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A influência da dança de salão na percepção corporal

The ballroomdance influence in body perception

Resumos

A dança de salão é uma forma de expressão dos sentimentos através dos movimentos. Os casais devem perceber as suas possibilidades de ação motora e o espaço disponível para interagir com o outro organizando seu corpo em um padrão espacial. Esses fatores combinados com o resgate das emoções despertadas pela dança tornam a prática potencializadora de alterações positivas na relação mente-corpo modificando a percepção corporal, tanto no seu aspecto proprioceptivo (esquema corporal), como emocional (imagem corporal). O objetivo desse estudo foi discutir a dança de salão e sua contribuição na percepção corporal dos seus praticantes. Para isso foi realizada de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e abordagem qualitativa. Sendo assim, concluímos que além da técnica na dança é necessário, também, saber utilizar os recursos como uma ferramenta e não como uma "prisão". A beleza da dança de salão é resultado do equilíbrio entre a técnica e emoções do dançarino.

Dança; Percepção; Propriocepção; Imagem corporal


Ballroomdance is a feeling expression through the movements. Couples should realize their potential motor action and space available to interact appropriately one with the others leading to a correct organization of their bodies in space. Dancing with a partner, exploring perceptual diversity together, bringing the emotions aroused in a musical rhythm, makes this practice responsible for positive changes in the relationship between mind and body, modifying the body perception, both in proprioceptive (body schema), as in emotional (body image) aspects. The aim of this study was to discuss the dance and its contribution to the body perception of its practitioners. The study included a descriptive review of the literature with a qualitative approach consideration. However, more than learning the dance technique is necessary to know how to use these resources as a tool and not as a "prison." The beauty of ballroomdance achieves a balance between technique and the emotions.

Dance; Perception; Proprioception; Body image


ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO/DIVULGAÇÃO

A influência da dança de salão na percepção corporal

The ballroomdance influence in body perception

Cristiane Costa FonsecaI; Rodrigo Luiz VecchiI,II; Eliane Florencio GamaI

ILaboratório de Percepção Corporal e Movimento, Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil

IICurso de Educação Física e Esporte, Veris Faculdades, Campinas, SP, Brasil

Endereço Endereço: Cristiane Costa Fonseca Universidade São Judas Tadeu Rua Taquari, 546, Mooca 03166-000 - São Paulo SP, Brasil Telefone: (11) 2799-1677 E-mail: ccricf@yahoo.com.br

RESUMO

A dança de salão é uma forma de expressão dos sentimentos através dos movimentos. Os casais devem perceber as suas possibilidades de ação motora e o espaço disponível para interagir com o outro organizando seu corpo em um padrão espacial. Esses fatores combinados com o resgate das emoções despertadas pela dança tornam a prática potencializadora de alterações positivas na relação mente-corpo modificando a percepção corporal, tanto no seu aspecto proprioceptivo (esquema corporal), como emocional (imagem corporal). O objetivo desse estudo foi discutir a dança de salão e sua contribuição na percepção corporal dos seus praticantes. Para isso foi realizada de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e abordagem qualitativa. Sendo assim, concluímos que além da técnica na dança é necessário, também, saber utilizar os recursos como uma ferramenta e não como uma "prisão". A beleza da dança de salão é resultado do equilíbrio entre a técnica e emoções do dançarino.

Palavras-chave: Dança. Percepção. Propriocepção. Imagem corporal.

ABSTRACT

Ballroomdance is a feeling expression through the movements. Couples should realize their potential motor action and space available to interact appropriately one with the others leading to a correct organization of their bodies in space. Dancing with a partner, exploring perceptual diversity together, bringing the emotions aroused in a musical rhythm, makes this practice responsible for positive changes in the relationship between mind and body, modifying the body perception, both in proprioceptive (body schema), as in emotional (body image) aspects. The aim of this study was to discuss the dance and its contribution to the body perception of its practitioners. The study included a descriptive review of the literature with a qualitative approach consideration. However, more than learning the dance technique is necessary to know how to use these resources as a tool and not as a "prison." The beauty of ballroomdance achieves a balance between technique and the emotions.

Key words: Dance. Perception. Proprioception. Body image.

Introdução

Transformação, mudança, autoconhecimento. Situações, etapas ou fases que causam, de modo geral, receio, mas são, na mesma intensidade, desafiadoras.

Transformar, dar nova forma. O novo e suas incertezas causam apreensão e ansiedade e por vezes nos faz recuar. A necessidade da mudança, por outro lado, motiva, impulsiona e encoraja. O equilíbrio entre as novas necessidades e os diferentes desafios mantém a vida "aquecida" num fluxo contínuo de batalhas e conquistas. Uma das armas mais importantes nessa luta é o conhecimento que por vezes nos deixa confuso nesse caminho de tantas incertezas. Mas são essas incertezas buscadas com segurança, que nos trazem o autocontrole, a auto-reflexão, o saber-se no mundo.

Já na antiguidade, no templo de Delfos, lia-se o aforismo "conhece-te a ti mesmo". Essa frase inspirou Sócrates e é a fonte dos avanços pessoais ao longo dos séculos. Cada indivíduo encontra, ou não, seu próprio caminho para o autoconhecimento, seja a partir de si mesmo com uma auto-análise a partir das relações intrapessoais, e/ou a partir do outro nas relações interpessoais.

As interações com outros indivíduos é ampla, complexa e desafiadora, acompanhando-nos por toda nossa existência, seja nas atividades laborais, familiares, de lazer, entre outras.

Nesse complicado contexto que é a vida, formam-se nossos valores que certamente são resultados de muito do que nosso meio oferece enquanto experiências vividas. A influência do fenótipo, quando discutida as relações entre indivíduos, ressalta a importância de viver em sociedade, principalmente no fato de respeitar o outro, enquanto ser único e com peculiares potenciais. Considerando que o ser humano é único em sua essência, cada pessoa tem potencialidades e capacidades distintas, as quais se harmonizam de forma a atender um saber significativo que deve ser compreendido de forma singular.

No entorno de tais discussões podemos verificar dentre as muitas vivências que nos conduzem a respeitar o outro, "o dançar a dois", prática que torna necessário esse corpo individualizado trocar sentimentos, a fim de construir uma única linguagem corporal.

A dança de salão

Em essência, o movimento é um aspecto indispensável para a vida. Embora o ato de movimentar-se seja parte integrante do crescimento e desenvolvimento humano, podemos aprender por meio de informações e repetições a melhorar nosso movimento estimulando o corpo humano a desempenhar e adquirir novas habilidades (MAIA et al., 2007).

O aprendizado de novas e específicas habilidades na maior parte das vezes depende das nossas experiências vividas e os estímulos decorrentes da relação do nosso corpo com o meio.

Aprender a dançar com um parceiro parece ir muito além do aprendizado. Mover o corpo em companhia de outro, harmonizando movimentos em sintonia, num mesmo ritmo, resulta em uma união do ser físico numa quase mágica sincronia. Proporciona um encontro consigo mesmo, a partir do encontro com o outro sendo um canal de expressão dos sentimentos por meio dos movimentos. Questões como a timidez e dificuldade de sociabilização podem ser superadas ao som da música e no ritmo de cada indivíduo, pois a dança exige comunhão e respeito com outro, seja ele o parceiro(a) com quem se dança ou sejam os outros casais. Isso mostra como a dança conduz ao prazer por meio da cooperação e mostra também que os que dançam são antes de tudo cavalheiros e damas interagindo no seu momento livre de lazer e satisfação. Os sujeitos tornam-se companheiros com um objetivo comum: dançar. O mandamento da dança social é "dar as mãos e seguir juntos". Deve existir um olhar sensível para o outro, afinal o outro é seu próprio espelho. Nesse momento a comunicação acontece por meio do corpo, do olhar e do toque. As dificuldades e facilidades são mútuas e todos querem ser aceitos, todos desejam aquele espaço como uma forma de desafios, vitórias, conquistas, prazer, aprendizado, mudanças. Um grande espaço democrático que cabe entre os braços e é do tamanho de cada um. Nesse momento não existe a percepção de fracasso, dando viés para uma sensação de conquista a todo deslocamento alcançado com o "dançar a dois".

O homem, através da iniciativa da condução, inicia sua intenção de movimento visando com que a mulher, deixando-se conduzir, responda ao estímulo oferecido. Para Ried (2004), sem a interação do homem e da mulher, a Dança de Salão não funciona.

Essa interação entre ambos pode ser extremamente benéfica no momento em que observamos a quebra da timidez por parte do homem e a perda da ansiedade no caso da mulher. Confirma Abreu et al. (2008) ao apontar que principalmente os tímidos procuram a Dança de Salão como alternativa para saírem da rotina e da correria devido as exigências do dia-a-dia.

Quando estabelecido um contato único pelo casal, ambos devem se preocupar com o outro, na forma de expressar-se e comunicar-se.

[...] A dança como forma de expressão e comunicação, estimula as capacidades humanas e pode ser incorporada à linguagem oral, por exemplo. Assim como as palavras são formadas por letras, os movimentos são formados por elementos, a expressão estimula e desenvolve as atividades psíquicas de acordo com os seus conteúdos e na forma de ser vivida, tanto quanto a palavra (LABAN, 1990, p. 33).

Um elemento importante a ser discutido nesse contexto da dança é a música. Nesse sentido, o estudo de Deutsch (1997) demonstrou interferência positiva da música nos estados de ânimo dos indivíduos.

Diversos podem ser os benefícios proporcionados pela prática da Dança de Salão. Segundo Abreu et al (2008) essa prática pode melhorar a coordenação motora, ritmo, percepção espacial possibilitando o convívio e o aumento das relações sociais.

Outro ponto relevante é o fator motivacional associado à prática. Pesquisas nas diferentes faixas etárias demonstraram, como principal fator que conduz os indivíduos a buscarem a dança de salão, a possibilidade de sociabilização. Estudos realizados tanto em adolescentes (TRESCA; DE ROSE, 2000) como em idosos (LIMA; VIEIRA, 2007) demonstram que a oportunidade de interagir com outras pessoas, fazer amizades e conversar são fatores que despertam e mantém os estados motivacionais internos no praticante.

Outros estudos como o de Volp (1995) e Fonseca (2008) confirmam a dança como prática motivadora. Segundo os praticantes, essa vivência favorece a desinibição e melhora a timidez, pois para dançar é necessário apresentar-se publicamente no salão e ter contato direto com desconhecidos.

Quando o assunto é a socialização, a Dança de Salão pode auxiliar nas mais variadas faixas-etárias. Para Zaniboni e Carvalho (2007) as crianças a partir dessa prática criam um espaço saudável da convivência em grupo, trocando experiências e compreendendo os limites do outro. Completa Marcelino e Silva (2007) ao afirmar que na Educação Infantil, essa prática pode ser considerada uma possibilidade de conteúdo curricular nas aulas de Educação Física uma vez que trabalha com aspectos atitudinais importantes como o respeito entre os gêneros, a interação, além de potencializar a expressão e a concentração das crianças.

Quanto ao público idoso, Zamoner (2007a) afirma que a Dança de Salão para essa faixa-etária favorece as relações sociais reduzindo o sedentarismo, fato esse que influencia diretamente a própria educação para saúde do praticante.

Fica perceptível o importante significado que a prática da Dança de Salão pode ter aos idosos nas palavras de Maia et. al. (2007, p. 39) quando os autores afirmam que "[...] a atividade física isoladamente não é suficiente para manter uma alta qualidade de vida e bem-estar, necessitando assim incluir os idosos no meio social, intelectual, cultural, aspectos esses oferecidos nessa vivência corporal".

No que diz respeito aos benefícios que prática da Dança de Salão pode proporcionar a uma estilo de vida mais ativo dos seus praticantes, fica perceptível nos diversos estudos aspectos que conduzem essa vivência motora à facilitar indivíduos mais saudáveis e com maior qualidade de vida. (ABREU et al., 2008; CILAG, 2008; ROCHA; ALMEIDA, 2007; ZAMONER, 2007a; ZAMONER, 2007b; ZAMONER, 2007c; ZANIBONI; CARVALHO, 2007; MAIA et al. 2007; ALMEIDA, 2005).

Em relação ao público jovem, Marcelino e Silva (2007) discutem a utilização da Dança de Salão enquanto conteúdo curricular das aulas de Educação Física no Ensino Médio. Para os autores, essa prática pode favorecer os contatos entre os adolescentes no ambiente escolar, levando-os a enfrentarem problemas de relacionamento com seus semelhantes, respeitarem-se trazendo harmonia com a outra pessoa através do contato com as sensações e comunicações corporais.

Os autores citam um aspecto extremamente interessante quando o objetivo é a atribuição de significado ao conteúdo Dança de Salão por parte dos alunos do Ensino Médio:

[...] Para facilitar a implantação dessa proposta nas aulas de Educação Física no Ensino Médio é importante conectar o mundo do jovem ao da dança de salão, respeitando e explorando seu universo sócio-político-cultural, dialogando com os alunos sobre pressupostos conteúdos e valores inseridos na mesma, criando um ambiente multi-culturalista. Sendo então o professor, o facilitador no ensino aprendizagem da Dança de Salão na escola (MARCELINO; SILVA, 2007, p. 30).

Corrobora Cilag (2008) ao afirmar que a Dança de Salão é um conteúdo possível de ser ministrado para o Ensino Médio, necessitando apenas que o docente estimule esse ambiente de aprendizagem.

Movimentar o corpo explorando diversas possibilidades espaciais e articulares junto com um parceiro num ritmo musical combinada com a fluidez mental e com o resgate das emoções desencadeados pela dança desenvolve a relação do sujeito com seu corpo, com o corpo do outro, com os objetos e pessoas a sua volta. Evoluir na dança pode significar desenvolver-se como pessoa.

Sob o ponto de vista neural a dança de salão é uma complexa atividade sensoriomotora que envolve integração de habilidades como ritmo, padrão espacial, sincronia e coordenação. Explora as diversas possibilidades articulares, nos diferentes níveis, planos, eixos, formas e direções acompanhando o ritmo musical e suas acentuações fortes e fracas. Os dançarinos devem perceber o espaço disponível, os planos do movimento e interagir adequadamente com os casais que se deslocam no salão (BROWN et al, 2006). A principal propriedade de dançar é organizar os movimentos do corpo em um padrão espacial e isso se relaciona com a noção de espaço externo, cinestesia e campo visual. Para dançar é necessário estar no ritmo da música, ter postura adequada nas posições estáticas e dinâmicas típicas de cada ritmo, interagir adequadamente com os próprios movimentos de tronco, membros superiores e inferiores, com os do parceiro e com as pessoas à volta (RIED, 2004).

No estudo de Fonseca (2008), que avaliou os benefícios da dança de salão no esquema corporal e imagem corporal de praticantes iniciantes, foi demonstrado que a prática regular durante três meses é capaz de melhorar a percepção corporal. Os alunos, após a análise específica do índice de percepção do corpo, demonstraram maior percepção tanto na largura dos ombros, como em relação à simetria corporal. A Dança de Salão nesse contexto foi responsável por desenvolver neles maior auto-aceitação e satisfação corporal.

Vale ressaltar que a autora nessa pesquisa procurou entender e delinear os aspectos do esquema corporal e da imagem corporal discutindo como a dança de salão poderia ter influência nesses aspectos perceptivos. Entretanto devemos salientar que não houve interferência por parte da mesma nos aspectos relacionados à didática, planejamento de ensino e conteúdo programático, uma vez que as aulas apenas foram observadas e descritas. Percebe-se então, que a prática da Dança de Salão por si só, já proporciona uma influência positiva no aspecto proprioceptivo e afetivo dos praticantes.

Com uma preocupação pedagógica presente, profissionais do setor poderiam planejar aulas que através de objetivos variados desenvolveriam aspectos como a percepção corporal tão importante no que diz respeito ao conhecimento do próprio corpo pelo indivíduo.

A percepção corporal

Podemos considerar dois aspectos como formadores da percepção corporal de um indivíduo: o esquema corporal que diz respeito a concepção neurológica e a imagem corporal relacionada ao psicológico.

O esquema corporal é formado pelas relações espaciais entre segmentos corporais que permitem o indivíduo estar consciente do seu corpo no tempo, sendo o resultado da interação das aferências somatossenssoriais, cinestésicas e proprioceptivas (LE BOULCH, 1988; HOLMES; SPENCE, 2004; FREITAS, 2004; BARROS, 2005). Um esquema corporal bem estruturado favorece um bom desempenho motor e conseqüentemente uma melhor relação com o corpo e deste com o espaço (HILDER et al, 2002; WETTERHAHN et al, 2002; STEWART et al, 2003; citados por SEGHETO et al, 2010). Além disso, o esquema corporal é capaz de se modificar e se adaptar: qualquer situação que participe do movimento consciente do corpo é somada ao modelo corporal tornando-se parte desse esquema (BARROS et al, 2005).

Já a imagem corporal corresponde a todas as formas que o indivíduo experimenta e conceitua seu próprio corpo, a partir da representação mental da figura do corpo humano (ALMEIDA, 2005). É a construção mental do próprio corpo a partir de impressões subjetivas e juízo de valores sendo moldada pelas experiências individuais, relações sociais e cultura (HILDER et al, 2002; THOMPSON, 2004; citados por SEGHETO et al, 2010). É um fenômeno singular estruturado na experiência existencial do ser humano consigo mesmo, com as outras pessoas e com o universo, resultante da interação dinâmica entre a percepção e a concepção (TAVARES, 2003). Como a cada instante ocorre uma nova percepção e por ser influenciada a todo o momento pelos estados emocionais, conflitos psíquicos, interação com outros seres, a imagem corporal tem característica de ser lábil e mutante (FREITAS, 2004).

Sendo assim, a dança de salão tornou-se, então, uma maneira de produzir alterações positivas na relação mente-corpo modificando a percepção corporal, tanto no seu aspecto proprioceptivo (esquema corporal) como no aspecto emocional (imagem corporal) (FONSECA, 2008).

Outros estudos também corroboram com a mesmo presuposto, Lewis e Scannel (1995) avaliando mulheres praticantes de dança, sugerem que a prática desta atividade por longo período pode ter influência positiva na imagem corporal, pois as dançarinas apresentavam maior grau de satisfação corporal que as mulheres que não praticavam a dança. Turtelli (2003) afirma no seu estudo sobre movimento e imagem corporal que dançar traz benefícios para auto-imagem, descrevendo que através do movimento e experimentação do corpo os indivíduos estruturam a experiência de si mesmos no mundo e promovem resgate de sentimentos subconscientes oprimidos que interferem de forma positiva na imagem corporal. Zaniboni e Carvalho (2007) afirmam que a dança de salão favorece o desenvolvimento da imagem de si mesmo a partir da experiência com o outro. Descrevendo que o estreitamento do vínculo entre os sujeitos e a interlocução entre os corpos proporciona (re)construção da imagem corporal.

Consequentemente para Zaniboni e Carvalho (2007, p. 89), podemos nessa "dança a dois":

[...] visualizar a construção conjunta do imaginário humano, que resulta da relação entre um "eu e um tu", tal como nos processos de comunicação verbal oral/escrito, porém em outro espaço de discursividade.

Corrobora Turtelli (2003) quando destaca que, a arquitetura do corpo não é mais reduzida à engenharia genética, mas resultado de um processo do imaginário humano

Para Zaniboni e Carvalho, (2007, p.89)

[...] os elementos (os sujeitos) A e B designam algo diferente da presença física de organismos humanos individuais. Se o que dissemos antes faz sentido, resulta, pois dele que A e B designam lugares determinados na estrutura de uma formação social, lugares dos quais a sociologia pode descrever o feixe de traços objetivos característicos [...] Nossa hipótese é a de que esses lugares estão

representados

nos processos discursivos em que são colocados em jogo. Entretanto, seria ingênuo supor que o

lugar como feixe de traços objetivos

funciona como tal no interior do processo discursivo: ele se encontra aí representado, isto é,

presente, mas transformado

; em outros termos, o que funciona nos processos discursivos é

uma série de formações imaginárias que designam o lugar que A e B se atribuem cada uma a si e ao outro, a imagem que eles se fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro

.

Com isso, podemos considerar a Dança de Salão um espaço de interlocução entre os corpos e uma prática facilitadora na construção da imagem corporal dos indivíduos.

Afirma Rosa Neto (2009) que por meio do corpo que concretiza a existência do ser humano, tanto nos percebemos e somos percebidos, como interagimos com o mundo exterior.

Um dos aspectos extremamente interessantes nessa discussão é a relação da imagem corporal com o movimento. Para Schiller, 1999 (apud Rosa Neto, 2009, p. 45): "qualquer movimento executado pelo indivíduo pode modificar a sua imagem corporal; ao mesmo tempo a imagem corporal irá imprimir características individuais e circunstanciais à realização de qualquer movimento executado pelo indivíduo".

Essa percepção corporal durante o movimento conduz o indivíduo a um maior controle do próprio corpo em aspectos como a postura, o equilíbrio, noção de lateralidade, entre outros.

Fica perceptível que tais estímulos poderiam ser oferecidos nas aulas de Dança de Salão, uma vez que essa vivência motora ocorre num ambiente de ensino-aprendizagem em que o professor tem inúmeras possibilidades de desenvolver os potenciais dos alunos.

Considerações Finais

Como visto em nossa revisão de literatura, apesar de vários trabalhos defenderem os inúmeros benefícios da prática da dança de salão, muitas variáveis ainda podem ser analisadas e estudadas. É importante olhar a dança como uma expressão dos sentimentos por meio do corpo ao embalo da música. O dançarino deve sentir-se livre para expressar a fluidez na sua dança sem se enclausurar em passos e seqüências pré-determinadas.

Uma vez que o corpo é percebido no processo do movimento, a partir da criatividade do casal, tudo pode se interligar, sem seqüências lógicas pré-estabelecidas e coreografadas. A expressão dos sentimentos por meio do corpo na musicalidade será muito mais natural, uma vez que tudo poderá acontecer nessa única linguagem, construída através do contato criado entre um cavaleiro e uma dama no salão.

Quando estudamos com profundidade essa prática, percebemos que "dançar a dois" é muito mais que realizar "passos" coreografados.

Por termos a necessidade de dançar com o outro, não podemos pensar em um corpo individualizado, mas sim o resultado da relação entre um "eu" e um "tu". De acordo com Zaniboni e Carvalho (2007) essa convivência entre "eu" e "tu" favorece ao aluno o processo de (re)construção da imagem de si.

Como resultado da pesquisa dos mesmos autores, após ministrarem aulas de Dança de Salão para crianças num período de três meses, foi observado que a amostra passou a lidar de modo diferente com a auto-imagem e, também, estabeleceram uma nova forma de convivência entre os membros participantes das aulas.

Aprender a técnica da dança é necessário, no entanto, o mais importante é saber utilizar esses recursos como uma ferramenta e não como uma "prisão" que estabelece um padrão a ser seguido e em nenhum momento explorado de forma diferente.

A Dança de Salão como possibilidade de expressão leva o corpo dos praticantes a demonstrarem-se ativos na música. Essa autonomia aprendida a partir da percepção do próprio corpo de quem a executa faz com que os sujeitos flutuem no salão.

A leveza e beleza da dança de salão são resultado do equilíbrio entre a técnica e a medida dos passos com as emoções e naturalidade do dançarino.

Referências

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Abr 2012
    • Data do Fascículo
      Mar 2012

    Histórico

    • Recebido
      26 Set 2010
    • Aceito
      14 Dez 2011
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