Acessibilidade / Reportar erro

O ENSINO INFORMAL DE CIÊNCIAS NO AMBIENTE DE POSTOS DE SAÚDE: UMA ANALOGIA COM O AMBIENTE MUSEOTÉCNICO À LUZ DA TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA DE VIGOTSKI

THE INFORMAL TEACHING OF SCIENCE IN A HEALTH CENTER: AN ANALOGY WITH THE MUSEOGRAPHICAL ENVIRONMENT UNDER THE LIGHT OF VIGOTSKI'S SOCIAL AND HISTORICAL THEORY

Resumos

O objetivo da pesquisa foi delinear a ocorrência do ensino informal de Ciências no ambiente de postos de saúde, especialmente por intermédio de cartazes e folhetos expostos nesses locais. Foi feita uma analogia com o que acontece em museus e centros de Ciências, levando em consideração a teoria sócio-histórica de Vigotski. Postos de saúde são instituições que não têm como principais objetivos a divulgação científica e o ensino de Ciências, mas constatamos que podem oferecer importantes situações de ensino informal para a área da saúde. Acreditamos que aspectos teóricos e práticos já observados em estudos de museus e centros de Ciências podem ser úteis para maior compreensão e melhor aproveitamento desse potencial.

Alfabetização Científica; Saúde; Cidadania.


This research was aimed at delineate the occurrence of informal teaching of Science in health centers. Through posters and leaflets displayed in these locations, as well as interviews with users, we managed to build an analogy with Science museums and centers under the light of Vigotski's social and historical theory. Scientific dissemination and Science teaching are not the primary objectives of health centers, but the results obtained, indicate that these environments can provide important informal learning situations, especially when it comes to the Health field. Theoretical and practical aspects that have already been observed in studies of museums and Science centers can help us understand the use of this potential.

Scientific Literacy; Health; Citizenship.


Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • ALMEIDA, A. M. The personal context of a museum experience: similarities and differences between science and art museums. Hist. cienc. Saúde, Manguinhos, RJ, v. 12, supl. 0, p. 31-53, 2005.
  • BIANCONI, M. L.; CARUSO, F. Educação não-formal. Ciência e Cultura, Campinas, v. 57, n. 4, p. 20-20, 2005.
  • BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Brasília, DF: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988.
  • BRASIL. Congresso Nacional. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF: Senado Federal, Centro Gráfico, 1990.
  • COLINVAUX, D. Science museums and psychology: interactivity, experimentation, and context. Hist. Cienc. Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 12, supl. 0, p. 79-91, 2005.
  • COOMBS, P. A crise mundial da educação. São Paulo: Perspectiva, 1986.
  • COOMBS, P.; AHMED, M. Attacking rural poverty: How now-formal education can help. New York: ICED, 1973.
  • FALK, J.; DIERKING, L. The museum experience. Washington: Whalesback Books, 1992.
  • GASPAR, A. Museus e centros de ciências: conceituação e proposta de um referencial teórico. 1993. 118 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.
  • GASPAR, A.; MONTEIRO, I. C. C. Atividades experimentais de demonstrações em sala de aula: uma análise segundo o referencial da teoria de Vigotski. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 10, n. 2, 2005.
  • GOHN, M. G. Educação não-formal na pedagogia social. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE PEDAGOGIA SOCIAL, 1, 2006, São Paulo. Proceedings online... São Paulo: Faculdade de Educação, USP, 2006. Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0 000000092006000100034&script=sci_arttext>. Acesso em: 02 maio 2007.
    » http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0 000000092006000100034&script=sci_arttext
  • MARANDINO, M. Interfaces na relação museu-escola. Cad.Cat.Ens.Fís. Florianópolis, v. 18, n.1, p.85-100, abr. 2001.
  • RODRIGUES, A; MARTINS, I. P. Ambientes de ensino não-formal de ciências: impacte nas práticas de professores do 1º ciclo do ensino básico. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, número extra, 2005.
  • VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001
  • WAGENSBERG, J. O museu total, uma ferramenta para a mudança social. In: CONGRESSO MUNDIAL DE CENTROS DE CIÊNCIAS, 4. 2005, Rio de Janeiro, Textos provocativos... Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.
  • WERTSCH, J. Mediated action. In: BECHTEL, W.; GRAHAM, G. (eds.). A companion to cognitive science. Oxford: Blackwell, 1999, p. 518-525.
  • 1
    De acordo com Wagensberg (2005), há possibilidades que convergem em três tipos de interatividade nos museus: hands on (manipulação); minds on (reflexão) e heart on (emoção, sentimento).
  • 2
    Optamos pelo uso da grafia Vigotski. As citações diretas seguem a grafia original dos autores.
  • 3
    Ferramentas culturais são meios simbólicos e sistemas de significados diversos, como linguagem escrita e oral, instrumentos tecnológicos e ciência (COLINVAUX, 2005).
  • 4
    Os cartazes foram cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde e apresentavam as seguintes características: i) sarampo - 19 cm x 21 cm, colorido, produzido pelo Ministério da Saúde; ii) rubéola - 14 cm x 20 cm, colorido, produzido por meio de convênio entre a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde; iii) dengue - 47 cm x 60 cm; colorido, produzido pelo Ministério da Saúde.
  • *
    Julio César Castilho Razera - Doutor em Educação para a Ciência pela UNESP. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Biológicas e do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Formação de Professores da UESB. E-mail: juliorazera@yahoo.com.br
  • **
    Carla Santana Santos Souza - Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Abr 2013

Histórico

  • Recebido
    27 Jan 2011
  • Aceito
    09 Out 2011
Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antonio Carlos, 6627, CEP 31270-901 Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, Tel.: (55 31) 3409-5338, Fax: (55 31) 3409-5337 - Belo Horizonte - MG - Brazil
E-mail: ensaio@fae.ufmg.br