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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE; TRABALHO E EDUCAÇÃO: POSSIBILIDADES DE INTEGRAÇÃO NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA

SCIENCE, TECHNOLOGY AND SOCIETY; WORK AND EDUCATION: OPPORTUNITIES IN CURRICULUM INTEGRATION OF PROFESSIONAL AND TECHNOLOGIC EDUCATION

Resumos

Supondo haver lacunas na produção teórica sobre Currículo, especialmen te integrando os campos Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e Trabalho e Educa ção (T&E), este artigo questiona a possibilidade de integrar os pressupostos desses campos no currículo da Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Ciente da im possibilidade de responder cabalmente à indagação, o texto pretende ser ponto de partida para discussões futuras. Primeiramente, analisam-se as obras A estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, e Primavera silenciosa, de Rachel Carson, publi cadas no ano de 1962 - dialogando-se com autores que discutem CTS em educação. Em um segundo momento, analisam-se produções contemporâneas sobre os vín culos entre T&E na sociedade capitalista, evidenciando-se possibilidades de inte gração entre os dois campos, relacionando-os ao currículo da EPT.

CTS; T&E; currículo


Assuming there are gaps in the theoretical production of the field of curriculum, especially integrating the fields Science, Technology and Society (CTS) and Labor and Education (T&E), this article questions the possibility of integrating the assumptions of these fields in the curriculum of Vocational and Technological Education (VTE). Aware of the impossibility to fully respond to the inquiry, the text aims to be a starting point for future discussions. First, we analyze the works The Structure of Scientific Revolutions, by Thomas Kuhn, and Silent Spring, by Rachel Carson, published in 1962 - in dialogue with authors discussing CTS in education. Secondly, we analyze contemporary productions about the links between T&E in capitalist society, showing the possibilities of integration between the two fields, linking them to the curriculum of the VTE.

CTS; T&E; curriculum


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  • 1
    O conceito de "campo" foi tomado tal como definido por Bourdieu (1983, p. 122 -123): "sistema de relações objetivas entre posições adquiridas [...] [em que está em jogo] o monopólio da autoridade científica definida [...] como capacidade técnica e poder social [...] monopólio da competência científica[...] (grifos no original).
  • 2
    A obra A estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, utilizada neste texto, é representada por sua quinta edição, publicada como parte da Coleção Debates - Editora Perspectiva, 1998. A obra Primavera silenciosa, de Rachel Carson, é repre sentada por sua segunda edição - Editora Melhoramentos, 1969.
  • 3
    Disponível em <http://www.guardian.co.uk>. Acesso em: 05 maio 2011. 4Atribui-se a Thomas Kuhn o papel de um dos precursores do antirrealismo cien tífico (HOSTINS, 2006). O antirrealismo científico afirma que o discurso faz par te da construção do objeto que supostamente descreve, opondo-se ao realismo científico, perspectiva segundo a qual a teoria representa a aproximação de um objeto que existe apriori. No entanto, é necessário ressaltar que, em A estrutura das revoluções científicas, a perspectiva está inscrita no realismo.
  • 4
    Abelardo Bento Araújo - Mestrando em Educação Tecnológica pelo Centro Fede ral de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). e-mail: belo20rpm@yahoo.com.br
  • 5
    Maria Aparecida da Silva - Doutora em Educação pela UNICAMP. Professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FAE/UFMG). Professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG ). e-mail: masilva988@hotmail.com

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Abr 2012

Histórico

  • Recebido
    13 Jun 2011
  • Aceito
    15 Out 2011
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