Acessibilidade / Reportar erro

Cedrela odorata L. TEM POTENCIAL PARA SER UTILIZADA NA SILVICULTURA PÓS-COLHEITA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA?

IS Cedrela odorata L. A SPECIES WITH POTENTIAL TO BE USED IN POST-HARVESTING SILVICULTURE IN THE BRAZILIAN AMAZONIA?

RESUMO

Avaliou-se o desempenho de mudas de Cedrela odorata L. (cedro), plantadas em clareiras causadas pela exploração florestal de impacto reduzido, no município de Paragominas, no Estado do Pará. Analisou-se a sobrevivência e o crescimento das mudas para estudar a possibilidade de utilizá-las em enriquecimento de clareiras, na Amazônia brasileira. Em 200 ha foram selecionadas 400 clareiras, divididas em três classes de tamanho: pequenas (200-400 m2), médias (401-600 m2) e grandes (> 600 m2). Em 236 dessas 400 clareiras foram plantadas 470 mudas de cedro, em 2005, quando também foi realizada a primeira avaliação da sobrevivência e do crescimento das mudas. Outras avaliações foram realizadas em 2006, 2008 e 2010. Constataram-se, após os cinco anos de monitoramento, altas taxas de sobrevivência, em torno de 81,8%, e de crescimento com média de 70,0 cm em altura e 0,23 cm em diâmetro. Portanto, pode-se inferir que Cedrela odorata se adapta a ambientes de clareiras e poderá ser indicada para plantios de enriquecimento de florestas após a colheita da madeira. Há a necessidade de continuar o monitoramento.

Palavras-chave:
plantio de enriquecimento em clareiras; crescimento de mudas de espécies arbóreas; manejo de florestas naturais; sobrevivência de mudas em clareiras

ABSTRACT

This study deals with the performance of Cedrela odorata L. (cedar) seedlings planted in gaps created by reduced impact logging, in the municipality of Paragominas, state of Pará, Brazil. The survival and growth rates of seedlings were evaluated in order to find out the possibility of planting them in gaps caused by the reduced impact logging in the Brazilian Amazonia. Four hundred gaps were chosen in 200 ha and they were divided in three size classes: small (200-400 m2), medium (401-600 m2) and large gaps (> 600 m2). Four hundred and seventy seedlings of cedar were planted in 236 gaps in 2005, when the first assessment was carried out. Other assessments occurred in 2006, 2008 and 2010. Five years after planting the survival of seedlings was circa 81,8% and the mean growth rate was 70,0 cm year-1 in height and 0.23 cm year-1 in diameter. Therefore, we can suggest Cedrela odorata L. for enrichment planting in forests after logging, considering its good performance in gaps. Continuous monitoring is needed.

Keywords:
enrichment planting in gaps; growth rate of seedlings of tree species; management of natural forests; survival of seedlings in gaps

INTRODUÇÃO

Os gestores de manejo de florestas naturais na Amazônia estão cada vez mais se preocupando com a conservação da floresta e, consequentemente, a conservação da biodiversidade. Entretanto, mesmo com a adoção das técnicas de exploração florestal de impacto reduzido, a colheita de madeira ainda causa muitos danos à floresta remanescente, indicando a necessidade de conduzir a regeneração natural ou introduzir plantas produzidas em viveiro, pois, em alguns casos, como comentam Martins et al. (2003MARTINS, S. S. et al. Efeito da exploração florestal seletiva em uma floresta estacional semidecidual. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 27, n. 1, p. 65-70, 2003.), apesar de haver regeneração natural após a colheita, essa nem sempre é adequada ao rendimento futuro dessa floresta.

O bom manejo consiste na aplicação de técnicas adequadas antes da colheita da madeira, durante a colheita e após a colheita (SABOGAL et al., 2006SABOGAL, C. et al. Silvicultura na Amazônia brasileira: avaliação de experiências e recomendações para implementação e melhoria dos sistemas. Belém: CIFOR, 2006. 90 p.). Entre as atividades realizadas após a colheita da madeira em uma floresta manejada estão os tratamentos silviculturais, que têm a finalidade de melhorar ou manter a produtividade ou as características da floresta. Silva (2001SILVA, J. N. M. Manejo Florestal. 3. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. v. 1. 49 p.) comenta que os tratamentos silviculturais aumentam o crescimento de árvores em florestas tropicais e que pesquisas têm mostrado que o crescimento pode ser duplicado em relação à floresta não tratada.

Para indicar um tratamento silvicultural adequado é necessário que se conheça o comportamento das espécies em diferentes ambientes da floresta, de acordo com suas necessidades de radiação solar. O conhecimento da dinâmica de crescimento das espécies de interesse na floresta precede à adoção de técnicas adequadas de manejo florestal, seguidas do monitoramento do crescimento da floresta residual, para as futuras colheitas da madeira, por meio do manejo policíclico (JARDIM; SOARES, 2010JARDIM, F. C. S.; SOARES, M. S. Comportamento de Sterculia pruriens (Aubl.) Schum. em floresta tropical manejada em Moju-Pa. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 3, p. 535-542, 2010.). Os principais tratamentos silviculturais realizados em florestas tropicais são: corte de cipós, condução da regeneração natural, plantio de enriquecimento em clareiras e liberação de copas para maior captação de luz (GOMES et al., 2010GOMES, J. M. G. et al. Sobrevivência de espécies arbóreas plantadas em clareiras causadas pela colheita de madeira em uma floresta de terra firme no município de Paragominas na Amazônia brasileira. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 1, p. 17-178, 2010.).

Os plantios de enriquecimento na Amazônia, normalmente, são realizados em faixas abertas na floresta, principalmente em capoeiras, utilizando mudas de espécies de rápido crescimento e de alto valor comercial como, por exemplo, Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá), Cedrela odorata (cedro), Carapa guianenses (andiroba), Jacaranda copaia (parapará), Bagassa guianensis (tatajuba), Bertholletia excelsa (castanheira), entre outras (SABOGAL et al., 2006SABOGAL, C. et al. Silvicultura na Amazônia brasileira: avaliação de experiências e recomendações para implementação e melhoria dos sistemas. Belém: CIFOR, 2006. 90 p.). A presente pesquisa visa avaliar o comportamento de mudas de Cedrela odorata L. (cedro) plantadas em clareiras causadas pela derrubada de árvores durante a colheita da madeira, visando à possível indicação para o plantio de enriquecimento de florestas manejadas, preservando a vegetação nativa e aumentando a diversidade de produtos com potencial mercadológico.

Escolheu-se Cedrela odorata para o estudo, por se tratar de uma das espécies cuja madeira está entre as mais valiosas, tanto no mercado nacional quanto no internacional. É uma espécie da família Meliaceae, conhecida popularmente como cedro, cedro-rosa e cedro-vermelho, tem a Amazônia como o seu centro de origem, mas sua ocorrência estende-se até o Estado de Santa Catarina (STEFANO; CALAZANS; SAKURAGUI, 2011STEFANO, M. V.; CALAZANS, L. S. B.; SAKURAGUI, C. M. Meliaceae. In: JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB9992> . Acesso em: 20 set. 2014.
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/...
). Fora do Brasil há registros de sua ocorrência no Equador, nas Antilhas, Trinidad e Tobago, e México (LORENZI, 1998LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1998. 231 p.). É uma espécie que se beneficia da alta intensidade de luz, porém, não é pioneira, segundo as características mencionadas por Swaine e Whitmore (1988SWAINE, D.; WHITMORE, T. C. On the definition of ecological species groups in tropical rain forests. Vegetatio, Amsterdam, v. 75, p. 81-86, 1988.). Possui árvore de porte alto, madeira de fácil trabalhabilidade que recebe muito bem acabamentos, incluindo polimento que se ressalta muito atrativo. Essas características lhe conferem o conceito de madeira nobre na Amazônia e possibilitam sua utilização para substituir o mogno (Swietenia macrophylla King) (HANADA; GASPAROTTO; FERREIRA, 2005HANADA, R. E.; GASPAROTTO, L.; FERREIRA, A. F. Primeiro relato de mancha foliar em Cedrela odorata causada por Pseudobeltrania cedrelae. Fitopatología Brasileira, Brasília, v. 30, n. 3, p. 299-301, 2005.), cuja madeira tem valor comercial muito elevado (VASCONCELLOS et al., 2001VASCONCELLOS, F. J. et al. Madeiras tropicais de uso industrial do Maranhão: características tecnológicas. Manaus: INPA, 2001.).

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

O experimento foi instalado em 2005, pela Embrapa Amazônia Oriental, por meio do projeto “Silvicultura Pós-colheita na Amazônia brasileira” (Embrapa/UFRA/CNPq), em 700 ha de floresta de terra firme na Fazenda Rio Capim, pertencente à empresa Cikel Brasil Verde Madeiras Ltda., localizada no município de Paragominas, Estado do Pará.

O município de Paragominas está localizado no Nordeste do Estado do Pará, na microrregião homogênea Guajarina, entre as coordenadas 2°25’ e 4°09’ S e 46°25’ e 48°54’ W. De acordo com a classificação de Köppen, o tipo climático predominante é Aw, apresentando uma precipitação média anual de 1.800 mm, temperatura média anual de 26,3°C e umidade relativa do ar de 81% (BASTOS et al., 2005BASTOS, T.X.; PACHECO, N.A.; FIGUEIREDO, R.O.; SILVA, G.F.G. Características Agroclimáticas do Município de Paragominas. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 21p. (Documentos, 228). 2005.). O relevo da região de Paragominas é caracterizado como fortemente dissecado, pertencente à Região Geomorfológica Planalto Setentrional Pará-Maranhão (BRASIL, 1973BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SA-24- Fortaleza: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1973. (Projeto RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais, 4).). Com base no estudo de Rodrigues et al. (2003RODRIGUES, T. E. et al. Caracterização e classificação dos solos do município de Paragominas, Estado do Pará. Belém: Embrapa Amazônia Oriental , 51 p. (Documentos, 162). 2003.), os principais solos que compõem a região são: Latossolos Amarelos, Argissolos Amarelos, Plintossolos, Gleissolos e Neossolos. Os solos possuem baixa fertilidade em razão da baixa reserva de nutrientes, como cálcio, magnésio, potássio, fósforo e nitrogênio, além de alta saturação por alumínio.

O município de Paragominas é drenado pelas bacias do Rio Capim e do Rio Gurupi, servindo este último de divisa com o Estado do Maranhão (WATRIN; ROCHA, 1992WATRIN, O. S.; ROCHA, A. M. A. Levantamento de vegetação natural e uso da terra no Município de Paragominas (PA) utilizando imagens TM/Landsat. Belém: EMBRAPA-CPATU, 1992. (Boletim de Pesquisa, 124).). Outros rios de menor porte drenam a área, tais como Ananavira, Paraquequara, Candiru-Açu, Potiritá, Piriá, Uraim e Surubiju, entre outros (LEAL, 2000LEAL, G. L. R. Paragominas: A realidade do pioneirismo. Belém: Alves, 2000. 498 p.). A vegetação da área estudada foi classificada, de acordo com Veloso, Ragel Filho e Lima (1991VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, 1991. 124 p.) como floresta ombrófila densa.

Amostragem e espécie selecionada para plantio

O Projeto “Silvicultura pós-colheita na Amazônia brasileira” é constituído por sete sistemas silviculturais, instalados em 700 hectares de floresta explorada em 2004, com técnicas de impacto reduzido, na Fazenda Rio Capim. Em dois desses sistemas, foram selecionadas 400 clareiras causadas pela colheita da madeira, para avaliar o comportamento de mudas plantadas de 17 espécies arbóreas (GOMES et al., 2010GOMES, J. M. G. et al. Sobrevivência de espécies arbóreas plantadas em clareiras causadas pela colheita de madeira em uma floresta de terra firme no município de Paragominas na Amazônia brasileira. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 1, p. 17-178, 2010.) e de plântulas de regeneração natural de 57 espécies arbóreas (CHAGAS et al., 2012CHAGAS, R. S. et al. Sobrevivência e crescimento de plântulas de Manilkara huberi Chevalier durante cinco anos em clareiras causadas pela exploração de impacto reduzido na Amazônia brasileira. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 40, p. 417-424, 2012.). Foram selecionadas, em média, duas clareiras por hectare.

As áreas das clareiras foram calculadas pela fórmula da elipse, utilizada por Runkle (1981RUNKLE, J.R. Gap regeneration in some old-growth forests of the eastern United States. Ecology, Washington, v.64, n.4, p.1041-1051, 1981.). As áreas variaram de 204,20 a 1044,58 m2 e foram separadas em três classes de tamanho: clareiras pequenas (CP = 200-400 m2), médias (CM = 401-600 m2) e grandes (CG > 600 m2), conforme Chagas et al. (2012CHAGAS, R. S. et al. Sobrevivência e crescimento de plântulas de Manilkara huberi Chevalier durante cinco anos em clareiras causadas pela exploração de impacto reduzido na Amazônia brasileira. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 40, p. 417-424, 2012.). Foram plantadas 470 mudas de Cedrela odorata em 236 clareiras das 400 selecionadas no projeto. A distribuição das plantas nas clareiras foi feita de forma aleatória, conjuntamente com mudas de outras espécies que também foram plantadas, obedecendo a uma distância aproximada de cinco metros entre mudas (Tabela 1).

Tabela 1
Número de mudas de Cedrela odorata L. plantadas em clareiras de diferentes tamanhos
Table 1
Number of Cedrela odorata L. seedlings planted in different gap sizes

As mudas de Cedrela odorata foram coletadas na própria floresta, em estradas secundárias e ramais de arraste, com altura média de 25,6 cm. Antes do plantio foram acondicionadas em sacos plásticos, contendo apenas terra preta extraída da própria floresta.

O plantio foi realizado nos meses de março e abril de 2005. Na ocasião do plantio, foi feita a primeira medição de altura das plantas. Foram realizadas outras três avaliações (2006, 2008 e 2010), compreendendo um período total de cinco anos.

Nas avaliações de 2008 e 2010 foi medida a altura de todas as mudas e mediu-se o diâmetro a 1,30 m do solo apenas daquelas mudas que atingiram, pelo menos, 2 cm de diâmetro.

Nas avaliações de 2005 e 2006 foram feitas limpezas nas clareiras para eliminar espécies indesejáveis, principalmente cipós, que poderiam prejudicar o crescimento das mudas plantadas.

Cálculos e análise dos dados

A sobrevivência e o crescimento em altura e em diâmetro da espécie foram avaliados nas três classes de tamanho de clareiras: pequenas, médias e grandes.

Para determinar a taxa de sobrevivência, foi calculada a abundância dentro de cada tamanho de clareira, empregando-se a fórmula: TS (%) = (Af*100/Ai), em que: Af = número de indivíduos encontrados na medição final; Ai = número de indivíduos encontrados na medição inicial.

O crescimento da espécie foi determinado por meio do incremento periódico anual em altura (IPAh) e em diâmetro (IPAd), obtidos pelas fórmulas: IPAh = (Htf- Hti) /t, em que: Hti e Htf = alturas obtidas na primeira e na última avaliação de campo, respectivamente; t = intervalo de tempo (anos); e IPAd = (Dtf- Dti) /t, em que: Dti e Dtf = diâmetros obtidos na primeira e na última avaliação, respectivamente; t = intervalo de tempo (anos).

Realizou-se análise de variância e comparação das médias, para avaliar o crescimento e a sobrevivência das mudas entre os diferentes tamanhos de clareiras e nos diferentes períodos de monitoramento. Partindo-se de dados não paramétricos, seguiu-se com os testes de Kruskal-Wallis e de Dunn’s. Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis para avaliar a significância dos dados amostrais a 95% de probabilidade. E por meio do teste de Dunn’s fez-se a comparação múltipla entre as médias dos grupos amostrais (AYRES, 2011AYRES, M. Elementos de Bioestatítica: a seiva do açaizeiro. Belém: Ione Sena, 2011.).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sobrevivência

Não houve diferença significativa para a sobrevivência de mudas entre os tamanhos de clareiras nos períodos avaliados (Tabela 2).

Tabela 2
Sobrevivência de mudas de Cedrela odorata L. plantadas em clareiras de diferentes tamanhos (CP - pequena; CM - média; CG - grande) em três períodos (2005-2006; 2005-2008; 2005-2010), em floresta explorada na Fazenda Rio Capim, município de Paragominas, PA.
Table 2
Survival of seedlings of Cedrela odorata L. planted in gaps of different sizes (CP - small, CM - medium, CG - large) in three periods (2005-2006; 2005-2008; 2005-2010), in a logged forest in ‘Rio Capim’ Forest Management Unit, municipality of Paragominas, PA state

A sobrevivência de Cedrela odorata foi alta (>75%) em diferentes sistemas experimentais, exceto em plantio em linhas em Quintana Roo, no qual apenas 50% das plantas sobreviveram (MEXAL et al., 2002MEXAL, J. G. et al. Nursery production practices affect survival and growth of tropical hardwoods in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 168, p. 125-133, 2002. ), como pode ser observado na Tabela 3. No presente estudo, utilizando mudas transplantadas para clareiras, a taxa média de mortalidade da espécie no período de cinco anos foi de 18,2%, o que permite indicar a espécie para plantio em clareiras formadas pela exploração florestal. A alta sobrevivência do cedro em áreas abertas está relacionada à sua ecologia, ou seja, é uma espécie que se adapta e estabelece em áreas de clareiras por ser demandante de luz.

Tabela 3
Experiências com plantios de Cedrela odorata L. em diferentes tipos de vegetação e sistemas de plantio
Table 3
Experimental Cedrela odorata L. planting in different types of vegetation and planting systems

Crescimento

Houve diferença significativa no IPA em altura, entre os períodos, de acordo com o teste Kruskal-Wallis, mostrando que as mudas apresentam crescimento variado, dependendo do estádio de desenvolvimento no qual se encontram. No entanto, não houve diferença significativa no crescimento entre os tamanhos de clareiras (Figura 1b; Tabela 4). No período de 2005-2006, conforme o teste de Dunn’s, as mudas de cedro cresceram significativamente menos (Figura 1a). Miranda e Valentim (2000MIRANDA, E. M.; VALENTIM, J. F. Desempenho de doze espécies arbóreas nativas e introduzidas com potencial de uso múltiplo, no estado do Acre, Brasil. Acta Amazonica , Manaus, v. 30, n. 3, p. 471-480, 2000.) comentam que o crescimento inicial do cedro é lento, devido a fatores intrínsecos à espécie e à competição com outras espécies.

Figure 1
(a) Incremento Periódico Anual em Altura (IPAh) em diferentes períodos (2005-2006; 2006-2008; 2008-2010; 2005-2010) e (b) Incremento Periódico Anual em diâmetro (IPAd) no período de 2008-2010, de mudas de Cedrela odorata L. plantadas em clareiras de diferentes tamanhos (CP - pequena; CM - média; CG - grande), em floresta explorada na Fazenda Rio Capim, município de Paragominas, PA
Figura 1
(a) Periodic Annual Increment in height (IPAh) in different periods (2005-2006; 2006-2008; 2008-2010; 2005-2010) and (b) Periodic Annual Increment in diameter (IPAd) in the 2008-2010 period, of seedlings of Cedrela odorata L. planted in gaps of different sizes (CP - small, CM - medium, CG - large), in a logged forest in ‘Rio Capim’ Forest Management Unit, in the municipality of Paragominas, Para state, Brazil

Tabela 4
Avaliação estatística do crescimento em altura nos diferentes tamanhos de clareiras (CP = pequena; CM = média; CG = grande) em cada período
Table 4
Statistical analysis on the height growth in the different gap sizes (CP = small; CM = medium; CG = large) in each period

O crescimento das mudas no presente estudo foi inferior ao registrado em outras áreas de pesquisa, com exceção das taxas obtidas em clareiras em floresta manejada em Naranjal no México e em linhas em capoeira em Quintana Roo, também no México (Tabela 3). Alguns fatores restritos à espécie (MIRANDA; VALENTIM, 2000MIRANDA, E. M.; VALENTIM, J. F. Desempenho de doze espécies arbóreas nativas e introduzidas com potencial de uso múltiplo, no estado do Acre, Brasil. Acta Amazonica , Manaus, v. 30, n. 3, p. 471-480, 2000.) em relação ao ambiente, que não foram avaliados na presente pesquisa, poderiam explicar essa diferença entre taxas de crescimento como, por exemplo, a competição com indivíduos de outras espécies (CUNHA; FINGER, 2013CUNHA, T. A.; FINGER, C. A. G. Competição assimétrica e o incremento diamétrico de árvores individuais de Cedrela odorata L. na Amazônia ocidental. Acta Amazonica, Manaus, v. 43, n. 1, p. 9-18, 2013.), a luminosidade ou até mesmo os cuidados na produção de mudas (MEXAL et al., 2002MEXAL, J. G. et al. Nursery production practices affect survival and growth of tropical hardwoods in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 168, p. 125-133, 2002. ). Observou-se também nas clareiras estudadas uma constante movimentação de animais silvestres, causando a quebra e, consequentemente, a morte das mudas.

No período total de monitoramento (2005-2010), o menor crescimento em altura foi observado em clareiras médias (66,0 cm) e o maior em clareiras grandes (75,6 cm). Esse comportamento mostrou-se similar nos períodos de 2006-2008 e 2008-2010. No entanto, essas diferenças não foram estatisticamente significativas, tanto entre períodos como entre tamanho de clareiras, ou seja, a partir de 2008, as mudas de cedro tiveram crescimento semelhante, independentemente do tamanho da clareira (Figura 1).

O IPA em diâmetro, no período 2008-2010 foi de 0,23 cm ano-1, sendo observado que o maior crescimento foi em clareiras grandes com 0,26 cm ano-1 (Figura 1b). No entanto, de acordo com o teste estatístico Kruskal-Wallis para comparação das variáveis (tamanho da clareira: CP, CM, CG), não houve diferença significativa (H = 2,062 e P = 0,357). Portanto, estatisticamente comprovou-se que, para esse período estudado, o crescimento em diâmetro não sofreu influência quanto ao tamanho da área da clareira.

O crescimento do cedro em diâmetro no presente estudo foi inferior ao obtido por Keefe et al. (2009KEEFE, K. et al. Enrichment planting as a silvicultural option in the eastern Amazon: case study of Fazenda Cauaxi. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 258, p. 1950-1959, 2009.) em área experimental de floresta manejada na Fazenda Cauaxi, cerca de 80 km da área da presente pesquisa, assim como no estudo de Souza et al. (2008SOUZA, C. R. et al. Desempenho de espécies florestais para o uso múltiplo na Amazônia. Scientia Forestalis , Piracicaba, v. 36, n. 77, p. 7-14, 2008.; 2010SOUZA, C. R. et al. Comportamento de espécies florestais em plantio em pleno sol e em faixas de enriquecimento de capoeira na Amazônia. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 1, p. 127-134, 2010.) em área com plena abertura (sem vegetação) (Tabela 3), na qual foi realizada adubação e constantes limpezas, o que pode justificar essa diferença no incremento. Arteaga (2006 ARTEAGA, L. L. Crecimiento y herbivoría de plântulas de Cedrela odorata (Meliaceae) comparando un área abierta y otras bajo regeneración natural en la Estación Biológica Tunquini. Ecologia em Bolivia, Bolívia, v. 41, n. 2, p. 130-137, 2006.) comparou o crescimento das mudas em clareiras e sob a floresta e também observou que o crescimento da espécie foi significantemente maior nas mudas transplantadas para as clareiras do que as mudas crescendo sob a floresta, respaldando os resultados de Hayashida-Oliver et al. (2001HAYASHIDA-OLIVER, Y. et al. Influência de la disponibilidad de agua y luz en el crecimiento y la morfología de plantines de Swietenia macrophylla, Cedrela odorata y Bertholletia excelsa. Ecología em Bolívia, Bolívia, v. 35, p. 51-60, 2001.) e Ricker et al. (2000RICKER, M. et al. Optimising seedling management: Pouteria sapota, Diospyros digyna, and Cedrela odorata in a Mexican rainforest. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 139, p. 63-77, 2000.), que também registraram melhor crescimento de mudas da espécie nas maiores aberturas (clareiras) na floresta.

Clareiras pequenas se fecham rapidamente, como foi observado no estudo de Negreros-Castillo e Mize (2008NEGREROS-CASTILHO, P.; MIZE, C. W. Regeneration of mahogany and spanish cedar in gaps created by railroad tie extraction in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 255, p. 308-312, 2008.), que comentaram que provavelmente as plantas de Cedrela odorata não atingiriam o dossel da floresta, em algumas dessas clareiras. E constataram que clareiras em torno de 40 m2 não eram adequadas para plantar a espécie e que as de 5.000 m2 (0,5 ha) seriam adequadas (NEGREROS-CASTILLO et al., 2003NEGREROS-CASTILLO, P. et al. Regenerating mahogany (Swietenia macrophylla) from seed in Quintana Roo, Mexico: the effects of sowing method and clearing treatment. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 183, p. 351-362, 2003.), e sugerem que o tamanho mínimo de clareira a ser utilizado seja de 400 m2. No presente estudo, as áreas das clareiras variam de 204,20 a 1044,58 m2 e até o quinto ano após o plantio não houve diferença significativa no crescimento entre os tamanhos de clareira, mas as mudas plantadas em clareiras pequenas (200 - 400 m2) não apresentaram baixo crescimento, contradizendo a sugestão de Negreros-Castillo e Mize (2008NEGREROS-CASTILHO, P.; MIZE, C. W. Regeneration of mahogany and spanish cedar in gaps created by railroad tie extraction in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 255, p. 308-312, 2008.), quanto ao menor tamanho de clareira a ser utilizado.

Diferentes estudos confirmam que Cedrela odorata necessita de ambientes abertos para o seu desenvolvimento (Tabela 3) e segundo Oliveira et al. (2009 OLIVEIRA, T. K. et al. Crescimento de espécies arbóreas nativas em sistema silvipastoril no Acre. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento, Belém, v. 4, n. 8, p. 121-126, 2009.) pode ser indicada para sistemas silvipastoris por apresentar um bom desenvolvimento e alta sobrevivência em áreas de pastagens (WILLERDING; OLIVEIRA, 2005WILLERDING, A. L.; OLIVEIRA, L. A. Diagnóstico de um projeto de enriquecimento florestal na Comunidade do Brasileirinho, Manaus, Amazonas. Acta Amazonica , Manaus, v. 35, n. 4, p. 421-426, 2005.) em projetos de enriquecimento florestal, assim como em áreas desmatadas, preservando a mata nativa e aumentando a variedade de produtos com potencial mercadológico. No entanto, na presente pesquisa, ainda não se pode afirmar que as mudas de Cedrela odorata se desenvolvem melhor em áreas expostas ao sol ou qual a sua capacidade de suportar sombreamento, pois os resultados ainda não se estabilizaram e devido à multiplicidade de uso da espécie, sendo necessárias novas medições para indicar o ambiente adequado para o seu crescimento.

Observa-se nas experiências listadas na Tabela 3, que o incremento em altura das mudas plantadas em clareiras e avaliadas na presente pesquisa foi praticamente o dobro daquele observado em Quintana Roo no México (MEXAL et al., 2002MEXAL, J. G. et al. Nursery production practices affect survival and growth of tropical hardwoods in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 168, p. 125-133, 2002. ) e Naranjal também no México (NEGREROS-CASTILLO; MIZE, 2008NEGREROS-CASTILHO, P.; MIZE, C. W. Regeneration of mahogany and spanish cedar in gaps created by railroad tie extraction in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 255, p. 308-312, 2008.) e semelhante ao registrado no estado do Acre em área com mais disponibilidade de luz e utilizada por cultivos anteriores (MIRANDA; VALENTIM, 2000MIRANDA, E. M.; VALENTIM, J. F. Desempenho de doze espécies arbóreas nativas e introduzidas com potencial de uso múltiplo, no estado do Acre, Brasil. Acta Amazonica , Manaus, v. 30, n. 3, p. 471-480, 2000.). Foi inferior ao registrado no município de Manaus, tanto em área completamente aberta (150,0 cm ano-1) como em capoeira (90,0 cm ano-1), ambas adubadas e com várias limpezas.

De acordo com as taxas de sobrevivência e de crescimento da espécie, tanto em altura como em diâmetro, pode-se sugerir a sua inclusão em programas de adensamento de florestas naturais exploradas na Amazônia brasileira. Porém, para se obter madeira em ciclos curtos, serão necessários estudos sobre tratos silviculturais a serem aplicados para acelerar o seu crescimento diamétrico.

CONCLUSÃO

Após cinco anos de monitoramento, as mudas de Cedrela odorata L. plantadas em clareiras cresceram em média 70,0 cm ano-1 em altura e 0,23 cm ano-1 em diâmetro e sua sobrevivência foi de 81,8%. Portanto, pode-se inferir que a espécie inicialmente se adapta ao ambiente de clareiras e poderá ser indicada para plantios de enriquecimento de florestas após a colheita da madeira. Há a necessidade de continuar o monitoramento.

REFERÊNCIAS

  • ARTEAGA, L. L. Crecimiento y herbivoría de plântulas de Cedrela odorata (Meliaceae) comparando un área abierta y otras bajo regeneración natural en la Estación Biológica Tunquini. Ecologia em Bolivia, Bolívia, v. 41, n. 2, p. 130-137, 2006.
  • AYRES, M. Elementos de Bioestatítica: a seiva do açaizeiro. Belém: Ione Sena, 2011.
  • BASTOS, T.X.; PACHECO, N.A.; FIGUEIREDO, R.O.; SILVA, G.F.G. Características Agroclimáticas do Município de Paragominas. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 21p. (Documentos, 228). 2005.
  • BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SA-24- Fortaleza: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1973. (Projeto RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais, 4).
  • CHAGAS, R. S. et al. Sobrevivência e crescimento de plântulas de Manilkara huberi Chevalier durante cinco anos em clareiras causadas pela exploração de impacto reduzido na Amazônia brasileira. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 40, p. 417-424, 2012.
  • CUNHA, T. A.; FINGER, C. A. G. Competição assimétrica e o incremento diamétrico de árvores individuais de Cedrela odorata L. na Amazônia ocidental. Acta Amazonica, Manaus, v. 43, n. 1, p. 9-18, 2013.
  • GOMES, J. M. G. et al. Sobrevivência de espécies arbóreas plantadas em clareiras causadas pela colheita de madeira em uma floresta de terra firme no município de Paragominas na Amazônia brasileira. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 1, p. 17-178, 2010.
  • HANADA, R. E.; GASPAROTTO, L.; FERREIRA, A. F. Primeiro relato de mancha foliar em Cedrela odorata causada por Pseudobeltrania cedrelae Fitopatología Brasileira, Brasília, v. 30, n. 3, p. 299-301, 2005.
  • HAYASHIDA-OLIVER, Y. et al. Influência de la disponibilidad de agua y luz en el crecimiento y la morfología de plantines de Swietenia macrophylla, Cedrela odorata y Bertholletia excelsa Ecología em Bolívia, Bolívia, v. 35, p. 51-60, 2001.
  • JARDIM, F. C. S.; SOARES, M. S. Comportamento de Sterculia pruriens (Aubl.) Schum. em floresta tropical manejada em Moju-Pa. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 3, p. 535-542, 2010.
  • KEEFE, K. et al. Enrichment planting as a silvicultural option in the eastern Amazon: case study of Fazenda Cauaxi. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 258, p. 1950-1959, 2009.
  • LEAL, G. L. R. Paragominas: A realidade do pioneirismo. Belém: Alves, 2000. 498 p.
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1998. 231 p.
  • MARTINS, S. S. et al. Efeito da exploração florestal seletiva em uma floresta estacional semidecidual. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 27, n. 1, p. 65-70, 2003.
  • MEXAL, J. G. et al. Nursery production practices affect survival and growth of tropical hardwoods in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 168, p. 125-133, 2002.
  • MIRANDA, E. M.; VALENTIM, J. F. Desempenho de doze espécies arbóreas nativas e introduzidas com potencial de uso múltiplo, no estado do Acre, Brasil. Acta Amazonica , Manaus, v. 30, n. 3, p. 471-480, 2000.
  • NEGREROS-CASTILLO, P. et al. Regenerating mahogany (Swietenia macrophylla) from seed in Quintana Roo, Mexico: the effects of sowing method and clearing treatment. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 183, p. 351-362, 2003.
  • NEGREROS-CASTILHO, P.; MIZE, C. W. Regeneration of mahogany and spanish cedar in gaps created by railroad tie extraction in Quintana Roo, Mexico. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 255, p. 308-312, 2008.
  • OLIVEIRA, T. K. et al. Crescimento de espécies arbóreas nativas em sistema silvipastoril no Acre. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento, Belém, v. 4, n. 8, p. 121-126, 2009.
  • RICKER, M. et al. Optimising seedling management: Pouteria sapota, Diospyros digyna, and Cedrela odorata in a Mexican rainforest. Forest Ecology and Management , Amsterdam, v. 139, p. 63-77, 2000.
  • RODRIGUES, T. E. et al. Caracterização e classificação dos solos do município de Paragominas, Estado do Pará. Belém: Embrapa Amazônia Oriental , 51 p. (Documentos, 162). 2003.
  • RUNKLE, J.R. Gap regeneration in some old-growth forests of the eastern United States. Ecology, Washington, v.64, n.4, p.1041-1051, 1981.
  • SABOGAL, C. et al. Silvicultura na Amazônia brasileira: avaliação de experiências e recomendações para implementação e melhoria dos sistemas. Belém: CIFOR, 2006. 90 p.
  • SILVA, J. N. M. Manejo Florestal. 3. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. v. 1. 49 p.
  • SOUZA, C. R. et al. Comportamento de espécies florestais em plantio em pleno sol e em faixas de enriquecimento de capoeira na Amazônia. Acta Amazonica , Manaus, v. 40, n. 1, p. 127-134, 2010.
  • SOUZA, C. R. et al. Desempenho de espécies florestais para o uso múltiplo na Amazônia. Scientia Forestalis , Piracicaba, v. 36, n. 77, p. 7-14, 2008.
  • STEFANO, M. V.; CALAZANS, L. S. B.; SAKURAGUI, C. M. Meliaceae In: JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB9992> Acesso em: 20 set. 2014.
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ jabot/floradobrasil/FB9992
  • SWAINE, D.; WHITMORE, T. C. On the definition of ecological species groups in tropical rain forests. Vegetatio, Amsterdam, v. 75, p. 81-86, 1988.
  • VASCONCELLOS, F. J. et al. Madeiras tropicais de uso industrial do Maranhão: características tecnológicas. Manaus: INPA, 2001.
  • VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, 1991. 124 p.
  • WATRIN, O. S.; ROCHA, A. M. A. Levantamento de vegetação natural e uso da terra no Município de Paragominas (PA) utilizando imagens TM/Landsat. Belém: EMBRAPA-CPATU, 1992. (Boletim de Pesquisa, 124).
  • WILLERDING, A. L.; OLIVEIRA, L. A. Diagnóstico de um projeto de enriquecimento florestal na Comunidade do Brasileirinho, Manaus, Amazonas. Acta Amazonica , Manaus, v. 35, n. 4, p. 421-426, 2005.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2018

Histórico

  • Recebido
    24 Maio 2012
  • Aceito
    02 Maio 2017
Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1.000, 97105-900 Santa Maria RS Brasil, Tel. : (55 55)3220-8444 r.37, Fax: (55 55)3220-8444 r.22 - Santa Maria - RS - Brazil
E-mail: cienciaflorestal@ufsm.br