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Dietas artificiais para criação de Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae), principal praga do gênero Populus

Artificial diets for laboratory rearing of Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae), main prague of the gender Populus

RESUMO

O objetivo do trabalho foi testar dietas artificiais para a criação em laboratório de Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae), que é considerada a principal praga de árvores do gênero Populus, no Brasil. Foram testadas três formulações de dietas artificiais com base na dieta desenvolvida por Greene, e duas alterações na dieta proposta por Hoffmann-Campo. Foram avaliados o número de larvas mortas; o número de larvas canibalizadas; a quantidade de pupas mal-formadas; o número de ínstares larvais; a quantidade de pupas inviáveis; o número de adultos mal-formados; e o número de adultos normais. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística ANOVA e ao teste de comparação de médias, Student-Newman-Keuls (SNK), ao nível de 5% de probabilidade de erro, sendo utilizado como delineamento estatístico, o inteiramente casualizado. Também foram avaliados parâmetros biológicos das mariposas alimentadas com cada dieta testada: período de incubação dos ovos (em dias); duração da fase larval, pré-pupa e pupa (em dias); peso das pupas fêmeas e machos com 5 dias de idade (em gramas); razão sexual. A Dieta Base 2 é a mais eficiente e viável dentre as dietas testadas para a criação de Condylorrhiza vestigialis em laboratório, pois é a que proporciona o desenvolvimento mais eficiente durante as etapas do seu ciclo de vida e a que gera maiores quantidades de adultos saudáveis e férteis, possibilitando assim o aumento do número de indivíduos e a manutenção da população.

Palavras-chave:
Salicaceae; Nutrição de insetos; Mariposa-do-Álamo

ABSCTRACT

The objective of the work was to test artificial diets for the rearing in the laboratory of Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae), which is considered the main pest of trees of the genus Populus in Brazil. Three formulations of artificial diets were tested based on the diet developed by Greene, and two changes in the diet proposed by Hoffmann-Campo. The number of dead larvae was evaluated; number of cannibalized larvae; amount of malformed pupae; number of larval instars; number of unviable pupae; number of malformed adults; and number of normal adults. The data obtained were submitted to ANOVA statistical analysis and to the means comparison test, Student-Newman-Keuls (SNK), at the level of 5% probability of error, with the statistical design used being completely randomized. The biological parameters of the moths fed with each tested diet were also evaluated: incubation period of the eggs (in days); duration of the larval phase, pre-pupa and pupa (in days); weight of female and male pupae at 5 days of age (in grams); sexual reason. The Base 2 Diet is the most efficient and feasible among the diets tested for the rearing of Condylorrhiza vestigialis in the laboratory, providing the most efficient development during the stages of its life cycle, generating greater quantities of healthy and fertile adults, enabling the increase of the number of individuals and the maintenance of the population.

Keywords:
Salicaceae; Insect nutrition; Poplar Moth

1 INTRODUÇÃO

O uso de dietas artificiais para a criação de insetos em laboratório possibilita avançar nos estudos bioecológicos de pragas, que podem ser criadas continuamente, sem depender de populações naturais. A dieta artificial utilizada em laboratório deve garantir que os insetos criados apresentem características biológicas semelhantes aos silvestres (CAMPOS; COELHO JUNIOR; PARRA, 2017CAMPOS, L. S.; COELHO JUNIOR, A.; PARRA, J. R. Artificial diet for laboratory rearing of Condylorrhiza vestigialis (guenée, 1854) (Lep.: Crambidae). Acadêmia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 89, n. 1. p. 333-340, jan./mar. 2017.). Dietas artificiais têm sido essenciais para o desenvolvimento do conhecimento em biologia, em ecologia, para o controle de muitas espécies de insetos-praga (SORENSEN; ADDISON, 2012SORENSEN, J. G.; ADDISON, M. F.; Terblanche, J. S. Mass-rearing of insects for pest management: challenges, synergies and advances from evolutionary physiology. Crop Protection, Guildford, v. 38, n. 1, p. 87-94, ago. 2012.).

A dieta artificial deve oferecer a nutrição adequada aos insetos nos requisitos alimentares qualitativos e quantitativos, a fim de permitir a sobrevivência e a manutenção da população. A nutrição qualitativa envolve exigências nutricionais sob o ponto de vista químico, enquanto a quantitativa considera a proporção de alimento ingerido, digerido, assimilado e convertido em tecidos de crescimento (PARRA, 2009PARRA, J. R. P. A evolução das dietas artificiais e suas interações em ciência e tecnologia. In: PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. P. (ed.). Biotecnologia e nutrição de insetos. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p. 91-174.).

Os nutrientes considerados fundamentais numa dieta artificial com objetivo de criação de insetos são: aminoácidos, carboidratos, lipídios, esteróis, sais minerais e vitaminas, que devem ser adequadamente balanceados de acordo com o alvo biológico. A qualidade da dieta também depende de atributos físicos como: dureza, pilosidade da superfície, forma, dentre outros, que influenciam diretamente na capacidade do inseto de consumir e digerir o alimento (PARRA, 1991PARRA, J. R. P. Consumo e utilização de alimentos por insetos. In: PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. P. (ed.). Ecologia nutricional de insetos e suas implicações no manejo de pragas. São Paulo: Manole, 1991. p. 9-65.).

A quantidade e a qualidade do alimento consumido na fase larval afetam diversos fatores relacionados ao ciclo de vida do inseto, como: a taxa de crescimento, o tempo de desenvolvimento, o peso do corpo, a sobrevivência, a fecundidade, a longevidade, a movimentação e a capacidade de competição de adultos, além da formação de pupas e adultos de má qualidade (PARRA, 2009PARRA, J. R. P. A evolução das dietas artificiais e suas interações em ciência e tecnologia. In: PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. P. (ed.). Biotecnologia e nutrição de insetos. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p. 91-174.).

Condylorrhiza vestigialis Guenée, 1854 (Lepidoptera: Crambidae) é a principal praga das plantações florestais do gênero Populus no Brasil, cuja madeira é destinada à produção de caixas e palitos de fósforo. Para o controle de Condylorrhiza vestigialis, vários métodos foram testados (DAL POGETTO; WILCKEN, 2012DAL POGETTO, M. H. F. A.; WILCKEN, C. F. The effect of Beauveria bassiana on brazilian poplar moth Condylorrhiza vestigialis (Lepidoptera: Crambidae). Journal of Plant Protection Research, Poznań, v. 52, n. 1, p. 10-14, jan./mar. 2012.; VIDAL, 2012VIDAL, D. M. Identificação e síntese dos componentes do feromônio sexual de Condylorrhiza vestigialis (Lep.: Crambidae) e Edessa meditabunda (Hem.: Pentatomidae). 2012. Dissertação (Mestrado em Química) - Programa de Pós-Graduação em Química, Setor de Ciências Exatas, Universidade Federal do Paraná, 2012.), sendo o controle biológico através da utilização de um vírus entomopatogênico uma das alternativas de controle (MACHADO; SOUSA; MOSCARDI, 2017MACHADO, E. B.; SOUSA, N. J.; MOSCARDI, F. Eficiência em campo de diferentes concentrações de Condylorrhiza vestigiais multiple nucleopolyhedrovirus no controle de Condylorrhiza vestigialis. Floresta, Curitiba, v. 47, n. 2, p. 207-212, abr./jun. 2017.). O vírus Condylorrhiza vestigialis multiple nucleopolyhedrovirus (CvMNPV), que teve seu sequenciamento realizado por Castro et al. (2017CASTRO, M. E. et al. A sequência do genoma de Condylorrhiza vestigialis NPV, um novo baculovírus para o controle da mariposa Álamo em Populus spp. no Brasil. Journal of Invertebrate Pathology, Seattle, v. 148, n. 1, p. 152-161, set. 2017.), é extraído do próprio inseto durante a fase de larva; porém, para obter quantidade suficiente de larvas necessárias para a produção do vírus, insumo básico do produto biológico de controle, é necessária a criação das mariposas em laboratório (MACHADO; SOUSA; MOSCARDI, 2017MACHADO, E. B.; SOUSA, N. J.; MOSCARDI, F. Eficiência em campo de diferentes concentrações de Condylorrhiza vestigiais multiple nucleopolyhedrovirus no controle de Condylorrhiza vestigialis. Floresta, Curitiba, v. 47, n. 2, p. 207-212, abr./jun. 2017.).

Para a criação dessa praga em laboratório, é necessário utilizar dietas artificiais durante a fase larval, a fim de possibilitar a manutenção contínua da população em laboratório durante todo o ano e, consequentemente, a produção do agente de controle que se pretende multiplicar (MACHADO; SOUSA; MOSCARDI, 2017MACHADO, E. B.; SOUSA, N. J.; MOSCARDI, F. Eficiência em campo de diferentes concentrações de Condylorrhiza vestigiais multiple nucleopolyhedrovirus no controle de Condylorrhiza vestigialis. Floresta, Curitiba, v. 47, n. 2, p. 207-212, abr./jun. 2017.).

Assim, este trabalho teve como objetivo determinar a eficiência e a viabilidade de cinco dietas artificiais para a criação de Condylorrhiza vestigialis em laboratório, para a multiplicação e a obtenção do vírus Condylorrhiza vestigialis multiple nucleopolyhedrovirus (CvMNPV).

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais biológicos que deram início a esta criação foram coletados aleatoriamente em viveiros e plantios de Populus spp., localizados nos municípios de São Mateus do Sul, Paraná e Porto União, Santa Catarina. Nos experimentos deste trabalho, foram utilizadas larvas da geração F2 de Condylorrhiza vestigialis, provenientes da uma criação massal do laboratório da empresa Swedish Match, especialmente desenvolvidas para este fim.

Foram testadas três formulações fundamentadas da dieta artificial, desenvolvidas por Greene, Leppla e Dickerson (1976GREENE, G. L.; LEPPLA, N. C.; DICKERSON, W. A. Velvetbean caterpillar: a rearing produce and artificial medium. Journal of Economic Entomology, College Park, v. 69, n. 4, p. 487-488, 1976.), denominadas Greene 1, Grenee 2 e Greene 3, e duas dietas tomando como base a dieta artificial desenvolvida por Hoffmann-Campo, Oliveira e Moscardi (1985)HOFFMANN-CAMPO, C. B.; OLIVEIRA, E. B.; MOSCARDI, F. Criação massal da larva da soja Anticarsia gemmatalis. Londrina: Embrapa; CNPSo, 1985. 23 p., denominadas Dieta Base 1 e Dieta Base 2. As alterações na dieta de Greene, Leppla e Dickerson (1976)GREENE, G. L.; LEPPLA, N. C.; DICKERSON, W. A. Velvetbean caterpillar: a rearing produce and artificial medium. Journal of Economic Entomology, College Park, v. 69, n. 4, p. 487-488, 1976., originalmente desenvolvida para a Anticarsia gemmatalis Hubner (Lepidoptera: NoctuidaeL) e que originaram as Dietas Greene 1, Greene 2 e Greene 3, consistiram no acréscimo de folhas de Populus spp. liofilizadas, no aumento da concentração de um conservante (ácido ascórbico) e no acréscimo de uma solução vitamínica.

Os componentes dessas formulações estão descritos nas Tabela 1 e 2. A dieta de Hoffmann-Campo, Oliveira e Moscardi (1985)HOFFMANN-CAMPO, C. B.; OLIVEIRA, E. B.; MOSCARDI, F. Criação massal da larva da soja Anticarsia gemmatalis. Londrina: Embrapa; CNPSo, 1985. 23 p. difere da dieta de Greene, Leppla e Dickerson (1976GREENE, G. L.; LEPPLA, N. C.; DICKERSON, W. A. Velvetbean caterpillar: a rearing produce and artificial medium. Journal of Economic Entomology, College Park, v. 69, n. 4, p. 487-488, 1976.), nas proporções dos componentes utilizados e na composição das vitaminas utilizadas (Tabela 1).

Tabela 1
Dietas artificiais adaptadas de Greene, Leppla e Dickerson (1976GREENE, G. L.; LEPPLA, N. C.; DICKERSON, W. A. Velvetbean caterpillar: a rearing produce and artificial medium. Journal of Economic Entomology, College Park, v. 69, n. 4, p. 487-488, 1976.), para a criação de Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae)

Na dieta artificial desenvolvida por Hoffmann-Campo, Oliveira e Moscardi (1985)HOFFMANN-CAMPO, C. B.; OLIVEIRA, E. B.; MOSCARDI, F. Criação massal da larva da soja Anticarsia gemmatalis. Londrina: Embrapa; CNPSo, 1985. 23 p. para a criação de Anticarsia gemmatalis, foram realizadas alterações que originaram a Dieta Base 1: alteração na proporção dos ingredientes, retirada da tetraciclina, adição de formol puro, adição de sais de Wesson, substituição do complexo vitamínico pelo complexo vitamínico de Vanderzant, adição de açúcar e de óleo de soja e a substituição da proteína de soja por folhas de Populus spp. liofilizadas. Para a elaboração da Dieta Base 2, foram utilizados os mesmos componentes da Dieta Base 1, com o acréscimo de formol 37%, clorafenicol e Suco V8 (suco comercializado pronto à base de vegetais) (Tabela 2).

Tabela 2
Dietas artificiais adaptadas de Hoffmann-Campo, Oliveira e Moscardi (1985)HOFFMANN-CAMPO, C. B.; OLIVEIRA, E. B.; MOSCARDI, F. Criação massal da larva da soja Anticarsia gemmatalis. Londrina: Embrapa; CNPSo, 1985. 23 p. para a criação de Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae)

Segundo Hoffmann-Campo, Oliveira e Moscardi (1985)HOFFMANN-CAMPO, C. B.; OLIVEIRA, E. B.; MOSCARDI, F. Criação massal da larva da soja Anticarsia gemmatalis. Londrina: Embrapa; CNPSo, 1985. 23 p., o complexo vitamínico contém os seguintes componentes: biotina, ácido fólico, piridoxina, tiamina, riboflavina, pantotenato de cálcio, niacinamida e ácido ascórbico. Todos os componentes do complexo vitamínico podem ser adquiridos no mercado nacional, formulados em via úmida (ácido ascórbico) e via seca (os demais). Misturando as duas formulações em 1 litro de água, é obtida a solução vitamínica, que deve ser conservada em geladeira.

Os Sais de Wesson utilizados nesta dieta são os mesmos descritos por Parra (1996PARRA, J. R. P. Técnicas de criação de insetos para programas de controle biológico. Piracicaba: FEALQ, 1996. 137 p.), sendo feita a conversão de percentagem em grama: Carbonato de cálcio (10,5 g); Sulfato de cobre (5H2O) (0,019 g); Sulfato de magnésio (4,5 g); Sulfato de potássio e alumínio (0,005 g); Iodeto de potássio (0,003 g); Cloreto de sódio (5,25 g); Fosfato tricálcico (7,45 g); Fosfato férrico (0,735 g); Sulfato de manganês (0,01 g); Cloreto de potássio (6 g); Monofosfato de potássio (15,5 g); Fluoreto de sódio (0,028 g).

O Complexo Vitamínico de Vanderzant utilizado nesta dieta é o mesmo descrito por Parra (1996PARRA, J. R. P. Técnicas de criação de insetos para programas de controle biológico. Piracicaba: FEALQ, 1996. 137 p.) e contém os seguintes componentes: Niacinamida (4 mg); Pantotenato de cálcio (4 mg); Tiamina (1 mg); Riboflavina (2 mg); Piridoxina (1 mg); Ácido fólico (1 mg); Biotina (0,08 mg); Vitamina B12 (0,008 mg), Água destilada (400 ml).

Foram utilizados 30 tubos para cada formulação de dieta. Em cada tubo contendo 10 ml de dieta, foram depositados cinco ovos de Condylorrhiza vestigialis, desinfestados por meio da passagem do papel onde estavam as posturas, em solução de água sanitária a 5% por 5 minutos, com posterior lavagem em água destilada por mais 5 minutos. Após a colocação dos ovos, os tubos foram numerados e vedados com algodão não hidrofóbico. Diariamente, os tubos foram observados individualmente, para a avaliação do desenvolvimento das larvas desde a eclosão dos ovos até a formação da pupa.

Cinco dias após a formação das pupas, elas foram retiradas dos tubos de criação, pesadas, individualizadas em potes plásticos transparentes com 4 cm de diâmetro e 5 cm de altura, numerados, armazenados em placas de alumínio, e depois colocados dentro da sala de criação, monitorada com um termohigrômetro digital de parede modelo HT200, que registrou, durante o período do teste, a temperatura máxima e mínima de: 26,09°C ± 0,87°C e 22,96°C ± 1,32°C, respectivamente, bem como a umidade relativa do ar máxima e mínima de 77,11% ± 3,59% e 65,48% ± 3,54%, respectivamente. Considerou-se como pupas mal-formadas, as pupas que não conseguiram formar-se totalmente, ficando com resquícios morfológicos da fase larval.

Após a emergência dos adultos, realizou-se a sexagem e a observação de anomalias (ex.: má formação das asas) e determinou-se a razão sexual. Os adultos oriundos das larvas alimentadas com a dieta definida como a melhor entre as testadas foram transferidos para uma gaiola de acrílico, revestida com papel sulfite branco, onde eram alimentados com uma solução aquosa de mel de abelha (Apis melífera) a 50%, embebecido em algodão. As fêmeas realizaram as posturas nos papéis que revestiam as gaiolas. Os papéis das gaiolas eram trocados diariamente, para que fosse contado o número de ovos e sua viabilidade.

2.1 Parâmetros biológicos

Alguns parâmetros biológicos das mariposas alimentadas com cada dieta testada também foram avaliados: período de incubação dos ovos (em dias); duração da fase larval, pré-pupa e pupa (em dias); peso das pupas fêmeas e machos com 5 dias de idade (em gramas). A análise da postura foi realizada com base na contagem do número de ovos postos por dia nos papéis das gaiolas onde as fêmeas adultas estavam. Esse último parâmetro foi avaliado somente para as mariposas alimentadas com a dieta que obteve os melhores resultados nas avaliações anteriores.

2.2 Ínstares larvais

Para a determinação dos ínstares larvais, foi utilizada a metodologia de Parra e Haddad (1989PARRA, J. R. P.; HADDAD, M. L. Determinação do número de ínstares de insetos. Piracicaba: FEALQ, 1989. 49 p.), conhecida como curva de distribuição de frequência. Os ínstares larvais foram determinados apenas para as larvas alimentadas com a dieta considerada como mais eficiente, levando em consideração a interpretação das análises dos parâmetros anteriores. Com essa dieta, foram montados 50 tubos de ensaio, seguindo a mesma metodologia e procedimentos descritos anteriormente para a preparação dos tubos, a inoculação dos ovos e a criação das larvas. Após a eclosão, a cada dia, 10 larvas foram retiradas aleatoriamente e acondicionadas em frascos contendo álcool 70%, específicos para cada dia de coleta. Este procedimento foi adotado até a fase de pré-pupa. Concluída esta fase de coleta, as larguras das cápsulas cefálicas das 10 larvas retiradas dos tubos em cada dia do desenvolvimento larval foram medidas através de uma ocular graduada, acoplada a um microscópio estereoscópico.

A partir das medidas das larguras das cápsulas cefálicas da amostra de larvas, os dados foram plotados com as larguras das cápsulas cefálicas no eixo das abscissas e no eixo das ordenadas e com as frequências de ocorrência. Cada pico da curva multimodal de distribuição de frequências obtido representou um ínstar.

2.3 Análise estatística

Durante as etapas do ciclo dos insetos foram avaliados: o número de larvas mortas; o número de larvas canibalizadas; a quantidade de pupas mal-formadas; a quantidade de pupas inviáveis; o número de adultos deformados; o número de adultos normais. Os valores obtidos foram submetidos ao teste de comparação de médias, Student-Newman-Keuls (SNK), ao nível de 5% de probabilidade de erro, utilizando o delineamento estatístico inteiramente casualizado. O software utilizado para fazer esta análise estatística foi o STATIGRAFICS 4.1 PLUS (PALACÍN et al., 2000PALACÍN, F. F. et al. Estadística asistida por ordenador: Statgraphics Plus 4.1. 1. ed. [S. l.]: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Cádiz, 2000. p. 152.).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entre as dietas artificiais testadas, a Dieta Base 2 foi a que resultou no menor número de lavas mortas, enquanto a Dieta Base 1 foi a que apresentou o maior número de larvas mortas. As três alterações da dieta artificial proposta por Greene, Leppla e Dickerson (1976GREENE, G. L.; LEPPLA, N. C.; DICKERSON, W. A. Velvetbean caterpillar: a rearing produce and artificial medium. Journal of Economic Entomology, College Park, v. 69, n. 4, p. 487-488, 1976.) formaram um grupo intermediário; no entanto, foram constatados indivíduos mortos durante a etapa de larva em todas as dietas testadas (Tabela 3). A ocorrência de mortalidade de larvas de Condylorrhiza vestigialis também foi constatada em laboratório, num teste com diferentes dietas, realizado por Campos, Coelho Junior e Parra (2017CAMPOS, L. S.; COELHO JUNIOR, A.; PARRA, J. R. Artificial diet for laboratory rearing of Condylorrhiza vestigialis (guenée, 1854) (Lep.: Crambidae). Acadêmia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 89, n. 1. p. 333-340, jan./mar. 2017.) e por Otanásio et al. (2018OTANÁSIO, P. N. et al. Comparison of two artificial diets to rear Elaphria agrotina. Ciência Rural, Santa Maria, v. 48 n. 5, p. 1-6, maio 2018.), que observaram mortalidade.

Tabela 3
Número médio de larvas mortas e canibalizadas, pupas mal-formadas e inviáveis e de adultos deformados e normais de Condylorrhiza vestigialis em cada uma das dietas artificiais testadas

A Dieta Base 1, apesar de ser muito semelhante à dieta base 2, não apresentou a mesma eficiência em relação ao número de larvas mortas, isto é, foi a pior entre as dietas testadas durante a fase larva. Esse fato pode ter ocorrido devido à adição de formol puro, pois esta dieta foi a única que usou este componente puro e não em menor concentração como nas demais, o que pode ter diminuído o consumo por parte das larvas, quando testaram a preferência por diferentes dietas em experimentos com outros lepidópteros. O formol é recomendado na dieta original do autor da dieta. Ele é utilizado para conservar a dieta sem a presença de microrganismos. Sendo inserido puro, a dieta pode ter ficado muito forte, o que ocasionou o baixo consumo pelas larvas. Durante a fase de larva, o único alimento oferecido às mariposas foi a dieta artificial. Sendo assim, a diferença na mortalidade pode estar associada às carências nutricionais das formulações testadas, às proporções dos diferentes componentes, às condições físicas, ao conteúdo da água, ao tamanho das partículas da mistura e à presença de contaminantes microbianos na dieta, conforme citam Zalucki, Clarke e Malcolm (2002ZALUCKI, M. P.; CLARKE, A. R.; MALCOLM, S. B. Ecology and behavior of first instar larval Lepidoptera. Annual Review of Entomology, Palo Alto, v. 47, n. 1, p. 361-393. jan./fev. 2002.), Cohen (2004COHEN, C. Insect diets: science and technology. Boca Raton: CRC Press, 2004. 324 p.) e Bajonero e Parra (2017BAJONERO, J. G.; PARRA, J. R. P. Selection and Suitability of an Artificial Diet for Tuta absoluta (Lepidoptera: Gelechiidae) Based on Physical and Chemical Characteristics. Jornal of Insect Science, Annapolis, v. 17, n. 1, p. 1-8, jan. 2017.).

Na análise dos dados relacionados ao número de larvas canibalizadas, observa-se que as Dietas Base 1 e 2 e a Dieta de Greene 1 foram as que apresentaram a menor quantidade de larvas canibalizadas. As Dietas de Greene 1 e 2 formaram um segundo grupo homogêneo, enquanto a Dieta de Greene 3 foi a que apresentou o maior número de larvas canibalizadas (Tabela 3). Essa predação pode estar relacionada a alguma carência nutricional, suprida pelas larvas através do canibalismo.

A Dieta Base 2 apresentou o menor número de pupas mal-formadas. Este parâmetro não foi considerado na Dieta Base 1, pois, nas repetições desta dieta, não ocorreu a formação de pupas. As dietas de Greene 2 e 3 obtiveram valores semelhantes à Dieta Base 2. A dieta Greene 1 foi a que produziu a maior quantidade de pupas mal-formadas (Tabela 3). Essa má formação pode estar relacionada à qualidade nutricional da dieta, pois, segundo Parra (1991PARRA, J. R. P. Consumo e utilização de alimentos por insetos. In: PANIZZI, A. R.; PARRA, J. R. P. (ed.). Ecologia nutricional de insetos e suas implicações no manejo de pragas. São Paulo: Manole, 1991. p. 9-65.), a deficiência nutricional na fase larval pode influenciar na má formação das pupas. Na Figura 1, está apresentada a imagem de pupas consideradas mal-formadas.

Na Tabela 3, observa-se que a Dieta Base 2 e a Greene 3 foram as que produziram o menor número de pupas inviáveis, sendo consideradas as melhores dietas para este parâmetro, enquanto as Dietas de Greene 1 e 2 foram as que obtiveram maior número de pupas inviáveis. Foram consideradas pupas inviáveis as que se formaram perfeitamente, mas delas não houve a emergência de adultos (Figura 1).

Figura 1
Pupas de Condylorrhiza vestigialis: (A) Pupas malformadas; (B) Pupas inviáveis

Os dados apresentados na Tabela 3 indicam que a Dieta Base 1 não originou adultos com deformações, uma vez que não houve a emergência de adultos, pois, durante a fase de larva, todas morreram. O menor percentual de adultos com deformações foi constatado nos adultos cujas larvas foram alimentadas com a Dieta Base 2. As Dietas de Greene 1 e 2 tiveram percentuais muito próximos, enquanto o maior percentual de adultos com deformações foi encontrado na Dieta Greene 3. Campos, Coelho Junior e Parra (2017CAMPOS, L. S.; COELHO JUNIOR, A.; PARRA, J. R. Artificial diet for laboratory rearing of Condylorrhiza vestigialis (guenée, 1854) (Lep.: Crambidae). Acadêmia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 89, n. 1. p. 333-340, jan./mar. 2017.), num estudo com Condylorrhiza vestigialis, também verificaram deformações de adultos alimentados com uma dieta à base de milho, gérmen de trigo e levedura. As deformações, que podem ocorrer devido a algum desbalanceamento na quantidade de proteína presente na dieta, impedem que os insetos completem seu ciclo com eficiência, devido às limitações geradas, principalmente, pela dificuldade de voar (FATHIPOUR; SEDARATIAN, 2013FATHIPOUR, Y.; SEDARATIAN, A. Integrated management of Helicoverpa armigera in soybean cropping systems. In: EL-SHEMY, H. A. (ed.). Soybean: pest resistance. Rijeka: InTech, 2013. p. 231-280.) (Figura 2).

Figura 2
Adultos de Condylorrhiza vestigialis com deformações nas asas: (A) Adulto macho com asas defeituosas; (B) Adulto fêmea com asas defeituosas

De acordo com Parra (1996PARRA, J. R. P. Técnicas de criação de insetos para programas de controle biológico. Piracicaba: FEALQ, 1996. 137 p.), o aparecimento de uma anomalia morfológica em insetos adultos criados em laboratório pode ser a manifestação de alimentação com uma dieta com deficiências nutricionais durante a fase de larva. A Dieta Base 2 pode ter sido mais equilibrada nutricionalmente, pois foi a que apresentou o percentual mais baixo de anomalias morfológicas. A mesma tendência também se observa nos outros parâmetros avaliados na Tabela 3.

A Dieta Base 2 obteve o maior valor de adultos normais. As Dietas de Greene 1 e 2 não apresentaram diferenças significativas entre si; porém, diferiram das demais. A Dieta Greene 3 foi a que obteve a menor quantidade de adultos normais (Tabela 3).

A Dieta Base 2 foi a que resultou na maior percentagem de adultos sem defeitos, sendo, portanto, mais um motivo para ser considerada a mais adequada entre as outras formulações testadas para a criação de Condylorrhiza vestigialis em laboratório. Os indivíduos alimentados com esta dieta atravessaram todas as fases do seu ciclo, com parâmetros biológicos mais eficientes em relação às demais, produzindo grande quantidade de adultos saudáveis.

Na tabela 4, estão apresentados os pesos médios das pupas de machos e fêmeas. É possível observar que as Dietas de Greene 1 e a Dieta Base 2 foram as que proporcionaram os maiores valores de pesos das pupas, para machos e fêmeas. Este é outro parâmetro importante relacionado ao objetivo de criação de Condylorrhiza vestigialis em laboratório para a extração do vírus de suas larvas, pois, na fase de pupa, os insetos já adquiriram todo peso possível durante a etapa de larva. Assim, quanto maior a massa, maior a quantidade de vírus a ser extraído.

Tabela 4
Pesos médios das pupas machos e fêmeas de Condylorrhiza vestigialis, cujas larvas foram alimentadas com as dietas testadas

A razão sexual obtida após a emergência dos adultos está apresentada na Tabela 5. Os valores apresentados pelas Dietas Greene 1 e 2 e a Dieta Base 2 foram semelhantes, enquanto a Dieta de Greene 3 obteve o maior valor. A Dieta Base 2 apresentou razão sexual de 0,55. Esse valor foi semelhante aos encontrados por Campos, Coelho Junior e Parra (2017CAMPOS, L. S.; COELHO JUNIOR, A.; PARRA, J. R. Artificial diet for laboratory rearing of Condylorrhiza vestigialis (guenée, 1854) (Lep.: Crambidae). Acadêmia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 89, n. 1. p. 333-340, jan./mar. 2017.), que encontraram valores de 0,53, usando uma dieta natural à base de folhas de Populus sp., na alimentação das larvas; e 0,49, utilizando dieta artificial produzida em laboratório. A razão sexual ideal para organismos vivos é de 0,50 (1:1). Desse modo, a Dieta base 2 foi a que mais se aproximou desse valor. Quanto mais distante a razão sexual desse valor ideal, maiores as dificuldades de reprodução e o aumento da população.

Tabela 5
Razão sexual de adultos de Condylorrhiza vestigialis, cujas larvas foram alimentadas com as dietas testadas

Em relação à duração do período de cada etapa do ciclo de vida de Condylorrhiza vestigialis, pode ser observado que, durante a fase de ovo, pré-pupa e pupa, a duração da etapa foi semelhante para todas as dietas; porém, na fase de larvas, constata-se que a Dieta Base 2 foi a que proporcionou o desenvolvimento das larvas em menor período de tempo, em relação às demais dietas (Tabela 6). Como o objetivo da criação é produção de larvas para a extração do vírus, esta dieta foi a que obteve os melhores resultados neste parâmetro, pois quanto menor o tempo para atingir a maturidade durante a fase de larva, mais precocemente e com mais eficiência as larvas atingirão maior quantidade de massa corporal para que possam ser usadas na extração do vírus.

Tabela 6
Duração das etapas do ciclo biológico de Condylorrhiza vestigialis, alimentadas na fase de larva com as diferentes dietas testadas

A Dieta Base 2 foi a que apresentou os melhores resultados em todos os parâmetros avaliados, pois obteve as melhores médias de sobrevivência e de normalidade em todas as etapas do ciclo de vida, além de ser uma das dietas que proporcionou maior ganho de peso às larvas, num menor intervalo de tempo. Sendo assim, foi calculado o número de ínstares larvais para as larvas alimentadas com esta dieta.

Na Figura 3, os dados foram dispostos em intervalos de distribuição no eixo do “x” de 0,10 em 0,10 mm e frequência no eixo do “y”. Os maiores picos representaram os cinco ínstares pelos quais as larvas de Condylorrhiza vestigialis criadas na Dieta Base 2 passaram durante a fase larval. Essa quantidade de ínstares larvais encontrada é igual aos valores encontrados por Chirinzane (2015CHIRINZANE, C. J. Criação de Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae), praga do gênero Populus, em laboratório usando diferentes dietas artificiais. 2015. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.) e Campos, Coelho Junior e Parra (2017CAMPOS, L. S.; COELHO JUNIOR, A.; PARRA, J. R. Artificial diet for laboratory rearing of Condylorrhiza vestigialis (guenée, 1854) (Lep.: Crambidae). Acadêmia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 89, n. 1. p. 333-340, jan./mar. 2017.), que também verificaram 5 ínstares em testes realizados na criação de Condylorrhiza vestigialis em laboratório, utilizando dieta artificial e dieta natural à base de folhas de Populus sp. Esse fato demonstra novamente que a Dieta Base 2 é adequada à criação deste inseto em laboratório, pois o mesmo padrão de ínstares larvais obtido neste trabalho foi observado em outros trabalhos. Este parâmetro é de extrema importância na análise da escolha de dietas artificiais, pois demonstra que o inseto não perdeu as suas características biológicas fundamentais.

Figura 3
Determinação do número de ínstares larvais de Condylorrhiza vestigialis, cujas larvas foram alimentadas com a Dieta Base 2

Foi observado que as fêmeas de Condylorrhiza vestigialis iniciaram a postura a partir do terceiro dia após a emergência. No início da postura, verificou-se maior quantidade de ovos não viáveis, mas, a partir do quinto dia, essa diferença diminuiu. O maior pico de postura foi observado entre o quinto e o sexto dia após a emergência das fêmeas, momento em que foi verificada a queda na oviposição, que coincidiu com o começo da morte das fêmeas (Figura 4). A viabilidade dos ovos foi alta, com valor de 89,51%. Já o encerramento da ovoposição foi verificado no décimo terceiro dia após o início (Figura 4).

Figura 4
Posturas das fêmeas de Condylorrhiza vestigialis (Guenée, 1854) (Lepidoptera: Crambidae), alimentadas com a Dieta Base 2

4 CONCLUSÃO

A Dieta Base 2 é a mais eficiente e viável dentre as dietas testadas para a criação de Condylorrhiza vestigialis em laboratório, pois proporciona o desenvolvimento mais eficiente durante as etapas do seu ciclo de vida, gerando maior quantidade de adultos saudáveis e férteis. Dessa forma, essa dieta pode ser utilizada para a criação em grande escala de Condylorrhiza vestigialis, para a obtenção e a multiplicação do vírus Condylorrhiza vestigialis multiple nucleopolyhedrovirus (CvMNPV).

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Jun 2022
  • Data do Fascículo
    Jan-Mar 2022

Histórico

  • Recebido
    23 Set 2020
  • Aceito
    02 Maio 2021
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