Acessibilidade / Reportar erro

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Apeiba tibourbou SUBMETIDAS AO ESTRESSE HÍDRICO E DIFERENTES TEMPERATURAS

GERMINATION AND VIGOR OF Apeiba tibourbou SEEDS SUBMITTED TO WATER STRESS AND TO DIFFERENT TEMPERATURES

RESUMO

A Apeiba tibourbou é uma espécie florestal pertencente à família Tiliaceae, conhecida popularmente como pau-de-jangada, que é bastante utilizada como planta ornamental, na medicina popular e sua madeira usada na fabricação de pequenas embarcações. Sementes dessa espécie foram escarificadas com lixa d'água nº80, por 5 minutos e submetidas a diferentes potenciais osmóticos, induzidos por polietilenoglicol (PEG-6000), com o objetivo de avaliar a sua resistência a condições de deficiência hídrica. As sementes foram colocadas para germinar a 25 e 30 ºC, nos potenciais osmóticos de 0,0; -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 MPa. Avaliou-se a porcentagem, o índice de velocidade e a primeira contagem de germinação, bem como o comprimento e massa seca de plântulas. Pelos resultados obtidos observou-se que a velocidade e a porcentagem final de germinação foram significativamente reduzidas a partir de -0,2 MPa, em relação às sementes não submetidas ao estresse hídrico. O limite de resistência da espécie ao estresse hídrico situa-se entre -0,4 e -0,6 MPa.

Palavras-chave:
pau-jangada; sementes florestais; potencial osmótico; polietilenoglicol

ABSTRACT

The Apeiba tibourbou is a forest species belonging to the family Tiliaceae, popularly known as 'pau-de- jangada', which is widely used as ornamental, in medicine and your timber used in the manufacture of small boats. Seeds of this species were submitted to different osmotic potentials induced by polyethyleneglycol (PEG-6000) in order to verify their resistance to drought conditions. Seeds were previously scarified with sandpaper for 5 minutes and incubated at 25 and 30 ºC, at osmotic potentials of 0.0; -0.2; -0.4; -0.6; -0.8 and -1.0 MPa. The following parameters were analyzed: germination percentage, index germination speed, first count germination, length and dry matter of seedlings. A significant reduction in germination velocity and final percentage of germination from -0.2 MPa in relation to control was observed. It was found that water stress resistance limits ranged from -0.4 to -0.6 MPa.

Keywords:
"jangadeira"; forests seeds; osmotic potential; polyethyleneglycol

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ALMEIDA, S. P. et alCerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. 464p.
  • BANSAL, R. P.; BHATI, P. R.; SEM, D. N. Differential specificity in water inhibition of Indian arid zone. Biologia Plantarum, Praha, v. 22, n. 2, p. 327-331, Sept. 1980.
  • BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. 3rd ed. New York: Plenum Press, 1994. 445p.
  • BORGES, E. E. L.; RENA, A. B. Germinação de sementes. In: AGUIAR, I. B.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B. (coord.). Sementes florestais tropicais. Brasília: ABRATES, 1993. p.83-136.
  • BOTELHO, B. A.; PEREZ, S. C. J. G. A. Estresse hídrico e reguladores de crescimento na germinação de sementes de canafístula. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 58, n.1, p. 43-49, jan./mar. 2001.
  • BRACCINI, A. L. et al. Germinação e vigor de sementes de soja sob estresse hídrico induzido por soluções de cloreto de sódio, manitol e polietileno glicol. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 18, n. 2, p. 10-16, jan./mar. 1996.
  • BRADFORD, K. J. Water relations in seed germination. In: KIGEL, J. D.; GALILI, G. (eds.). Seed development and germination. New York: Marcel Dekker, 1995. p. 351-396.
  • BRAGA, L. F. et alGerminação de sementes de pinho-cuiabano sob deficiência hídrica com diferentes agentes osmóticos. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 36, n. 78, p. 157-163, jun. 2008.
  • CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4. ed. FUNEP: Jaboticabal, 2000. 588p.
  • COIMBRA, R. A. et al. Teste de germinação com acondicionamento dos rolos de papel em sacos plásticos. Revista Brasileira de Sementes , Pelotas, v. 29, n. 1, p. 92-97, 2007.
  • EIRA, M. T. S. Condicionamento osmótico de sementes de alface (Lactuca sativa L.): efeitos sobre a germinação e desempenho sob estresse hídrico, salino, térmico. 1988. 90f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 1988.
  • FANTI, S. C. Aspectos da germinação e efeitos do condicionamento osmótico em sementes de paineira (Chorisia speciosa St. Hil. - Bombacaceae ). 2001. 145f. Tese (Doutorado em Ciências) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2001.
  • FONSECA, S. C. L.; PEREZ, S. C. J. G. A. Ação do polietileno glicol na germinação de sementes de Adenanthera pavonina L. e o uso de poliaminas na atenuação do estresse hídrico sob diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Sementes , Pelotas, v. 25, n. 1, p. 1-6, jul. 2003.
  • GUEDES, R.S.; ALVES, E.U.; VIANA, J.S.; GONÇALVES, E.P.; J.M.; SANTOS, S.R.N.; COSTA, E.G. Tratamentos pré-germinativos e temperaturas para a germinação de sementes de Apeiba tibourbou Aubl. Revista Brasileira de Sementes , Lavras, v.33, n.1, p.131-140, jan./mar, 2011.
  • HARDEGREE, S. P.; EMMERICH, W. E. Seed germination in response to polyetilene glycol solution. Seed Science and Technology, Zürich, v. 22, n. 1, p. 1-7, jan./mar. 1994.
  • HEYDECKER, W. Stress and seed germination: an agronomic view. In: KHAN, A.A. The physiology and biochemistry of seed dormancy and germination. Amsterdam: North-Holland Publishing Company, 1977. p. 237-282.
  • JELLER, H.; PEREZ, S. C. J. G. A. Efeitos dos estresses hídrico e salino e da ação de giberelina em sementes de Senna spectabilis Ciência Florestal, Santa Maria, v. 11, n. 1, p. 93-104, jun. 2001.
  • LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: RIMA, 2000. 531p.
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2000. v. 1, 351p.
  • MAGUIRE, J. D. Speed of germination: aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigour. Crop Science, Zürich, v. 2, n. 2, p. 176- 177, Mar. 1962.
  • MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005. 495p.
  • MORAES, G. A. F.; MENEZES, N. L. Desempenho de sementes de soja sob condições diferentes de potencial osmótico. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 2, p. 219-226, abr. 2003.
  • NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. (Eds.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. p.2.1-2.24.
  • PEREZ, S. C. J. G. A.; FANTI, S. C.; CASALI, C. A. Influência da temperatura sobre a resistência das sementes de canafístula (Peltophorum dubium (Spreng) Taubert) ao estresse hídrico simulado. Revista Brasileira de Sementes , Londrina, v. 20, n. 2, p. 96-103, set./dez. 1998.
  • REGO, S. S. et alInfluência de potenciais osmóticos na germinação de sementes de Anadenanthera colubrina (Veloso) Brenan (Angico-branco) - Mimosaceae. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, p. 549-551, jul. 2007. Supl. 2
  • ROSA, L. S. et alAvaliação da germinação sob diferentes potenciais osmóticos e caracterização morfológica da semente e plântula de Ateleia glazioviana Baill (timbó). Cerne, Lavras, v. 11, n. 3, p. 306-314, jul./dez. 2005.
  • SILVA, L. M. M.; AGUIAR, I. B.; RODRIGUES, T. J. D. Germinação de sementes de Bowdichia virgilioides Kunth, sob estresse hídrico. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 5, n. 1, p. 115-118, jan./abr. 2001.
  • STEFANELLO, R. et alEfeito da luz, temperatura e estresse hídrico no potencial fisiológico de sementes de funcho. Revista Brasileira de Sementes , Pelotas, v. 28, n. 2, p. 135-141, mai./ago. 2006.
  • VILLELA, F. A.; FILHO, L. D.; SEQUEIRA, E. L. Tabela de potencial osmótico em função da concentração de polietilenoglicol 6.000 e da temperatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 26, n. 11-12, p. 957-1968, nov./dez. 1991.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2013
Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1.000, 97105-900 Santa Maria RS Brasil, Tel. : (55 55)3220-8444 r.37, Fax: (55 55)3220-8444 r.22 - Santa Maria - RS - Brazil
E-mail: cienciaflorestal@ufsm.br