Acessibilidade / Reportar erro

Padrões de distribuição geográfica das espécies brasileiras de Pfaffia (Amaranthaceae)1 1 Parte da Tese de Doutorado da primeira autora.

Patterns of geographic distribution of the Brazilian species of Pfaffia (Amaranthaceae)

RESUMO

(Padrões de distribuição geográfica das espécies brasileiras de Pfaffia (Amaranthaceae)) O gênero Pfaffia Mart. é neotropical, sendo o Brasil considerado o centro de diversidade com 20 espécies, das quais 19 ocorrem na província biogeográfica do Cerrado. Suas espécies apresentam padrões de distribuição geográfica desde amplos até endêmicos. As províncias mais pobres em número de espécies foram a Amazônica e a Pampeana com três espécies em cada uma. O estado de Minas Gerais pode ser considerado o centro de diversidade e de endemismo do gênero, com espécies ocorrendo principalmente nos cerrados e campos rupestres.

Palavras-chave:
diversidade; padrões de distribuição; cerrado; Minas Gerais; campos rupestres

ABSTRACT

(Patterns of geographic distribution of the Brazilian species of Pfaffia (Amaranthaceae)) The Brazil constitutes the main diversity center of the neotropical genus Pfaffia, with ca. 20 species, of which 19 occur in the "Cerrado" biogeographic province. Their species present distribution patterns ranging from wide to endemic. The poorest provinces in number of species are the "Amazônica" and "Pampeana" with three species each. The State of Minas Gerais can be considered the center of diversity and endemism with species occurring mainly in the savanna-like "cerrados" and rocky grasslands of the "campos rupestres".

Key words:
diversity; distribution patterns; cerrado; Minas Gerais; campos rupestres

Texto completo disponível apenas em PDF.

  • 1
    Parte da Tese de Doutorado da primeira autora.

AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Pedro Ignácio Schmitz, Diretor do Instituto Anchietano de Pesquisas pelo apoio, incentivo e infra-estrutura. Aos Dr. Albano Backes e Dr. Paulo Gunter Windisch pelas importantes sugestões. Aos colegas Fabiana de Azevedo e Fúlvio Vinícius Arnt pelas contribuições na plotagem e confecção dos mapas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • Agudelo-H, C. A. 2008. Amaranthaceae. Flora de Colombia. nº 23. Instituto de Ciencias Naturales, Universidad Nacional de Colombia, Bogotá. 138p.
  • Aguiar, L. M. S.; Machado, R. B. & Marinho-Filho, J. 2004. A diversidade biológica do cerrado. In: Aguiar, L. M. S. & Camargo A. J.A. (org.). Cerrado: ecologia e caracterização. Embrapa Informação Tecnológica, Brasília. Pp 17-39.
  • APG II. The Angiosperm Phylogeny Group 2003. An update of Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society 141: 399-436.
  • Barros, F. 2004. Distribuição geográfica de orquídeas do Planalto Central do Brasil. In: Barros, F. & Kerbauy, G. B. (eds.). Orquidologia sul-americana: uma compilação científica. Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo. Pp. 147-153.
  • Borsch, T. 1995. Three New Combinations in Pfaffia (Amaranthaceae) from the New World Tropics. Novon 5: 230-233.
  • Brandão, M. 2000. Cerrado. In: Mendonça, M. P. & Lins, L. V (org.). Lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção da flora de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas e Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte, Belo Horizonte. Pp. 55-63
  • Brown, J. H. & Gibson, A. C. 1983. Distribution patterns of plants. Biogeography C.V. Mostely, St. Louis. 643p.
  • Brummit, R. K. & Powell, C. E. 1992. Authors of plant names. Royal Botanic Gardens, Kew. 732p.
  • Cabrera, A. L. & Willink, A. 1980. Biogeografia de America Latina 2 ed. OEA, Washington. 122p.
  • Castro, A. A. J. F.; Martins, F. R.; Tamashiro, J. Y. & Shephered, G. J. 1999. How rich is the flora of Brazilian cerrados? Annals of the Missouri Botanical Garden 86:192-224.
  • César, H. L. 1980. Efeitos da queima e corte sobre a vegetação de um campo sujo naFazenda Água Limpa, Brasília-DF. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, Brasília. 59p.
  • Chautems, A. 2003. Gesneriaceae. In: Cavalcanti, T. B. & Ramos, A. E. (orgs.). Flora do Distrito Federal, Brasil. v. 3. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília. 240p.
  • Coutinho, L. M. 1992. O cerrado e a ecologia do fogo. Ciência Hoje (Volume especial Eco-Brasil). Pp.130-138.
  • Coutinho, L. M. 2006. O conceito de bioma. Acta Botanica Brasilica 20(1): 13-23.
  • Ferrier, S. 2002. Mapping spatial pattern in biodiversity for regional conservation plannning: where to from here? Systematic Biology 51(2): 331-363.
  • Fiaschi, P. & Pirani, J. R. 2008. Padrões de distribuição geográfica das espécies de Schefflera J. R. Forst. & G. Forst (Araliaceae) do Brasil extra-amazônico. Revista Brasileira de Botânica 31(4): 633-644.
  • Flores, A. S. & Tozzi, A. M. G. A. 2008. Phytogeographical patterns of Crotolaria species (Leguminosae-Papilionoidae) in Brasil. Rodriguésia 59(3): 477-486.
  • Giullietti, A. M. & Pirani, J. R. 1988. Patterns of geographic distribution of some plant species from the Espinhaço Range, Minas Gerais and Bahia, Brazil. In: Vanzolini, P. E. & Heyer, W. R. (eds). Proceedings of a workshop on Neotropical distribution patterns. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro. Pp. 39-69.
  • Giullietti, A. M.; Pirani, J. R. & Harley, R. M. 1997. Espinhaço range region - Eastern Brazil. In: Davis, S. D. et al (eds.). Centres of plant diversity, v. 2. IUCN, Cambridge. Pp. 397-404.
  • Giullietti, A. M.; Harley, R. M.; Queiroz, L. P.; Wanderley, M. G. L. & Pirani, J. R. 2000. Caracterização e endemismos nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço. In: Cavalcanti, T. B. & Walter, B. M. T. (orgs.). Tópicos atuais em botânica: palestras convidadas do 51º Congresso Nacional de Botânica Embrapa/SBB, Brasília. Pp. 311-318.
  • GPS Global. http://www.gpsglobal.com.br/ Acesso em: 07.08.2007.
    » http://www.gpsglobal.com.br/
  • Hammer, O.; Harper, D. A. T. & Ryan, P. D. 2003. Paleontological Statistics- PAST. Version 1.18. http://folk.uio.no/ohammer/past
    » http://folk.uio.no/ohammer/past
  • Harley, R. M. 1988. Evolution and distribution of Eriope (Labiatae) and its relatives in Brazil. In: Vanzolini, P. E. & Heyer, W. R. (eds.). Proceedings of a workshop on Neotropical distribution patterns Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro. Pp. 71-120.
  • Harley, R. M. 1995. Introdução. In: Stannard, B. L. (ed.). Flora of the Pico das Almas-Chapada Diamantina, Bahia, Brazil. Royal Botanic Garden, Kew. Pp. 43-78.
  • Hueck, K. 1957. Sobre a origem dos campos cerrados no Brasil e algumas novas observações no seu limite meridional. Revista Brasileira de Geografia 19(1): 67-82.
  • IBGE. 2004a. ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais/vegetacao.pdf (Acesso em 03/2008).
    » ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais/vegetacao.pdf
  • IBGE. 2004b. ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais/biomas.pdf (Acesso em 03/2008).
    » ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/mapas_murais/biomas.pdf
  • Judd, W. S.; Campbell, C. S.; Kellogg, E. A.; Stevens, P. F. & Donoghue, M. J. 2002. Plant systematics. A phylogenetic approach. 2 ed. Sunderland, Sinauer Associates. 576p.
  • Marchioretto, M. S. 2008. Os gêneros Hebanthe Mart. e Pfaffia Mart. (Amaranthaceae) no Brasil. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 255p.
  • Marchioretto, M. S.; Windisch, P. G. & Siqueira, J. C. 2004. Padrões de distribuição geográfica das espécies de Froelichia Moench e Froelichiella R.E. Fries (Amaranthaceae) no Brasil. Iheringia Sér. Bot. 59(2): 149-159.
  • Marchioretto, M. S.; Miotto, S. T. S. & Siqueira, J. C. 2008 a. Padrões de distribuição geográfica dos táxons brasileiros de Hebanthe Mart. (Amaranthaceae). Pesquisas-Botânica 59: 159-170.
  • Marchioretto, M. S; Azevedo, F.; Josende, M. V. F & Schnorr, D. M. 2008 b. Biogeografia da família Amaranthaceae no Rio Grande do Sul. Pesquisas-Botânica 59: 171-190.
  • Mello-Silva, R. 1995. Aspectos taxonômicos, biogeográficos, morfológicos e biológicos das Velloziaceae de Grão Mogol, Minas Gerais, Brasil. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 14: 49-79.
  • Mendonça, R. C.; Felfili, J. M.; Walter, B. M. T.; Silva-Junior, M. C.; Rezende, A. V.; Filgueira, T. S. & Nogueira, P. E. 1998. Flora Vascular do Cerrado. In: Sano, S. M. & Almeida, S. P. (ed.). Cerrado: ambiente e flora. Embrapa Cerrados, Planaltina. Pp. 289-556.
  • Menezes, N. L. & Giulietti, A. M. 2000. Campos Rupestres. In: Mendonça, M. P. & Lins, L. V. (org.). Lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção da flora de Minas Gerais. Belo Horizonte, Fundação Biodiversitas e Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte. Pp. 65-73.
  • Myers, N.; Mittermeier, R. A.; Mittermeier, C. G.; Fonseca, G. A. B. & Kents, J. 2000. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature 403: 853-858.
  • Oliveira-Filho, A. T. & Ratter, J. A. 2002. Vegetation physiognomies and woody flora of the Cerrrado Biome. In: Oliveira, P. S. & Marquis, R. J. (eds.). The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a Neotropical savanna Columbia University Press, New York. Pp. 91-120.
  • Pedersen, T. M. 1997. Studies in South American Amaranthaceae. I. Bul. Mus. Natl. Hist. Nat. Sér.3. Adansonia 19 (2): 217-251.
  • Rambo, B. 1960. Die sudgrenze des brasilianischen Regenwaldes. Pesquisas 8: 5-41.
  • Rather, J. A.; Bridgewatter, S.; Atkinson, R. & Ribeiro, J. F. 1996. Analysis of the floristic composition of the Brazilian Cerrado vegetation II: comparison of woody vegetation of 98 areas. Edinburg Journal of Botany 53:153-180.
  • Ribeiro, J. F. & Walter, B. M. T. 1998. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: Sano, S. M.; Almeida, S. P. (ed.). Cerrado: ambiente e flora. Embrapa Cerrados, Planaltina. Pp. 89-152.
  • Ritter, M. R. & Waechter, J. L. 2004. Biogeografia do gênero Mikania Willd. (Asteraceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 18(3): 643-652.
  • Shepherd, G. J. 2000. Conhecimento e diversidade de plantas terrestres do Brasil. Brasília. 53p.
  • Siqueira, J. C. 1994/1995. Fitogeografia das Amaranthaceae Brasileiras. Pesquisas-Botânica 45:5-21.
  • Siqueira, J. C. 2002. Amaranthaceae. In: Wanderley, M. G. L.; Shepherd, G. & Giulietti, A.M. (orgs). Flora fanerogâmica do estado de São Paulo. FAPESP-HUCITEC, São Paulo. Pp. 11-30.
  • Siqueira, J. C. 2004. Amaranthaceae: padrões de distribuição geográfica e aspectos comparativos dos gêneros africanos e sul-americanos. Pesquisas-Botânica 55: 177-185.
  • Siqueira, J. C. 2007. O bioma cerrado e a preservação de grupos taxonômicos: um olhar sobre as Amaranthaceae. Pesquisas-Botânica 58: 389-394.
  • Siqueira, J. C. & Grandi, T. S. M. 1986. O gênero Pfaffia Mart. (Amaranthaceae) nos cerrados e campos rupestres de Minas Gerais. Acta Biologica Leopoldensia 8(2): 213-230.
  • Siqueira, M. F. 2005. Uso da modelagem de nicho fundamental na avaliação do padrão de distribuição geográfica de espécies vegetais. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Carlos. 106p.
  • Souza, V. C. & Lorenzi, H. 2008. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Instituto Plantarum, Nova Odessa. 704p.
  • Spellerberger, L. F. & Sawyer, J. W. D. 2000. An introduction to applied biogeography. University Press, Cambridge. 243p.
  • Stutzer, O. 1935. Die Gattung Pfaffia mit einem Anhag neur Arten von Alternanthera Feddes Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 88: 1-49.
  • Thiers, B. [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium. http://sweetgum.nybg.org/ih/ Acesso em 08/2008.
    » http://sweetgum.nybg.org/ih/
  • Vasconcellos, J. M. O. 1986. Amaranthaceae do Rio Grande do Sul, Brasil. -V. Gêneros Pfaffia Mart. e Gomphrena Mart. Roessléria 8(2): 75-127.
  • Veloso, H. P.; Rangel Filho, A. L. R & Lima, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro. 123p.
  • Waechter, J. L. 1998. Epiphytic orchids in eastern subtropical South America. Proceedings of the 15th World Orchid Conference. Turriers, Naturalia Publications, Rio de Janeiro. 494p.
  • Waechter, J. L. 2002. Padrões geográficos na flora atual do Rio Grande do Sul. Ciência & Ambiente 24: 93-108.
  • Warming, E. 1973. Lagoa Santa. In: Warming, E. & Ferri, M. G. (eds.). Lagoa Santa - a vegetação de cerrados brasileiros. Edusp/ Itatiaia, São Paulo/Belo Horizonte. Pp.1-284.
  • WWF. 2005. Biomas brasileiros. http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/biomas/index.cfm Acesso em 03/2008.
    » http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/biomas/index.cfm

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2009

Histórico

  • Recebido
    Set 2008
  • Aceito
    Ago 2009
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br