Acessibilidade / Reportar erro

LEGUMINOSAE ARBUSTIVAS E ARBÓREAS DA FLORESTA ATLÂNTICA DO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, SUDESTE DO BRASIL: PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO1 1 Parte de tese de doutorado orientada por Dra.Graziela Maciel Barroso no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica) do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

WOODY LEGUMINOSAE IN THE ATLANTIC FOREST OF THE ITATIAIA NATIONAL PARK, SOUTHEASTERN BRAZIL: DISTRIBUTION PATTERNS

RESUMO

O PARNA Itatiaia, com 28.155,97ha, localiza-se na Serra da Mantiqueira (22º15’e 22º30’S; 44º30’e 44º45’W) no sudeste do Brasil. Leguminosae é uma das famílias com maior riqueza de espécies na composição e estrutura florestal. O principal objetivo deste trabalho foi identificar os padrões de distribuição geográfica de 48 táxons de Leguminosae presentes na formação florestal do PARNA. A metodologia abrangeu pesquisas bibliográficas, excursões e consultas a herbários. Foram reconhecidos os seguintes padrões de distribuição: Neotropical (9 spp.), América do Sul ocidental-centro-oriental (5 spp.), Brasil centro-oriental (10 spp.), Brasil atlântico nordeste-sudeste-sul (9 spp.), Brasil atlântico sudeste-sul (5 spp.) e Brasil atlântico sudeste (10 spp.). Os táxons, quanto à preferência de hábitat, foram tratados também como elementos florísticos generalistas (56%) e como especialistas do Domínio Atlântico (44%). No domínio atlântico as espécies predominam nas floresta ombrófila densa e floresta estacional semidecidual, ocorrendo também nas restingas e na floresta de araucária.

Palavras-chave:
Leguminosae; Parque Nacional do Itatiaia; Floresta Atlântica; padrões de distribuição

ABSTRACT

The Itatiaia National Park, with an area of 28,155.97 ha, is located in the Serra da Mantiqueira Range (22º15’e 22º30’S; 44º30’e 44º45’W) of southeastern Brazil. Leguminosae is one of the most species-rich families here, contributing to the composition and structure of the forest. The aim of this work was to identify the geographical distribution patterns of 48 taxons of Leguminosae present in the forests of this National Park. Methodology included a literature survey, field trips and herbaria consultation. The following distribution patterns were recognized: Neotropical (9 spp.), western-central-eastern South America (5 spp.), central-eastern Brazil (10 spp.), northeastern-southeastern-southern atlantic Brazil (9 spp.), southeastern-southern atlantic Brazil (5 spp.) and southeastern atlantic Brazil (10 spp.). As for habitat preference, the taxons were classified as generalists (56%) or as specialists of the atlantic domain (44%). In the Atlantic Domain, the species are found mainly in the ombrophylous dense forest and in the semideciduous forest and occur also in restingas and araucaria forest.

Key-words:
Leguminosae; Itatiaia National Park; Atlantic forest; distribution patterns

Texto completo disponível apenas em PDF.

  • 1
    Parte de tese de doutorado orientada por Dra.Graziela Maciel Barroso no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Botânica) do Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

AGRADECIMENTOS

À Dra. Gaziela Maciel Barroso, in memoriam, pelos valiosos ensinamentos no estudo de Sistemáticade Leguminosae;à Dra. Dorothy Sue Dunn Araújo, Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela revisão do abstract. Ao bolsista da Fundação Botânica Margaret Mee/ Programa Mata Atlântica/Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, pesquisador Sebastião da Silva Neto, pelo auxílio durante os trabalhos de campo; a Leonardo Gnattalide Mello Campos, bolsista do Centro de Informações e Serviços do Programa Mata Atlântica/JBRJ, pela elaboração dos mapas. Ao Parque Nacional do Itatiaia pelo apoio durante a realização do trabalho de campo e ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em especial ao Programa Mata Atlântica, pelas condições de trabalho oferecidas e auxílio financeiro (convênio nº 610.4.025.02.3) através do patrocínio da Petrobrás.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Ab’Sáber, A. N. 1977. Os domínios morfológicos da América do Sul. Geomorfologia 52: 1-23.
  • Altschul, S.von Reis. 1964. Ataxonomicstudy of the genus Anadenanthera Contributions from the Gray Herbarium of Harvard University 193: 1-65.
  • Barneby, R. C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65: 1-835.
  • Barneby, R. C. & Grimes, J. 1996. Silk tree, Guanacaste, Monkey’s earring: a generic system for the Synandrous Mimosaceae of the Americas. Part I. Abarema, Albizia, and Allies. Memoirs of the New York Botanical Garden 74(1): 1-292.
  • Barroso, G. M.; Peixoto, A. L.; Costa, C. G.; Ichaso, C. L. F.; Guimarães, E. F. & Lima, H. C. 1984. Leguminosae. In: Sistematica de Angiospermas do Brasil. Universidade Federal de Viçosa. Viçosa. v. 2. Pp. 15-100.
  • Bernardes, L. M. C. 1952. Tipos de clima do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia 14(1): 57-80.
  • Bigarella, J. J.; Andrade-Lima, D. & Riehs, P. J. 1975. Considerações a respeito das mudanças paleoambientais na distribuição de algumas espécies vegetais e animais no Brasil. Anais da Academia Brasileira de Ciências 47(suplemento): 411-464.
  • Brade, A. C. 1956. A flora do Parque Nacional do Itatiaia. Boletim Parque Nacional do Itatiaia 5: 1-92.
  • Burkart, A. 1979. Leguminosas Mimosoideas. In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense, I parte, fascículo LEGU: 1-299.
  • Carvalho, A. M. 1997. A synopsis of the genus Dalbergia (Fabaceae: Dalbergieae) in Brazil. Brittonia 49(1): 87-109.
  • Ducke, A. 1949. Notas sobre a Flora Neotropica II. As Leguminosas da Amazônia brasileira. Boletim Técnico do Instituto Agronômico do Norte 18: 1-248.
  • Dusén , P. 1903. Sur La flore de la Serra do Itatiaya au Brésil. Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro 13: 1-119.
  • ______. 1955. Contribuições para a Flora do Itatiaia. Boletim Parque Nacional do Itatiaia 4: 9-91.
  • Fortunato, R. H. 1995. A new species of Collaea (Leguminosae: Papilionoideae: Phaseoleae: Diocleinae) from Brazil. Kew Bulletin 50(4): 795-99.
  • Garcia, R. 1989. Una Novedade en el genero Collaea (Fabaceae, Phaseoleae). Boletin de la Sociedad Argentina de Botanica 26(1-2): 136-137.
  • Gentry, A. H. 1995. Patterns of diversity and floristic composition in neotropical montane forests. In: Churchill, S. P.; Baslslev, H.; Forero, E. & Luteyn J. L. 1993. Biodiversity and Conservation of Neotropical Montane Forests. Proceedings of the Neotropical Montane Forests Biodiversity and Conservation Symposium. The New York Botanical Garden, New York. Pp. 103-26.
  • Guedes-Bruni, R. R. 1998. Composição, estrutura e similaridade florística de dossel em seis unidades fisionômicas de Mata Atlântica no Rio de Janeiro. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Guedes-Bruni, R. R.; Morim, M. P.; Lima, H. C. & Sylvestre L. S. 2002. Inventário florístico. In: Sylvestre, L. S. & Rosa, M. M. T. (orgs.). Manual metodológico para estudos botânicos na Mata Atlântica. Seropédica, EDUR. Pp. 24-50.
  • IBAMA 2005. IBAMA Web [on line, 22/07] http://www.ibama.gov.br
    » http://www.ibama.gov.br
  • Irwin, H. S. & Barneby, R. C. 1982. The American Cassiinae: a synoptical revision of Leguminosae Tribe Cassieae subtribe Cassiinae in the New World. Memoires of the New York Botanical Garden 35 (part 1-2): 1-1918.
  • Joly, C. A.; Aidar, M. P. M.; Klink, C. A.; Mcgrath,D. G.;Moreira, A.G.;Moutinho, P.; Nepstad, D. C.; Oliveira, A. A .; Pott, A .; Rodal, M. J. N. & Sampaio, E. V. S. B. 1999. Evolution of the Brazilian phytogeography classification systems: implications for biodiversity conservation. Ciência e Cultura 51(5/6): 331-48.
  • Krukoff, B. A. & Barneby, R. C. 1974. Conspectus of species of the genus Erythrina Lloydia 37(3): 332-459.
  • Lavin, M. 1994. Origin, diversity and biogeography of neotropical Fabaceae. Proceedings of the VI Congreso Latinoamericano de Botánica. Monographs in Systematic Botany from Missouri Botanical Garden 68: 131-145.
  • Lee, Yin-Tse & Langenheim, J. H. 1975. Systematics of the genus Hymenaea L. (Leguminosae, Caesalpinioideae, Detariae). University of California Publications in Botany 69: 1-109.
  • Lewis, G. P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens. Kew. 369p.
  • Lewis, G. P. & Lima, M. P. M. 1989/90. Pseudopiptadenia Rauschert no Brasil (Leguminosae-Mimosoideae). Arquivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro 30: 43-67.
  • Lewis, G. P. & Schire, B. D. 2003. Leguminosae or Fabaceae? In: Klitgaard, B. B. & Bruneau, A. (ed.). Advances in Legume Systematics Part 10. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 1-3.
  • _______; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005. Legumes of the world. Royal Botanic Gardens. Kew. 577p.
  • Lima, H. C. 2000. Leguminosas arbóreas da Mata Atlântica. Uma análise da riqueza, padrões de distribuição geográfica e similaridades florísticas em remanescentes florestais do estado do Rio de Janeiro. Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • Lima, H. C.; Correia, C. M. B. & Farias, D. S. 1994. Leguminosae. In: Lima, M. P. M. & Guedes-Bruni, R. R. (org.). Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Nova Friburgo, RJ: Aspectos florísticos das espécies vasculares, v.1. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Pp. 167-228.
  • Lima, M. P. M.; Guedes-Bruni, R. R.; Sylvestre, L. S. & Pessoa, S. V. A .1997. Padrões de distribuição geográfica das espécies vasculares da Reserva Ecológica de Macaé de Cima. In: Lima, H. C. de & Guedes-Bruni, R. R. (eds.). Serra de Macaé de Cima: Diversidade Florística e Conservação em Mata Atlântica. Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Pp.103-124.
  • Mansano, V. F. & Tozzi, A. M. G. A. 1999. Distribuição geográfica, ambiente preferencial e centros de diversidade dos membros da tribo Swartzieae na região sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica 22 (2 -suplemento): 249-257.
  • ______. 2001. Swartzia Schreb. (Leguminosae: Papilionoideae: Swartzieae):a taxonomic study of the Swartzia acutifolia complex including a new name and a new species from southeastern Brazil. Kew Bulletin 56(4): 917-929.
  • ______ & Lewis, G. P. 2004. A revision of the South American genus Zollernia Wied-Neuw. & Nees (Leguminosae, Papilionoideae, Swartzieae). Kew Bulletin 59: 497-520.
  • Mendes Jr., L. O.; Antoniazzi, M.; Vieira, M. C. W. & Susemibl, P. 1991 (coord.). Relatório Mantiqueira. FEDAPAM. São Paulo. 54p.
  • MA-IBDF (Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) -FBCN (Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza). 1982. Plano de Manejo do Parque Nacional do Itatiaia. Brasília. 207p.
  • Mori, S. A.; Boom, B. M. & Prance, G. T. 1981.Distribution patterns and conservation of easterns brazilian coastal forest tree. Brittonia 33(2): 233-245.
  • ______. 1989. Eastern, Extra-amazonian Brazil. In: Campbell, D. G. & Hammond, H. D. Floristic inventory of tropical countries. New York, New York Botanical Garden. Pp. 428-454.
  • Morim, M. P. 2002. Leguminosae arbustivas e arbóreas do Parque Nacional do Itatiaia: abordagem florítico-taxonômica. Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • Occhioni Martins, E. M. O. 1974. Stryphnodendron Mart. Leg. Mim. As espécies dos nordeste, sudeste e sul do Brasil II. Leandra 3-4 (4-5): 53-60.
  • ______. 1981. Stryphnodendron Mart. (Leguminosae:Mimosoideae) com especial referência aos taxa amazônicos. Leandra 10-11: 3-100.
  • Oliveira-Filho, A. T. & Ratter, J. A. 1995. A study of the origin of central brazilian forests by the analysis of plant species distribution patterns. Edinburgh Journal of Botaniy 52(2): 141-194.
  • Oliveira-Filho, A. T. & Fontes, M. A. L. 2000. Patterns of floristic differentiation among Atlantic Forests in Southeastern Brazil an the influence of climate. Biotropica 32(4b): 793-810.
  • Pennington, T. D. 1997. The Genus Inga Botany. Royal Botanic Gardens, Kew. Inglaterra. 844p.
  • Pennington, R. T. 2003. Monograph of Andira (Leguminosae-Papilionoideae). Systematic Botany mongraphs 64: 1-143.
  • Prado, D. E. & Gibbs, P. E. 1993. Patterns of species distributions in the dry seasonal forests of South America. Annals of Missouri Botanical Garden 80: 902-27.
  • Prance, G. T. 1987. Biogeography of neotropical plantes. In: Whitmore, T. C. & Prance, G. T. 1987. Biogeography and Quaternary History in Tropical America. Clarendon Press. Oxford. Pp. 46-65.
  • _______.1994. The use of phytogeographic data for conservation planning. Systematics and Conservation Evaluation 50: 145-63.
  • Ribeiro, K. T. & Medina, B. M. O. 2002. Estrutura, dinâmica e biogeografia das ilhas de vegetação sobre rocha do planalto do Itatiaia, RJ. Boletim do Parque Nacional do Itatiaia 10: 11-84.
  • Safford, H. D. 1999a. Brazilian Páramos I. An introduction to the physical environment and vegetation of the campos de altitude. Journal of Biogeography 26: 693-712.
  • _______. 1999b. Brazilian Páramos II. Macro-and mesoclimate of the campos de altitude and affinites with high mountain climates of the tropical Andes and Costa Rica. Journal of Biogeography 26: 713-737.
  • Sartori, A. L. B. & Tozzi, A. M. G. A. 1998. As espécies de Machaerium Pers. (Leguminosae Papilionoideae Dalbergieae) ocorrentes no estado de São Paulo. Revista Brasileira Botânica 21(3): 211-246.
  • _______. 2004. Revisão taxonômica de Myrocarpus Allemão (Leguminosae, Papilionoideae, Sophoreae). Acta Botânica Brasílica 18(3): 521-35.
  • Segadas-Vianna, F. 1965. Ecology of Itatiaia range, southeastern Brazil. I. Altidudinal zonation of the vegetation. Arquivos Museu Nacional Rio de Janeiro 53: 7 -30.
  • Segadas-Vianna, F. & Dau, L. 1965. Ecology of Itatiaia range, southeastern Brazil. II. Climates and altitudinal climatic zonation. Arquivos Museu Nacional Rio de Janeiro 53: 31-53.
  • Ururahy, J. C.; Collares, J. E. R.; Santos, M. M. & Barreto, R. A. A. 1983. Vegetação. In: RADAMBRASIL. Folhas SF 23/24 Rio de Janeiro/Vitória. Levantamento dos Recursos Naturais 32: 553-623.
  • Vaz, A. S. F. & Silva, D. C. P. 1995. Bauhinia (Leguminosae -Caesalpinioideae) da Reserva Florestal da Vista Chinesa, Rio de Janeiro. Albertoa 4(5): 53-60.
  • Vaz, A. S. F & Tozzi 2003. Bauhinia ser. Cansenia(Leguminosae: Caesalpinioideae) no Brasil. Rodriguesia 54(83): 55-143.
  • Veloso, H. P.;Rangel Filho, A .L. R.& Lima, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitca. Rio de Janeiro. 116p.
  • Wojciechowski, M. F. 2003. Reconstructing the phylogeny of legumes (Leguminosae): an early 21st century perspective. In: Klitgaard, B. B. & Bruneau, A. (eds.). Advances in Legume Systematics Part 10. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 5-35.
  • Wojciechowski,M.F.;Lavin, M.& Sanderson, M. J. 2004. A phylogeny of Legumes (Leguminosae) basead on analysis of the plastid mat-K gene resolves many well-supported subclades within th family. American JournalofBotany91(11):18461862.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Apr 2006

Histórico

  • Recebido
    Nov 2004
  • Aceito
    Dez 2005
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br