Acessibilidade / Reportar erro

PROCESSO GERMINATIVO E VIGOR DE SEMENTES DE Cedrela odorata L. SOB ESTRESSE SALINO

GERMINATION AND VIGOR PROCESS OF Cedrela odorata L. SEEDS UNDER SALT STRESS

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do estresse salino na viabilidade e vigor de sementes de Cedrela odorata L. O experimento foi conduzido em ambiente de laboratório (temperatura média de 28 ºC e UR média 84 %), sob regime de luz contínua, onde quatro repetições de 25 sementes foram colocadas para germinar em papel mata-borrão e umedecidos com soluções de NaCl, KCl e CaCl2 em diferentes concentrações (0, 25, 50, 75 e 100 mM). Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de germinação, primeira contagem de germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento da raiz primária e do hipocótilo e massa seca da plântula. Os efeitos adversos do estresse salino sob a germinação e o vigor de plântulas de cedro são efetivamente evidentes a partir da concentração de 25 mM de NaCl, KCl e CaCl2, o que indica que sua utilização em ambientes salinos pode ser limitada. As sementes de cedro são mais sensíveis ao CaCl2 e KCl em relação ao NaCl, o efeito da salinidade foi mais agressivo sobre a germinação e vigor das sementes do que no vigor das plântulas.

Palavras-chave:
salinidade; germinação; sementes florestais; vigor

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the effects of salt stress on the viability and the vigor of Cedrela odorata L. seeds. The experiment was conducted at conditions of laboratory (temperature medium from 28 ºC and humidity medium of 84 %), under continuous light where four replicates of 25 seeds were put to germinate on blotting paper and moistened with solutions of NaCl, KCl and CaCl2 at different concentrations (0, 25, 50, 75 and 100 mM). The parameters analysed were: germination, first germination count, germination speed index, primary root and hypocotyl length and dry weight matter of the seedling. The adverse effects of salt stress on germination and seedling vigor of 'cedro' are indeed evident from the concentration of 25 mM NaCl, KCl and CaCl2, indicating that their use in saline environments may be limited. The 'cedro' seeds are more sensitive to CaCl2 and KCl compared to NaCl, the effect of salinity was more aggressive on the germination and vigor than in seedling vigor.

Keywords:
salinity; germination; forest seeds; vigor

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • AZEVEDO, M. R. Q. A. et al. Germinação e vigor no desenvolvimento inicial do gergelim: efeito da salinidade da água de irrigação. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 5, n. 2, p. 167-172, jul./dez. 2003.
  • BERTAGNOLLI, C. M. et al. Qualidade fisiológica e composição química de sementes de soja submetidas ao estresse salino. Revista Brasileira Agrociência, Pelotas, v. 10, n. 3, p. 287-291, jul./set. 2004.
  • BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: DNDV/CLAV, 1992. 365 p.
  • CARMO, G. A.; MEDEIROS, J. F.; TAVARES, J. C. Crescimento de bananeiras sob diferentes níveis de salinidade da água de irrigação. Revista Brasileira de FruticulturaJaboticabal, v. 25, n. 3, p. 513-518, dez. 2003.
  • CAVALCANTE, A. M. B.; PEREZ, S. C. J. G.A. Efeitos dos estresses hídrico e salino sobre a germinação de sementes de Leucaena leucocephala (Lam.) de Witt. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 30, n. 2, p. 281-289, fev. 1995.
  • DEMINICIS, B. B. et al. Sementes de leguminosas submetidas a diferentes períodos de estresse salino. Archivos de Zootecnia, Córdoba, v. 56, n. 215, p. 347-350, set. 2007.
  • ESTAT. Sistema de Análise Estatística (ESTAT 2.0). Jaboticabal: Pólo Computacional do Departamento de Ciências Exatas da UNESP, 1994.
  • FANTI, S. C.; PEREZ, S. C. J. G. A. Processo germinativo de sementes de paineira sob estresses hídrico e salino. Pesquisa Agropececuária Brasileira, Brasília, v. 39, n. 9, p. 903-909, set. 2004.
  • FERREIRA, L. G. R.; REBOUÇAS, M. A. A. Influência da hidratação/desidratação de sementes de algodão na superação de efeitos da salinidade na germinação. Pesquisa Agropecuária Brasileira , Brasília, v. 27, n. 4, p. 609-615, 1992.
  • FONSECA, S. C. L.; PEREZ, S. C. J. G. A. Efeito de sais e da temperatura na germinação de sementes de olho-de-dragão (Anadenanthera pavonina L.- FABACEAE). Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 21, n. 2, p. 70-77, 1999.
  • GURGEL, M. T. et al. Estresse salino na germinação e formação porta-enxerto de aceroleira. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 7, n. 1, p. 31-36, jan./abr. 2003.
  • HARTMANN, H. T. et al. Techniques of seed production and handling. In: HARTMANN, H.T.; KESTER, D.E. Plant propagation: principles and practices. 6th ed. New Jersey: Simom e Scheester, 1997. p. 98 - 116.
  • LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos: Rima, 2004, 531 p.
  • LIMA, B. G.; TORRES, S. B. Estresses hídrico e salino na germinação de sementes de Zizyphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae). Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 4, p. 93-99, out./dez. 2009.
  • LIMA, J. D. et al. Efeito da temperatura e do substrato na germinação de sementes de Caesalpinia férrea Mart. ex Tul. (Leguminosae, Caesalpinoideae). Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 4, p. 513-518, jul./ago. 2006.
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Plantarum, 1998, 352 p.
  • MAGUIRE, J. D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedlings emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 1, p. 76-177, 1962.
  • MATOS, N. N.; TEXEIRA JUNIOR, A. C.; SILVEIRA, J. A. G. Influência do porta-enxerto no comportamento fisiológico de mudas de cajueiro (Anacardium occidentale L.) submetidas a estresses. Revista Brasileira de Fruticultura , Jaboticabal, v. 25, n. 1, p. 27-31, abr. 2003.
  • NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. Vigor de Sementes: conceitos e testes. Londrina: Abrates, 1999. p. 21-24.
  • OLIVEIRA, A. M. et al. Salinidade na germinação e desenvolvimento de plântulas de aroeira (Myracroduon urundeuva Fr All). Caatinga, Mossoró, v. 20, n. 2, p. 39-42, abr./jun. 2007.
  • PACHECO, M. V. et al. Germinação de sementes de Apeibsua tibourbou Aubl. submetidas ao estresse salino. Cerne, Lavras, v.13, p. 41-46, dez. 2007. Supl.
  • RIBEIRO, M. C. C. et al. Tolerância do sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) à salinidade durante a germinação e o desenvolvimento de plântulas. Caatinga , Mossoró, v. 21, n. 5, p. 123-126, 2008.
  • SILVA, F. A. M. et al. Efeito do estresse salino sobre a nutrição mineral e o crescimento de mudas de aroeira (Myracrodruon urundeuva) cultivadas em solução nutritiva. Cerne , Lavras, v. 6, n. 1, p. 052-059, 2000.
  • SILVA, M. J. et al. Seleção de três cultivares de algodoeiro para tolerância à germinação em condições salinas. Pesquisa Agropecuária Brasileira , Brasília, v. 27, n. 4, p. 655-659, abr.1992.
  • SOUZA FILHO, A. P. S. Influência da temperatura, luz e estresses osmótico e salino na germinação de sementes de Leucena leucocecephala Pasturas Tropicales, Cali, v. 22, n. 2, p. 47-53, ago. 2000

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2013
Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1.000, 97105-900 Santa Maria RS Brasil, Tel. : (55 55)3220-8444 r.37, Fax: (55 55)3220-8444 r.22 - Santa Maria - RS - Brazil
E-mail: cienciaflorestal@ufsm.br