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Compreendendo o crescimento das firmas: ferramentas de análise baseadas em chandler e penrose

Resumos

A partir dos aportes conceituais de Chandler e Penrose, são examinados os movimentos de crescimento das firmas, definidos pelo confronto entre forças de mudança e forças de resistência. Nessa perspectiva, desenvolvem-se quatro ferramentas com o objetivo de compreender a dinâmica do crescimento das empresas. De modo a facilitar a compreensão do uso de tais ferramentas, o trabalho ilustra a abordagem metodológica utilizando o caso da Standard Oil/Exxon.


From the conceptual ideas of Chandler and Penrose, it will be examined the firm’s growth movement, defined by the confrontation of change and resistance forces. In this perspective, it could be developed four analysis tools to provide knowledge of the firm’s growth dynamics. In order to facilitate the comprehension and use of the tools, the work illustrates the methodology using the Standard Oil/Exxon case.


ARTIGO

Compreendendo o crescimento das firmas: ferramentas de análise baseadas em chandler e penrose

Leonardo Gomes CardosoI, José Vitor BomtempoII, Helder Queiroz Pinto JuniorIII

IDoutorando Escola de Química/UFRJ

IIProf. Escola de Química/UFRJ

IIIProf. Instituto de Economia/UFRJ

RESUMO

A partir dos aportes conceituais de Chandler e Penrose, são examinados os movimentos de crescimento das firmas, definidos pelo confronto entre forças de mudança e forças de resistência. Nessa perspectiva, desenvolvem-se quatro ferramentas com o objetivo de compreender a dinâmica do crescimento das empresas. De modo a facilitar a compreensão do uso de tais ferramentas, o trabalho ilustra a abordagem metodológica utilizando o caso da Standard Oil/Exxon.

ABSTRACT

From the conceptual ideas of Chandler and Penrose, it will be examined the firm’s growth movement, defined by the confrontation of change and resistance forces. In this perspective, it could be developed four analysis tools to provide knowledge of the firm’s growth dynamics. In order to facilitate the comprehension and use of the tools, the work illustrates the methodology using the Standard Oil/Exxon case.

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REFERÊNCIAS

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9 O termo "teoria do crescimento da firma" é usado aqui de forma alegórica, apenas representando o conjunto de contribuições sobre o assunto, uma vez que, de acordo com Penrose (1959), não existe uma teoria definida para o crescimento da firma.

______________. The Standard Oil Company: combination, consolidation and integration. Harvard Business School case no. 9-362-001 , 1989, 30p.

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1 Conforme proposto por Fleck (2001).

2 Os agentes complementadores são chamados assim por não fazerem parte da indústria. Por exemplo:

agentes reguladores de mercado, órgãos ambientais etc.

3 Os movimentos híbridos foram propostos inicialmente por FLECK (2001).

4 Se uma empresa, por exemplo, entra em um negócio e cresce rapidamente, ela pode estar sujeita no futuro a interferências dos órgãos de defesa da concorrência

5 Empresas formadas pela cisão da Velha Standard Oil of New Jersey (Fonte: WHATEVER, 2003): Standard Oil Company of New York (Socony), Atlantic Refining (Atlantic), Standard Oil of New Jersey (Jersey Standard), Standard Oil of Ohio (Sohio), Standard Oil of Kentucky (Kyso), Standard Oil of Indiana (Stanolind), Standard Oil Company of Louisiana (Stanocola), Waters-Pierce, Standard Oil of Nebraska, Continental Oil Company (Conoco), Standard Oil of California (Socal), Anglo-American Oil Company, Buckeye Pipe Line Company, Borne-Scrymser Company, Cheseborough Manufacturing Company, Colonial Oil Company, Crescent Pipe Line Company, Cumberland Pipe Line Company, Eureka Pipe Line Company, Galena-Signal Oil Company, Indiana Pipe Line Company, National Transit Company, New York Transit Company, Northern Pipe Line Company, Ohio Oil Company, Prairie Oil & Gas Company, Solar Refining Company, Southern Pipe Line Company, South Penn Oil Company, Southwest Pennsylvania Pipe Lines Company, Standard Oil of Kansas, Swan & Finch Company, Union Tank Lines, Vacuum Oil Company, Washington Oil Company, Corsicana Petroleum Refining Company e Security Oil Company.

6 Grande grupo alemão, formado pela fusão da Bayer, BASF, Hoechst e outras empresas alemãs (SPITZ, 1988).

7 Alguns autores – por exemplo, Milani (2005) – colocam a indústria petroquímica como fazendo parte da indústria petrolífera, enquanto que, por exemplo, a Agência Nacional do Petróleo (2004) considera como etapas a jusante do refino somente a distribuição de derivados.

8 Calculada tomando como base a relação entre o volume de derivados comercializados (mil boe/dia) e volume de petróleo produzido (mil boe/dia).

9 O termo "teoria do crescimento da firma" é usado aqui de forma alegórica, apenas representando o conjunto de contribuições sobre o assunto, uma vez que, de acordo com Penrose (1959), não existe uma teoria definida para o crescimento da firma.

  • AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. Perspectivas para o desenvolvimento do setor de refino de petróleo no Brasil, Rio Oil & Gás Expo 2002. Disponível em: http://www.anp.gov.br/conheca/palestras.asp Visitado em: 18/02/2004.
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2014
  • Data do Fascículo
    Jun 2006
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