Acessibilidade / Reportar erro

DETERMINAÇÃO INDIRETA DO ESTOQUE DE BIOMASSA E CARBONO EM POVOAMENTOS DE ACÁCIA-NEGRA (Acacia mearnsii De Wild.)

INDIRECT DETERMINATION OF BIOMASS AND CARBON STORAGE IN BLACK WATTLE (Acacia mearnsii De Wild.) STANDS

RESUMO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de estimar o estoque de carbono em povoamentos equiâneos de Acacia mearnsii De Wild., na região da Encosta Inferior do Sudeste, no Rio Grande do Sul, com o método de derivação do volume em biomassa e carbono. As quantificações dos componentes da biomassa e do carbono foram feitas em povoamentos com idade entre 4 e 8 anos. O método de derivação do volume em biomassa e carbono mostrou-se eficiente na determinação do estoque de carbono, pois a diferença relativa média foi de apenas 4,4%, quando considerada toda a amostragem e independência da idade dos povoamentos. A densidade básica média da madeira foi de 0,6, independente da idade dos povoamentos. A proporção de biomassa média entre o volume com casca pelo volume de folhas, ramos, serrapilheira e raízes foram de 0,59, independente da idade dos povoamentos. A concentração média de carbono, independente da idade dos povoamentos, foi igual a 0,40. O estoque de carbono estimado pelo método de derivação de volume e carbono, em povoamentos de 7 anos de idade, foi de 99,46 t ha-1 no índice de sítio 20, 82,98 t ha-1 no índice de sítio 16, e 46,13 t ha-1 no índice de sítio 12.

Palavras-chave:
Acacia mearnsii; biomassa; estoque de carbono

ABSTRACT

This work was carried out to estimate the carbon storage in even-aged stands of Acacia mearnsii De Wild., in the region of the Southeast Lower Hillside, in Rio Grande do Sul, by the method of derivation of volume and carbon. The biomass components and carbon content were measured in stands 4 to 8-year-old. The method of derivation of volume and carbon was efficient to determine the carbon storage, since the average relative difference was only 4.4%, when considering the whole sample, and independent from stands age. The mean wood basic density found was 0.6 g/cm3, regardless of stand age. The mean biomass ratio of the barked-volume to the volume of leaves, branches, litter, and roots was found to be 0.59, independent of stand age. The mean carbon concentration, regardless stand age, was 0.40. The estimated carbon storage by the method of volume and carbon derivation, for 7-year-old stands, was 99.46 t ha-1, in site index 20; 82.89 t ha-1, in site index 16; and 46.13 t ha-1, in site index 12.

Key words:
Acacia mearnsii; biomass; carbon storage

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ALEXEYEV, V.; BIRDSEY, R.; STAKANOV, V.; KOROTKOV, I. Carbon in vegetation of Russian forests: methods to estimate storage and geographical distribution. Water Air Soil. v. 82, p. 271-382. 1995.
  • APPS, M. J., KURZ, W. A. The role of Canadian forests in the global carbon budget. In: Kanninen, M. (Ed.), Carbon Balance of World’s Forested Ecosystems: Towards a Global Assessment. SILMU, Finland, 1994. p. 14-39.
  • ARAÚJO, T. M.; CARVALHO Jr., J. A.; HIGUCHI, N.; BRASIL Jr., A.C.P.; MESQUITA, A.L.A. A tropical rain Forest clearing experiment by biomass burning in the state of Pará, Brazil. Atmosferic Enviroment, v. 33, p. 1991-1998, 1999.
  • BARICHELLO, L. R. Quantificação da biomassa e dos nutrientes em floresta de Acacia mearnsii De Wild. na região sul do Brasil. 2003. 58p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2003.
  • CALDEIRA, M. V. W. Quantificação da biomassa e do conteúdo de nutrientes em diferentes procedências de acácia-negra (Acacia mearsnsii De Wild.). 1998. 96p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1998.
  • CALILL, F. N. Aspectos da ciclagem de nutrientes em um sistema silvopastoril na região de Tupanciretã. 2003. 77p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2003.
  • CARVALHO, E. R. P. Espécies arbóreas não tradicionais: silvicultura e usos. Disponível em : <http://www.sindimadeira.org.br/3simader/silvicultura.htm>.
    » http://www.sindimadeira.org.br/3simader/silvicultura.htm
  • DIXON, R. K.; BROWN, S.; HOUGHTON, R. A.; SOLOMON, A. M.; TREXLER, M. C.; WISNIEWSKI, J. Carbon pools and flux of global forest ecosystems. Science, v. 262, p. 185-190, 1994.
  • DURLO, M.A.; MARCHIORI, J.N.C. Tecnología da madeira: retratibilidade. Santa Maria: CEPEF/ FATEC, 1992. 33p.
  • EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Rio Grande do Sul. Recife, 1973. (Boletim Técnico, 30).
  • FANG, J.; WANG, G. G.; LIU, G.; XU, S. Forest biomass of Masson pine in Huitong, Human Province. For. Res. v.1, p .117-134, 1998.
  • FEARNSIDE, P. M.; GUIMARÃES, W. M. Carbon uptake by secondary forests in Brazilian Amazonia. Forest Ecology and Management, v. 80, p. 35-46, 1996.
  • FREDDO, A. Elementos minerais em madeiras de Eucaliptos e Acácia-negra e sua influência na indústria de celulose Kraft branqueada. 1967. 69p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1967
  • HARMON, M.; FERRELL, W.; FRANKLIN, J. F. Effects on carbon storage of conversion of old-grawth forests to young forests. Science , v. 247, p. 699-702, 1990.
  • IBAÑEZ, J. J.; VAYREDA, J.; GRACIA, C. Metodologia complementaria al Inventario Forestal Nacional en Catalunya. In: IBAÑEZ, J. J.; VAYREDA, J.; GRACIA, C. El Inventario Forestal Nacional: elemento clave para la Gestión Forestal Sostenible. Fundación General de la Universidad de Valladolid, 2002. IPCC. The 2000 IPCC Suplement, WMO/UNEP, 2000. 77p.
  • KANNEGIESSER, U. Apuntes sobre algunas acacias australianas. 1.- Acacia mearnsii De Willd. Ciencia e Investigación Forestal, v. 4, n. 2, p. 198-202, 1990.
  • KRAMER, R. J.; KOZLOWSKI, T. T. Fisiologia das Árvores. Lisboa: Fundação Kalouste Goulbenkian, 1972. 745p.
  • LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Paulo: EPU, 1986. 319p.
  • MORENO, J. A. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, 1961. 42p.
  • SALOMÃO, R. P.; NEPSTAD, D. C.; VIEIRA, I. C. G. Biomassa e estoque de carbono de florestas tropicais primárias e secundárias. Disponível em: <httt://www.agrisustentavel.com/doc/biomassa.RAS>
    » httt://www.agrisustentavel.com/doc/biomassa.RAS
  • SCHNEIDER, P. R. Modelos de equação e tabelas para avaliar o peso de casca de acácia negra, Acacia mearnsii De Wild. 1978. 137p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1978.
  • SCHNEIDER, P. R.; FINGER, C. A .G.; SCHNEIDER, P. S. P. S.; FLEIG, F. D. Subsídios para o manejo de acacia- negra, Acacia mearnsii De Wild. Santa Maria: CEPEF/ FATEC/UFSM, 2000.71p.
  • SCHONAU, A. P. G. A site evaluation study in Black Wattle (Acacia mearnsii De Wild.). Ann. Univ. Von Stellenbosch, v.44, n.2, p.1-214, 1969.
  • SCHÖNE, D.; SCHULTE, A. Forstwirtschaft nach Kyoto: Ansätze zur Quantifizierung und betrieblichen Nutzung von Kohlenstoffsenken. Forstarchiv, 70 Jahrgang, p. 167-176. 1999
  • SCHROEDER, P. Carbon storage potencial of short rotation tropical tree plantations. 1991. 19p.
  • SCHUMACHER, M. V.; VOGEL, H. L. M.; BARICHELLO, L. R.; CALDEIRA, M. V. W. Quantificação do carbono orgânico em floresta de Acacia mearnsii De Wild. Em diferentes idades. In: SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 2. Santa Maria, 2001. Anais ... 2001. p. 387-399.
  • SHERRY, S. P. The Black Wattle (Acacia mearnsii). Pietermoritzburg: University of Natal Press, 1971. 402 p.
  • TURNER, D. P.; HOEPPER, G. J.; HARMON, M. E.; LEE, J. J. A carbon budget for forests of the conterminous United States. Ecol. Appl. v. 5, p. 421-436. 1995.
  • WADSWORTH, F. H. Producción Forestal para América Tropical. Washington: U. S. Dept. of Agriculture, Forest Service. p. 603, 2000.
  • WANG, X.; FENG, Z.; OUYANG, Z. The impact of human disturbance on vegetative carbon storage in forest ecosystems in China. Forest Ecology and Management , v. 148, 2001. p. 117-123

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2005

Histórico

  • Recebido
    26 Out 2004
  • Aceito
    01 Dez 2005
Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1.000, 97105-900 Santa Maria RS Brasil, Tel. : (55 55)3220-8444 r.37, Fax: (55 55)3220-8444 r.22 - Santa Maria - RS - Brazil
E-mail: cienciaflorestal@ufsm.br