Acessibilidade / Reportar erro

Bioética global na perspectiva da bioética crítica

Global bioethics from the perspective of critical bioethics

Bioética global desde la perspectiva de la bioética crítica

Resumos

Desde os anos 1990 a bioética tem se aproximado cada vez mais das discussões internacionais relacionadas à saúde e às ciências da vida, o que levou alguns autores a referir-se à "bioética global". O presente artigo analisa este conceito tal como elaborado nas perspectivas de três formulações teóricas da bioética norte-americana: a de Van Rensselaer Potter, a de Tristam Engelhardt e a de Beauchamp e Childress. Ao balancear as potencialidades e as insuficiências das abordagens destes autores, propõe a "bioética crítica" como alternativa teórica melhor capacitada para enfrentar os temas globais da bioética a partir da perspectiva histórica dos países do Sul global.

Bioética; Bioética global; Crítica; Saúde global


Since the 1990s bioethics has increasingly approached the discussions related to international health and life sciences, which led some authors to refer to the "global bioethics". This article examines this concept as elaborated in the theoretical perspectives of three formulations of North American bioethics: Van Rensselaer Potter, the Tristram Engelhardt, and Beauchamp and Childress. By balancing the strengths and weaknesses of the approaches of these authors, it is proposed the "critical bioethics" as the best qualified alternative theoretical to address the global issues of bioethics from the historical perspective of the countries of the Global South.

Bioethics; Global bioethics; Critical; Global health


Desde la década de 1990 la bioética se ha acercado cada vez más a los debates relacionados con las ciencias de la vida y la salud internacional, lo que llevó a algunos autores a referirse a la "bioética global". En este artículo se examina este concepto desarrollado en las perspectivas teóricas de tres formulaciones de la bioética estadunidense: Van Rensselaer Potter, Tristram Engelhardt y Beauchamp y Childress. Al evaluar las fortalezas y debilidades de los enfoques de estos autores, propone la "bioética crítica" como una alternativa teórica más cualificada para hacer frente a los problemas mundiales de la bioética desde la perspectiva histórica de los países del Sur global.

Bioética; Bioética global; Crítico; Salud global


  • 1
    Fortes PAC, Carvalho RRP, Tittanegro GR, Pedalini LM, Sacardo DP. Bioética e saúde global: um diálogo necessário. Rev. bioét. (Impr.). 2012;20(2):219-25.
  • 2
    Meireles ACPR, Oliveira CC. Bioética e saúde global: cuidados primários como instrumento de justiça social? Rev. bioét. (Impr.). 2012;20(1):208-14.
  • 3
    Demo P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas; 2000.
  • 4
    Potter VR. Bioethics: bridge to the future. Englewood Cliffs: Prentice Hall; 1971.
  • 5
    Beauchamp TL, Childress JF. Principles of biomedical ethics. 7ª ed. New York: Oxford; 2013.
  • 6
    United Nations Educational, Scientific and Cultural Organizations. Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. [Internet]. Paris: Unesco; 2005 (acesso nov. 2013). Disponível: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001461/146180E.pdf
  • 7
    United Nations Educational, Scientific and Cultural Organizations. Report of the International Bioethics Committee on social responsibility and health. [Internet]. Paris: Unesco/IBC; 2010 (acesso nov. 2013). Disponível: http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001878/187899E.pdf
  • 8
    Semplici S. The importance of 'social responsibility' in the promotion of health. Med Health Care Philos. 2011;14(4):355-63.
  • 9
    ten Have H, Gordijn B. Travelling bioethics . Med Health Care Philos. 2011;14(1):1-3.
  • 10
    Potter VR. Global bioethics: building on the Leopold Legacy. Michigan: Michigan State University; 1988.
  • 11
    Potter VR, Potter L. Global bioethics: converting sustainable development to global survival. Med Glob Surviv. 1995;2(3):185-91.
  • 12
    Potter VR. Fragmented ethics and "bridge bioethics". Hastings Cent Rep 1999;29(1):38-40.
  • 18. Engelhardt HT Jr. Bioética global: uma introdução ao colapso do consenso. In: Engelhardt HT Jr, organizador. Bioética global: o colapso do consenso. São Paulo: Paulinas: 2012. p. 19-40.
  • 31. Lorenzo C. Teoria crítica e bioética: um exercício de fundamentação. In: Porto D, Garrafa V, Martins GZ, Barbosa SN. Bioéticas, poderes e injustiças: 10 anos depois. Brasília: CFM/Cátedra Unesco de Bioética/SBB; 2012. p. 173-89.
  • 32. Andraos C, Lorenzo C. Sistema suplementar de saúde e internação domiciliar de idosos na perspectiva da bioética crítica. Rev. bioét. (Impr.). 2013;21(3):525-35.
  • 33. Astraín R. Pensamiento crítico latinoamericano. In: Tealdi JC, director. Diccionario Latinoamericano de Bioética. Bogotá: Unibiblos/Unesco; 2008. p. 3-5.
  • 34. Schramn F. Bioética da proteção: ferramenta válida para enfrentar problemas morais na era da globalização. Rev. bioét. (Impr.). 2008;16(1):11-23.
  • 35. Garrafa V, Porto D. Intervention bioethics: a proposal for peripheral countries in a context of power and injustic. Bioethics. 2003;17(5-6):399-416.
  • 36. Nobre M. Curso livre de teoria crítica. 3ª ed. Campinas: Papirus; 2011.
  • 37. Quijano A. Colonialidad del poder y clasificación social. In: Castro-Gómez S, Grosfoguel R. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; 2007. p. 93-126.
  • 38. Grosfoguel R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: Santos BSS, Meneses MP, organizadores. Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina; 2009. p. 383-417.
  • 39. Mignolo W. Desobediência epistêmica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad, gramática de la descolonialidad. Buenos Aires: Del Signo; 2010.
  • 40. Habermas J. The theory of communicative action. London: Beacon Press; 1986.
  • 41. Horkheimer M. Teoría crítica. Buenos Aires: Amarrortu Editores; 2003.
  • 42. Cox RW. Social forces, states and world orders: beyond international relations theory. Millennium: Journal of International Studies. 1981;(2):126-55.
  • 43. Cortina A. Ética mínima: introducción a la filosofía práctica. 6ª ed. Madrid: Tecnos; 2000.
  • 44. Nascimento WF, Garrafa V. Por uma vida não colonizada: diálogo entre bioética de intervenção e colonialidade. Saúde Soc. 2011;20(2):287-99.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Maio 2014
  • Data do Fascículo
    Abr 2014

Histórico

  • Aceito
    28 Fev 2014
  • Recebido
    19 Nov 2013
  • Revisado
    04 Fev 2014
Conselho Federal de Medicina SGAS 915, lote 72, CEP 70390-150, Tel.: (55 61) 3445-5932, Fax: (55 61) 3346-7384 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: bioetica@portalmedico.org.br