Acessibilidade / Reportar erro

Coberturas primárias em pessoas com lesões por pênfigo vulgar: revisão integrativa de literatura

RESUMO

Objetivo:

Identificar a(s) cobertura(s) primária(s) preconizada(s) na literatura para a realização do curativo da pessoa com pênfigo vulgar; descrever as repercussões favoráveis ou desfavoráveis relacionadas a essas coberturas.

Método:

Revisão integrativa de literatura, utilizando os descritores “bandages”, “nursing care”, “nursing”, “skin diseases/vesiculobollous” e “pemphigus”; critérios de inclusão: abordar a cobertura primária para o curativo de pessoas com lesões cutâneas por pênfigo vulgar; publicados entre 2010 e 2017; em português, inglês ou espanhol; indexados na BDENF, LILACS, PubMed e Scopus.

Resultados:

Selecionou-se 08 artigos, sendo sete artigos com níveis de evidência 4 e 5 e apenas um artigo com nível de evidência 3. As coberturas primárias abordadas foram: gel de prata, hidrocolóide, hidrogel, hidrofibra com prata, antibióticos, vaselina esterilizada, pomada à base de corticóide e vitamina E.

Conclusão:

A gaze vaselinada estéril, preparada conforme protocolo, foi a cobertura apresentada em estudo com nível de evidência mais significativo.

Palavras chave:
Enfermagem; Cuidados de enfermagem; Dermatologia; Pênfigo; Bandagens

ABSTRACT

Objective:

To identify the primary bandages recommended in the literature to dress the wounds of people with pemphigus vulgaris and to describe the positive or negative repercussions related to these bandages.

Method:

Integrative literature review, using the descriptors "dressing", "nursing care", "nursing", "skin diseases / vesiculobollous" and "pemphigus"; inclusion criteria: articles that address primary bandages for pemphigus vulgaris skin lesion dressing; published between 2010 and 2017; in Portuguese, English or Spanish; indexed in BDENF, LILACS, PubMed, and/or Scopus.

Results:

eight articles were selected, seven had evidence levels 4 and 5 and one had evidence level 3. The primary bandages covered were: silver gel, hydrocolloid, hydrogel, silver-containing hydrofiber, antibiotics, sterilized vaseline, corticoid, and vitamin E ointment

Conclusion:

Sterile gauze with vaseline, prepared according to protocol, was the bandage presented in the study with the most significant level of evidence.

Keywords:
Nursing; Nursing care; Dermatology; Pemphigus; Bandages

RESUMEN

Objetivo:

Identificar las coberturas principales recomendadas en la literatura para vestir a la persona con pénfigo vulgar; describa las repercusiones favorables o desfavorables relacionadas con esta cobertura.

Método:

Revisión integral de la literatura, utilizando los descriptores " vendajes", "atención de enfermería", "enfermería", "enfermedades cutáneas / vesiculoampolhosas” y "pénfigo"; criterios de inclusión: abordar la cobertura de vendaje primario de personas con lesiones cutáneas por pénfigo vulgar; publicado entre 2010 y 2017; publicado en portugués, inglés o español; indexado en BDENF, LILACS, PubMed y Scopus.

Resultados:

Seleccionamos 08 artículos, siete artículos con niveles de evidencia 4 y 5 y solo un artículo con nivel de evidencia 3. La cobertura principal abordada fue: gel de plata, hidrocoloide, hidrogel, hidrofibra con plata, antibióticos, vaselina esterilizada, pomada de corticoides y vitamina E.

Conclusión:

La gasa vaselinada estéril, preparada según el protocolo, fue la portada presentada en un estudio con el nivel de evidencia más significativo.

Palabras clave:
Enfermería; Atención de enfermería; Dermatología; Pénfigo; Vendajes

INTRODUÇÃO

O pênfigo é uma dermatose bolhosa induzida por autoimunidade, com tendência à progressão, de evolução crônica e ilimitada, com prognóstico reservado11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. . No Brasil, pesquisas demonstram uma maior incidência do pênfigo vulgar (PV) comparada às demais variantes clínicas do pênfigo22. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7.. Essa patologia é relativamente rara, ocorre com maior frequência após os 40 anos, predomina na raça branca e é indiferente em relação ao sexo. Geralmente, a doença inicia-se com bolhas na mucosa oral, podendo durar meses, antes da ocorrência de manifestações cutâneas11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. .

A pele da pessoa diagnosticada com PV sofre um processo acantolítico, ou seja, ocorre uma degeneração intraepidérmica que dá origem a fendas intercelulares que são preenchidas por líquido, resultando na formação de bolhas efêmeras e superficiais. Ao se romperem as formações bolhosas, são reveladas áreas erosivas exsudativas que podem ocasionar prurido, “queimação”22. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7. além de dor e odor fétido semelhante ao “ninho de rato”11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. . Essas lesões apresentam-se em tamanhos variados, podendo ocorrer de forma isolada tendendo, porém, à generalização, tornando-se extensas e disseminadas. Outra característica importante dessa dermatose é o sinal de Nikolsky que indica a atividade da doença e é marcada por fricção ou pressão na pele aparentemente normal próximo à lesão, resultando em deslocamento epidérmico (positivo)11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. .

Sabe-se que os desmossomos são modificações da superfície celular responsáveis pela adesão entre os queratinócitos de toda a epiderme. De acordo com o tipo de pênfigo, determinadas glicoproteínas constituintes dos desmossomos tornam-se antigênicas e induzem a produção de auto anticorpos. Atualmente, considera-se idiopática a etiologia desse fenômeno11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. .

No PV, a localização da clivagem acantolítica é imediatamente acima da camada mais profunda da epiderme, ou seja, a basal, o que confere a essa variante um prognóstico menos otimista em relação às demais, cuja acantólise ocorre em camadas mais superficiais.

O tratamento medicamentoso consiste na administração de altas doses de corticóides, sendo comum, nas formas não responsivas, a administração de metilprednisolona, associada, algumas vezes, a imunossupressores. Em geral, o óbito das pessoas com o referido diagnóstico é resultante de infecções e/ou de complicações secundárias à terapêutica empregada11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. .

Considerando a especificidade e a complexidade dessas lesões, algumas equipes médicas contraindicam o uso de curativos nessa clientela, embora tal conduta não minimize o risco de surgimento de novas bolhas, aderência, dor, desconforto, infecções e infestações22. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7..

Nesse contexto, a escolha de uma cobertura capaz de garantir um ambiente adequado para a cicatrização deve pautar-se nos seguintes critérios: ser de fácil aplicação e remoção; manter-se sobre o leito da lesão até a retirada do curativo; manejar o excesso de exsudato; promover um ambiente úmido; permitir trocas gasosas; promover isolamento térmico; auxiliar no controle microbiano; prevenir infestações; ser confortável, conformável e flexível; prevenir o aparecimento de novas lesões; auxiliar no controle da dor; controlar o odor; não aderir à pele perilesional, nem ao leito da lesão; ser atóxica e hipoalergênica; prevenir espaço morto; auxiliar na hemostasia e proporcionar um bom custo-efetividade22. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7.-33. Aron S, Bergo AMA, Marcondes MGSG. Curativos e coberturas. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos ; 2016. p. 283-6..

Entende-se por cobertura primária “todo material, substância ou produto que se aplica sobre a ferida, formando uma barreira física, com capacidade, no mínimo, de cobrir e proteger o seu leito”33. Aron S, Bergo AMA, Marcondes MGSG. Curativos e coberturas. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos ; 2016. p. 283-6.. Diante do exposto, esse estudo tem por objetivos identificar a(s) cobertura(s) primária(s) preconizada(s) na literatura para a realização do curativo da pessoa com PV; descrever as repercussões favoráveis ou desfavoráveis relacionadas à utilização dessas coberturas.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura (RIL), cuja estratégia metodológica permite “a síntese e análise do conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado”44. Botelho LL, Cunha CCA, Macedo M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão Soc (Online). 2011;5(11):121-36. doi: https://doi.org/10.21171/ges.v5i11
https://doi.org/10.21171/ges.v5i11...
.

Como fundamento necessário à realização de uma RIL, destaca-se a evidência científica, cuja formação se dá pelo conjunto de informações utilizadas para confirmar ou negar uma teoria ou hipótese científica. Nesse contexto, surge a prática baseada em evidências que diz respeito à síntese dos conhecimentos científicos e à utilização dos mesmos para a tomada de decisões na prática clínica da enfermagem55. Grupo Anima Educação. Manual Revisão Bibliográfica Sistemática Integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Belo Horizonte: Grupo Anima Educação; 2014..

Com o objetivo de sistematizar a pesquisa, torna-se necessário cumprir seis etapas distintas: 1. identificação do tema e elaboração da questão norteadora da pesquisa; 2. busca ou amostragem na literatura; 3. coleta de dados nos estudos selecionados; 4. análise crítica dos estudos incluídos; 5. discussão dos resultados; 6. apresentação da revisão/síntese do conhecimento66. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6..

Na primeira etapa, a questão de pesquisa foi elaborada com a aplicação da estratégia PIO, uma sigla no idioma inglês que significa respectivamente “população, intervenção e resultados ”. Esse método permite limitar de forma específica e científica a questão ou problema que se deseja investigar55. Grupo Anima Educação. Manual Revisão Bibliográfica Sistemática Integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Belo Horizonte: Grupo Anima Educação; 2014..

Diante disso, conferiu-se a letra P às pessoas com PV, I às coberturas primárias e O ao curativo, que resultou na seguinte questão norteadora: Qual(is) a(s) cobertura(s) primária(s) indicada(s) na literatura para o curativo de pessoas que apresentam lesões cutâneas ocasionadas por PV?

Na segunda etapa, foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: artigos que tratassem da indicação de uma cobertura primária para o curativo de pessoas com lesões cutâneas por PV; disponíveis online; publicados no período de 2010 a 2017; disponíveis em português, inglês ou espanhol; indexados nas bases de dados: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (PubMed) e SciVerse (Scopus). O levantamento bibliográfico foi realizado no mês de março de 2018, utilizando descritores identificados no Descritores Ciências da Saúde (DeCS/Bireme) e no Medical Subject Headings (MeSH/PubMed): “curativos” (“dressing”), “cuidados de enfermagem” (“nursing care”), “enfermagem” (“nursing”), “dermatopatias vesiculobolhosas” (“skin diseases/vesiculobollous”), “pênfigo” (“pemphigus”). Os descritores foram combinados empregando-se o operador booleano “AND”. Após identificação dos estudos por meio da estratégia de busca, deu-se início à triagem com leitura de títulos e resumos simultaneos, sendo excluídos os que não respondiam ao objeto de estudo/questão de pesquisa e os duplicados. (Figura 1).

Figura 1 -
Fluxograma com os resultados da seleção dos artigos

Na terceira etapa, a extração dos dados dos artigos selecionados foi realizada utilizando instrumento composto com as seguintes variáveis: base de dados; título do artigo; nome (s) do (s) autor (res); ano de publicação; categoria profissional; país de procedência; tipo de estudo e nível de evidência. Tal formulário garante a coleta da totalidade dos dados considerados relevantes66. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6..

Na quarta etapa, utiliza-se o sistema de classificação hierárquica da qualidade das evidências: nível 1: evidências resultantes de metanálise de múltiplos estudos controlados e randomizados; nível 2: evidências de estudos individuais com desenho experimental; nível 3: evidências de estudos quase experimentais, séries temporais ou caso-controle; nível 4: evidências de estudos descritivos (não experimentais ou de abordagem qualitativa); nível 5: evidências de relatos de caso ou de experiência; nível 6: evidências baseadas em opiniões de comitês de especialistas, incluindo interpretações de informações não baseadas em pesquisas, opiniões reguladoras ou legais77. Galvão CM, Sawada NO, Mendes IAC. A busca das melhores evidências. Rev Esc Enferm USP. 2003;37(4):43-50. doi: https://doi.org/10.1590/S0080-62342003000400005
https://doi.org/10.1590/S0080-6234200300...
.

Em relação à quinta etapa da revisão, foi possível confrontar os resultados com o referencial teórico e, assim, identificar lacunas do conhecimento, expor conclusões e vieses da pesquisa66. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6..

Por fim, na última etapa, realizou-se a síntese do conhecimento produzido sobre o tema pesquisado.

RESULTADOS

O Quadro 1, mostra o perfil das produções científicas sobre as coberturas indicadas para a realização do curativo de pessoas acometidas por PV entre 2010 e 2017.

Quadro 1 -
Perfil das produções selecionadas sobre o tema. Niterói, RJ, 2018

Observa-se no quadro 1, ausência de artigos que abordasse o assunto em questão na PubMed. Pode-se constatar que dois dos artigos encontram-se repetidos nas bases de dados BDENF, LILACS e Scopus. Verifica-se que três artigos selecionados foram escritos pela mesma enfermeira brasileira, a qual também escreveu a publicação mais recente (2016). Destaca-se um predomínio de publicações procedentes da área da enfermagem. A maioria das produções foi elaborada no Brasil (5), sendo as demais no México (1), Colômbia (1) e Itália (1). Em relação ao método, destacam-se 05 estudos de caso, 02 revisões de literatura e um estudo quase experimental, o que confere respectivamente, os níveis de evidência 5, 4 e 3. Assim, observa-se a escassez de referências disponíveis abordando o curativo das pessoas acometidas pelo PV. O Quadro 2 apresenta a síntese das produções selecionadas durante a busca.

Quadro 2 -
Síntese dos artigos selecionados. Niterói, RJ, 2018

DISCUSSÃO

Conforme foi apontado no Quadro 2, torna-se pertinente destacar uma observação feita em três dos artigos1111. Brandão ES, Santos I, Carvalho MR, Pereira SK. Evolução do cuidado de enfermagem ao cliente com pênfigo: revisão integrativa de literatura. Rev Rnferm UERJ. 2011;19(3):479-84.-1313. Brandão ES, Santos I, Lanzillotti RS. Redução da dor em clientes com dermatoses imunobolhosas: avaliação pela lógica fuzzi. Online Braz J Nurs. 2016 [cited 2018 May 10];15(4):675-82. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/viewFile/5467/pdf_2n
http://www.objnursing.uff.br/index.php/n...
, e que pode ser estendida aos demais, a recomendação de um curativo oclusivo nas lesões das pessoas com PV. Nesse contexto, o estudo afirmou que a ausência de um curativo expõe a pessoa ao risco de aderência das lesões nas superfícies de contato, além de propiciar infecções, infestações, dificuldade de repouso e de mudança de decúbito e, consequentemente, formação de lesões por pressão.

Constatou-se um número considerável de indicações de medicamentos como cobertura primária nos curativos, tais como os corticóides e os antibióticos tópicos, conforme Quadro 2. Em contrapartida, alguns artigos abordaram o uso de tecnologias que podem ser prescritas por enfermeiros, tais como: hidrogel, hidrocolóide, hidrofibra com e sem prata, vaselina esterilizada e ácidos graxos insaturados.

Dois estudos de caso88. Cortés LN, Santiago SG. Aplicación de un plan de cuidados enfermeros utilizando el modelo de Virginia Henderson (catorce necesidades) a una persona que presenta lesiones causadas por pénfigo vulgear. Rev Enferm Neurol [on line] 2014 [cited 2018 Apr 10];13(1):37-42. Available from: http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=48956
http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/r...
-99. Andrade SMF, Pontes MC, Sano DT, Martins ACGP, Gonzaga Júnior JL. Curativo de hidrofibra com prata: opção de tratamento para pênfigo vulgar. Surg Cosmet Dermatol. 2012;(3):274-6., apresentados no Quadro 2, indicaram coberturas com prata para a prevenção e/ou o tratamento da infecção relacionada ao comprometimento da integridade da pele, que geralmente é caracterizado por lesões extensas e disseminadas22. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7.. O risco de infecção fica associado ao ambiente hospitalar e à baixa imunidade proporcionada pelas altas doses de corticóides sistêmicos e drogas imunossupressoras, pela idade avançada e/ou por doenças crônicas como o diabetes22. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7.,1616. Brandão ES, Santos I, Lanzillotti RS, Ferreira AM, Gamba MA, Azulay-Abulafia L. Nursing diagnoses in patients with imune-bullous dermatoses. Rev Latino-Am Enfermagem. 2016[cited 2018 Mar 10];24:e2766. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_isoref&pid=S0104-11692016000100385&lng=en&tlng=en
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...
. Sobre isso, destaca-se um estudo realizado com o objetivo de identificar os diagnósticos de enfermagem em pacientes com dermatoses imunobolhosas, entre elas, o pênfigo vulgar. Entre os diagnósticos de enfermagem, o “risco de infecção” definido pelo risco de ser invadido por organismos patogênicos, foi identificado em todos os participantes do estudo1616. Brandão ES, Santos I, Lanzillotti RS, Ferreira AM, Gamba MA, Azulay-Abulafia L. Nursing diagnoses in patients with imune-bullous dermatoses. Rev Latino-Am Enfermagem. 2016[cited 2018 Mar 10];24:e2766. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_isoref&pid=S0104-11692016000100385&lng=en&tlng=en
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...
.

Um dos artigos99. Andrade SMF, Pontes MC, Sano DT, Martins ACGP, Gonzaga Júnior JL. Curativo de hidrofibra com prata: opção de tratamento para pênfigo vulgar. Surg Cosmet Dermatol. 2012;(3):274-6. citou o nome comercial da cobertura com prata utilizada durante o estudo de caso, fato que permite inferir a existência de um conflito de interesses.

Em relação ao uso de antibiótico tópico, citado em outros dois artigos1111. Brandão ES, Santos I, Carvalho MR, Pereira SK. Evolução do cuidado de enfermagem ao cliente com pênfigo: revisão integrativa de literatura. Rev Rnferm UERJ. 2011;19(3):479-84.-1212. Brandão ES, Santos I. Evidências do cuidar de pessoas com pênfigo vulgar: desafio à enfermagem. Online Braz J Nurs. 2013 [cited 2018 Mar 15];12(1):162-77. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3674
http://www.objnursing.uff.br/index.php/n...
, ressalta-se que além de não ter a eficácia comprovada cientificamente no tratamento de lesões, aumenta o risco de alergias, de sensibilidade e de resistência bacteriana relacionada ao seu uso indiscriminado. Atualmente, para o tratamento tópico das feridas colonizadas ou infectadas são indicadas coberturas contendo prata como antimicrobiano. Contudo, convém enfatizar que, em caso de infecção, a antibioticoterapia sistêmica é considerada indispensável11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. .

A indicação do hidrocolóide em dois artigos88. Cortés LN, Santiago SG. Aplicación de un plan de cuidados enfermeros utilizando el modelo de Virginia Henderson (catorce necesidades) a una persona que presenta lesiones causadas por pénfigo vulgear. Rev Enferm Neurol [on line] 2014 [cited 2018 Apr 10];13(1):37-42. Available from: http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=48956
http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/r...
,1414. Vigna-Taglianti R, Russi EG, Denaro N, Numico G, Brizio R. Radiation-induced pemphigus vulgaris of the breast. Cancer Radiother. 2011;15(4):334-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01.006
https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01...
incitou questionamento em relação a não especificação sobre a apresentação do produto nos estudos, que pode ser em placa, pasta, grânulo e fibra. Sabendo-se da contraindicação do uso de coberturas adesivas em lesões por PV, devido ao risco de descolamento da pele durante a retirada do curativo, pode-se inferir que o hidrocolóide autoadesivo é uma indicação inadequada. Além disso, a cobertura em questão não possui poder de absorção, sendo indicada para feridas com drenagem baixa a moderada de exsudato33. Aron S, Bergo AMA, Marcondes MGSG. Curativos e coberturas. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos ; 2016. p. 283-6., o que difere do perfil das lesões por PV. Assim, considerando as características e a natureza exsudativa das lesões por PV11. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82. , é possível questionar a indicação do hidrocolóide e do hidrogel como coberturas primárias88. Cortés LN, Santiago SG. Aplicación de un plan de cuidados enfermeros utilizando el modelo de Virginia Henderson (catorce necesidades) a una persona que presenta lesiones causadas por pénfigo vulgear. Rev Enferm Neurol [on line] 2014 [cited 2018 Apr 10];13(1):37-42. Available from: http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=48956
http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/r...
, visto que, esses produtos não promovem a absorção do exsudato, ação relevante para proporcionar um meio ideal para a cicatrização33. Aron S, Bergo AMA, Marcondes MGSG. Curativos e coberturas. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos ; 2016. p. 283-6.) nos casos de pessoas com PV.

Em contrapartida, dois dos artigos99. Andrade SMF, Pontes MC, Sano DT, Martins ACGP, Gonzaga Júnior JL. Curativo de hidrofibra com prata: opção de tratamento para pênfigo vulgar. Surg Cosmet Dermatol. 2012;(3):274-6.,1414. Vigna-Taglianti R, Russi EG, Denaro N, Numico G, Brizio R. Radiation-induced pemphigus vulgaris of the breast. Cancer Radiother. 2011;15(4):334-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01.006
https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01...
destacaram o controle do exsudato com o uso de uma cobertura composta por hidrofibra, destacando que o mesmo aumenta o bem-estar/conforto da pessoa acometida pelo PV. Um desses artigos99. Andrade SMF, Pontes MC, Sano DT, Martins ACGP, Gonzaga Júnior JL. Curativo de hidrofibra com prata: opção de tratamento para pênfigo vulgar. Surg Cosmet Dermatol. 2012;(3):274-6. elegeu o aumento do intervalo entre as trocas do curativo, ou seja, a cada 05 dias, como o responsável pela redução do referido desconforto, uma vez que as trocas expõem o paciente à dor. Por outro lado, destaca-se que a pessoa acometida por esta doença que faz uso dessa cobertura, permanece durante cinco dias sem realizar a higiene corporal, fato que pode provocar grande desconforto. Já o outro estudo1414. Vigna-Taglianti R, Russi EG, Denaro N, Numico G, Brizio R. Radiation-induced pemphigus vulgaris of the breast. Cancer Radiother. 2011;15(4):334-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01.006
https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01...
atribuiu esse benefício à capacidade de gelificação dessa cobertura, visto que, tal propriedade diminui o atrito/fricção, trauma, dor e prurido no leito da lesão. Contudo, considerando o nível de evidência desses estudos66. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6. e o alto custo dessas coberturas, torna-se necessária a realização de estudos clínicos para investigar os reais benefícios, além do custo-efetividade desses curativos.

Por outro lado, um artigo1313. Brandão ES, Santos I, Lanzillotti RS. Redução da dor em clientes com dermatoses imunobolhosas: avaliação pela lógica fuzzi. Online Braz J Nurs. 2016 [cited 2018 May 10];15(4):675-82. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/viewFile/5467/pdf_2n
http://www.objnursing.uff.br/index.php/n...
com nível de evidência 3, ou seja, o mais significativo em relação aos demais estudos selecionados, apresentou resultados positivos em relação a promoção do conforto da pessoa com PV. O curativo proposto, a gaze vaselinada esterelizada, que deve ser preparada conforme protocolo, propiciou a redução da dor e do odor, além do aumento da mobilidade. Segundo as autoras do artigo, tal cobertura deve ser trocada a cada 24 horas, permitindo a higiene diária. A cobertura citada proporciona a manutenção da umidade necessária no leito da lesão, prevenindo a aderência do curativo, resultando na redução da intensidade da dor, e, consequentemente, melhora a mobilidade e o padrão de sono da pessoa com tal diagnóstico. O exsudato é absorvido pelo curativo secundário, sendo recomendado o uso da compressa estéril, fixado com atadura ou malha tubular. A troca diária do curativo e higienização das lesões com soro fisiológico aquecido a 36ºC reduz o odor fétido, o que também confere maior bem-estar a esse indivíduo. Conforme mencionado, o preparo da gaze vaselinada indicada deve seguir um protocolo que norteia a quantidade de gaze e de vaselina a serem utilizadas.

Vale acrescentar que outro estudo1111. Brandão ES, Santos I, Carvalho MR, Pereira SK. Evolução do cuidado de enfermagem ao cliente com pênfigo: revisão integrativa de literatura. Rev Rnferm UERJ. 2011;19(3):479-84. também citou a vaselina como produto primário, porém não fornece dados científicos suficientes para comprovar a sua eficácia no contexto estudado.

Em relação aos ácidos graxos insaturados ou ácidos graxos essenciais (AGEs), citados em um único artigo1515. Pena SB, Guimarães HC, Bassoli SR, Casarin SN, Herdman TH, Barros AL. Nursing diagnoses in Pemphigus Vulgaris: a case study. Int J Nurs Knowl. 2013;24(3):176-9. doi: https://doi.org/10.1111/j.2047-3095.2013.01250
https://doi.org/10.1111/j.2047-3095.2013...
, observou-se o detalhamento dos efeitos microscópicos desse produto em detrimento dos seus benefícios macroscópicos de granulação, epitelização e redução de edema. Entretanto, cabe ressaltar que não há comprovação científica sobre os benefícios desse material no tratamento de lesões1717. Ferreira AM, Souza BMV, Rigotti MA, Loureiro MRD. Utilização dos ácidos graxos no tratamento de feridas: uma revisão integrativa da literatura nacional. Rev Esc Enferm USP. 2012 [cited 2017 Nov 04];46(3)752-60. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000300030
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...
.

Embora apontem aspectos positivos na evolução das lesões, nenhum dos estudos de caso selecionados88. Cortés LN, Santiago SG. Aplicación de un plan de cuidados enfermeros utilizando el modelo de Virginia Henderson (catorce necesidades) a una persona que presenta lesiones causadas por pénfigo vulgear. Rev Enferm Neurol [on line] 2014 [cited 2018 Apr 10];13(1):37-42. Available from: http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=48956
http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/r...
-1010. Zárate ZB, Hernández JCM, Naranjo AS. Presentación de un caso de Pénfigo Vulgar. Rev Univ Ind Santander, Salud. 2012;44(3):49-55.,1414. Vigna-Taglianti R, Russi EG, Denaro N, Numico G, Brizio R. Radiation-induced pemphigus vulgaris of the breast. Cancer Radiother. 2011;15(4):334-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01.006
https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01...
,1515. Pena SB, Guimarães HC, Bassoli SR, Casarin SN, Herdman TH, Barros AL. Nursing diagnoses in Pemphigus Vulgaris: a case study. Int J Nurs Knowl. 2013;24(3):176-9. doi: https://doi.org/10.1111/j.2047-3095.2013.01250
https://doi.org/10.1111/j.2047-3095.2013...
foi capaz de comprovar a eficácia das coberturas indicadas porque abordaram o tratamento em um único indivíduo o que confere a essas pesquisas uma baixa evidência científica. Sobre as demais coberturas citadas (corticoides, pomada hidrofílica e pomadas de vitamina E), constatou-se que os estudos não exploram os efeitos desses produtos no processo cicatricial1010. Zárate ZB, Hernández JCM, Naranjo AS. Presentación de un caso de Pénfigo Vulgar. Rev Univ Ind Santander, Salud. 2012;44(3):49-55.-1212. Brandão ES, Santos I. Evidências do cuidar de pessoas com pênfigo vulgar: desafio à enfermagem. Online Braz J Nurs. 2013 [cited 2018 Mar 15];12(1):162-77. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3674
http://www.objnursing.uff.br/index.php/n...
.

CONCLUSÃO

Considerando os artigos selecionados, a gaze vaselinada esterilizada destaca-se como a cobertura primária mais adequada para o curativo da pessoa com PV, tendo em vista o nível de evidência do estudo realizado e a promoção do conforto proporcionada pelo mesmo, reduzindo a dor, a exposição do corpo e aumentando a mobilidade e o padrão de sono.

As demais coberturas citadas, como por exemplo, a hidrofibra com prata, o hidrocolóide e a vitamina E foram apresentadas em estudos de caso, sendo utilizadas em um único paciente, fato que demonstra a urgência de aprofundar estudos sobre o tema, inclusive sobre o custo-efetividade das coberturas, devendo ser considerada a obrigatoriedade de troca diária, tendo em vista a necessidade da higiene corporal para promoção do conforto.

Diante da precariedade de estudos com níveis de evidência significativos, considerada a principal limitação do estudo, torna-se essencial alertar os enfermeiros para a necessidade de aprofundar estudos clínicos sobre as coberturas a serem utilizadas durante o atendimento a esta clientela específica, no sentido de promover conforto e prevenir agravos, além de reduzir custos.

REFERENCES

  • 1. Hanauer L, Abulafia LA, Azulay DR, Azulay RD. Buloses. Azulay - Dermatologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. p. 267-82.
  • 2. Brandão ES, Santos I, Costa MTF, Jesus PBR. Pênfigos. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos; 2016. p. 223-7.
  • 3. Aron S, Bergo AMA, Marcondes MGSG. Curativos e coberturas. In: Gamba MA, Petri V, Costa MTF. Feridas: prevenção, causas e tratamento. Rio de Janeiro: Santos ; 2016. p. 283-6.
  • 4. Botelho LL, Cunha CCA, Macedo M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão Soc (Online). 2011;5(11):121-36. doi: https://doi.org/10.21171/ges.v5i11
    » https://doi.org/10.21171/ges.v5i11
  • 5. Grupo Anima Educação. Manual Revisão Bibliográfica Sistemática Integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Belo Horizonte: Grupo Anima Educação; 2014.
  • 6. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6.
  • 7. Galvão CM, Sawada NO, Mendes IAC. A busca das melhores evidências. Rev Esc Enferm USP. 2003;37(4):43-50. doi: https://doi.org/10.1590/S0080-62342003000400005
    » https://doi.org/10.1590/S0080-62342003000400005
  • 8. Cortés LN, Santiago SG. Aplicación de un plan de cuidados enfermeros utilizando el modelo de Virginia Henderson (catorce necesidades) a una persona que presenta lesiones causadas por pénfigo vulgear. Rev Enferm Neurol [on line] 2014 [cited 2018 Apr 10];13(1):37-42. Available from: http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=48956
    » http://www.medigraphic.com/cgi-bin/new/resumen.cgi?IDARTICULO=48956
  • 9. Andrade SMF, Pontes MC, Sano DT, Martins ACGP, Gonzaga Júnior JL. Curativo de hidrofibra com prata: opção de tratamento para pênfigo vulgar. Surg Cosmet Dermatol. 2012;(3):274-6.
  • 10. Zárate ZB, Hernández JCM, Naranjo AS. Presentación de un caso de Pénfigo Vulgar. Rev Univ Ind Santander, Salud. 2012;44(3):49-55.
  • 11. Brandão ES, Santos I, Carvalho MR, Pereira SK. Evolução do cuidado de enfermagem ao cliente com pênfigo: revisão integrativa de literatura. Rev Rnferm UERJ. 2011;19(3):479-84.
  • 12. Brandão ES, Santos I. Evidências do cuidar de pessoas com pênfigo vulgar: desafio à enfermagem. Online Braz J Nurs. 2013 [cited 2018 Mar 15];12(1):162-77. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3674
    » http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/3674
  • 13. Brandão ES, Santos I, Lanzillotti RS. Redução da dor em clientes com dermatoses imunobolhosas: avaliação pela lógica fuzzi. Online Braz J Nurs. 2016 [cited 2018 May 10];15(4):675-82. Available from: http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/viewFile/5467/pdf_2n
    » http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/viewFile/5467/pdf_2n
  • 14. Vigna-Taglianti R, Russi EG, Denaro N, Numico G, Brizio R. Radiation-induced pemphigus vulgaris of the breast. Cancer Radiother. 2011;15(4):334-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01.006
    » https://doi.org/10.1016/j.canrad.2011.01.006
  • 15. Pena SB, Guimarães HC, Bassoli SR, Casarin SN, Herdman TH, Barros AL. Nursing diagnoses in Pemphigus Vulgaris: a case study. Int J Nurs Knowl. 2013;24(3):176-9. doi: https://doi.org/10.1111/j.2047-3095.2013.01250
    » https://doi.org/10.1111/j.2047-3095.2013.01250
  • 16. Brandão ES, Santos I, Lanzillotti RS, Ferreira AM, Gamba MA, Azulay-Abulafia L. Nursing diagnoses in patients with imune-bullous dermatoses. Rev Latino-Am Enfermagem. 2016[cited 2018 Mar 10];24:e2766. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_isoref&pid=S0104-11692016000100385&lng=en&tlng=en
    » http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_isoref&pid=S0104-11692016000100385&lng=en&tlng=en
  • 17. Ferreira AM, Souza BMV, Rigotti MA, Loureiro MRD. Utilização dos ácidos graxos no tratamento de feridas: uma revisão integrativa da literatura nacional. Rev Esc Enferm USP. 2012 [cited 2017 Nov 04];46(3)752-60. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000300030
    » http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342012000300030

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Jun 2020
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    13 Ago 2019
  • Aceito
    04 Dez 2019
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem Rua São Manoel, 963 -Campus da Saúde , 90.620-110 - Porto Alegre - RS - Brasil, Fone: (55 51) 3308-5242 / Fax: (55 51) 3308-5436 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: revista@enf.ufrgs.br