Acessibilidade / Reportar erro

Myrtaceae dos campos de altitude do Parque Nacional do Caparaó - Espírito Santo/Minas Gerais, Brasil

Myrtaceae of the Highlands of Parque Nacional do Caparaó - Espírito Santo/Minas Gerais, Brazil

RESUMO

O presente trabalho visa a identificação e caracterização das espécies de Myrtaceae ocorrentes nos campos de altitude do Parque Nacional do Caparaó, localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, sendo sua vegetação formada por florestas e campos de altitude. Apresenta em geral altitudes em torno de 2.000 m, sendo seu ponto culminante o Pico da Bandeira, com 2.890 metros, representando o ponto de maior altitude da Região Sudeste. Myrtaceae está representada na área por 10 espécies, pertencentes a seis gêneros: Blepharocalyx salicifolius, Gomidesia affinis, Gomidesia clausseniana, Marlierea angustifolia, Myrceugenia alpigena, Myrceugenia ovata, Myrcia obovata, Myrcia subcordata, Myrcia venulosa e Pimenta pseudocaryophyllus.

Palavras-chave:
Blepharocalyx; Gomidesia; Marlierea; Myrceugenia; Myrcia; Pimenta; Pico da Bandeira

ABSTRACT

This work aims identify and characterize species of Myrtaceae occurring in the highlands of the Parque Nacional do Caparaó, between Minas Gerais and Espírito Santo states. The vegetation in the area comprises forests and 'campos de altitude', occurring at around 2000 m, and the highest peak is the Pico da Bandeira, the highest point in the Southeastern region, with 2890 m. Myrtaceae is represented in that area by six genera and a total of ten species: Blepharocalyx salicifolius, Gomidesia affinis, Gomidesia clausseniana, Marlierea angustifolia, Myrceugenia alpigena, Myrceugenia ovata, Myrcia obovata, Myrcia subcordata, Myrcia venulosa and Pimenta pseudocaryophyllus.

Key words:
Blepharocalyx; Gomidesia; Marlierea; Myrceugenia; Myrcia; Pimenta; Pico da Bandeira

Texto completo disponível apenas em PDF.

AGRADECIMENTOS

Os autores expressam sinceros agradecimentos a CAPES, pela bolsa concedida à primeira autora no período de abril de 2001 a junho de 2002; à Direção do Parque Nacional do Caparaó, pelo apoio e pela infra-estrutura oferecida; ao pesquisador Lúcio de Sousa Leoni, curador do herbário GFJP, pelo companheirismo nas viagens de coleta, pelo atendimento à solicitação de pedido de material e por nos apresentar o Parque Nacional do Caparaó; ao pesquisador Marcos Sobral, pelas sugestões e pelo fornecimento de dados de algumas espécies.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Barroso, G. M.; Peixoto, A. L.; Costa, C. G.; Ichaso, C. L. & Lima, H. C. 1984. Myrtaceae. Sistemática das Angiospermas do Brasil. v.2. Ed. Univ. Fed. Viçosa, Viçosa, 377p.
  • ______ & Peron, M. 1994. Myrtaceae. In: Lima, M. P. M. & Guedes-Bruni, R. R. (ed.). Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Nova Friburgo-RJ. Aspectos florísticos das espécies vasculares. v.1. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Pp. 259-302.
  • ______ & Peixoto, A. L. 1995. Myrtaceae da Reserva Florestal de Linhares, Espírito Santo, Brasil - Gêneros Calyptranthes e Marlierea Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão (N. Sér.) 3: 3-38.
  • Berg, O. 1857. Myrtaceae. In: Martius, C. F. P. Flora brasiliensis 14(1): 1-468.
  • Cronquist, A. 1981. An integrated system of classification of flowering plants. New York Botanical Garden, Columbia University Press, New York. Pp. 639-642.
  • Dubs, B. 1998. The Botany of Mato Grosso: Prodromus Florae Matogrossensis. Betrona, Verlag.
  • Heywood, V. H. 1979. Flowering plants of the world. Oxford University Press, London. Pp. 161-162.
  • Hickey, M. & King, C. 1988. 100 Families of flowering plants. Pp. 232-235.
  • Holmgren, P. K.; Holmgren, N. H. & Barnett, L. C. 1990. Index Herbariorum. Part 1: The herbaria of the world. 8th ed. New York Botanical Garden, 693p.
  • Holst, B. K.; Landrum, L. & Grifo, F. 2003. Myrtaceae. In: Berry, P. E.; Yatskievych, K. & Holst, B. (eds). Flora of the Venezuelan Guayana. v. 7. Missouri Botanical Garden Press. Pp. 1-99.
  • IBDF. 1981. Plano de Manejo para o Parque Nacional do Caparaó. Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza. Doc. Tec. n. 8. Brasília, 139p.
  • Kausel, E. 1942. Contribución al estudio de las Mirtáceas chilenas. Revista Argentina de Agronomia 11: 320-327.
  • Kawasaki, M. L. 1984. A família Myrtaceae na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, São Paulo, 202p.
  • ______. 1989. Flora da Serra do Cipó, MG, Brasil: Myrtaceae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 11: 121-170.
  • ______. 2000. Flora Fanerogâmica do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil): Myrtaceae. Hoehnea 27(2): 165-186.
  • ______ & Holst, B. K. 2004. Myrtaceae. In: Smith, N.; Mori, S. A.; Henderson, A.; Stevenson, D. W. & Heald, S. V. (eds.). Flowering plants of the New Tropics. The New York Botanic Garden & Princeton University Press, Princeton & Oxford. Pp. 264-266.
  • Landrum, L. R. 1981. A monograph of the genus Myrceugenia (Myrtaceae). Flora Neotropica 29: 1-137.
  • ______. 1986. Campomanesia, Pimenta, Blepharocalyx, Legrandia, Acca, Myrrhinium and Luma (Myrtaceae). Flora Neotropica 45: 1-179.
  • ______ & Kawasaki, M. L. 1997. The genera of Myrtaceae in Brazil: an illustrated synoptic treatment and identification keys. Brittonia 49(4): 508-536.
  • Legrand, C. D. 1958. Las especies neotropicales del género Gomidesia Comunicaciones Botánicas del Museo de Historia Natural de Montevideo 3(37): 1-30.
  • ______. 1962. Sinopsis de las especies de Marlierea del Brasil. Comunicaciones Botánicas del Museo de Historia Natural de Montevideo 3(40): 1-39.
  • ______ & Klein, R. M. 1967. Gomidesia Berg. (Fasc. Mirt.). In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Pp. 3-44.
  • ______ & ______. 1969. Myrcia DC. (Fasc. Mirt.). In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Pp. 219-330.
  • ______ & ______. 1978. Myrciaria, Pseudocaryophyllus, espécies suplementares, espécies cultivadas, generalidades (Fasc. Mirt.). In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Pp. 733-876.
  • Leitão-Filho, H. F. 1993. Ecologia da Mata Atlântica de Cubatão (São Paulo). Editora Unesp, São Paulo, 184p.
  • Leoni, L. S. 1997. Catálogo preliminar das fanerógamas ocorrentes no Parque Nacional do Caparaó - MG. Pabstia 8(2): 1-28.
  • ______ & Souza, V. C. 1999. Espécies endêmicas ocorrentes no Parque Nacional do Caparaó-Minas Gerais. Pabstia 10(1): 1-14.
  • Lughadha, E. 1995. Myrtaceae. In: Stannard, B. L. (ed.). Flora of the Pico das Almas. Royal Botanic Gardens, Kew. Pp. 492-517.
  • ______ & Snow, N. 2000. Biology and Evolution of the Myrtaceae: A Symposium. Kew Bulletin 55: 591-592
  • Mattos, J. R. 1967. Novidades taxonômicas em Marlierea (Myrtaceae). Ciência e Cultura 19 (2): 333.
  • McNeill, J.; Barrie, F. R.; Burdet, H. M.; Demoulin, V.; Hawksworth, D. L.; Marhold, K.; Nicolson, D. H.; Prado, J.; Silva, P. C.; Skog, J. E.; Wiersema, J. H. & Turland, N. J. 2006. International Code of Botanical Nomenclature (Vienna Code). Regnum Veg. Pp. 100.
  • McVaugh, R. 1968. The genera of American Myrtaceae - an interim report. Taxon 17: 354-418.
  • ______. 1969. Myrtaceae. The botany of the Guayana Highland - pt. 8. Memoirs of the New York Botanical Garden 18(2): 55-286.
  • Peron, M. V. 1994. O gênero Myrcia DC. coletado no Município de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Daphne 4(2): 8-28.
  • Proença, C. 1994. Listagem Comprovada das Myrtaceae do Jardim Botânico de Brasília "Check-List". Boletim do Herbário Ezechias Paulo Heringer 1: 9-26.
  • Reitz, R.; Klein, R. M. & Reis, A. 1978. Projecto Madeira de Santa Catarina. Sellowia 28-30.
  • Soares-Silva, L. H. 2000. A família Myrtaceae - subtribos Myrciinae e Eugeniinae na bacia hidrográfica do Rio Tibagi, estado do Paraná, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 462p.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Mar 2008

Histórico

  • Recebido
    Mar 2007
  • Aceito
    Out 2007
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br