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Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão integrativa

Nursing workloads and working conditions: integrative review

Carga de trabajo y condiciones de trabajo de la enfermería: revisión integradora

Resumos

O presente estudo teve por objetivo conhecer a produção teórica sobre cargas de trabalho e condições de trabalho dos profissionais de enfermagem. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa que incluiu artigos científicos, teses e dissertações, indexados nas bases da Biblioteca Virtual de Saúde e Banco Digital de Teses nos últimos dez anos. Entre os 132 trabalhos identificados, foram selecionadas 27 produções. Os resultados indicaram as cargas de trabalho como responsáveis pelo desgaste dos profissionais, influenciando a ocorrência de acidentes e os problemas de saúde. Para amenizar tais cargas de trabalho, os estudos apontam algumas estratégias, como adequação do quantitativo de pessoal, educação continuada e melhores condições de trabalho. Tem-se como desafio a realização de pesquisas que revelem com mais precisão a relação entre as cargas e as condições de trabalho da equipe de enfermagem, haja vista o quanto comprometem a saúde dos trabalhadores.

Carga de trabalho; Condições de trabalho; Saúde do trabalhador; Enfermagem do trabalho


The objective of this study was to know theoretical production concerning workloads and working conditions for nursing professionals. In order to do this investigation, an integrative review was carried out using scientific articles, theses and dissertations available in two Brazilian databases Virtual Health Care Library and Digital Bank of Dissertations over the last ten years. From 132 identified studies, 27 productions were selected. The results indicate workloads as responsible for professional wearing, which influences the occurrence of work accidents and health care problems. In order to decrease workloads, studies point out some strategies such as adequate numbers of employees, continued education, and better working conditions. The challenge is to continue doing research which reveals with increasing precision the relationships among workloads, working conditions and health of the nursing team.

Workloads; Working conditions; Occupational health; Occupational health nursing


Estudio que objetivó conocer la producción teórica sobre las cargas de trabajo y condiciones de trabajo de profesionales de enfermería. Para eso, se realizó una revisión integradora que incluyó artículos científicos, tesis o disertaciones, indexados en bases de Biblioteca Virtual de Salud y Banco Digital de Tesis en los últimos diez años. Entre los 132 trabajos identificados, fueron seleccionadas 27 producciones. Los resultados indicaron las cargas de trabajo como responsables por el desgaste de los profesionales, influenciando la ocurrencia de accidentes y problemas de salud. Para amenizar esas cargas de trabajo los estudios apuntan algunas estrategias: adecuación del cuantitativo de personal, educación continuada y mejores condiciones de trabajo. Se tiene el desafío de la realización de pesquisas que revelen con mayor precisión la relación entre las cargas de trabajo y las condiciones de trabajo de la equipe de enfermería, considerándose cuanto estas comprometen la salud de los trabajadores.

Carga de trabajo; Condiciones de trabajo; Salud laboral; Enfermería del trabajo


ARTIGO DE REVISÃO

Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão integrativa

Carga de trabajo y condiciones de trabajo de la enfermería: revisión integradora

Nursing workloads and working conditions: integrative review

Roseli SchmoellerI; Letícia de Lima TrindadeII; Márcia Binder NeisIII; Francine Lima GelbckeIV; Denise Elvira Pires de PiresV

IMestre em Enfermagem, Enfermeira do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

IIMestre em Enfermagem, Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

IIIMestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC, Enfermeira do HU-UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

IVDoutora em Enfermagem, Professora Associada da UFSC, Diretora de Enfermagem do HU-UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

VPós-Doutora em Ciências Sociais, Professora Associada da UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Endereço da autora Dirección del autor / Author's address Endereço da autora / : Roseli Schmoeller Rod. Amaro Antônio Vieira, 2008, bl. 3, ap. 201, Itacorubi 88034101, Florianópolis, SC E-mail: roseli@hu.ufsc.br

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo conhecer a produção teórica sobre cargas de trabalho e condições de trabalho dos profissionais de enfermagem. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa que incluiu artigos científicos, teses e dissertações, indexados nas bases da Biblioteca Virtual de Saúde e Banco Digital de Teses nos últimos dez anos. Entre os 132 trabalhos identificados, foram selecionadas 27 produções. Os resultados indicaram as cargas de trabalho como responsáveis pelo desgaste dos profissionais, influenciando a ocorrência de acidentes e os problemas de saúde. Para amenizar tais cargas de trabalho, os estudos apontam algumas estratégias, como adequação do quantitativo de pessoal, educação continuada e melhores condições de trabalho. Tem-se como desafio a realização de pesquisas que revelem com mais precisão a relação entre as cargas e as condições de trabalho da equipe de enfermagem, haja vista o quanto comprometem a saúde dos trabalhadores.

Descritores: Carga de trabalho. Condições de trabalho. Saúde do trabalhador. Enfermagem do trabalho.

RESUMEN

Estudio que objetivó conocer la producción teórica sobre las cargas de trabajo y condiciones de trabajo de profesionales de enfermería. Para eso, se realizó una revisión integradora que incluyó artículos científicos, tesis o disertaciones, indexados en bases de Biblioteca Virtual de Salud y Banco Digital de Tesis en los últimos diez años. Entre los 132 trabajos identificados, fueron seleccionadas 27 producciones. Los resultados indicaron las cargas de trabajo como responsables por el desgaste de los profesionales, influenciando la ocurrencia de accidentes y problemas de salud. Para amenizar esas cargas de trabajo los estudios apuntan algunas estrategias: adecuación del cuantitativo de personal, educación continuada y mejores condiciones de trabajo. Se tiene el desafío de la realización de pesquisas que revelen con mayor precisión la relación entre las cargas de trabajo y las condiciones de trabajo de la equipe de enfermería, considerándose cuanto estas comprometen la salud de los trabajadores.

Descriptores: Carga de trabajo. Condiciones de trabajo. Salud laboral. Enfermería del trabajo.

ABSTRACT

The objective of this study was to know theoretical production concerning workloads and working conditions for nursing professionals. In order to do this investigation, an integrative review was carried out using scientific articles, theses and dissertations available in two Brazilian databases Virtual Health Care Library and Digital Bank of Dissertations over the last ten years. From 132 identified studies, 27 productions were selected. The results indicate workloads as responsible for professional wearing, which influences the occurrence of work accidents and health care problems. In order to decrease workloads, studies point out some strategies such as adequate numbers of employees, continued education, and better working conditions. The challenge is to continue doing research which reveals with increasing precision the relationships among workloads, working conditions and health of the nursing team.

Descriptors: Workloads. Working conditions. Occupational health. Occupational health nursing.

INTRODUÇÃO

O trabalho em saúde é fundamental para a vida humana. Entende-se trabalho como uma ação transformadora, e na área da saúde especifica-se pela identidade de natureza entre os sujeitos que recebem a assistência e os cuidadores, além da indissociabilidade entre o processo de produção e o produto do trabalho(1).

O processo de trabalho de enfermagem é parte do processo de trabalho em saúde e requer estudos, ações e formulação de estratégias com vistas à realização de cuidados seguros e à valorização profissional(2).

As condições de trabalho da equipe de enfermagem, principalmente nos hospitais, têm sido consideradas impróprias no que concerne às especificidades do ambiente gerador de riscos à saúde. A remuneração inadequada, a acumulação de escalas de serviço, o aumento da jornada de trabalho, as características tensiógenas dos serviços de saúde (tanto pela natureza do cuidado prestado às pessoas em situações de risco quanto pela divisão social do trabalho), a hierarquia presente na equipe de saúde e o desprestígio social, entre outros fatores, associam-se às condições de trabalho da equipe de enfermagem e refletem-se na qualidade da assistência prestada ao usuário e no sofrimento psíquico dos profissionais. Esse conjunto de problemas tem levado diversos profissionais ao abandono da profissão, tendo como consequência a diminuição do quantitativo de profissionais no mercado de trabalho(3).

O Núcleo de Estudos sobre Trabalho, Cidadania, Saúde e Enfermagem (PRÁXIS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem o trabalho como categoria central de análise. O Grupo foi criado visando desenvolver estudos sobre métodos assistenciais e preocupações sobre o trabalho da enfermagem, resgatando a subjetividade e dedicando-se à análise dos sujeitos envolvidos no processo de cuidado em saúde e enfermagem(4). Nesse contexto, é de interesse dos pesquisadores do PRÁXIS conhecer o processo de trabalho e os elementos que interagem na relação trabalhador e objeto, assim como as formas de organização do trabalho, em especial nos aspectos que geram processos de desgaste.

A ideia de carga de trabalho tem sido utilizada na literatura para estudar a saúde dos trabalhadores. Esta é definida como um dos elementos do processo de trabalho que interagem entre si e com o corpo do trabalhador, desencadeando alterações nos processos biopsíquicos, que se manifestam como desgaste físico e psíquico, potenciais ou efetivamente apresentados(5).

Nesse sentido, questiona-se: o que traz a literatura atual sobre a relação entre as condições e as cargas de trabalho dos profissionais de enfermagem? Quais são as principais conclusões dos estudos sobre a temática?

Dessa forma, o presente estudo objetivou conhecer a produção teórica acerca das condições e cargas de trabalho dos profissionais de enfermagem, avaliando os resultados desses estudos como forma de identificar até que ponto esses fatores têm gerado desgaste aos trabalhadores.

METODOLOGIA

Para a realização desse estudo utilizou-se a revisão integrativa, que se caracteriza por resgatar e sumarizar pesquisas anteriores, permitindo conclusões que articulam os resultados obtidos em diferentes estudos(6).

A revisão seguiu as seguintes etapas: seleção do tema e das palavras-chave; definição das bases de dados para busca; estabelecimento dos critérios para seleção da amostra; identificação do panorama geral do resultado da busca; adaptação do formulário para registro dos dados; análise; interpretação dos resultados.

O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de consulta ao portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) incluindo as fontes de informações: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Cochrane, e consulta ao Banco Digital de Teses (BDTD) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), limitando-se às publicações dos últimos dez anos (janeiro de 2000 a agosto de 2010). A busca do material ocorreu entre os meses de março e agosto de 2010, considerando as expressões: "condições de trabalho e cargas de trabalho em enfermagem" e "condições de trabalho e carga de trabalho em enfermagem". Para constituir a amostra foram selecionados os trabalhos que atenderam aos seguintes critérios: textos na forma de artigos, teses ou dissertações disponíveis online na íntegra, que abordassem a temática nos idiomas português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos dez anos.

Considerando-se as bases de dados, foram identificadas 132 publicações. Na BVS, utilizando busca integrada, todos os índices e todas as fontes, apareceram 92 artigos, sendo 70 relacionados a carga de trabalho e 22 a cargas de trabalho. Na BDTD apareceram 40 artigos, 20 com a terminologia carga de trabalho e 20 com cargas de trabalho.

Após a leitura dos títulos e resumos, foi excluída toda publicação duplicada e as não correspondente aos critérios de inclusão. Selecionou-se 27 estudos, que foram sistematizados por meio de formulário de análise individual, que continha os seguintes itens: referências (autor, periódico, ano), tipo de artigo (pesquisa, revisão de literatura ou outros), objetivo central do artigo, metodologia (tipo de estudo, sujeitos, instrumentos de coleta de dados) e resultados dos estudos. Em seguida, realizou-se a leitura dos trabalhos selecionados na íntegra, sendo as informações sistematizadas e categorizadas, visando atender o objetivo da proposta.

Ressalta-se que foram respeitadas integralmente as idéias dos autores, conforme preconiza a lei dos direitos autorais, sendo identificados os trechos aliterais e literais e seus respectivos autores.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O protocolo de pesquisa aplicado aos 27 estudos selecionados permitiu identificar que 12 (44,4%) são artigos em periódicos e 15 (55,5%) são produções de programas de Pós-Graduação, entre dissertações (dez) e teses (cinco). As produções integrantes deste estudo estão expostas na tabela abaixo, na qual são identificados o ano de produção, autor(es), título do trabalho e o local de publicação (Quadro 1).


A partir do Quadro 1 é possível evidenciar que periódicos da área de enfermagem foram os que mais divulgaram trabalhos sobre o tema. A partir de 2006 houve um aumento do número de publicações nessa temática, o que pode estar relacionado com a publicação da Resolução 293/04 do Conselho Federal de Enfermagem sobre Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem(34), já que alguns estudos a partir dessa data trazem tal perspectiva. Outro aspecto que pode ter influenciado as produções foi a estruturação, a partir de 2002, da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria 1679(35), quando já eram encontrados vários estudos sobre a saúde dos trabalhadores. Destaca-se que outros estudos podem ter sido realizados, porém não foram capturados em função das expressões utilizadas.

Em relação aos instrumentos utilizados para coleta de dados, treze trabalhos (48,14%) utilizaram dois tipos de instrumento, dez pesquisas utilizaram apenas um (37,03%) e quatro (14,48%) utilizaram a triangulação.

Os instrumentos para coleta de dados foram utilizados com finalidades distintas. Foram eles: Nursing Activities Score (NAS)(16,22,28,33), Simplified Acute Physiology Score (SAPS II)(16,28) e o Logistic Organ Disfuncion System (LODS)(28).

Esses instrumentos estão voltados ao levantamento da carga de trabalho para subsidiar cálculos de necessidade de força de trabalho para a prestação de cuidados, ou seja, apontam a carga de trabalho como volume/quantidade de trabalho, mas não associam as cargas e a influência que estas podem ter uma sobre a outra. Um dos autores relaciona que a equipe de enfermagem é submetida à sobrecarga de trabalho constante, que se relaciona à variabilidade, simultaneidade das tarefas e responsabilidade nos cuidados prestados(36). Contudo, o autor ainda relata que a realização das tarefas depende da colaboração entre colegas, que influi diretamente no relacionamento intraequipe(36). Com esse olhar, amplia-se o leque de interações das cargas de trabalho para além das condições ambientais, materiais e de processo de trabalho, incluindo-se o relacionamento interpessoal na equipe e as formas de organização do trabalho.

Os sujeitos das pesquisas foram os enfermeiros em sete trabalhos (25,92%), a equipe de enfermagem em doze (44,44%) e a equipe multiprofissional de saúde, que apareceu em dois estudos (7,40%). Em seis trabalhos (22,22%) os pacientes foram os sujeitos do estudo, entretanto, em todos eles o objetivo foi mensurar a carga de trabalho para enfermagem oriunda dos cuidados prestados a esses sujeitos, ou ainda as condições de trabalho e o tempo de permanência junto ao paciente.

Como campo de coleta de dados, 22 pesquisas (81,48%) foram realizadas no ambiente hospitalar, sendo que, dentre estas, cinco (22,72%) foram em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Outros campos de investigação foram: Estratégia de Saúde da Família (ESF), com três estudos (11%); um estudo (3,70%) no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); uma investigação (3,70%) não especificou o campo.

Há o reconhecimento do ambiente hospitalar como insalubre, penoso e perigoso para os profissionais, sendo um local privilegiado para o adoecimento, com riscos de acidentes e doenças de ordem física(37). Além disso, ressalta-se o crescente risco de sofrimento psíquico, devido à alta pressão social e psicológica a que estão submetidos os profissionais tanto na esfera do trabalho quanto fora dela. As difíceis condições de trabalho e de vida podem estar relacionadas a ocorrências de transtornos mentais, como ansiedade e depressão.

Ressalta-se que o tema cargas de trabalho de enfermagem tem sido mundialmente discutido, com vistas a sua implicação na qualidade da assistência prestada aos pacientes, na qualidade de vida dos profissionais de saúde e nos custos hospitalares(28). Além disso, o tema é particularmente importante nas UTIs, devido ao impacto das novas tecnologias no cuidado, às mudanças no perfil dos pacientes graves e às necessidades de mão de obra especializada com aumento dos custos nesse setor.

Nesse contexto, apesar dos termos carga de trabalho e cargas de trabalho apresentarem expressões semelhantes e mesclarem-se na prática, traduzem abordagens diferentes. As condições de trabalho(38) estão relacionadas às cargas de trabalho (físicas, químicas, biológicas, mecânicas, fisiológicas e psíquicas) a que o profissional está submetido. Sob outro enfoque, o termo carga de trabalho é visto com relação ao dimensionamento de pessoal, enquanto quantidade de trabalho.

O que se observa, portanto, é uma diversidade de entendimentos sobre cargas de trabalho, ou seja, em alguns estudos a carga de trabalho é entendida como algo mensurável, principalmente nos estudos que consideram esse item como um dos requisitos para o dimensionamento de pessoal, utilizando instrumentos próprios para a sua mensuração, como, por exemplo, o NAS. Outros estudos entendem as cargas de trabalho na perspectiva da saúde do trabalhador e das condições de trabalho(38).

Nesse sentido, identificou-se nesta revisão integrativa que parte dos estudos aponta a construção e/ou adaptação de instrumentos que aumentam a carga de trabalho principalmente em unidades críticas, oferecendo-os como forma de classificar os pacientes atendidos e a dependência que estes apresentam em relação à equipe de enfermagem, além do tempo que a equipe emprega assistindo o doente(7,28,39).

Ainda percebeu-se nos estudos o interesse dos pesquisadores em relacionar as cargas de trabalho e os acidentes de trabalho, pesquisar os recursos dos trabalhadores para fazer frente, principalmente, à carga psíquica, encontrada como causadora dos desgastes físicos e emocionais da equipe de enfermagem e de saúde.

Em relação às condições de trabalho evidenciou-se a ênfase nas condições ergonômicas do ambiente laboral, com enfoque nas lesões osteomusculares e no absenteísmo por decorrência destas.

Quando analisado o referencial teórico/conceitual utilizado nos estudos, apenas seis estudos (22,22%) o definiram. Esses estudos consideram as cargas de trabalho como elementos do processo de trabalho que interagem entre si e com o corpo do trabalhador, desencadeando alterações nos processos biopsíquicos, que se manifestam como desgastes físicos e psíquicos potenciais ou efetivamente apresentados, os quais devem, portanto, ser analisados no contexto do processo de trabalho(5).

Entendem-se as cargas de trabalho como os elementos que sintetizam a mediação entre o trabalho e o desgaste do trabalhador, as quais não atuam isoladamente, mas em combinação com outras cargas que determinam a condição na qual o trabalhador enfrenta a lógica global do processo de trabalho(5). No contexto dessas considerações se observa que a carga de trabalho enquanto "sobrecarga de trabalho" interfere diretamente no processo de desgaste laboral, tendo relação com as condições de trabalho.

Buscando-se analisar os resultados das produções sobre as cargas de trabalho e as condições de trabalho da equipe de enfermagem, evidenciou-se, em parte dos estudos, as cargas de trabalho como responsáveis pelo desgaste emocional dos profissionais.

Estudiosos observam que para melhor compreender as cargas de trabalho é necessário classificá-las, podendo ser agrupadas em cargas físicas, químicas, biológicas/orgânicas, mecânicas, fisiológicas e psíquicas(5,39), as quais interferem nas condições de trabalho e na saúde dos profissionais.

As cargas físicas são derivadas principalmente das exigências técnicas para a transformação do objeto de trabalho e caracterizam um determinado ambiente de trabalho, com o qual o trabalhador interage cotidianamente. As cargas químicas derivam principalmente do objeto de trabalho e dos meios auxiliares envolvidos em sua transformação, caracterizando o ambiente de trabalho e sua interação cotidiana com o trabalhador. Ainda são derivadas do objeto de trabalho e das condições de higiene ambiental as cargas orgânicas, que incluem qualquer organismo animal ou vegetal que possa determinar danos à saúde do trabalhador(39).

Já as cargas mecânicas são derivadas principalmente da tecnologia, devido a sua operação ou manutenção, aos materiais disponíveis ou ao próprio objeto de trabalho. Essas cargas, no momento em que o trabalhador interage com elas, representam exigências a sua integridade biopsicossocial.

Em relação às cargas fisiológicas e psíquicas, defini-se que as primeiras são oriundas das diversas maneiras de se realizar as atividades e estão constituídas por elementos como esforço físico ou visual, deslocamentos e movimentos exigidos pelas tarefas, espaço de trabalho disponível, posições assumidas em sua execução, horas extras ou intensificação do trabalho, jornadas prolongadas e turnos noturnos e rotativos(39).

As cargas psíquicas constituem-se de elementos que acima de tudo são fontes de estresse. Nesse sentido, pode-se considerar que estas se relacionam com todos os elementos do processo de trabalho e, portanto, com as demais cargas de trabalho. No entanto, em termos mais específicos, a principal fonte pode ser localizada na forma e dinâmica da organização e divisão do trabalho. Não podem ser conceituadas senão em relação ao corpo do trabalhador; sua materialidade está nos processos corporais transformados, ou seja, na corporeidade humana(5).

Na realidade laboral da equipe de enfermagem, enfaticamente no ambiente hospitalar, há sobrecarga de trabalho constante, a qual depende da variabilidade e simultaneidade das tarefas e das responsabilidades nos cuidados, além das condições de trabalho(36,37).

Nesse sentido, o trabalho hospitalar apresenta aspectos muito específicos, como a excessiva carga de trabalho, o contato direto com situações limite, o elevado nível de tensão e os altos riscos para si e para os outros(40). A existência de regime de turnos e plantões permite a ocorrência de duplos empregos e longas jornadas de trabalho, especialmente quando os salários são insuficientes para a manutenção de uma vida digna.

Como consequências da sobrecarga/excesso de trabalho, os estudos selecionados identificaram principalmente: frequentes acidentes com material perfurocortante ou com fluídos e secreções corporais; problemas de saúde, como contusões, hipertensão arterial, alergias, epigastralgias, problemas musculoesqueléticos, adoecimento/sofrimento mental, entre outros. Apontaram, ainda, que essas são algumas das causas do afastamento do trabalho por parte dos profissionais de enfermagem. Entretanto, grande parte dos trabalhadores não percebe os riscos ocupacionais a que estão expostos.

Trabalhos de revisão bibliográfica recentes apontam para o crescente adoecimento dos trabalhadores de enfermagem, resultado das inadequadas condições de trabalho. Esses estudos enfatizam a necessidade de aprofundar os métodos de investigação desses distúrbios relacionados ao trabalho da enfermagem, bem como a grande importância de repensar a organização do trabalho desses profissionais(41).

O aumento das cargas, somado às más condições de trabalho, aponta para uma diminuição da capacidade de trabalho dos profissionais da área. Os turnos de trabalho também apresentam diferentes cargas. Aparentemente, a atividade noturna pode apresentar uma redução de trabalho, entretanto o quantitativo de pessoal também é reduzido, elevando assim as cargas de trabalho, somando-se às cargas fisiológicas pelo horário noturno. Já a jornada diurna apresenta, dentre as cargas de trabalho, a mecânica como mais evidenciada, pela característica dos cuidados com manipulação física, que acontecem majoritariamente nesse período. É observada assim a importância de adequar o número de pessoas em cada turno e setor às demandas do hospital e dos pacientes, com o objetivo de superar as dificuldades e promover melhores condições de trabalho(16,17,36,37).

Entre os achados observou-se o registro, pelos autores, da característica capitalista da sociedade atual como elemento influenciador no trabalho de enfermagem. Dentre as influências, destacou-se o aumento da jornada de trabalho sem proporcional aumento da remuneração, além do aumento do ritmo de trabalho sem aumento do quantitativo de trabalhadores(14,36).

Observou-se também que as pesquisas enfatizaram o aumento do volume de trabalho e a necessidade de domínio de tecnologias como aspectos que reduzem o tempo da equipe de enfermagem disponível para o cuidado dos pacientes(16,17). Constatou-se que o cuidado direto com os pacientes tem sido identificado como fonte de prazer e gratificação, capaz de minimizar as perdas, inclusive as financeiras(37). Com isso percebe-se que o prazer do trabalho está no cuidado do paciente, na sensação do trabalho cumprido, enquanto o desprazer, em geral, relaciona-se com a organização e com as condições de trabalho da enfermagem.

Outro ponto discutido foi a distância entre o trabalho prescrito e o realizado, bem como a contradição entre o ideal de trabalho de equipe em prol do paciente e o trabalho real, fragmentado e realizado em ambiente com pouca cooperação entre grupos e categorias profissionais. As pesquisas mostram que os trabalhadores de enfermagem são responsáveis por tarefas árduas: manobras de reanimação cardiopulmonar, curativos, aspiração de secreções, cuidados de higiene e conforto, manipulação de mobiliário e equipamentos inadequados, danificados e obsoletos, movimentos repetitivos, trabalho em espaços reduzidos, sob iluminação inadequada(14,17). Esses aspectos sinalizam o risco de aumento demasiado das cargas de trabalho entre esses profissionais e a necessidade de medidas que amenizem/eliminem essas cargas, como investimentos na melhoria das condições de trabalho desses indivíduos.

Parte dos estudos sugere a utilização de base científica para subsidiar a prática gerencial do enfermeiro(28,36,37). Com isso, sugerem a adequação entre as necessidades de cuidado dos usuários e quantitativo de pessoal de enfermagem por turno e setor, com o objetivo de superar as dificuldades das tarefas e promover melhores condições de trabalho.

Para recuperação do desgaste da carga de trabalho é importante o desenvolvimento de estratégias de prevenção relacionadas ao ambiente da jornada (descanso, refeições), busca de melhores condições de trabalho, aumento da remuneração desses profissionais, maiores benefícios e investimentos na educação continuada(17,28,41).

Os estudos apontam ainda a necessidade de aprofundamento das reflexões acerca da organização do trabalho em seus aspectos amplos, que envolvem desde as condições de trabalho, a divisão, bem como as relações, no sentido de encontrarem-se estratégias para minimizar o desgaste do trabalhador neste processo.

CONCLUSÕES

Entre os estudiosos do campo da saúde do trabalhador, destacam-se nas produções as formulações teóricas de Laurell e Noriega, as quais tem se constituído no principal referencial(5) utilizado para estudar cargas de trabalho e condições de trabalho na enfermagem.

Os estudos identificam as cargas de trabalho como responsáveis pelo desgaste emocional dos profissionais de saúde e enfermagem, e como consequência da sobrecarga/excesso de cargas de trabalho identificaram a ocorrência de acidentes e problemas de saúde. Com isso, sugerem que a prática gerencial do(a) enfermeiro(a) deve sustentar-se em bases científicas para melhor fundamentar a defesa de quantitativo adequado de pessoal, educação continuada, formulação de estratégias de promoção de melhores condições de trabalho e de prevenção do adoecimento profissional. Propõem essas estratégias para melhorar as condições de trabalho da enfermagem e amenizar/eliminar as cargas de trabalho desses profissionais.

As expressões "carga de trabalho" e "cargas de trabalho" são citadas ora fazendo referência às condições de trabalho, ora relacionando-se ao dimensionamento de pessoal de enfermagem, o que aponta os temas como convergentes e complementares dentro do contexto das condições de trabalho da enfermagem.

Desse modo, tem-se como desafio a realização de pesquisas que revelem com mais precisão a relação entre as cargas de trabalho e as condições de trabalho da equipe de enfermagem, bem como estudos que auxiliem a amenizar/eliminar as cargas e promover melhores condições laborais.

Recebido em: 01/03/2011

Aprovado em: 01/06/2011

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    Roseli Schmoeller
    Rod. Amaro Antônio Vieira, 2008, bl. 3, ap. 201, Itacorubi
    88034101, Florianópolis, SC
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      15 Ago 2011
    • Data do Fascículo
      Jun 2011

    Histórico

    • Recebido
      01 Mar 2011
    • Aceito
      01 Jun 2011
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