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Impacto da mancha foliar causada por Cylindrocladium candelabrum em plantios jovens de Eucalyptus benthamii em Rio Negrinho - SC

Impact of Cylindrocladium candelabrum leaf spot in young plantations of Eucalyptus benthamii in Rio Negrinho, Santa Catarina State

Resumos

Eucalyptus benthamii é uma das espécies florestais plantada na região Sul do Brasil devido à sua resistência à geada. A principal doença em plantios comerciais é a mancha foliar causada por Cylindrocladium candelabrum. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência e a severidade da doença em plantios de Eucalyptus benthamii, localizados em Rio Negrinho - SC. O levantamento foi realizado em três plantios (quatro, oito e 18 meses de idade), quantificando-se a incidência pelo percentual de plantas doentes e a severidade com uma escala diagramática que variou de 0 (sem mancha e desfolha) a 5 (mais de 75 % de desfolha). Quatro avaliações foram feitas no período de julho/2011 a junho/2013. A incidência média de árvores com a mancha foliar variou de 2,6 até 43,8 % das árvores, dependendo da idade, enquanto que a severidade média variou de 1,2 a 2,9, com menor severidade nas árvores de quatro e oito meses de idade. Verificaram-se relações diretas entre a intensidade da doença e o volume de precipitação pluviométrica, bem como entre severidade e altura da árvore. A relação entre incidência de plantas com mancha foliar variou de acordo com a altura das árvores.

doença foliar; eucalipto; epidemiologia


Eucalyptus benthamii is one of the planted forest species in Southern Brazil due to its frost resistance. The main disease in commercial plantations is the leaf spot caused by Cylindrocladium candelabrum. The objective of this work was to evaluate incidence and severity of this disease in Eucalyptus benthamii plantations, in Rio Negrinho, SC state. The survey was performed in three plantations (4, 8 and 18 months-old), quantifying the number of diseased trees and evaluating the severity by using a diagrammatic scale varying from 0 (no spot and shedding of leaves) to 5 (more than 75 % of defoliation). Four evaluations were done from July/2011 to June/2013. The average incidence of leaf spot on trees varied from 2.6 to 43.8 %, depending upon the age, while the average severity varied from 1.2 to 2.8, with low severity in trees of 4 and 8 months-old. It was verified increase on disease severity increasing tree age and the direct relationship between disease intensity and precipitation volume as well as between severity and tree height. The relationship between the incidence of plants with leaf spot varied according to tree heights.

foliar disease; eucalypt; epidemiology


INTRODUÇÃO

A eucaliptocultura da região Sul do Brasil é limitada em determinadas áreas de planalto devido à presença de geadas. Para contornar este problema, espécies com maior tolerância ao frio são plantadas, como, por exemplo, o Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage.

Esta espécie foi introduzida experimentalmente no Brasil (estado de São Paulo) em 1910 (ANDRADE, 1961ANDRADE, E N de. . O eucalipto. São Paulo: Brasil de Rothschild, 1961. 660 p.), contudo, a introdução na região Sul do Brasil ocorreu no final da década de 80 (GRAÇA et al., 1999GRAÇA, M. E. C.; SHIMIZU, J. Y.; TAVARES, F R. Capacidade de rebrota e de enraizamento de Eucalyptus benthamii. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 39, p. 135-138, 1999.). Originária de região fria na Austrália, tornou-se uma das mais promissoras para áreas com ocorrência de geadas severas, anteriormente ocupadas com Eucalyptus viminalis Labill., Eucalyptus dunnii Maiden, Eucalyptus grandis W. Hill e Eucalyptus saligna Sm. Contudo, espécies de regiões tropicais, como Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna quando plantadas na região Sul, não alcançaram o mesmo potencial de produtividade devido às injúrias causadas pelo frio extremo.

Uma das principais doenças registradas em Eucalyptus benthamii foi a mancha e desfolha causada por Cylindrocladium candelabrum Viégas (SCHULTZ, 2011SCHULTZ, B. Doenças bióticas e abióticas em Eucalyptus benthamii Maiden. 2011. 101 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) -Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011.). Este fungo é nativo do Brasil e sobrevive saprofiticamente por meio de escleródios no solo e se dissemina no campo por meio de respingos de chuva com solo contendo inóculo, para folhas e ramos do terço inferior da copa das árvores (FERREIRA, 1989FERREIRA, F A . Patologia florestal principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. 570 p.; ALFENAS et al., 2009ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.). A mancha foliar causada por espécies de Cylindrocladium se inicia no ápice ou nos bordos do limbo e progridem em direção à nervura principal ou pecíolo (SANTOS et al., 2001SANTOS, A. F.; AUER, C. G.; GRIGOLETTI JR, A. Doenças do eucalipto no sul do Brasil: identificação e controle. Colombo: Embrapa Florestas, 2001. 20 p (Embrapa Florestas. Circular Técnica, 45). .). Estas manchas são resultantes da colonização do patógeno na área foliar, na qual a película de água permanece em repouso (ALFENAS et al., 2009ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.). As lesões são delimitadas por um halo clorótico que separa o tecido necrosado da porção verde e sadia da folha (KRUGNER e AUER, 2005KRUGNER, T L . ; AUER, C G. . Doenças dos eucaliptos. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L E A . (Ed.). Manual de fitopatologia. doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. p. 319-332.). De acordo com Santos et al. (2001)SANTOS, A. F.; AUER, C. G.; GRIGOLETTI JR, A. Doenças do eucalipto no sul do Brasil: identificação e controle. Colombo: Embrapa Florestas, 2001. 20 p (Embrapa Florestas. Circular Técnica, 45). ., a desfolha intensa pode ocorrer dependendo das condições ambientais, afetando grande proporção da copa das árvores.

A ocorrência desta doença tem sido associada com temperaturas em torno de 26°C e umidade relativa superior a 80 %, fatores climáticos que facilitam a infecção do eucalipto (ALFENAS, 2009ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.). Segundo Booth et al. (2000)BOOTH, T H. et al. Climatic mapping to identify high-risk areas for Cylindrocladium quinqueseptatum leaf blight on eucalypts in mainland South East Asia and around the world. Environmental Pollution, Camberra, n. 108, p. 365-372, 2000., temperaturas superiores a 16°C e pluviosidade média anual igual ou acima de 1400 mm são condições meteorológicas ideais para o desenvolvimento de um fungo do mesmo gênero Cylindrocladium quinqueseptatum Boedijn and Reitsma em várias regiões do sudeste da Ásia, África, Austrália e América Latina. Mafia et al. (2011)MAFIA, R. G.; ALFENAS, A C . LOOS, R A. Impacto potencial das mudanças climáticas sobre doenças na eucaliptocultura no Brasil. In: GHINI, R.; HAMADA, E.; BETTIOL, W A . (Ed.). Impacto das mudanças climáticas sobe as doenças de importantes culturas no Brasil. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2011. p. 211-225. consideraram que o aumento da temperatura e a precipitação pluviométrica são indicativos para aumento da mancha causada por Cylindrocladium candelabrum, doença esta que merece atenção nos cenários futuros da eucaliptocultura nacional.

O objetivo deste trabalho foi quantificar a incidência e a severidade da mancha foliar causada por Cylindrocladium candelabrum em três plantios jovens de Eucalyptus benthamii em Rio Negrinho - SC. Esses plantios foram monitorados por um período de dois anos, para detalhar os fatores climáticos e silviculturais que possam favorecer a doença.

MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da área experimental

O estudo foi realizado em três plantios de Eucalyptus benthamii de idades variadas (Tabela 1), localizados na empresa Companhia Volta Grande - CVG situada no município de Rio Negrinho - SC, em 26º15'16"S e 49º31'06"W, mostrado na Figura 1. Esta região encontra-se no planalto Norte Catarinense, considerado o maciço da indústria nacional de móveis. Segundo a classificação climática de Köppen, Rio Negrinho apresenta clima tipo mesotérmico úmido com ausência de estação seca e verão com temperatura mais amena. Segundo Kobiyama et al. (2004)KOBIYAMA, M. et al. Estudo hidrológico comparativo entre três pequenas bacias experimentais no município de Rio Negrinho - SC: (1) Descrição . In ENCONTRO SUL-AMERICANO DE GEOMORFOLOGIA, 1, 2004, Santa Maria. Anais... Santa Maria: UFSM, 2004.12 p. (CD-Rom). , a temperatura média anual na região é de 18,3ºC e a precipitação média anual é de 1572 mm. A umidade relativa do ar pode variar de 80 a 86,2% (EPAGRI/CIRAM, 2012EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA / CENTRO DE INFORMAÇÕES DE RECURSOS AMBIENTAIS E DE HIDROMETEOROLOGIA DE SANTA CATARINA - EPAGRI / CIRAM. Zoneamento agro-ecológico e socioeconômico. Disponível em: <http://ciram.epagri.rct-sc.br:8080/cms/zoneamento/zae.jsp>.
http://ciram.epagri.rct-sc.br:8080/cms/z...
). O tipo de solo predominante caracteriza-se como Cambissolo Álico Tb A moderado (Ca9), textura argilosa (EMBRAPA, 2004EMBRAPA. Solos do Estado de Santa Catarina. Apoio: Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento; n. 46. Rio de Janeiro, 2004.). A formação geológica predominante é de rocha sedimentar e paleozoica (arenito e folhelho) (KOBIYAMA et al., 2007KOBIYAMA, M. et al. Forest hydrology project (UFSC MOBASA) for water resources managemente in Rio Negrinho City, Santa Catarina, Brazil. IAHS-AISH Publication, n. 315, p.250-257 , 2007.).

Tabela 1.
Descrição dos plantios de Eucalyptus benthamii utilizados para avaliação da mancha foliar causada por Cylindrocladium candelabrum. Rio Negrinho - SC, 2011-2012.

Figura 1.
Localização dos plantios utilizados para o levantamento da mancha foliar em Eucalyptus benthamii e distâncias (m) em relação à estação climatológica. Rio Negrinho - SC, 2011-2012.

Quatro amostragens foram realizadas (nos meses de julho/2011, janeiro/2012, fevereiro/2013 e junho/2013) para avaliar a incidência e severidade da mancha foliar, ao mesmo tempo em que se determinou a altura das árvores das parcelas que são apresentadas na Tabela 1.

Coletas de dados meteorológicos

Para determinar os possíveis fatores ambientais que podem ter contribuído para o desenvolvimento da mancha foliar, foram coletados dados de temperaturas média (TM), mínima (Tmín), máxima (Tmáx.), umidade relativa (U.R.) e precipitação (Prec.) no período de 01/04/2007 a 31/01/2012. Os dados foram coletados na estação meteorológicas da empresa CVG, localizada em Rio Negrinho - SC nas coordenadas geográficas 26°12'00"S e 49°18'00"W, em altitude de 893 m.

O coletor da estação registrava os dados automaticamente a cada 5 min, e posteriormente eram enviados por meio de cabo "USB" ao computador para confecção de planilhas e gráficos. O raio de cobertura da estação climatológica em relação aos plantios estudados está na Figura 1.

Método de amostragem

A avaliação da incidência e severidade das manchas foliares foi baseada no método de caminhamento no interior do talhão descrita por Auer e Krugner (1994)AUER, C. G.; KRUGNER, T L. Levantamento de Valsa ceratosperma e de Cryphonectria cubensis em cancros de Eucalyptus grandis em três locais do estado de São Paulo. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, v. 28/29, p.3 - 10, 1994.. Este consistiu no caminhamento em diagonal, no interior do talhão avaliado, conforme pode ser observado na Figura 2. Primeiramente, duas linhas de bordadura foram escolhidas, em cada talhão. A bordadura pode maximizar ou minimizar a contagem de árvores sintomáticas, pois as respostas das variáveis ambientais internas ao talhão como luminosidade, umidade, intensidade do vento e efeito ultravioleta são diferentes às respostas internas. Depois de excluir a bordadura, iniciou-se o caminhamento "em degraus de escada" analisando-se cinco árvores em cada linha e ao analisar a quinta, passava-se para o próximo degrau e assim, sucessivamente, até encontrar a bordadura na outra extremidade do talhão.

Figura 2.
Amostragem "em degraus" utilizada para avaliar a incidência e severidade de árvores com mancha foliar causada por Cylindrocladium candelabrum em três plantios de Eucalyptus benthamii. Rio Negrinho - SC. 2011-2012.

Cento e vinte e cinco árvores foram avaliadas em cada plantio, considerando-se 25 grupos de cinco árvores. Este número foi o total permitido para a avaliação do P2; sendo assim, este número foi escolhido como padrão para cada plantio.

Avaliação da incidência da mancha foliar por Cylindrocladium candelabrum em árvores de Eucalyptus benthamii

Esta avaliação consistiu na análise da copa de cada árvore de Eucalyptus benthamii, contando-se o número de árvores com manchas foliares. Material com lesões foliares foi coletado de várias árvores e de plantas daninhas sob as árvores e levado ao Laboratório de Patologia Florestal da Embrapa Florestas, para confirmar o agente causal, por meio de isolamento direto (folhas doentes em câmara úmida) e indireto (fragmentos desinfestados em meio de cultura). A partir das estruturas reprodutivas presentes em folhas e em culturas do fungo, montaram-se lâminas para visualização ao microscópio ótico, em aumentos de 100 e 400 x. A identificação das colônias foi feita com base na chave de classificação de espécies de Cylindrocladium elaborada por Crous & Wingfield (1994)CROUS, P. W.; WINGFIELD, M J. A monograph of Cylindrocladium, including anamorphs of Calonectria. Mycotaxon, Ithaca, v. 51, p. 341-435, 1994., as quais mostraram ser Cylindrocladium candelabrum Viégas. Os isolados obtidos encontram-se depositados na Coleção de Fungos Florestais da Embrapa Florestas.

Avaliação da severidade de Cylindrocladium candelabrum em árvores de Eucalyptus benthamii

Para avaliar a severidade, montou-se uma escala diagramática de avaliação, a partir de duas escalas anteriormente desenvolvidas para manchas foliares em eucaliptos. A primeira escala foi elaborada por Krugner et al. (1991)KRUGNER, T. L.; GUERRINI, I. A.; AUER, C G. Surto epidêmico da mancha foliar causada por Cylindrocladium spp e sua relação com o crescimento de espécies/procedências de Eucalyptus na região de Tucuruí, PA. IPEF, Piracicaba, n. 43/44, p. 74-78, 1991., para avaliar a mancha de Cylindrocladium em árvores de diferentes espécies e procedências de eucalipto em Tucuruí - PA, a qual atribui uma nota média por talhão, conforme segue: 0 = ausência de doença; 1 = ataque muito leve (manchas foliares esparsas em pequena quantidade); 2 = ataque leve (manchas foliares afetando até 1/3 da copa); 3 = ataque moderado (manchas foliares afetando de 1/3 a 1/2 da copa, com alguma desfolha); 4 = ataque severo (manchas foliares afetando 1/2 a 2/3 de copa, com desfolha acentuada); 5 = ataque muito severo (manchas foliares afetando acima de 2/3 da copa, com desfolha acentuada). Para complementar esta escala, utilizou-se outra escala que foi elaborada por Alfenas et al. (2009)ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p., para descrever os graus de desfolha com apenas quatro notas: 0 = ausência de mancha e desfolha; 1 = manchas nas folhas mais baixas e ausência de desfolha; 2 = manchas e desfolha até 30% da copa; 3 = mancha e desfolha até 50% da copa e 4 = mancha e desfolha até 75% da copa. A escala final de avaliação ficou constituída por cinco graus de desfolha conforme mostra a Figura 3.

Figura 3.
Escala diagramática para avaliar a severidade da mancha foliar de Cylindrocladium candelabrum em Eucalyptus benthamii: 0 = árvore sadia; 1 = ausência de mancha foliar nos ramos inferiores; 2 = mancha e desfolha até 30% da copa da árvore; 3 = mancha e desfolha até 50% da copa; 4 = mancha e desfolha até 75% da copa; 5 = mancha e desfolha acima de 75% da copa. Rio Negrinho - SC, 2011-2012.

Análise estatística

No estudo foi utilizado o delineamento em blocos casualizados (DBC), com três tratamentos (P1 = Plantio 1; P2 = Plantio 2 e P3 = Plantio 3), quatro repetições (1ª, 2ª, 3ª e 4ª avaliação) com parcelas de 125 plantas cada.

Para realizar a análise estatística dos dados de incidência e severidade da mancha em plantios, os dados foram submetidos ao teste de Bartlett (p < 0,05), a fim de verificar a condição de homogeneidade de variância e, em seguida, a análise de variância (ANOVA) (p < 0,01 e p < 0,05), prosseguindo para o teste de Tukey (p < 0,01 e p < 0,05) a fim de observar as diferenças entre as médias. Os dados que não apresentaram homogeneidade de variância foram transformados por arco seno (x/100) + 0,5.

Em virtude da natureza quantitativa dos tratamentos em plantios de E. benthamii realizou-se a análise da variância com decomposição da soma de quadrados de tratamentos em regressões. Posteriormente, foi aplicado o teste de F para determinar o grau da equação, selecionando-se modelos quadráticos. Após a determinação do grau da equação, foram ajustados os modelos pelo método dos quadrados mínimos e estimaram-se os coeficientes de determinação. Apenas os valores do R² e as equações de primeiro grau foram mostrados no conteúdo deste trabalho.

Os dados de precipitação utilizados nos gráficos de dispersão não foram os dados acumulados no ano, mas sim foi calculada a média dos meses posteriores ao mês de maior precipitação mais o mês mais chuvoso, até o mês da data de avaliação. Esta metodologia foi baseada em trabalhos de Balint e Mutua (2011) BALINT, Z.; MUTUA, F. M. Drought monitoring with the combined drought index. FAO-SWALIM, Nairobi, Kenya, 2011, 112 p. que comentam que ocorre maior persistência de dias úmidos posteriores a uma alta taxa pluviométrica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Avaliação da incidência e severidade da mancha foliar

As manchas causadas por Cylindrocladium candelabrum em folhas de árvores jovens de Eucalyptus benthamii, apresentaram cor palha a marrom-claro similares à descrição feita por Alfenas et al. (2009)ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.. As manchas podem surgir inicialmente na borda das folhas, tomando todo limbo foliar, levando à posterior desfolha. Nas quatro avaliações realizadas, notou-se a presença de manchas foliares, desfolha intensa e sem desrama, porém, inicialmente a desfolha era observada nas folhas mais baixas, quando a árvore ainda estava com poucas manchas. Com o passar dos meses, as manchas coalesciam e os ramos permaneciam em junção ao tronco, em algumas vezes ocorria a progressão da mancha e desfolha até 2/3 da copa.

A incidência e a severidade da mancha foliar variaram nos diferentes plantios (Tabela 2), ocorrendo aumento dos valores médios destas duas variáveis do ano de 2011 ao ano de 2012. A incidência e a severidade da mancha tiveram uma queda significativa (p > 0,05) de janeiro de 2012 para a avaliação de fevereiro de 2013 (Tabela 2), provavelmente em função da desfolha intensa das árvores em 2012, em conjunto com a desfolha natural em árvores de eucalipto sob competição. Outro aspecto a ser comentado é a mudança da fenologia das árvores de eucalipto com o surgimento de folhas adultas que apresentam maior resistência ao patógeno (ALFENAS et al., 2009ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.) e os ramos com folhas foram ficando a uma maior distância da fonte de inóculo original de Cylindrocladium candelabrum que é o solo, segundo Ferreira (1989)FERREIRA, F A . Patologia florestal principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. 570 p.. Esta mudança na fenologia ajudaria a explicar a redução da incidência e severidade observadas em 2013.

Tabela 2.
Incidência (%) e severidade médias da mancha foliar por Cylindrocladium candelabrum em três plantios (P1, P2 e P3) de Eucalyptus benthamii. Rio Negrinho - SC, 2011-2012.

Relação da incidência e severidade da mancha foliar com as condições meteorológicas

Houve aumento na incidência e severidade da doença quando se comparam os valores da 1ª avaliação no período de julho/2011 com a 2ª avaliação em janeiro/2012 (Tabela 2). Neste período de tempo, pode-se verificar que houve aumento na precipitação e na temperatura (Figura 4). Ferreira (1989)FERREIRA, F A . Patologia florestal principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. 570 p. e Alfenas et al. (2009)ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p., e Furtado et al. (2010) apontaram que as estações quentes e úmidas são favoráveis para progressão da mancha e desfolha causada por espécies de Cylindrocladium.

Figura 4.
Histograma da temperatura (média, mínima e máxima) e precipitação pluviométrica nos meses de janeiro/2011 a maio/2013, em Rio Negrinho - SC.

Na sequência, pode-se constatar que houve queda significativa da incidência e severidade da mancha causada por Cylindrocladium candelabrum (Tabela 2). Esta redução pode ser uma resposta à diminuição da precipitação no verão 2012/2013 (Figura 4). Desta forma, houve condição inadequada à germinação e infecção pela redução da água livre sobre as folhas, fator importante para a ocorrência da mancha foliar (ALFENAS et al., 2009ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.).

Para Krugner et al. (1991)KRUGNER, T. L.; GUERRINI, I. A.; AUER, C G. Surto epidêmico da mancha foliar causada por Cylindrocladium spp e sua relação com o crescimento de espécies/procedências de Eucalyptus na região de Tucuruí, PA. IPEF, Piracicaba, n. 43/44, p. 74-78, 1991., o surto epidemiológico da mancha e desfolha causada por espécies de Cylindrocladium sp. em diferentes espécies e procedências de Eucalyptus sp., localizados em Tucuruí - PA, deveu-se à elevada precipitação e à altura das árvores. Estes autores afirmaram que ao ocorrer o crescimento das árvores, pode-se observar o fechamento das copas no talhão, fato que pode ter contribuído para formação de um microclima favorável para colonização do patógeno. Os resultados do presente estudo corroboram com os resultados encontrados por Krugner et al. (1991)KRUGNER, T. L.; GUERRINI, I. A.; AUER, C G. Surto epidêmico da mancha foliar causada por Cylindrocladium spp e sua relação com o crescimento de espécies/procedências de Eucalyptus na região de Tucuruí, PA. IPEF, Piracicaba, n. 43/44, p. 74-78, 1991., pois os maiores resultados de incidência e severidade do patógeno foram encontrados no plantio P3, no qual as árvores foram plantadas com menor espaçamento (Tabela 1).

O adensamento do plantio favorece a maior proximidade das árvores e maior quantidade de sombra, combinando proteção da luz solar direta e o resfriamento pela umidade que evapora das folhas (BLACKSHAW; BLACKSHAW, 1994BLACKSHAW, J. K.; BLACKSHAW, A W. Heat stress in cattle and the effect of shade on production and behaviour: a review. Australian Journal of Experimental Agriculture, Melbourne, v. 34, p. 285-295, 1994.), criando um microclima favorável para o desenvolvimento de doenças. Estes resultados indicam que espaçamentos muito adensados em plantios de Eucalyptus benthamii, em locais com temperatura média igual a 24ºC podem contribuir para a infecção por Cylindrocladium candelabrum causando desfolha intensa.

Booth et al. (2000)BOOTH, T H. et al. Climatic mapping to identify high-risk areas for Cylindrocladium quinqueseptatum leaf blight on eucalypts in mainland South East Asia and around the world. Environmental Pollution, Camberra, n. 108, p. 365-372, 2000. comentaram que, para Cylindrocladium quinqueseptatum, temperaturas superiores a 16°C e pluviosidade anual de 1600 mm são fatores climáticos que favorecem a infecção do fungo em regiões da Ásia, África e América Latina. Alfenas et al. (2009)ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p. relataram que a esporulação de Cylindrocladium pteridis é maximizada em temperaturas na faixa de 26°C, havendo redução da esporulação em temperaturas superiores a 28°C. O aumento da taxa pluviométrica mensal também pode ter aumentado a severidade da mancha em todos os plantios, pois a precipitação total ocorrida no verão do ano de 2011 foi 2,3 vezes maior que no verão do ano de 2013 (Figura 4). Além disso, as temperaturas médias foram superiores a 18°C e temperaturas médias máximas iguais a 27°C.

Quando se confrontam os dados de precipitação média mensal e a incidência e severidade da mancha em árvores de Eucalyptus benthamii pode-se perceber que ambas as correlações são positivas, indicando relação direta entre precipitação e intensidade da doença (Figura 5). Os valores de R² das equações lineares resultantes da dispersão não foram altos, porém, a variância dos dados para todas as equações foi menor que 1, mostrando coerência nos dados coletados. Desta forma, percebe-se que o aumento da precipitação pode acarretar em novos surtos da mancha de Cylindrocladium candelabrum sobre os plantios jovens de Eucalyptus benthamii em Rio Negrinho - SC.

Figura 5.
Relação entre precipitação mensal média, incidência e severidade da mancha foliar por Cylindrocladium candelabrum em árvores de Eucalyptus benthamii.

A maior proximidade dos ramos inferiores do plantio P1 em relação aos outros plantios teve efeito significativo (p > 0,05) na severidade da mancha apenas nas duas últimas avaliações. Nas duas primeiras avaliações, houve maior valor da severidade nos plantios mais velhos (Tabela 2). Já nas duas últimas avaliações, ocorreu uma inversão, notando-se a maior severidade nos plantios mais novos, no qual as folhas das árvores estavam mais próximas ao solo. O histograma da Figura 4 mostra que os anos de 2011 e 2012 apresentaram-se distintos quanto à taxa pluviométrica mensal, sendo que 2011 foi muito mais chuvoso que 2012, e as avaliações de 2011 foram realizadas em períodos com alto índice pluviométrico, enquanto que as avaliações em 2012 e 2013 foram realizadas em um período com 110 mm médios de chuva e temperatura média próxima a 20°C.

Quando se correlacionam a altura das árvores doentes e a respectiva incidência e severidade (Figura 6), verifica-se que para o plantio mais novo (P1) a incidência decaiu com o aumento da altura da árvore. No caso dos plantios mais velhos (P2 e P3), a incidência aumentou em pequenos acréscimos de acordo com o crescimento das árvores. A severidade da mancha decaiu para todos os plantios de acordo com o crescimento das árvores (Figura 6).

Figura 6.
Relação entre altura das árvores, incidência e severidade da mancha foliar por Cylindrocladium candelabrum em árvores de Eucalyptus benthamii.

Cylindrocladium candelabrum é um fungo de solo que se dissemina por meio das gotas de chuva que respingam nas folhas do hospedeiro (FERREIRA, 1989FERREIRA, F A . Patologia florestal principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. 570 p.; AUER e KRUGNER, 2005KRUGNER, T L . ; AUER, C G. . Doenças dos eucaliptos. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L E A . (Ed.). Manual de fitopatologia. doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. p. 319-332.; ALFENAS et al., 2009ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Ed UFV. 2009. 500 p.). O respingo de partículas de solo associado a temperaturas médias iguais a 20°C nos meses da 3ª e 4ª avaliação podem ter contribuído para a infecção do patógeno sobre as folhas mais próximas do solo do P1. O crescimento contínuo da árvore faz com que os ramos com folhas fiquem cada vez mais distantes do solo (TAYZ; ZEIGER, 2004). Este fato impede o acesso dos respingos de chuva com solo e inóculo ao hospedeiro, reduzindo a incidência da mancha sobre o P2 e P3, porém, a incidência da mancha em um período epidemiológico anterior pode gerar inóculo para o próximo ano. A mancha de Cylindrocladium é considerada uma doença monocíclica que pode causar desfolha ao longo da fenologia da árvore (FERREIRA, 1989FERREIRA, F A . Patologia florestal principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. 570 p.).

Mafia et al. (2011)MAFIA, R. G.; ALFENAS, A C . LOOS, R A. Impacto potencial das mudanças climáticas sobre doenças na eucaliptocultura no Brasil. In: GHINI, R.; HAMADA, E.; BETTIOL, W A . (Ed.). Impacto das mudanças climáticas sobe as doenças de importantes culturas no Brasil. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2011. p. 211-225. relataram que, para os cenários futuros, o aumento da pluviosidade média anual e temperatura, acarretarão em surtos mais frequentes de mancha de Cylindrocladium no Brasil. Esta afirmação pode ser comprovada pelas respostas obtidas no plantio P3, quando entre 2011 e 2012, houve aumento da precipitação, temperaturas médias superiores a 18°C e plantio adensado (2 x 2,5 m), que devem ter favorecido a infecção por Cylindrocladium candelabrum. E quando a taxa pluviométrica decaiu, ocorreu queda da incidência e severidade da mancha.

O plantio P3 (mais jovem) foi o mais atacado pelo patógeno. Na primeira avaliação, a incidência foi média foi de 12,7% das árvores (Tabela 1) apresentando severidade média de 2,4 com manchas foliares e desfolha que compreendiam mais de 1/3 da copa. Após seis meses, a incidência passou para 48,3% e a severidade aumentou para 2,9, observando maior quantidade de árvores com 1/2 da copa desfolhada. Após um ano de crescimento das árvores, a incidência decaiu para 8,9.

A perda da copa das árvores de eucalipto leva à redução na produtividade dos plantios. Pires (2000)PIRES, B. M. Efeito da desrama artificial no crescimento e qualidade da madeira de Eucalyptus grandis para serraria. 2000. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestal), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2000. observou que a desrama de 1/3, 1/2, e 2/3 da altura da copa viva de Eucalyptus grandis promoveu redução substancial no crescimento em altura e diâmetro das plantas, em Dionísio - MG, em consequência de uma elevada remoção de área foliar e baixa capacidade de recuperação da copa pelas plantas. Seguindo-se a mesma linha de resultados de Pires (2000)PIRES, B. M. Efeito da desrama artificial no crescimento e qualidade da madeira de Eucalyptus grandis para serraria. 2000. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestal), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2000., a mancha por Cylindrocladium candelabrum em Eucalyptus benthamii, poderia comprometer a produção máxima de 48,3% das árvores do plantio P3, pois metade da copa estava comprometida pela desfolha. Desse modo, esta doença pode provocar perdas consideráveis na produtividade inicial dos plantios desta espécie de eucalipto, em localidades que apresentem verões com alta precipitação volumétrica.

CONCLUSÕES

A mancha e a desfolha causadas por Cylindrocladium candelabrum, podem comprometer o plantio de Eucalyptus benthamii dependendo do espaçamento das árvores, condições meteorológicas e a idade do plantio. Plantios de Eucalyptus benthamii localizados em regiões com elevadas pluviosidade anual mm e temperaturas médias podem ser altamente suscetíveis a surtos da mancha foliar causada por Cylindrocladium candelabrum. A intensidade da doença apresentou relação direta com a precipitação pluviométrica. Houve relação inversa entre a severidade e a altura das árvores, enquanto que a relação altura e incidência variou com a idade do plantio.

AGRADECIMENTOS

Às empresas CVG e Reflorestadora CVG, por cederem as áreas para avaliação, ao Laboratório de Patologia Florestal, da Embrapa Florestas e à Universidade Federal do Paraná - CAPES/REUNI pela bolsa concedida ao primeiro autor.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 2015

Histórico

  • Recebido
    06 Jun 2012
  • Aceito
    05 Ago 2013
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