Acessibilidade / Reportar erro

Alguns condicionantes do ambiente institucional da filière das plantas medicinais no Brasil

Resumos

Este artigo busca divulgar os resultados da dissertação "A Filière das Plantas Medicinais no Brasil - Um Breve Recorte a Partir de Abordagens Econômicas Dinâmicas". Seu foco é a percepção do ambiente institucional dessa filière através de atores entrevistados. As abordagens empregadas foram a Teoria dos Custos de Transação, a Teoria Evolucionista e a Teoria da Coerência Corporativa. As técnicas empregadas na coleta de dados foram a entrevista e a observação não-participante. Auferiu-se que os dois fatores que mais afetam os custos de transação e que acabam por definir a escolha dos arranjos contratuais pelas firmas na amostra da filière estudada são a incerteza e a especificidade de ativos. Conclui se que existe uma assimetria de informações e ativos específicos entre os atores da filière, o que possibilita a apropriação iníqua dos ganhos por atores com maior poder de barganha, devido a uma disfunção reguladora e indutora do desenvolvimento na esfera institucional.


This paper aims to publicize the results of the dissertation "The Filière of Medicinal Plants in Brazil - A Brief Outline from Dynamic Economic Approaches" concerning the perception of it's actors with the institutional sphere. The approaches utilized were from the Theory of Transaction Costs, the Evolutionist Theory and the Theory of Corporate Coherence. The techniques employed were the interview and the nonparticipant observation. It follows that the two factors which affected the most the transaction costs and which end up defining the choice of the contractual arrangements by the concerns in the sample of the filière studied, are the uncertainty and the specificity of assets. It's concluded that an asymmetry of information and specific assets among the actors of the filière exists, which enables the support of the appropriation of the gains by actors with the greatest bargaining power, due to a dysfunction regulating and inducing the development in the institutional sphere.


ARTIGOS / ARTICLES

Alguns condicionantes do ambiente institucional da filière das plantas medicinais no Brasil

Enio Antunes RezendeI; Maria Teresa Franco RibeiroII

IDoutorando do NPGA/UFBA

IIProfª Adjunta - Escola de Administração / UFBA

R ESUMO

Este artigo busca divulgar os resultados da dissertação "A Filière das Plantas Medicinais no Brasil – Um Breve Recorte a Partir de Abordagens Econômicas Dinâmicas". Seu foco é a percepção do ambiente institucional dessa filière através de atores entrevistados. As abordagens empregadas foram a Teoria dos Custos de Transação, a Teoria Evolucionista e a Teoria da Coerência Corporativa. As técnicas empregadas na coleta de dados foram a entrevista e a observação não-participante. Auferiu-se que os dois fatores que mais afetam os custos de transação e que acabam por definir a escolha dos arranjos contratuais pelas firmas na amostra da filière estudada são a incerteza e a especificidade de ativos. Conclui se que existe uma assimetria de informações e ativos específicos entre os atores da filière, o que possibilita a apropriação iníqua dos ganhos por atores com maior poder de barganha, devido a uma disfunção reguladora e indutora do desenvolvimento na esfera institucional.

A BSTRACT

This paper aims to publicize the results of the dissertation "The Filière of Medicinal Plants in Brazil – A Brief Outline from Dynamic Economic Approaches" concerning the perception of it's actors with the institutional sphere. The approaches utilized were from the Theory of Transaction Costs, the Evolutionist Theory and the Theory of Corporate Coherence. The techniques employed were the interview and the nonparticipant observation. It follows that the two factors which affected the most the transaction costs and which end up defining the choice of the contractual arrangements by the concerns in the sample of the filière studied, are the uncertainty and the specificity of assets. It's concluded that an asymmetry of information and specific assets among the actors of the filière exists, which enables the support of the appropriation of the gains by actors with the greatest bargaining power, due to a dysfunction regulating and inducing the development in the institutional sphere.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text avaliable only in PDF.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALENCAR, E. Introdução à metodologia de pesquisa social. Lavras: UFLA, 1999. 125 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE FITOTERÁPICOS, Impresso cedido. 2002. 15 p.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Entering the Field of Qualitative Research. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Handbook of Qualitative Research. Sage, 1994. p. 1- 18.

DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories – the determinants and ditretions of technical change and the transformation of the economy. Research Policy, Amsterdam, v. 11, n. 3, p. 197-162, 1982.

DOSI, G.; SOETE, L. Technological Innovation and International Competitiveness. In: NIOSI, J. Technology and national competitiveness, technological innovations and international competition. Montreal: Université du Quebec, 1987. cap. 5.

DOSI, G.; TEECE, D.; WINTER, S. Toward a theory of corporate coherence. In: DOSI, G.; GIANETTI, R.; TONINELLI, P. A. Technology and enterprise in a historical perspective. Oxford: Claredon, 1992. p. 185-211.

FERREIRA, S. H. (Org.). Medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil. Rio de Janeiro: ABC, 1998. 132 p.

FREEMAN, C. The economics of industrial innovation. New York: Penguin Books, 1974.

LAMBERT, J.; SRIVASTAVA, J.; VIETMEYER, N. Medicinal plants: rescuing a global heritage. Washington, DC: World Bank Technical Paper, 1997. n. 335.

LIMOEIRO, M. C. O Mito do método. Rio de Janeiro: Associação dos Geógrafos Brasileiros, 1976. p. 60-101. (Boletim Carioca de Geografia).

MONTANARI JR., I. Exploração econômica de plantas medicinais da Mata Atlântica. Campinas: CPQBA/UNICAMP, 1999. (Mimeografado cedido pelo autor. )

NELSON, R. R. The roles of firms in technical advance: a perspective from evolucionary teory. In: DOSI, G.; GIANNETTI, R.; TONINELLI, P. (Ed.). Technology enterprise ina a historical perspective. Oxford: Charedon. 1994. 415 p.

NODARI, R. O.; GUERRA, M. P. Biodiversidade: aspectos biológicos, legais e éticos. In: SIMÕES, C. M. O. et al. (Org.) Farmacognosia, da planta ao medicamento. Florianópolis: UFSC, 1999.

NORTH, D. C. Custos de Transação, Instituições e Desempenho Econômico. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1994. 38 p.

PONDÉ, J. L. S. Coordenação e aprendizado: elementos para uma teoria das inovações institucionais nas firmas e nos mercados. 1993. 152 p. Dissertação (Mestrado em Economia) – Universidade de Campinas, Campinas, SP.

PONDÉ, J. L. S; FAGUNDES, J.; POSSAS, M. Custos de transação e políticas de defesa da concorrência. Disponível em: <www.ufrj.br/ie>. Acesso em: dez. 2001.

POSSAS, S. Concorrência e competitividade: notas sobre estratégia e dinâmica seletiva na economia capitalista. Campinas: Hucitec, 1999.

REZENDE, E. A. A Filière das Plantas Medicinais no Brasil: Um Breve Recorte a partir de Abordagens Econômicas Dinâmicas. 2002. 161p. Dissertação (Mestrado em Adminstração) – Universidade Federal de Lavras, Departamento de Administração e Economia.

RIBEIRO, M. T. F. Estudo da dinâmica do processo de inovação na agricultura através da atuação de centros de pesquisa tecnológica – um enfoque na problemática mineira – Lavras: UFLA, 1999. (Impresso cedido pela autora).

TEECE, D. J. Strategies for capturing the financial benefits from technological innovation. In: ROSENBERG N.; LANDAU, R.; MOWERY, D.C. (Ed.). Techology and the wealth of nations. California: Stanford, 1992.

TIGRE, P. B. Inovação e Teorias da firma em três paradigmas. Revista de Economia Contemporânea, São Paulo, v. 2, n. 3, p. 67-109, jan./jun. 1998.

TYLER, V. E. Plant drugs in the twenty-first century. Economic Botany, Bronx, v. 3, n. 40, p. 279-288, July/Sept. 1986.

UTTERBACK, J. M. Dominando a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996.

WILLIAMSON, O. E. Economics and organization: a primer. California Manegement Review, Berkeley, v. 32, n. 2, p. 131-139, 1996. (a)

WILLIAMSON, O. E. La lógica de la organización económica. In: WILLIAMSON, O. E.; WINTER, S. G. La natureza de la empresa: orígenes evolución y desarollo. México, DF: Fondo de Cultura Econômica, 1996. p. 220-247. (b)

WILLIAMSON, O. E. Transaction cost economics, how it works and where is headed. De Economist, Dordrecht, v. 146, n. 1, p. 221-239, 1998.

  • ALENCAR, E. Introdução à metodologia de pesquisa social Lavras: UFLA, 1999. 125 p.
  • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE FITOTERÁPICOS, Impresso cedido. 2002. 15 p.
  • DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Entering the Field of Qualitative Research. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. Handbook of Qualitative Research Sage, 1994. p. 1- 18.
  • DOSI, G.; SOETE, L. Technological Innovation and International Competitiveness. In: NIOSI, J. Technology and national competitiveness, technological innovations and international competition. Montreal: Université du Quebec, 1987. cap. 5.
  • DOSI, G.; TEECE, D.; WINTER, S. Toward a theory of corporate coherence. In: DOSI, G.; GIANETTI, R.; TONINELLI, P. A. Technology and enterprise in a historical perspective. Oxford: Claredon, 1992. p. 185-211.
  • FERREIRA, S. H. (Org.). Medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil. Rio de Janeiro: ABC, 1998. 132 p.
  • FREEMAN, C. The economics of industrial innovation. New York: Penguin Books, 1974.
  • LAMBERT, J.; SRIVASTAVA, J.; VIETMEYER, N. Medicinal plants: rescuing a global heritage. Washington, DC: World Bank Technical Paper, 1997. n. 335.
  • LIMOEIRO, M. C. O Mito do método. Rio de Janeiro: Associação dos Geógrafos Brasileiros, 1976. p. 60-101. (Boletim Carioca de Geografia).
  • MONTANARI JR., I. Exploração econômica de plantas medicinais da Mata Atlântica Campinas: CPQBA/UNICAMP, 1999. (Mimeografado cedido pelo autor.
  • NELSON, R. R. The roles of firms in technical advance: a perspective from evolucionary teory. In: DOSI, G.; GIANNETTI, R.; TONINELLI, P. (Ed.). Technology enterprise ina a historical perspective. Oxford: Charedon. 1994. 415 p.
  • NODARI, R. O.; GUERRA, M. P. Biodiversidade: aspectos biológicos, legais e éticos. In: SIMÕES, C. M. O. et al. (Org.) Farmacognosia, da planta ao medicamento Florianópolis: UFSC, 1999.
  • NORTH, D. C. Custos de Transação, Instituições e Desempenho Econômico Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1994. 38 p.
  • PONDÉ, J. L. S; FAGUNDES, J.; POSSAS, M. Custos de transação e políticas de defesa da concorrência Disponível em: <www.ufrj.br/ie>. Acesso em: dez. 2001.
  • POSSAS, S. Concorrência e competitividade: notas sobre estratégia e dinâmica seletiva na economia capitalista. Campinas: Hucitec, 1999.
  • TEECE, D. J. Strategies for capturing the financial benefits from technological innovation. In: ROSENBERG N.; LANDAU, R.; MOWERY, D.C. (Ed.). Techology and the wealth of nations. California: Stanford, 1992.
  • TIGRE, P. B. Inovação e Teorias da firma em três paradigmas. Revista de Economia Contemporânea, São Paulo, v. 2, n. 3, p. 67-109, jan./jun. 1998.
  • TYLER, V. E. Plant drugs in the twenty-first century. Economic Botany, Bronx, v. 3, n. 40, p. 279-288, July/Sept. 1986.
  • UTTERBACK, J. M. Dominando a dinâmica da inovação Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996.
  • WILLIAMSON, O. E. Economics and organization: a primer. California Manegement Review, Berkeley, v. 32, n. 2, p. 131-139, 1996.
  • WILLIAMSON, O. E. La lógica de la organización económica. In: WILLIAMSON, O. E.; WINTER, S. G. La natureza de la empresa: orígenes evolución y desarollo. México, DF: Fondo de Cultura Econômica, 1996. p. 220-247.
  • WILLIAMSON, O. E. Transaction cost economics, how it works and where is headed. De Economist, Dordrecht, v. 146, n. 1, p. 221-239, 1998.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Nov 2014
  • Data do Fascículo
    Abr 2003
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Av. Reitor Miguel Calmon, s/n 3o. sala 29, 41110-903 Salvador-BA Brasil, Tel.: (55 71) 3283-7344, Fax.:(55 71) 3283-7667 - Salvador - BA - Brazil
E-mail: revistaoes@ufba.br