Acessibilidade / Reportar erro

Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae

Flora of Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Myrtaceae

Resumo

Myrtaceae é representada no Brasil por 928 espécies e tem a Floresta Atlântica como um de seus centros de diversidade, apresentando 636 espécies, das quais 77,5% são endêmicas. Neste estudo foram tratadas as 23 espécies da família encontradas em fragmentos de Floresta Atlântica de Terras Baixas na Usina São José ao norte do estado de Pernambuco. Eugenia é o gênero mais representativo com dez espécies (E. candolleana, E. dichroma, E. excelsa, E. florida, E. hirta, E. aff. prasina, E. punicifolia, E. umbelliflora, E. umbrosa, E. uniflora), seguido de Myrcia com oito espécies (M. bergiana, M. guianensis, M. racemosa, M. spectabilis, M. splendens, M. sylvatica, M. tomentosa, M. verrucosa), Psidium com duas espécies (P. guajava e P. guineense) e Calyptranthes, Campomanesia, e Myrciaria com uma espécie cada (Calyptranthes dardanoi; Campomanesia dichotoma; M. ferruginea). São apresentados chave de identificação e comentários sobre as espécies, além de ilustrações dos caracteres diagnósticos.

Palavras chave:
taxonomia; florística; terras baixas; Neotrópicos; Brasil

Abstract

Myrtaceae comprises 928 species in Brazil. The Atlantic Rain Forest is a center of diversity of the family with 636 species and 77,5% of them are endemic. This study presents 23 species of Myrtaceae which were found at Usina São José in fragments of Lowland Atlantic Rain Forest of northern Pernambuco. Eugenia is the richest genus with ten species (E. candolleana, E. dichroma, E. excelsa, E. florida, E. hirta, E. aff. prasina E. punicifolia, E. umbeliflora, E, umbrosa, and E. uniflora), followed by Myrcia with eigth species (M. bergiana, M. guianensis, M. racemosa, M. spectabilis, M. splendens, M. sylvatica, M. tomentosa, and M. verrucosa); Psidium with two species (P. guajava and P. guineense) and Calyptranthes, Campomanesia and Myrciaria with one specie each (Calyptranthes dardanoi, Campomanesia dichotoma, and M. ferruginea). Identification keys, descriptions, comments and illustrations of the species are presented.

Key words:
taxonomy; floristics; endemic; Neotropics; Brazil

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Referências

  • Alves-Araújo, A.; Araújo, D.; Marques, J.; Melo, A.; Maciel, J.R.; Uirapuã, J.; Pontes, T.; Lucena, M.F.A.; Bocage, A.L.D & Alves, M. 2008. Diversity of angiosperms in fragments of Atlantic Forest in the State of Pernambuco, northeastern Brazil. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2: 14-26.
  • Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2010. Flora da Usina São José, Igarassú, Pernambuco: Sapotaceae. Rodriguésia 61: 303-318.
  • Arantes, A.A. & Monteiro, R. 2002. A família Myrtaceae na Estação Ecológica do Panga, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Lundiana 3:111-127.
  • Barros, R.B. 2005. A família Myrtaceae na Reserva Biológica Guaribas, Paraíba, Brasil. Monografia de Graduação. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. 65p.
  • Buril, M.T. & Alves, M. 2011. Flora da Usina São José: Convolvulaceae. Rodriguésia 62: 93-105.
  • Govaerts, R.; Sobral, M.; Ashton, P; Barrie, F.; Holst, B.K.; Landrum, L.L.; Matsumoto, K.; Mazine, F.F.; Lughadha, E.N.; Proenca, C.; Soares-Silva, L.H.; Wilson, P.G. & Lucas, E. 2010. World checklist of Myrtaceae. Rodriguésia 62(3): 499-514. 2011
  • Myrtaceae da Usina São José, PE 513 The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. Disponível em <http://www.kew.org/wcsp/>. Acesso em 29 Jul 2010.
    » http://www.kew.org/wcsp/
  • Hickey, L.J. 1973. Classification of architecture of dicotyledonous leaves. American Journal of Botany 60: 17-33.
  • Landrum, L.R. 1986. Campomanesia, Pimenta, Blepharocalyx,Legrandia, Acca, Myrrhinium, and Luma (Myrtaceae). Flora Neotropica 45: 1-179.
  • Legrand, C.D. & Klein, R.M. 1967-1978. Mirtáceas. In: Reitz, P.R. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Santa Catarina. Pp 1-876.
  • Lourenço, A.R. 2010. A família Myrtaceae no limite norte de distribuição da Mata Atlântica. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco. 111p.
  • McVaugh, R. 1956. Tropical American Myrtaceae, notes on generic concepts and descriptions of previously unrecognized species. Fieldiana 29: 145-228.
  • McVaugh, R. 1968. The genera of american Myrtaceae, an interim report. Taxon 7: 354-418.
  • McVaugh, R. 1969. The botany of Guayana Highland: VIII. Myrtaceae. Memoirs of the New York Botanical Garden 18: 55-286.
  • Melo, A.; Alves-Araújo, A. & Alves, M. 2010 Flora da Usina São José, Igarassú, Pernambuco: Burmaniaceae e Gentianaceae. Rodriguésia 61: 431-440.
  • Mori, S.A.; Mattos-Silva, L.A.; Lisboa, G. & Coradin, L. 1985. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Centro de Pesquisas do Cacau, Ilhéus. 97p.
  • Pontes, T. & Alves, M. 2010. Flora da Usina São José, Igarassú, Pernambuco: Araceae. Rodriguésia 61: 689-704.
  • Proença, C.E.B. & Sobral, M. 2006. Myrtaceae In: Barbosa, M.R.V.; Sothers, C.; Mayo, S.; Gamarra- Rojas, C.F.L. & Mesquita, A.C. Checklist das plantas do nordeste brasileiro: angiospermas e gymnospermas. Ministério de Ciência e Tecnologia, Brasília. Pp. 111-113
  • Romagnolo, M.B. & Souza, M.C. 2006. O Gênero Eugenia L. (Myrtaceae) na planície alagável do rio Paraná, estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica 20: 529-548.
  • Silva, A.G.; Sá-e-Silva, I.M.M.; Rodal, M.J.N. & Linse- Silva, A.C.B. 2008. Influence of edge and topography on canopy and sub-canopy structure of an Atlantic Forest fragment in Igarassu, Pernambuco State, Brazil. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability. 2: 41-46.
  • Silva, J.O.N. 2009. A família Myrtaceae no Parque Estadual das Dunas do Natal - RN, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 59p.
  • Sobral, M. 1993. Sinopse de Myrciaria (Myrtaceae). Napaea 9: 13-41.
  • Sobral, M. 2003. A família Myrtaceae no Rio Grande do Sul. Ed. Unisinos. 215p.
  • Sobral, M. 2006. Três novas Myrtaceae de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil. Boletim do Museu de Biologia Melo Leitão 20: 73-82.
  • Sobral, M.; Lucas, E.; Landrum, L.; Soares-Silva, L. 2009. Myrtaceae. In: Stheman, J.; R. Forzza, R.C.; Salino, A.; Sobral, M.; Costa, D.P.; Kamino, L.H.Y. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro. Pp. 352-366.
  • Sobral, M.; Proença, C.; Souza, M.; Mazine, F. & Lucas, E. 2010. Myrtaceae. In: Forzza, R.C.; Leitman, P.M.; Costa, A.F.; Carvalho Jr., A.A.; Peixoto, A.L.; Walter, B.M.T.; Bicudo, C.; Zappi, D.; Costa, D.P.; Lleras, E.; Martinelli, G.; Lima, H.C.; Prado, J.; Stehmann, J.R.; Baumgratz, J.F.A.; Pirani, J.R.; Sylvestre, L.; Maia, L.C.; Lohmann, L.G.; Queiroz, L.P.; Silveira, M.; Coelho, M.N.; Mamede, M.C.; Bastos, M.N.C.; Morim, M.P.; Barbosa, M.R.; Menezes, M.; Hopkins, M.; Secco, R.; Cavalcanti, T.B.; Souza, V.C. Lista de espécies da flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB010791>. Acesso em 25 Jul 2010.
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB010791
  • Souza, M.C.; Morim, M.P; Conde, M.M.S. & Menezes, L.F.T. 2007. Subtribo Myrciinae O. Berg (Myrtaceae) na restinga da Marambaia, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21: 49-63.
  • Souza, M.C. & Morim, M.P. 2008. Subtribos Eugeniinae O. Berg e Myrtinae O. Berg (Myrtaceae) na restinga da Marambaia, RJ, Brasil. Acta Botânica Brasílica 22: 652-683.
  • Spjut, R.W. 1994. A Systematic treatment of fruit types. Memoirs of The New York Botanical Garden 70: 1-182.
  • Stehmann, J.; R. Forzza, R.C.; Sobral, M. & Kamino, L.H.Y. 2009. Gimnospermas e Angiospermas In: Stheman, J.; R. Forzza, R.C.; Salino, A.; Sobral, M.; Costa, D.P. & Kamino, L.H.Y. Plantas da Floreta Atlântica. Rio de Janeiro. Pp. 27- 37.
  • Thiers, B. 2010. [continuously updated]. Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium. Disponível em <http:// sweetgum.nybg.org/ih/>. Acesso em 19 Jul 2010.
    » http:// sweetgum.nybg.org/ih/
  • Trindade, M.B.; Lins-e-Silva, A.C.B.; Silva, H.P.; Figueira, S.B. & Schessl, M. 2008. Fragmentation of the Atlantic rainforest in the northern coastal region in Pernambuco, Brazil: recent changes and implications for conservation. Bioremediation, Biodiversity and Bioavailability 2: 5-13.
  • Wilson, P.G.; O'Brien, M.M., Gadek, P.A. & Quinn, C.J. 2001 Myrtaceae revised: a reassessment of intrafamilial groups. American Journal of Botany 88: 2012-2025.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2011

Histórico

  • Recebido
    17 Ago 2010
  • Aceito
    07 Jun 2011
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Rua Pacheco Leão, 915 - Jardim Botânico, 22460-030 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21)3204-2148, Fax: (55 21) 3204-2071 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: rodriguesia@jbrj.gov.br