Acessibilidade / Reportar erro

Editorial

Editorial

Caras leitoras e caros leitores,

Em 25 de abril de 2014 assumimos as funções de editoria da Revista O&S – Organizações e Sociedade. A tarefa a nós confiada é imensa, afinal muito mais importante do que o conceito Qualis A2 é a reputação acumulada da revista, o que faz da O&S uma das mais queridas publicações da comunidade de Administração no Brasil. Louve-se, nesse sentido, o trabalho dos que nos antecederam, Professores Maurício Serva, Genauto França Filho, Mônica Mac-Allister e a dobradinha formada pelo Professor José Antônio Gomes de Pinho e Maria Cândida Anjos Bahia, que por 17 anos capitanearam o periódico. A todos eles, nossos respeitos e o nosso compromisso de que a O&S continuará tendo a mesma linha inclusiva e acolhedora, respeitando a diversidade epistemológica, teórica e metodológica que caracteriza a área de Administração.

Temos como meta dar continuidade ao processo de informatização da O&S, iniciado pela Professora Mônica Mac-Allister . Intensificaremos os esforços para reduzir os prazos de publicação, uma demanda antiga dos colaboradores da O&S. Ainda em 2014, pretendemos, com o auxílio dos membros de nosso comitê editorial, redesenhar a estrutura de governança da revista.

Ao longo dos últimos dias, temos trabalhado incessantemente e, felizmente, os primeiros resultados já são visíveis. Os números antigos da O&S (1 a 65) já se encontram em processo de migração para o site atual da revista. O tempo decorrido entre a recepção do artigo e a decisão de continuidade no processo editorial (desk review) não tem passado de cinco dias. Com a ajuda do nosso corpo editorial e de nosso corpo de avaliadores, esperamos fornecer a primeira resposta aos autores até 90 dias da data de submissão. Evidentemente, como a demanda pela O&S é muito maior que a oferta, o rigor das avaliações tende a crescer, de maneira a preservar a qualidade e a boa reputação da nossa O&S. Na qualidade de autores, sabemos que ter um artigo reprovado nunca é agradável, uma vez que nos dedicamos meses a fio na concepção e realização do trabalho, no entanto, esperamos que a comunidade compreenda as decisões tomadas em prol do periódico. Desejamos contar com os autores, para que estes continuem escolhendo a O&S para veicular sua boa produção, com o nosso corpo de avaliadores para que sejam responsivos e nos ajudem a contribuir com a comunidade de Administração e com os leitores em geral para que nos apontem pontos passíveis de melhoria.

Assim, é com muita alegria que apresentamos os artigos que compõem o número 69 de O&S. Como de hábito, os trabalhos publicados tocam em temas cruciais na interface entre organizações e sociedade, abarcando as áreas de Estudos Organizacionais, Estratégia em Organizações, Gestão Cultural, Gestão da Inovação e Políticas Públicas. A diversidade geográfica dos autores, característica indelével da O&S, permanece, assim como os diminutos índices de endogenia – nesse número nenhum artigo publicado é proveniente da Universidade Federal da Bahia. Tais fatos evidenciam que a O&S é de fato um patrimônio da comunidade nacional e internacional da área de Administração e, como tal, deve ser conservado e perpetuado.

Abrimos este número da revista com o artigo "Viver e morrer pelo trabalho: uma análise da banalidade do mal nos crimes corporativos" de autoria de Rafael Alcadipani da Silveira e Cintia Rodrigues Oliveira Medeiros, que tratam do conceito de crime corporativo visando a discussão daqueles relacionados à morte de trabalhadores.

O artigo "Processo inovativo e indicadores estruturais: posição dos atores e trajetória tecnológica na rede de carcinicultura potiguar", de Ayalla Cândido Freire e Mariana Baldi, analisa o processo inovativo oriundo das relações sociais entre atores privados e públicos, a partir do caso da carcinicultura potiguar.

Lilian Alfaia Monteiro e Sonia Maria Fleury Teixeira trazem o artigo, "Elos que libertam: redes de políticas para erradicação do trabalho escravo contemporâneo no Brasil", o qual trata das políticas públicas para erradicação do trabalho escravo no Brasil a partir de um estudo empírico qualitativo.

Os autores Jorge Renato Verschoore, Alsones Balestrin e Alexandre Perucia assinam o artigo "Redes de Pequenas e Médias Empresas: arranjo híbrido ou forma organizacional?", que analisam com base no debate teórico sobre redes organizacionais as características organizacionais das Redes de Pequenas e Médias Empresas (RPME) a partir de um estudo contendo RPME em diferentes estágios de desenvolvimento.

O artigo "Gestão de empreendimentos criativos e culturais: estudo de uma organização de ensino e difusão de ritmos afro-brasileiros em São João del-Rei (MG)", das autoras Valéria Maria Martins Judice e Sandra Cristina Furtado, trata de analisar a questão de empreendimentos criativos a partir do caso de um empreendimento criativo e cultural em São João Del-Rei (MG).

O penúltimo artigo deste número, "O que é (estratégia de) não mercado?", de Alexandre Faria e Márcio Moutinho Abdalla, situa-se no campo da gestão estratégica e analisa o conceito de não mercado a partir de análise histórica observando dimensões de geopolítica para compreender a trajetória deste em Gestão Estratégica.

E por último, fechando esta edição, o artigo "Federalismo, poder de veto e coordenação de políticas sociais no Brasil pós-1988", de José Angelo Machado, traz uma análise do Federalismo brasileiro com base em dados de transferência intergovernamentais, acerca dos seus pontos de obstacularização ou retardamento capazes de constituir pontos de veto na implantação de políticas sociais.

Esperamos que todos tenham uma boa leitura!

Antônio Sérgio Araújo Fernandes – Editor-Chefe

Ariádne Scalfoni Rigo – Editora Executiva

Sandro Cabral – Editor Executivo

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Jun 2014
  • Data do Fascículo
    Jun 2014
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Av. Reitor Miguel Calmon, s/n 3o. sala 29, 41110-903 Salvador-BA Brasil, Tel.: (55 71) 3283-7344, Fax.:(55 71) 3283-7667 - Salvador - BA - Brazil
E-mail: revistaoes@ufba.br