à velhice; p.33-46

Compreender a multidimensionalidade das atitudes perante as trocas intergeracionais, as relações que existem entre os precursores do comportamento e as suas múltiplas causas é fundamental para o bom estabelecimento das relações entre crianças e idosos.

No Brasil, são escassos os investimentos científicos que investigam as atitudes em relação às crianças, aos idosos e a relação que eles podem estabelecer. Para mensurar as atitudes em relação à velhice, o instrumento mais utilizado é a Escala de Crenças e Atitudes em Relação à Velhice; composta por 30 itens, cada um ancorado por dois adjetivos em oposição.13 Para avaliar atitudes de crianças em relação à velhice, utiliza-se a Avaliação de Atitudes de Crianças em Relação a Idosos, que é uma escala diferencial semântica composta por 14 adjetivos bipolares.11. Todaro MA. Desenvolvimento e avaliação de um programa de leitura visando à mudança de atitudes de crianças em relação a idosos [tese]. Campinas: Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas; 2008.

No entanto, não existem instrumentos nacionais que identifiquem as atitudes em relação às trocas que ocorrem entre idosos e crianças, tal qual a Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS) o faz. Essa escala foi elaborada por Stremmel et al.,1414. Stremmel AJ, Travis SS, Kelly-Harrison P. Development of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Educ Gerontol 1996;22(4):317-28. nos Estados Unidos, com o intuito de mensurar atitudes em relação às trocas intergeracionais. Contendo 24 itens alocados em cinco fatores ortogonais, a IEAS comporta: 1) 10 itens sobre relação entre idosos e crianças (exemplo: "Crianças e idosos são bons companheiros"); 2) quatro itens sobre percepção das crianças sobre os idosos (exemplo: "Crianças acham que os idosos são chatos"); 3) quatro itens sobre atributos de crianças (exemplo: "Crianças são muito egoístas para ficarem perto de idosos"); 4) três itens sobre atributos de idosos (exemplo: "Idosos não são tolerantes com crianças bagunceiras"); 5) três itens sobre controle e poder (exemplo: "Crianças trapaceiam os idosos nos jogos"). As respostas dos itens da escala são declarações avaliativas de atitudes positivas ou negativas sobre as trocas intergeracionais. As categorias de resposta em formato Likert pontuam de 7 (concordo totalmente) a 1 (discordo totalmente) e variam de 24 a 168 pontos. Altos escores indicam atitudes mais positivas em relação às trocas intergeracionais.1414. Stremmel AJ, Travis SS, Kelly-Harrison P. Development of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Educ Gerontol 1996;22(4):317-28.

A IEAS tem sido utilizada desde 1996 em investigações realizadas nos Estados Unidos.14-17 O estudo pioneiro foi feito pelo grupo de estudiosos que criou a escala e avaliou as atitudes em relação às trocas intergeracionais de 36 administradores de centros-dia para idosos e de 300 administradores de escolas infantis.

A IEAS apresentou alta consistência interna para o total da escala com coeficiente alfa de Cronbach (0,89). Para o fator controle e poder, o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,60; para atributos de crianças foi de 0,65, o fator atributos de idosos teve 0,66, para o fator percepção de crianças sobre idosos o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,70 e para o fator relação entre crianças e idosos o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,86. O grau de variância foi de aproximadamente 13% e a correlação entre os itens dos fatores da escala variou de 0,31 a 0,55.1414. Stremmel AJ, Travis SS, Kelly-Harrison P. Development of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Educ Gerontol 1996;22(4):317-28.,1515. Travis SS, Stremmel AJ, Kelly-Harrison P. Attitudes toward intergenerational exchanges among administrators in child and adult day care centers. Educ Gerontol1997;23(8):775-87.

A escala foi validada para o idioma japonês, no ano de 2011, por Murayama et al.1818. Murayama Y, Fujiwara Y, Yasunaga M, Takeuchi R, Nonaka K, Yajima S, et al. Development of a japanese version of the Intergenerational Exchanges Behavior Scale. J Jpn Soc Intergener Stud 2011;1(1):27-37. Nesse estudo, a confiabilidade entre avaliadores da IEAS foi estabelecida com base no coeficiente kappa (0,60~0,90) apenas para o fator atributos de idosos e para o fator relação entre crianças e idosos.1616. Jarrot SE, Morris MM, Burnett AJ, Stauffer D, Stremmel A, Gigliotti CM. Creating Community capacity at a shared site intergenerational program: "Like a Barefoot Climb Up a Mountain". J Intergener Relationsh 2011;9(4):418-34.

Quando comparados os dados da pesquisa japonesa com o estudo estadunidense, observa-se que os fatores atributos de idosos e relação entre crianças e idosos apresentaram valores similares de coeficientes.1414. Stremmel AJ, Travis SS, Kelly-Harrison P. Development of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Educ Gerontol 1996;22(4):317-28.

15. Travis SS, Stremmel AJ, Kelly-Harrison P. Attitudes toward intergenerational exchanges among administrators in child and adult day care centers. Educ Gerontol1997;23(8):775-87.
-1616. Jarrot SE, Morris MM, Burnett AJ, Stauffer D, Stremmel A, Gigliotti CM. Creating Community capacity at a shared site intergenerational program: "Like a Barefoot Climb Up a Mountain". J Intergener Relationsh 2011;9(4):418-34. Ressalta-se que o fator atributo de idosos está relacionado à reflexão de estereótipos e preconceitos para com esse público e o fator relação entre crianças e idosos está diretamente voltado à intergeracionalidade.

Diante da importância de se mensurar as atitudes em relação às trocas intergeracionais e da inexistência de um instrumento brasileiro específico que avalie o intercâmbio entre idosos e crianças, faz-se necessária a equivalência semântica e cultural da IEAS para a língua portuguesa.

Este estudo objetivou obter equivalência semântica e cultural entre a Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS)1414. Stremmel AJ, Travis SS, Kelly-Harrison P. Development of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Educ Gerontol 1996;22(4):317-28. e sua versão brasileira, a Escala de Atitudes em relação a Trocas Intergeracionais (EATI).

MÉTODO

A adaptação cultural é um procedimento que considera questões linguísticas e culturais no processo de adaptação de uma escala para uso em cenários diferentes. A adequação dos protocolos a cada cultura e a adaptação cultural são necessárias para produzir efeitos semelhantes aos do instrumento original.19,20 Os itens não podem ser apenas traduzidos linguisticamente, mas devem ser adaptados para a cultura, considerando o linguajar e os símbolos distintos. O objetivo é manter a validade do instrumento num cenário diferente daquele em que se originou. Para alcançar equivalência entre a fonte original e a versão em outra língua, a adaptação transcultural de um questionário requer o uso de um método único, específico e rigoroso.1919. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine 2000; 25(24):3186-91.

20. Viana HB. Adaptação e validação da escala ASKAS: aging sexual knowledge and atitudes scale em idosos brasileiros [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física; 2008.
-2121. Almeida ST. Tradução, adaptação cultural e validação da versão em português do Brasil do Selection, Optimization and Compensation Questionnaire (SOCQ) para uso entre idosos sedentários e atletas master [tese]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Instituto de Geriatria e Gerontologia; 2013.

O guia proposto por Beaton et al.1919. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine 2000; 25(24):3186-91. é um método aprimorado de outros procedimentos e técnicas e tem sido largamente utilizado para adaptação cultural de medidas de saúde e de outros campos do conhecimento. A equivalência cultural e semântica da IEAS realizou-se no período de dezembro de 2012 a março de 2014. Seguem-se os cinco estágios desenvolvidos durante a pesquisa.

No primeiro estágio, foi feita a tradução da escala para a língua portuguesa do Brasil; duas traduções foram realizadas por tradutores independentes que não trocaram informações entre si. Um conhecia a temática da escala e outro não tinha conhecimento prévio sobre idosos, intergeracionalidade, crenças e atitudes. Um tradutor era do sexo feminino: brasileira, antropóloga, bilíngue português-inglês. O outro tradutor era do sexo masculino: brasileiro, linguista, professor de inglês e tradutor de textos técnicos.

No segundo estágio, foi elaborada a síntese da primeira versão em português do Brasil. Utilizando-se a escala e as duas traduções, uma terceira profissional brasileira, gerontóloga, bilíngue português-inglês, fez a síntese das duas traduções. Um relatório detalhado foi formulado com a descrição das discrepâncias ocorridas e as razões das escolhas feitas.

Com a versão sintetizada em português, o terceiro estágio caracterizou-se pela realização das retrotraduções. Foram elaboradas versões por dois retrotradutores, cuja língua materna era o inglês, mesmo idioma da escala original, sem acesso à versão publicada da escala. Um retrotradutor era britânico, arquiteto, residente no Brasil havia mais de dez anos. O outro retrotradutor era estadunidense, linguista e também residente no Brasil havia mais de dez anos.

A consolidação da versão semanticamente aceitável para o português do Brasil constituiu o quarto estágio. Essa etapa é realizada por um comitê de especiaistas que revê todas as traduções e chega a um consenso sobre qualquer discrepância. Diante do curto prazo de tempo e da restrita disponibilidade para reunir o grupo, de posse de todas as versões da escala, um linguista especialista em versões inglês-português elaborou um relatório que resultou na versão com equivalência semântica adaptada, após a aprovação de todos os envolvidos.

O último estágio foi o pré-teste, geralmente aplicado em um grupo de 30 a 40 pessoas, com o intuito de testar a validade e a qualidade do conteúdo.19 Deste modo, após concluir a escala, cada sujeito foi entrevistado e questionado sobre o significado de cada item da escala e da resposta escolhida. Tal processo assegura que a versão terá a equivalência na aplicabilidade.

Com isso, a versão final culturalmente adaptada para o português do Brasil foi submetida à avaliação de uma amostra por conveniência composta por 32 profissionais voluntários. Vinte trabalhavam com idosos e 12 desenvolviam atividades intergeracionais envolvendo idosos e crianças. Vinte e três eram do sexo feminino e sete do sexo masculino. A idade variava entre 24 e 64 anos. Todos tinham curso superior completo. Em entrevista única e individual, os profissionais foram convidados a fazer a leitura e a comentar cada item da escala.

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, (CAAE: 30881414.9.0000.5404). Ressalta-se que todos os participantes estavam cientes sobre a pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme determina a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

RESULTADOS

Os dados obtidos estão apresentados no quadro 1, que contém os passos da adaptação semântico-cultural da IEAS, tendo em vista a obtenção de uma versão brasileira equivalente, a EATI. Nesse quadro, podem ser observados os itens originais da IEAS; a síntese das traduções que compuseram a primeira versão em português do Brasil; as duas retrotraduções na íntegra; a consolidação de versão semanticamente aceitável e a EATI, que corresponde à versão final culturalmente adaptada para o português do Brasil.

Quadro 1
Resultados do processo de validação semântico-cultural da Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS) para o português brasileiro. Campinas-SP, 2014.

A primeira versão da EATI consiste na síntese, no agrupamento e no descarte de conceitos e palavras utilizados pelas duas traduções iniciais. Destacam-se os itens e seguintes termos divergentes e a escolha de apenas um dos conceitos: 2) entre responsáveis e sensíveis, optou-se por sensíveis; 5) entre amorosos e bondosos, adotou-se bondosos; 9) entre complacentes e tolerantes, elegeu-se tolerantes; 11) entre ganhar e obter, foi escolhido obter; 13) entre caloroso, cordiais e afetuosos, optou-se por afetuosos; 17) entre afeição e afeto, adotou-se afeição; 18) entre companheiros e parceria, decidiu-se por parceria; 22) entre ativas e agitadas, elegeu-se agitadas.

Com relação às retrotraduções, observa-se que os termos older adults e elderly remetem ao mesmo conceito de idoso ou velho na língua portuguesa. Entre idoso e velho, optou-se por idoso, considerando-se que, em muitos contextos, a palavra velho tem uma conotação mais negativa do que a palavra idoso. Foram notadas divergências na redação de nove itens (1; 6; 9; 11; 16; 18; 20; 22; 24) pelos dois retrotradutores independentes. Porém, depois de analisá-las em conjunto, chegou-se à conclusão que não existia divergência semântica, ou seja, os termos eram equivalentes.

Mediante as sugestões obtidas pelo comitê de profissionais, a versão sofreu alterações orientadas ao seu refinamento cultural. Os itens que apresentaram diferença foram: 4) ao redor e perto - optou-se por perto; 6) superprotetores e protegem muito - adotou-se protegem muito; 8) para ficarem por perto e a fim de se aproximarem, a escolha foi a fim de se aproximarem; 11) entre ganhar e conseguir, optou-se por conseguir; 13) entre têm relacionamentos afetuosos e se relacionam de forma afetuosa, elegeu-se se relacionam de forma afetuosa; 17) entre afeição e afeto, adotou-se afeto; 18) entre fazem boa parceria e são bons companheiros, optou-se são bons companheiros; 20) entre passam mal e ficam nervosos, escolheu-se ficam nervosos.

Os profissionais consideraram a EATI uma escala generalista, com afirmações que dependem do contexto, do perfil, dos valores e dos interesses dos participantes e dos profissionais. Alguns profissionais destacaram os seguintes termos como sendo preconceituosos: o item 4 (egoísta); o 14 (inseguras); e o item 21 (feios). Esses itens não foram alterados considerando-se que, embora fosse possível concordar com o seu teor preconceituoso, essas são formas correntes pelas quais muitas pessoas se referem a crianças e a idosos.

Diante das sugestões dos profissionais, foi adotada a escala Likert de cinco pontos, em vez dos sete pontos da escala original, com o intuito de facilitar a compreensão dos respondentes quanto à forma de mensuração da EATI. Com isso, a pontuação pode variar de 24 a 120 pontos. Altos escores indicam atitudes mais positivas em relação às trocas intergeracionais.

DISCUSSÃO

A equivalência da EATI foi indicada pelas avaliações semânticas e culturais realizadas nas diferentes etapas, o que possibilitou a tradução e a adaptação da versão brasileira, denominada Escala de Atitudes em relação a Trocas Intergeracionais (EATI).1414. Stremmel AJ, Travis SS, Kelly-Harrison P. Development of the Intergenerational Exchanges Attitude Scale. Educ Gerontol 1996;22(4):317-28.

A adaptação transcultural avaliou e atingiu as equivalências da EATI nos campos: semântico e idiomático, que corresponderam ao mesmo significado das palavras e ao uso de expressões; conceitual, que verificou o construto teórico; cultural, que conferiu as situações apresentadas na escala; e de critério, que investigou a interpretação normativa dos itens da escala estudada.1919. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine 2000; 25(24):3186-91.

20. Viana HB. Adaptação e validação da escala ASKAS: aging sexual knowledge and atitudes scale em idosos brasileiros [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física; 2008.
-2121. Almeida ST. Tradução, adaptação cultural e validação da versão em português do Brasil do Selection, Optimization and Compensation Questionnaire (SOCQ) para uso entre idosos sedentários e atletas master [tese]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Instituto de Geriatria e Gerontologia; 2013.

Durante o procedimento de adaptação semântica e cultural da EATI, a reflexão sobre o uso do termo para designar as pessoas com mais de 60 anos de idade foi levantada pelos retrotratudores e pelo consenso do linguista. Em outros idiomas e culturas, a discussão em torno da palavra velho e idoso também é recorrente. Vários eufemismos são utilizados para designar esse segmento etário.33. Fonseca GG. Acercamiento cultural intergeneracional: propuestas desde la comunicación para la interrelación entre jóvenes y adultos mayores en Segovia [dissertação]. Espanha: Universidade de Valladolid; 2011.

As atitudes negativas em relação aos idosos referidos na EATI expressam condições físicas, intolerância, feiura e aspectos do humor e da personalidade, como exemplificadas nos itens: 1) Idosos não são tolerantes com crianças bagunceiras; 21) Crianças acham os idosos feios; 23) Idosos são muito frágeis para ficarem perto de crianças pequenas; e 24) Crianças acham que os idosos são bobos. Recentes revisões bibliográficas publicadas por Guerra & Caldas2222. Guerra ACLC, Caldas CP. Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento: a percepção do sujeito idoso. Ciênc Saúde Coletiva 2010;15(6):2931-40. e por Spielman8 mostraram que as crenças e as atitudes negativas em relação aos idosos estão associadas ao desgaste físico, à diminuição da beleza corporal, à degeneração mental, à doença, à inatividade, à incapacidade, à dependência e à inutilidade.

Em pesquisa realizada no Rio de Janeiro-RJ, com 70 idosos, observou-se a presença de atitudes negativas relacionadas à velhice. Por meio do teste de evocação livre de palavras, os elementos doença, preconceito, tristeza, dificuldade, abandono, discriminação, solidão, rabugenta, excluída, ultrapassada e cansada referenciaram de modo direto ou periférico a pessoa idosa. Por outro lado, nesse mesmo estudo, a experiência foi evocada como elemento central que caracterizava a pessoa idosa; a sabedoria, o carinho e a dedicação também estiveram presentes.2323. Dos Santos VB, Tura LFR, Arruda AMS. As representações sociais de "pessoa velha" construídas por idosos. Saúde Soc 2013;22(1):138-47.

Na EATI, a atitude positiva relacionada à experiência, ao conhecimento e à sabedoria está presente no item 3 ("Idosos compartilham sua sabedoria com crianças"). Estudo realizado com 35 idosos de Kwahu-Tafo, em Gana, evidenciou a sabedoria, a prudência, a disciplina e o altruísmo como principais virtudes do idoso, uma vez que a sabedoria e a experiência de vida permitem o aconselhamento em determinadas situações e problemas. Tais características também evidenciam atitudes mais positivas em relação à velhice.2424. Van der Geest S. Grandparents and Grandchildren in Kwahu, Ghana: The Performance Of Respect. Africa 2004;74(1):47-61.

Atitudes positivas apresentadas na EATI (item 5 - "Idosos são gentis e bondosos com as crianças") são semelhantes aos dados verificados no estudo sobre essa temática no Brasil. Pesquisa realizada por Todaro1 com 248 crianças de 7 a 10 anos, submetidas ao pós-teste de uma intervenção, indicou atitudes mais positivas de crianças em relação à velhice, principalmente sobre relações sociais e persona, ou seja, sendo considerados bem-humorados, aceitos, valorizados, legais, bonzinhos e mãos-abertas. Uma pesquisa mais recente feita em São Carlos-SP com 54 crianças de 7 a 10 anos, verificou que elas os consideram pessoas "legais" e avaliam os idosos como bonzinhos e "mãos-abertas".25 Estudo realizado na Itália, com 32 idosos e 114 crianças, identificou que, após intervenção com atividades intergeracionais, as atitudes de crianças em relação à velhice eram mais positivas, sobretudo quanto à funcionalidade, considerados mais ativos e fortes e quanto às representações sociais, sendo vistos como mais sábios,legais e respeitosos.2626. Gaggioli A, Morganti L, Bonfiglio S, Scaratti C, Cipresso P, Serino S,et aç. Intergenerational Group Reminiscence: a potentially effective intervention to enhance elderly psychosocial wellbeing and to improve children's perception of aging. Educ Gerontol 2014;40(7):486-98.

Outros itens da EATI também tendem a expressar atitudes mais positivas, tais como: 2) Idosos são sensíveis às necessidades de crianças pequenas e 6) Idosos protegem as crianças. Os idosos, em especial os avós, são vistos como protetores das crianças, principalmente, no suporte e na ajuda quando os pais estão ausentes. Pesquisa realizada nos Estados Unidos com 124 avós confirma tais atitudes positivas em relação à velhice, principalmente nas características associadas à atenção, à proteção e também à preocupação que os avós têm com os seus netos, principalmente, nas questões relacionadas à custódia, à saúde e à educação.2727. McGowen MR, Ladd L, Strom RD. On-line assessment of grandmother experience in Raising Grandchildren. Educ Gerontol 2006;32:669-84.

Sobre as atitudes positivas relacionadas ao intercâmbio que ocorre entre idosos e crianças, pesquisas nacionais e internacionais já destacaram a ideia de que crianças e idosos podem interagir e conviver de forma afetuosa. Estudo realizado em Tóquio, no Japão, com idosos de 71 a 101 anos e com crianças de 5 e 6 anos verificou que, durante e após a realização de atividades culturalmente tradicionais praticadas em conjunto, houve diferenças na expressão facial, no envolvimento e no comportamento dos participantes, que passaram a interagir de forma mais afetuosa, com sorrisos e conversas construtivas.17 Pesquisa feita por Lima,28 no Serviço Social do Comércio (SESC), com 42 participantes, entre idosos, adultos, adolescentes e crianças, mostrou que quando há a maximização da interação cooperativa durante as atividades intergeracionais, os participantes tendem a ajudar uns aos outros em direção aos objetivos comuns.

As atitudes positivas entre crianças e idosos estão presentes nos itens da EATI: 7) Crianças estimulam o interesse dos idosos; 12) Idosos e crianças ajudam uns aos outros; 13) Idosos e crianças se relacionam de forma afetuosa; 16) Idosos gostam de atividades com crianças; 17) Crianças e idosos sentem afeto uns pelos outros; 18) Crianças e idosos são bons companheiros; 19) Crianças e idosos se divertem juntos. As atitudes negativas são retratadas nos seguintes itens da EATI: 4) Crianças são muito egoístas para ficarem perto de idosos; 8) Crianças fazem muitas perguntas para se aproximarem de idosos; 10) Crianças trapaceiam os idosos nos jogos; 11) Idosos têm dificuldade em conseguir o respeito de crianças; 15) Crianças acham que os idosos são chatos; 22) Crianças são muito agitadas para os idosos. A pesquisa de Ferrigno,29 realizada no SESC São Paulo envolvendo pessoas de 10 a 68 anos, mostrou a necessidade de estabelecer estratégias para lidar com determinados conflitos como o desrespeito e a intolerância. A realidade não deve ser encoberta e o conflito não pode ser negado. Promover acordos e buscar a flexibilidade de cada um dos envolvidos, por meio do diálogo, é fundamental para estimular uma cultura solidária.2929. Ferrigno JC. O conflito de gerações: atividades culturais e de lazer como estratégia de superação com vistas à construção de uma cultura intergeracional solidária [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia; 2009.

Diante da pesquisa apresentada, as limitações foram evidentes na escassa literatura nacional sobre a temática, principalmente no que se refere às percepções de idosos em relação à geração mais nova. Ressalta-se, por fim, a necessidade de investigar às evidências de validade da EATI correlacionando-a com um instrumento equivalente já consolidado e amplamente utilizado na língua portuguesa do Brasil. É necessário ainda realizar a aferição das propriedades psicométricas do instrumento, a fim de que a validação siga seu processo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que a Intergenerational Exchanges Attitude Scale (IEAS) está adaptada para a população brasileira denominada Escala de Atitudes em relação a Trocas Intergeracionais (EATI), pois foram realizadas as equivalências semânticas e cultural da escala. No entanto, ainda há carência de resultados das propriedades psicométricas e demais etapas de validação.

A EATI pode ser uma ferramenta útil para a Geriatria e a Gerontologia no que se refere à conscientização das percepções de atitudes em relação à intergeracionalidade e às diferentes gerações que se relacionam. Esse instrumento pode ser aplicado em programas que realizam atividades entre crianças e idosos, bem como para profissionais que trabalham e desenvolvem ações desse caráter.

Espera-se que a equivalência semântica e cultural da EATI fomente novos estudos sobre as atitudes em relação às trocas intergeracionais, ampliando, assim, o conhecimento científico sobre essa temática. A reflexão e o debate sobre as relações intergeracionais oferece uma interessante oportunidade para desmitificar a velhice e o processo de envelhecimento.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    May-Jun 2016

Histórico

  • Recebido
    06 Jan 2015
  • Revisado
    09 Dez 2015
  • Aceito
    11 Abr 2016
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