Acessibilidade / Reportar erro

Disposição de adolescentes para a prática de esportes: um estudo orientado pela teoria bioecológica de Bronfenbrenner

Adolescents' disposition for sports' practice: a study oriented by the Bronfenbrenner's bioecological theory

Resumos

O objetivo deste estudo foi analisar a disposição de adolescentes a prática esportiva com base no paradigma bioecológico de Bronfenbrenner. O delineamento do presente estudo incluiu dois contextos (microssistemas) com características ambientais diferentes: (a) uma escola da rede pública e (b) uma escola da rede privada, ambas localizadas na região central da cidade de Florianópolis. Os resultados foram organizados de acordo com as duas variáveis do estudo: atributo pessoal (masculino ou feminino) e contexto (gestão pública ou gestão privada). Considerando os objetivos propostos neste estudo, verificou-se que para os escolares participantes da pesquisa, os principais fatores motivacionais que impulsionam a prática esportiva foram "Saúde" e o "Condicionamento Físico". Conclui-se que utilizar um modelo de pesquisa que leve em consideração a interação entre as características da pessoa, contexto e tempo é o mais eficaz para estudar as disposições dos adolescentes à prática esportiva.

Prática Esportiva; Disposição; Adolescentes


The present study aimed to analyze the adolescent's disposition for sports based in the bioecological paradigm of Bronfenbrenner. The design of this study include two contexts (microsystems) with different environmental characteristics: (a) public school and (b) private school, both located on downtown of Florianopolis. The results were organized according to two variables of the study: personal attributes (male or female) and context (public or private management). Considering the proposed aim in this study, it was verified for the scholars which have participated of the research, the main motivational factor that led to sport were "Health" and "Fitness". Therewith, the conclusion is that using a research model which takes into account the interaction between characteristics of the person, the context and the time is the most efficient model to study the adolescent's disposition for sports.

Sports' Practice; Disposition; Adolescents


ARTIGO ORIGINAL

Disposição de adolescentes para a prática de esportes: um estudo orientado pela teoria bioecológica de Bronfenbrenner

Adolescents' disposition for sports' practice: a study oriented by the Bronfenbrenner's bioecological theory

Ruy Jornada Krebs; Maria Helena da Silva Ramalho; João Otacilio Libardoni dos Santos; Patrik Felipe Nazario; Glauber Carvalho Nobre; Raquel Teixeira Almeida

Laboratório de Desenvolvimento e Aprendizagem Motora/LADAP do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte/CEFID, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

Endereço Endereço: João Otacilio Libardoni dos Santos Laboratório de Desenvolvimento e Aprendizagem Motora/LADAP Rua Pascoal Simone, 358 – Coqueiros Florianópolis SC Brasil 88080-350 Tel: (48) 96200917 e-mail: jlibardoni@yahoo.com.br

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar a disposição de adolescentes a prática esportiva com base no paradigma bioecológico de Bronfenbrenner. O delineamento do presente estudo incluiu dois contextos (microssistemas) com características ambientais diferentes: (a) uma escola da rede pública e (b) uma escola da rede privada, ambas localizadas na região central da cidade de Florianópolis. Os resultados foram organizados de acordo com as duas variáveis do estudo: atributo pessoal (masculino ou feminino) e contexto (gestão pública ou gestão privada). Considerando os objetivos propostos neste estudo, verificou-se que para os escolares participantes da pesquisa, os principais fatores motivacionais que impulsionam a prática esportiva foram "Saúde" e o "Condicionamento Físico". Conclui-se que utilizar um modelo de pesquisa que leve em consideração a interação entre as características da pessoa, contexto e tempo é o mais eficaz para estudar as disposições dos adolescentes à prática esportiva.

Palavras-chave: Prática Esportiva. Disposição. Adolescentes.

ABSTRACT

The present study aimed to analyze the adolescent's disposition for sports based in the bioecological paradigm of Bronfenbrenner. The design of this study include two contexts (microsystems) with different environmental characteristics: (a) public school and (b) private school, both located on downtown of Florianopolis. The results were organized according to two variables of the study: personal attributes (male or female) and context (public or private management). Considering the proposed aim in this study, it was verified for the scholars which have participated of the research, the main motivational factor that led to sport were "Health" and "Fitness". Therewith, the conclusion is that using a research model which takes into account the interaction between characteristics of the person, the context and the time is the most efficient model to study the adolescent's disposition for sports.

Key Words: Sports' Practice. Disposition. Adolescents.

Introdução

O esporte compreende uma das atividades humanas para a qual as pessoas mais se dedicam de maneira espontânea e descompromissada (VALLERAND, DECI e RYAN, 1987). Alguns estudos relacionados aos benefícios da prática esportiva (ALVES et al., 2005; PERKINS et al., 2004) estão voltados aos adolescentes, pois se sabe que a aquisição de hábitos que englobem a prática de um esporte ou programa de exercício físico nesta fase da vida contribuem significativamente para a construção de um estilo de vida ativa na fase adulta (NOBRE et al., 2009). Embora essa relação entre prática de atividade física e saúde esteja presente na mídia e seja enfatizada para justificar programas de políticas públicas voltadas para a saúde e o bem estar do cidadão, o número de adolescentes sedentários nos últimos anos tem se tornado cada vez maior. O risco de um estilo de vida sedentário tem sido tema de estudos sobre a exposição à inatividade física. As conclusões desses estudos enfatizam que quando os hábitos de sedentarismo físico são iniciados na infância ou adolescência, tornam-se mais estáveis na vida adulta e, portanto, mais difícil de serem modificados (TASSITANO et al., 2007).

A preocupação sobre o número crescente de adolescentes inativos fisicamente tem impulsionado estudos sobre os fatores motivacionais que poderiam estar relacionados a pratica esportiva (SERPA, 1992; REGO, 1995; BALBINOTTI, 2004; FERNANDES, 2006; BALBINOTTI e TÉTREAU, 2006; BALBINOTTI et al., 2007; BALBINOTTI, e CAPOZZOLI, 2008; BALBINOTTI, SALDANHA E BALBINOTTI, 2009). No âmbito da psicologia o fenômeno do engajamento em algum tipo específico de prática está associado à motivação. Nesse caso a motivação é entendida como a razão que dirige a conduta, força e natureza do esforço. Ela é considerada uma variável fundamental para a adesão, a aprendizagem e o desempenho de habilidades motoras (SERPA, 1991; SERPA, 1992; WEINBERG e GOULD, 2009).

Embora esse conceito de motivação seja amplamente utilizado pelos pesquisadores e estudiosos de psicologia do esporte, estudos mais recentes, com base nas abordagens ecológicas da psicologia, utilizam outras definições para explicar essa força psicológica resultante da interação pessoa/contexto (KREBS et al., 2008). Bronfenbrenner e Morris (2006) usam o termo disposição para identificarem as forças psicológicas necessárias para desencadear uma ação. Esses autores explicam que a disposição é uma característica da pessoa com potencial para interferir ativamente, retardar ou até mesmo impedir que os processos proximais, resultantes da interação da pessoa e das características do ambiente em que ela está inserida, ocorram.

Com base na teoria bioecológica do desenvolvimento humano, proposta por Bronfenbrenner (2005) é possível delinear-se uma nova abordagem para se investigar os motivos que levam uma pessoa a se envolver em programas de práticas esportivas. Nesse tipo de delineamento devem ser analisados tanto os atributos da pessoa, quanto as características dos ambientes imediatos em que essa pessoa participe ativamente. Esses ambientes imediatos são denominados por Bronfenbrenner (1979) como microssistemas. Para esse autor, microssistema é um padrão de atividades, papéis e relações interpessoais experenciados pela pessoa em desenvolvimento em um determinado ambiente. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a disposição de adolescentes a prática esportiva, e investigar, com base no paradigma bioecológico de Bronfenbrenner a relação das escolhas dos motivos com o sexo dos participantes e com as características dos contextos onde a prática esportiva ocorre.

Materiais e Métodos

O delineamento do presente estudo incluiu dois contextos (microssistemas) com características ambientais diferentes: (a) uma escola da rede pública e (b) uma escola da rede privada, ambas localizadas na região central da cidade de Florianópolis. A escolha dessas escolas foi intencional, justificando-se essa escolha pelo fato de ambas oferecerem programas extracurriculares de esporte escolar e terem modelos de gestão administrativa diferentes. Para a seleção dos participantes da pesquisa, usou-se o seguinte critério de inclusão: os escolares tinham que praticar alguma modalidade esportiva orientada há pelo menos 03 meses consecutivos com freqüência de prática de no mínimo três vezes semanais e, duração de mais de 30 minutos por sessão. As modalidades que os escolares praticavam foram: futsal, futebol, voleibol, handebol, ginástica olímpica, basquetebol e natação. Participaram desta pesquisa 213 escolares de ambos os sexos, com idades entre 14 e 18 anos, sendo 89 do Contexto A (Escola com Gestão Pública) sendo 45 rapazes e 44 moças e 122 do Contexto B (Escola com Gestão Privada) sendo 63 rapazes e 59 moças. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC (protocolo nº 173/2009). Sendo os participantes da pesquisa menores de 18 anos, foi necessária a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais ou responsáveis.

Para aquisição dos dados relacionados aos motivos para a prática esportiva foi utilizada a "Escala de Motivos para Prática Esportiva" (EMPE), a qual foi validada por Barroso (2007) para população brasileira e é composta por 33 questões. Como a medida foi feita em uma escala nominal, foram estabelecidos os seguintes critérios: "nada importante" (para o nível 0), "pouco importante" (para os níveis 1,2 e 3), "importante" (para os níveis 4,5 e 6), "muito importante" (para os níveis 7,8 e 9), e "totalmente importante" (para o nível 10). Posteriormente, as questões foram agrupadas em 7 domínios motivacionais, assim denominados: status, condicionamento físico, energia, contexto, técnica, afiliação e saúde.

Para a coleta dos dados foi feito um contato com a direção, coordenação pedagógica e professores de Educação Física das duas escolas. A coleta de dados teve duração de duas semanas e foi realizada na própria escola, antes do início das aulas de Educação Física, sendo que cada aluno era convidado a preencher o questionário individualmente, com o pesquisador estando presente para esclarecer possíveis dúvidas.

Para a análise dos dados foram usados os seguintes procedimentos: (a) os dados sobre o grau de importância atribuído a cada domínio motivacional foram descritos através de percentual de freqüência, (b) para verificar se existia associação entre as variáveis "Contexto" e "Sexo" e a escolha dos motivos para a prática foi utilizado um teste Qui-Quadrado para Tendência, e (c) para verificar se as variáveis "Contexto" e "Sexo" influenciaram na escolha dos motivos para a prática esportiva, foi realizada uma análise estatística baseado no Modelo de Regressão Logística para Dados Categóricos (modelo multinomial). O nível de significância adotado foi de p < 0,05.

Resultados e Discussão

Inicialmente serão mostrados os dados referentes às atribuições de motivos para a prática esportiva. Os resultados foram organizados de acordo com as duas variáveis do estudo: atributo pessoal (masculino ou feminino) e contexto (gestão pública ou gestão privada).

Na Tabela 01 pode-se observar que os escolares do sexo feminino do Contexto "B" destacaram "Condicionamento Físico" (71,2%) como motivo "Mais Importante" para a prática esportiva, enquanto os escolares do sexo feminino do Contexto "A" destacaram a categoria "Energia" (61,4%) como motivo "Mais Importante". Observando os escolares do sexo masculino, pode-se notar que em ambos os contextos, os escolares destacaram a categoria "Saúde" como o motivo "Mais Importante" para a prática esportiva, sendo 55,6% destacado pelos escolares do Contexto "A" e 66,7% do Contexto "B". Levando em consideração que os escolares do sexo feminino estavam sob influência de contextos com gestão escolar diferentes, e a principal escolha foi diferente, estas escolhas podem estar sendo influenciadas por elementos do microssistema (atividades, papéis e relações interpessoais). Em contrapartida, os escolares do sexo masculino, embora estivessem também sob influência de dois contextos com gestão escolar diferentes, destacaram a categoria "Saúde" como a mais importante. Estas diferenças encontradas mostram uma variabilidade entre os motivos destacados quando levamos em consideração o sexo e o contexto, não podendo ser meramente explicadas com enfoque em apenas um destes domínios, demonstrando assim o interesse dos estudiosos da Psicologia do Esporte em entender os fenômenos com base nas abordagens ecológicas, na qual a pessoa é vista como um ser ativo em desenvolvimento, em constante interação com as características dinâmicas dos contextos em que ela está inserida (ARAÚJO e DAVIDS, 2009; KREBS, 2009A e KREBS, 2009B).

Ao compararmos os escolares do sexo masculino e do sexo feminino do Contexto "A" com os escolares do Contexto "B", dentro de cada categoria, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas apenas na categoria "Afiliação" entre os meninos (Tabela 01), o que não se repetiu entre as meninas, demonstrando que ao analisar os motivos que levam a prática esportiva, não existe uma diferença significativa na maioria das categorias avaliadas apenas por pertencer a um contexto ou ser do sexo masculino ou feminino.

Ao confrontar os dados deste estudo com os de outros autores (SERPA, 1992; REGO, 1995; BALBINOTTI, 2004; BALBINOTTI e TÉTREAU, 2006; FERNANDES, 2006; BALBINOTTI et al., 2007; BALBINOTTI, E CAPOZZOLI, 2008; BALBINOTTI, SALDANHA e BALBINOTTI, 2009) também podemos identificar uma variabilidade nos motivos que levam a prática esportiva, e uma fragmentação por parte dos autores ao explicarem o porquê isso vêem ocorrendo. Por exemplo, em estudos semelhantes com jovens entre 10 e 16 anos, Rego (1995) e Serpa (1992) destacaram como os principais motivos "Estar em forma" (saúde) e "Melhorar Capacidades" (condicionamento Físico) e em contrapartida, o estudo de Fernandes (2006) com 30 jovens com idades entre 15 e 19 anos, demonstrou que os motivos "Afiliação" e "Contexto" predominaram em relação à "Saúde" e "Condicionamento Físico". Já Pereira (2006) comparou alunos de escola privada com alunos de escola pública e evidenciou que mesmo a gestão da escola sendo diferente, o motivo "Saúde" foi considerado o mais importante para os alunos. Embora os escolares estivessem em microssistemas diferentes (escola com gestão privada e escola com gestão pública), a preferência pelo motivo "Saúde" foi constatada na maioria, deduzindo então que neste estudo a gestão da escola não é fator preditivo nas opções dos escolares.

Estas diferenças entre os estudos podem ser atribuídas tanto às diferenças nos contextos analisados quanto às atividades dos jovens nos contextos os quais estavam inseridos, os papéis que estes desempenhavam nestes contextos ou devido a influências das relações interpessoais que ambos os grupos de jovens tinham naquele determinado momento. Outra questão relevante para interpretação destes dados é o momento histórico da pesquisa, sendo que na interação entre as disposições pessoais e as forças emanadas pelos contextos, outro aspecto influente ainda deve ser considerado, a dimensão tempo (KREBS, 2009a).

Com isto, podemos observar que os motivos que levam os adolescentes à prática podem ser flutuantes de acordo com os atributos da pessoa, variando de acordo com suas relações interpessoais, os papéis e as atividades nas quais eles estão engajados e também com a variação do contexto no qual estão inseridos. Bronfenbrenner (1979) usou a expressão propriedades da pessoa em uma perspectiva ecológica para explicar as interações entre as propriedades mutantes do ambiente e os atributos pessoais de um ser ativo em desenvolvimento, e segundo Krebs, Copetti e Beltrame (1997), as propriedades da pessoa abordam tanto a cognição em contexto quanto as características sócio-emocionais e motivacionais. Os adolescentes em cada contexto escolar, por exemplo, são influenciados por diferentes professores, funcionários, diretores e projetos políticos pedagógicos. Por isto, essas diferenças nos motivos que levam os adolescentes à prática devem ser visto como uma relação indissociável da pessoa, através de seus atributos pessoais, e do ambiente mais próximo (microssistema) até o mais remoto (macrossistema).

Com este mesmo enfoque, Krebs et al. (2008) mencionam que, embora as disposições pessoais possam ser ambientalmente orientadas, nem sempre as disposições ou motivos da pessoa e as forças instigadoras dos contextos podem tomar um mesmo sentido. Entretanto, percebe-se que os atributos da pessoa (disposição, recurso e demanda) devem ser investigados para melhor entender o fenômeno e podem estar exercendo uma influência maior do que o sistema de gestão da escola. Embora nesse estudo o autor tenha escolhido duas escolas distintas, estas estavam sobre a mesma influência do macrossistema, podendo este ser um fator preponderante sobre as escolhas dos escolares.

Para verificar se as variáveis "Contexto" e "Sexo" contribuíram na escolha dos motivos para a prática esportiva dos indivíduos pesquisados, foi realizada uma análise estatística baseado no Modelo de Regressão Logística para Dados Categóricos. Assim, foi possível observar neste estudo que a variável "Contexto" e "Sexo" não contribuíram significativamente na escolha dos motivos "Status" (p= 0,307), "Condicionamento Físico" (p= 0,709), "Energia" (p= 0,192), "Contexto" (p= 0,130), "Afiliação" (p= 0,053) e "Saúde" (p= 0,332). Entretanto, apenas ao analisar o motivo "Técnica" foi possível constatar (Tabela 02) que as variáveis "Contexto" e "Sexo" influenciaram significativamente na escolha desse motivo. Isso demonstra que ao determinarmos um delineamento de pesquisa não devemos simplesmente separar grupos por estrato sociodemográfico ou biológico, pois em muitos casos esses estratos não são responsáveis pelas características analisadas em cada grupo, e que outros fatores podem estar influenciando a disposição dos adolescentes para a prática esportiva.

Predizer diferenças com base apenas na identificação do contexto é insuficiente, é o que Bronfenbrenner e Crouter (1983) denominam como identificação por endereçamento social, e pode não ser uma abordagem adequada. Neste caso, comparar escola pública com escola privada, presumindo que todas as pessoas dentro desses contextos tendem a ter o mesmo comportamento, ignorando os atributos da pessoa e os elementos físicos e simbólicos do contexto, pode não ser suficiente para evidenciar as prováveis diferenças intracontextuais.

Assim, ao observar diversos outros estudos onde os autores separaram os adolescentes ou por sexo, condição social ou por gestão escolar (SERPA, 1992; REGO, 1995; BALBINOTTI, 2004; BALBINOTTI e TÉTREAU, 2006; FERNANDES, 2006; BALBINOTTI et al., 2007; BALBINOTTI, E CAPOZZOLI, 2008; BALBINOTTI, SALDANHA e BALBINOTTI, 2009), sem levar em consideração outros fatores como idade, momento histórico, diferenças sociais, econômicas e culturais, é possível perceber apenas parte do fenômeno investigado. Mesmo quando não seja possível se controlar todas essas variáveis, é importante que o pesquisador reconheça essas limitações quando fizer as conclusões de seu estudo (BRONFENBRENNER, 1995).

Conclusão

Considerando os objetivos propostos neste estudo, verificou-se que para os escolares participantes da pesquisa, os principais fatores motivacionais que impulsionam a prática esportiva foram "Saúde" e o "Condicionamento Físico", os quais são fatores intrínsecos e considerados mais duradouros. Dessa forma, acredita-se que a disposição dos adolescentes para a prática esportiva será maior quando eles identificarem essa prática como um benefício para a saúde e o condicionamento físico. Observou-se, também, que não foram encontradas relações entre as escolhas dos motivos com o sexo dos participantes e com as características dos contextos onde a prática esportiva ocorreu. Assim, associar a disposição para prática esportiva dos escolares por pertencerem a um tipo de "gestão" (pública ou privada), ou pelo sexo biológico (desconsiderando fatores como gênero e orientação sexual, os quais podem influenciar nas escolhas), pode induzir o pesquisador a interpretar erroneamente os resultados de seu estudo.

Embora os fatores que conduzem os escolares a gostarem ou não da prática esportiva ser de grande interesse por parte dos professores de Educação Física, estes devem conhecer as características, os contextos e as disposições (gerativas ou disruptivas) dos escolares para entender as divergências nos comportamentos e interesses dentro de um mesmo grupo. Sabendo-se que modelos de pesquisa que estabelecem relações de causa/efeito por meio da análise do efeito principal, acabam por deixar de lado a análise das interações entre os fatores envolvidos, recomenda-se análises estatísticas que incluam, também, a variância observada nos dados intragrupo. Com isto, conclui-se que utilizar um modelo de pesquisa que leve em consideração a interação entre as características da pessoa, contexto e tempo é o mais eficaz para estudar as disposições dos adolescentes à prática esportiva.

Referências

ALVES, J. G. B. et al. Prática de esportes durante a adolescência e atividade física de lazer na idade adulta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 11, n. 5, set./out. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151786922005000500009&lng=pt&apm;nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 5 mar. 2010.

ARAÚJO, D.; DAVIDS, K. Ecological approaches to cognition and action in Sport and exercise: ask not only what you do, but where you do it. International Journal of Sport Psychology, Rome, v. 40, p. 5-37, 2009. Disponível em: <http://www.ijsp-online.com/content/abstracts/abstract4001.php#c01>. Acesso em: 8 abr. 2010.

BALBINOTTI, M. A. A. Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e/ou Esporte. Service d'Intervention ET de Recherche en Orientation et Psychologie. Quebec, 2004.

BALBINOTTI, M. A. A.; TÉTREAU, B. Níveis de maturidade vocacional de alunos de 14 a 18 anos do Rio Grande do Sul. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, p. 551-560, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n3/v11n3a10.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2010.

BALBINOTTI, M. A. A. et al. Dimensões motivacionais de atletas corredores de longa distância: um estudo descritivo-comparativo segundo o sexo. Coleção Pesquisa em Educação Física, Jundiaí, v. 6, n. 2, p. 73-80, set. 2007. Disponível em: <http://www.editorafontoura.com.br/loja63/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=40>. Acesso em: 14 abr. 2010.

BALBINOTTI, M. A. A.; CAPOZZOLI, C. J. Motivação à prática regular de atividade física: um estudo exploratório com praticantes em academias de ginástica. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 22, p. 63-80, jan./mar. 2008. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rbefe/v22n1/v22n1a6.pdf>. Acesso em: 22 out. 2009.

BALBINOTTI, M. A. A; SALDANHA, R. P.; BALBINOTTI, C. A. A. Dimensões motivacionais de basquetebolistas infanto-juvenis: um estudo segundo o sexo. Motriz: revista de educação física, v. 15, n. 2, p. 318-329, abr./jun. 2009. Disponível em: <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/2513/2356>. Acesso em: 5 mar. 2010.

BARROSO, M. L. C. Validação do Participation Motivation Questionnaire Adaptado para Determinar Motivos de Prática Esportiva de Adultos Jovens Brasileiros. 2007. 130 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano)-Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2007, Disponível em: <http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1711>. Acesso em: 19 dez. 2009.

BRONFFENBRENNER, U. The Ecology of Human Development: experiments by nature and design. Cambridge: Harvard University Press, 1979.

BRONFENBRENNER, U. Making human beings human: bioecological perspectives on human development. Thousand Oaks: Sage, 2005.

BRONFENBRENNER, U.; CROUTER, A. C. The evolution of environmental models in developmental research. In: MUSSEN, H. (Org.). Handbook of child psychology: History, theory, and methods. New York: Wiley, 1983. v. 1, p. 357-414.

BRONFENBRENNER, U.; MORRIS, P. A. The bioecological model of human development. In: LERNER, R. M. (Ed.). Handbook of child psychology: theoretical models of human development. New Jersey: Wiley, 2006. v. 1, p.793-828.

FERNANDES, P. M. F. Um estudo sobre a motivação dos jovens de 15 a 19 anos para a prática desportiva. Lisboa: ULHT, 2006.

KREBS, R. J. Bronfenbrenner's Bioecological Theory of Human Development and the process of development of sports talent. International Journal of Sport Psychology, Rome, v. 40, p.108-135, 2009. Disponível em: <http://www.ijsp-online.com/content/abstracts/abstract4001.php#c01>. Acesso em: 25 dez. 2009.

KREBS, R. J. Proximal processes as the primary engines of development. International Journal of Sport Psychology, Rome, v. 40, p. 219-228, 2009. Disponível em: <http://www.ijsp-online.com/content/abstracts/abstract4001.php#c01>. Acesso em: 18 out. 2009.

KREBS, R. J.; COPETTI, F.; BELTRAME, T. S. Uma releitura da obre de Bonfenbrenner: a teoria dos sistemas ecológicos. In: KREBS, R. J. (Org.). Teoria dos Sistemas Ecológicos: um novo paradigma para a educação infantil. Santa Maria: Kinesis, 1997. p. 17-40.

KREBS, R. J.; COPETTI, F.; SERPA, S.; ARAÚJO, D. Disposições pessoais de tenistas jovens: um estudo fundamentado na teoria Bioecológica de Bronfenbrenner. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, São Paulo, v. 2, p. 2, 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/rbpe/v2n2/v2n2a04.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2009.

NOBRE, F. S. S.; KREBS, R. J.; VALENTINI, N. M. Práticas de lazer, nível de atividade física e aptidão física de moças e rapazes brasileiros. Revista de Salud Publica, [S.l.] v. 11, p. 713-723, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.unal.edu.co/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0124-00642009000500004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 nov. 2009.

PEREIRA, M. G. A motivação de adolescentes para a prática da educação física: uma análise comparativa de instituição pública e privada. 2006. 113 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)-Faculdade São Judas Tadeu, São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/dissertacao/A-motivacao-de-adolescentes-para-a-pratica-da-Educacao-Fisica.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009.

PERKINS, D. F.; JACOBS, J. E; BARBER, B. L.; ECCLES, J. S. Childhood and Adolescent Sports: Participation as Predictors of Participation in Sports and Physical Fitness Activities During Young Adulthood. Youth Society, Thousand Oaks, v. 35, p. 495-520, 2004. Disponível em: <http://dx.doi.org./10.1177/0044118X03261619>. Acesso em: 20 ago. 2009.

REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

SERPA, S. Motivação para a prática desportiva. In: SOBRAL, F.; MARQUES, A. (Coord.). FACDEX: desenvolvimento somato-motor e factores de excelência desportiva na população escolar portuguesa, Porto: [s.n.], 1991. v. 1, p. 101-108.

SERPA, S. Motivação para a prática desportiva: validação preliminar do questionário de motivação para as actividades desportivas (QMAD). In: SOBRAL, F.; MARQUES, A. (Coord.). FACDEX: desenvolvimento somato-motor e factores de excelência desportiva na população escolar portuguesa, Porto: [s.n.], 1992. v. 2, p. 89-97.

TASSITANO, R. M.; BEZERRA, J. Atividade física em adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Florianópolis, v. 9, p. 55-60, 2007. Disponível em: <http://www.rbcdh.ufsc.br/DetalhesArtigo.do?artigo=331>. Acesso em: 15 nov. 2009.

VALLERAND, R. J.; DECI, E. L.; RYAN, R. M. Intrinsic motivation in sport. Exercise and sport science reviews, [S.l.], v. 15, p. 387-425, 1987. Disponível em: <http://journals.lww.com/acsm-essr/Citation/1987/00150/12_Intrinsic_Motivation_in_Sport.15.aspx>. Acesso em: 27 set. 2009

WEINBERG, R. S; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

Recebido em: 14 de julho de 2010.

Aceito em: 29 de novembro de 2010.

  • ARAÚJO, D.; DAVIDS, K. Ecological approaches to cognition and action in Sport and exercise: ask not only what you do, but where you do it. International Journal of Sport Psychology, Rome, v. 40, p. 5-37, 2009. Disponível em: <http://www.ijsp-online.com/content/abstracts/abstract4001.php#c01>. Acesso em: 8 abr. 2010.
  • BALBINOTTI, M. A. A. Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física e/ou Esporte. Service d'Intervention ET de Recherche en Orientation et Psychologie Quebec, 2004.
  • BALBINOTTI, M. A. A.; TÉTREAU, B. Níveis de maturidade vocacional de alunos de 14 a 18 anos do Rio Grande do Sul. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, p. 551-560, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n3/v11n3a10.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2010.
  • BALBINOTTI, M. A. A. et al. Dimensões motivacionais de atletas corredores de longa distância: um estudo descritivo-comparativo segundo o sexo. Coleção Pesquisa em Educação Física, Jundiaí, v. 6, n. 2, p. 73-80, set. 2007. Disponível em: <http://www.editorafontoura.com.br/loja63/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=40>. Acesso em: 14 abr. 2010.
  • BALBINOTTI, M. A. A.; CAPOZZOLI, C. J. Motivação à prática regular de atividade física: um estudo exploratório com praticantes em academias de ginástica. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 22, p. 63-80, jan./mar. 2008. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rbefe/v22n1/v22n1a6.pdf>. Acesso em: 22 out. 2009.
  • BALBINOTTI, M. A. A; SALDANHA, R. P.; BALBINOTTI, C. A. A. Dimensões motivacionais de basquetebolistas infanto-juvenis: um estudo segundo o sexo. Motriz: revista de educação física, v. 15, n. 2, p. 318-329, abr./jun. 2009. Disponível em: <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/motriz/article/view/2513/2356>. Acesso em: 5 mar. 2010.
  • BARROSO, M. L. C. Validação do Participation Motivation Questionnaire Adaptado para Determinar Motivos de Prática Esportiva de Adultos Jovens Brasileiros 2007. 130 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano)-Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2007, Disponível em: <http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1711>. Acesso em: 19 dez. 2009.
  • BRONFFENBRENNER, U. The Ecology of Human Development: experiments by nature and design. Cambridge: Harvard University Press, 1979.
  • BRONFENBRENNER, U. Making human beings human: bioecological perspectives on human development. Thousand Oaks: Sage, 2005.
  • BRONFENBRENNER, U.; CROUTER, A. C. The evolution of environmental models in developmental research. In: MUSSEN, H. (Org.). Handbook of child psychology: History, theory, and methods. New York: Wiley, 1983. v. 1, p. 357-414.
  • BRONFENBRENNER, U.; MORRIS, P. A. The bioecological model of human development. In: LERNER, R. M. (Ed.). Handbook of child psychology: theoretical models of human development. New Jersey: Wiley, 2006. v. 1, p.793-828.
  • FERNANDES, P. M. F. Um estudo sobre a motivação dos jovens de 15 a 19 anos para a prática desportiva Lisboa: ULHT, 2006.
  • KREBS, R. J. Bronfenbrenner's Bioecological Theory of Human Development and the process of development of sports talent. International Journal of Sport Psychology, Rome, v. 40, p.108-135, 2009. Disponível em: <http://www.ijsp-online.com/content/abstracts/abstract4001.php#c01>. Acesso em: 25 dez. 2009.
  • KREBS, R. J. Proximal processes as the primary engines of development. International Journal of Sport Psychology, Rome, v. 40, p. 219-228, 2009. Disponível em: <http://www.ijsp-online.com/content/abstracts/abstract4001.php#c01>. Acesso em: 18 out. 2009.
  • KREBS, R. J.; COPETTI, F.; BELTRAME, T. S. Uma releitura da obre de Bonfenbrenner: a teoria dos sistemas ecológicos. In: KREBS, R. J. (Org.). Teoria dos Sistemas Ecológicos: um novo paradigma para a educação infantil. Santa Maria: Kinesis, 1997. p. 17-40.
  • KREBS, R. J.; COPETTI, F.; SERPA, S.; ARAÚJO, D. Disposições pessoais de tenistas jovens: um estudo fundamentado na teoria Bioecológica de Bronfenbrenner. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, São Paulo, v. 2, p. 2, 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/rbpe/v2n2/v2n2a04.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2009.
  • PEREIRA, M. G. A motivação de adolescentes para a prática da educação física: uma análise comparativa de instituição pública e privada. 2006. 113 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física)-Faculdade São Judas Tadeu, São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/dissertacao/A-motivacao-de-adolescentes-para-a-pratica-da-Educacao-Fisica.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009.
  • PERKINS, D. F.; JACOBS, J. E; BARBER, B. L.; ECCLES, J. S. Childhood and Adolescent Sports: Participation as Predictors of Participation in Sports and Physical Fitness Activities During Young Adulthood. Youth Society, Thousand Oaks, v. 35, p. 495-520, 2004. Disponível em: <http://dx.doi.org./10.1177/0044118X03261619>. Acesso em: 20 ago. 2009.
  • REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
  • SERPA, S. Motivação para a prática desportiva. In: SOBRAL, F.; MARQUES, A. (Coord.). FACDEX: desenvolvimento somato-motor e factores de excelência desportiva na população escolar portuguesa, Porto: [s.n.], 1991. v. 1, p. 101-108.
  • SERPA, S. Motivação para a prática desportiva: validação preliminar do questionário de motivação para as actividades desportivas (QMAD). In: SOBRAL, F.; MARQUES, A. (Coord.). FACDEX: desenvolvimento somato-motor e factores de excelência desportiva na população escolar portuguesa, Porto: [s.n.], 1992. v. 2, p. 89-97.
  • TASSITANO, R. M.; BEZERRA, J. Atividade física em adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Florianópolis, v. 9, p. 55-60, 2007. Disponível em: <http://www.rbcdh.ufsc.br/DetalhesArtigo.do?artigo=331>. Acesso em: 15 nov. 2009.
  • VALLERAND, R. J.; DECI, E. L.; RYAN, R. M. Intrinsic motivation in sport. Exercise and sport science reviews, [S.l.], v. 15, p. 387-425, 1987. Disponível em: <http://journals.lww.com/acsm-essr/Citation/1987/00150/12_Intrinsic_Motivation_in_Sport.15.aspx>. Acesso em: 27 set. 2009
  • WEINBERG, R. S; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
  • Endereço:

    João Otacilio Libardoni dos Santos
    Laboratório de Desenvolvimento e Aprendizagem Motora/LADAP
    Rua Pascoal Simone, 358 – Coqueiros
    Florianópolis SC Brasil 88080-350
    Tel: (48) 96200917
    e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      12 Maio 2011
    • Data do Fascículo
      Mar 2011

    Histórico

    • Aceito
      29 Nov 2010
    • Recebido
      14 Jul 2010
    Universidade Estadual Paulista Universidade Estadual Paulista, Av. 24-A, 1515, 13506-900 Rio Claro, SP/Brasil, Tel.: (55 19) 3526-4330 - Rio Claro - SP - Brazil
    E-mail: motriz.rc@unesp.br