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Composição florística da vegetação altimontana do distrito de Monte Verde (Camanducaia, MG), Serra da Mantiqueira Meridional, Sudeste do Brasil

Floristic composition of high-montane vegetation in the district of Monte Verde (Camanducaia, Minas Gerais), Serra da Mantiqueira Meridional, Southeast Brasil

Resumos

A Serra da Mantiqueira apresenta um mosaico de formações vegetacionais composto por florestas altimontanas, florestas de araucária, campos de altitude e afloramentos rochosos. Realizamos um levantamento florístico nas formações altimontanas do distrito de Monte Verde, Camanducaia, MG, Sudeste do Brasil, para quantificarmos a riqueza específica de cada formação e analisarmos a distribuição geográfica das espécies. Foram coletadas 499 espécies, distribuídas entre 97 famílias e 285 gêneros. As famílias com maior riqueza específica foram Asteraceae (77 espécies), Melastomataceae e Orchidaceae (25), Myrtaceae (24), Solanaceae (23), Cyperaceae e Fabaceae (22), e Rubiaceae (18). Os gêneros mais ricos foram Baccharis (16 espécies), Solanum (15), Leandra (10), Myrceugenia (9), Tibouchina (8) e Myrcia (7). Registramos a ocorrência de três espécies recém-descritas e cinco novos registros para o estado de Minas Gerais. Cerca de 60 espécies são exclusivas do Sudeste brasileiro, enquanto 124 ocorrem também na região Sul. A presença de espécies endêmicas e com distribuição geográfica restrita destaca a influência da Serra da Mantiqueira na distribuição de espécies vegetais no Domínio da Floresta Atlântica.

floresta atlântica; florestas altimontanas; florestas de araucária; campos de altitude; afloramentos rochosos


The Serra da Mantiqueira mountain range harbors a mosaic of high-mountain vegetation composed of upper montane forests, Araucária forests, high-altitude grasslands and rocky outcrops. A floristic survey was carried out in the upper montane formations of Monte Verde district, Camanducaia, in the State of Minas Gerais, southeastern Brazil, to quantify the richness of each formation, and analyze the geographic distribution of species. A total of 499 species was collected, distributed among 97 families and 285 genera. The richest families were Asteraceae (77 species), Melastomataceae and Orchidaceae (25), Myrtaceae (24), Orchidaceae (23), Solanaceae (23), Cyperaceae and Fabaceae (22), and Rubiaceae (18). The richest genera were Baccharis (16 species), Solanum (15), Leandra (10), Myrceugenia (9), Tibouchina (8), and Myrcia (7). The occurrence of three newly described species and five new records for Minas Gerais state were observed. About 60 species occur only in the southeast of Brazil, while 124 also occur in the southern region of Brazil. The occurrence of endemic species and species with narrow geographic distribution showed the influence of the Serra da Mantiqueira mountain chain on the distribution of plant species in the Atlantic Forest Domain.

Atlantic rain forest; upper montane forests; araucaria forests; high altitude grasslands; rocky outcrop


ARTIGOS ORIGINAIS ORIGINAL PAPERS

Composição florística da vegetação altimontana do distrito de Monte Verde (Camanducaia, MG), Serra da Mantiqueira Meridional, Sudeste do Brasil1 1 Parte da dissertação de Mestrado do primeiro autor.

Floristic composition of high-montane vegetation in the district of Monte Verde (Camanducaia, Minas Gerais), Serra da Mantiqueira Meridional, Southeast Brasil

Leonardo Dias MeirelesI,III; Luiza Sumiko KinoshitaII; George John ShepherdII

IUniversidade de São Paulo, Escola de Artes, Ciências e Huminades, Curso de Gestão Ambiental, Av. Arlindo Béttio 1000, 03828-000, São Paulo, SP, Brasil

IIUniversidade Estadual de Campinas, Inst. Biologia, Depto. Biologia Vegetal, R. Monteiro Lobato 255, C.P. 6109, 13.083-970, Campinas, SP, Brasil

IIIAutor para correspondência: leodmeireles@gmail.com

RESUMO

A Serra da Mantiqueira apresenta um mosaico de formações vegetacionais composto por florestas altimontanas, florestas de araucária, campos de altitude e afloramentos rochosos. Realizamos um levantamento florístico nas formações altimontanas do distrito de Monte Verde, Camanducaia, MG, Sudeste do Brasil, para quantificarmos a riqueza específica de cada formação e analisarmos a distribuição geográfica das espécies. Foram coletadas 499 espécies, distribuídas entre 97 famílias e 285 gêneros. As famílias com maior riqueza específica foram Asteraceae (77 espécies), Melastomataceae e Orchidaceae (25), Myrtaceae (24), Solanaceae (23), Cyperaceae e Fabaceae (22), e Rubiaceae (18). Os gêneros mais ricos foram Baccharis (16 espécies), Solanum (15), Leandra (10), Myrceugenia (9), Tibouchina (8) e Myrcia (7). Registramos a ocorrência de três espécies recém-descritas e cinco novos registros para o estado de Minas Gerais. Cerca de 60 espécies são exclusivas do Sudeste brasileiro, enquanto 124 ocorrem também na região Sul. A presença de espécies endêmicas e com distribuição geográfica restrita destaca a influência da Serra da Mantiqueira na distribuição de espécies vegetais no Domínio da Floresta Atlântica.

Palavras-chave: floresta atlântica, florestas altimontanas, florestas de araucária, campos de altitude, afloramentos rochosos.

ABSTRACT

The Serra da Mantiqueira mountain range harbors a mosaic of high-mountain vegetation composed of upper montane forests, Araucária forests, high-altitude grasslands and rocky outcrops. A floristic survey was carried out in the upper montane formations of Monte Verde district, Camanducaia, in the State of Minas Gerais, southeastern Brazil, to quantify the richness of each formation, and analyze the geographic distribution of species. A total of 499 species was collected, distributed among 97 families and 285 genera. The richest families were Asteraceae (77 species), Melastomataceae and Orchidaceae (25), Myrtaceae (24), Orchidaceae (23), Solanaceae (23), Cyperaceae and Fabaceae (22), and Rubiaceae (18). The richest genera were Baccharis (16 species), Solanum (15), Leandra (10), Myrceugenia (9), Tibouchina (8), and Myrcia (7). The occurrence of three newly described species and five new records for Minas Gerais state were observed. About 60 species occur only in the southeast of Brazil, while 124 also occur in the southern region of Brazil. The occurrence of endemic species and species with narrow geographic distribution showed the influence of the Serra da Mantiqueira mountain chain on the distribution of plant species in the Atlantic Forest Domain.

Key words: Atlantic rain forest, upper montane forests, araucaria forests, high altitude grasslands, rocky outcrop.

Introdução

A Serra da Mantiqueira corresponde ao segundo degrau ao leste do Planalto Brasileiro e, com seu destacado desnível altitudinal, influencia fortemente o relevo e as condições climáticas da região Sudeste brasileira (Moreira & Camelier 1977; Almeida & Carneiro 1998). Em conjunto com a Serra do Mar, representa o orobioma mais frio e úmido do leste da América do Sul, o que proporciona mudanças na composição e na estrutura das formações florestais e campestres no Domínio da Floresta Atlântica (Segadas-Viana & Dau 1965; Safford 1999).

A Floresta Atlântica no Sudeste brasileiro encontra-se bastante fragmentada e áreas relativamente contínuas estão restritas às encostas de cadeias montanhosas (Galindo-Leal & Câmara 2005). Na Serra da Mantiqueira persiste cerca de 20% da cobertura florestal atlântica remanescente no estado de Minas Gerais, na divisa com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Costa & Herrmann 2006). Sua porção meridional, composta pelo Planalto de Campos de Jordão e pelo Planalto do Itatiaia, apresenta um desnível altitudinal entre 1.000 a 2.000 metros de altitude e uma considerável extensão de formações vegetacionais altimontanas (Moreira & Camelier 1977).

A vegetação no Planalto de Campos de Jordão está composta por florestas ombrófilas densas montanas e alto-montanas, florestas ombrófilas mistas alto-montanas, estepes (campos de altitude), afloramentos rochosos e pequenos fragmentos de savana (cerrado) (Azevedo 1962). Na cimeira desse planalto a vegetação caracteriza-se por um mosaico dessas fitofisionomias. Os campos recobrem os topos de interflúvio, bem como o setor convexo das vertentes, e as matas ocupam o setor retilíneo inferior das vertentes convexas, as vertentes retilíneas e os anfiteatros de erosão (Himura et al. 2001).

Esse complexo vegetacional está imerso em uma matriz vegetacional composta pela floresta estacional semidecidual do sul de Minas de Gerais, a oeste em direção ao interior, e pela floresta ombrófila densa montana do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, ao leste (Hueck 1972; Berg & Oliveira-Filho 2000). A dificuldade de acesso e o baixo potencial madeireiro e a criação de Unidades de Conservação atrasaram uma destruição intensa desse complexo vegetacional, o que contribui para a conservação de áreas florestadas e campestres em algumas regiões de altitude da Serra da Mantiqueira (Costa et al. 1998). Entretanto, principalmente a floresta montana, parte da floresta alto-montana e os fragmentos campestres no distrito de Monte Verde foram substituídos por pastagens, reflorestamentos monoculturais, construções urbanas, ou ainda sofreram intenso corte madeireiro (Golfari 1975).

Azevedo (1962) reconheceu variações fitofisionômicas decorrentes de condições diversas – clima, solos, altitude, relevo e duração da estação seca – para formações florestais ao sul da Serra da Mantiqueira. A destacada variação altitudinal observada na região promove uma diminuição na pressão atmosférica que propicia um aumento na precipitação e uma maior incidência de neblina, bem como uma diminuição nas temperaturas mínimas, aumentando a probabilidade de ocorrências de geadas no período de menor precipitação (Segadas-Viana & Dau 1965; Safford 1999). Esses fatores abióticos afetam tanto o funcionamento da vegetação altimontana quanto a distribuição geográfica e a extensão de ocorrência de espécies vegetais no Domínio da Floresta Atlântica (Oliveira-Filho & Fontes 2000).

A Serra da Mantiqueira é considerada uma Área de Importância Biológica Especial (Costa & Herrmann 2006), devido ao elevado nível de endemismos para plantas, anfíbios e répteis, além de uma alta diversidade de aves e pequenos mamíferos (Dusén 1955; Brade 1956; Willis 1996). A região de Camanducaia – Monte Verde, pertencente ao Planalto de Campos de Jordão, também é reconhecida como uma área de importância biológica muito alta devido à ocorrência de plantas endêmicas, mamíferos e aves ameaçados de extinção (Costa et al. 1998).

A região Sudeste brasileira representa um dos centros de diversidade da Floresta Atlântica e várias das suas áreas de altitude ainda não possuem levantamentos florísticos publicados ou foram pouco inventariadas (Shepherd 1995, Martinelli 2007). Este levantamento florístico tem como objetivo verificar quais espécies de espermatófitas compõem a vegetação altimontana do distrito de Monte Verde e quantificar a riqueza específica e a composição florística de suas fitofisionomias. A distribuição geográfica das espécies também foi analisada para identificarmos padrões de distribuição de espécies ocorrentes nesse complexo vegetacional altimontano da Serra da Mantiqueira.

Material e Métodos

Área de Estudo

O distrito de Monte Verde, do município de Camanducaia, no estado de Minas Gerais, está inserido ao sul da Serra da Mantiqueira Meridional, na divisa com o estado de São Paulo, nas coordenadas geográficas 22º51'S e 46º02'W (Fig. 1). Possui cotas altitudinais que variam de 1.550 a 2.082 metros acima do nível do mar. A Serra da Mantiqueira é denominada na região como "Serra dos Poncianos", que corresponde a uma das unidades geomorfológicas que compõem o Planalto de Campos do Jordão. A Pedra do Selado, a 2.082 m de altitude, juntamente com o Platô (1.900 m), o Chapéu do Bispo (2.030 m), a Pedra Redonda (1.990 m) e a Pedra Partida, a 2.050 m, são os principais picos e platôs de rocha aflorada da Serra da Mantiqueira nessa região.


Essa região era conhecida como Campos do Jaguari, pela proximidade das nascentes do Rio Jaguari, em Sapucaí Mirim, que com seu afluente, o rio Camanducaia, compõe o sistema "Cantareira" de abastecimento de água para o estado de São Paulo (Barbi 2007). Na década de 1930, iniciou-se a ocupação humana com a instalação da Fazendo Pico do Selado. O primeiro loteamento de parte da Fazenda ocorreu na década de 1950. Desde essa época, sua vegetação tem sofrido impacto por atividades agropastoris e madeireiras e pelo plantio de monoculturas de gimnospermas exóticas. Na década de 1990, o distrito tornou-se um importante polo turístico, intensificando o impacto antrópico sobre a vegetação. A criação da APA Fernão Dias, em 1997, tem incentivado atividades conservacionistas na região (Costa & Hermann 2006).

O clima, no sistema de Köeppen, é do tipo Cwb (subtropical de altitude), com verões amenos e chuvosos e invernos frios e mais secos com ocorrência de geadas (Martins 2000). A precipitação média anual, entre os anos de 1971 e 2001, foi de 1.740 mm e variou entre 1.380 mm a 2.360 mm. A temperatura máxima média, entre julho de 2001 e julho de 2002, variou nos meses quentes e úmidos (outubro a março) entre 26,3 e 29,7ºC e, enquanto a temperatura mínima média variou nos meses frios e secos (abril a setembro) de 3 a 9,9ºC. Durante esse período foram observados oito dias com ocorrência de geadas (dados medidos pela Companhia Melhoramentos Florestal S/A). Machado-Filho et al. (1983) registraram a ocorrência de cambissolos álicos nas áreas mais elevadas e latossolos vermelho-amarelos distróficos nas áreas mais baixas na região do distrito de Monte Verde.

Para a denominação das formações florestais utilizamos IBGE (2012) e para as formações campestres Semir (1991). Foram reconhecidas dentre as formações florestais a Floresta Ombrófila Densa Alto-montana e a Floresta Ombrófila Mista Alto-montana; e dentre as formações campestres os Afloramentos Rochosos e Campos de Altitude. A Floresta Ombrófila Densa Alto-montana (Floresta Altimontana – Fig. 2a-b) localiza-se entre 1.500-1.600 m e 2.000 m de altitude e esteve constituída por mesofanerófitos, com um dossel variando entre nove e 20 m de altura e apresenta uma alta densidade de indivíduos. As árvores, na sua maioria, apresentam fuste pouco desenvolvido, verificando-se um acentuado epifitismo avascular em seus troncos. O estrato herbáceo-arbustivo apresentou-se pouco denso a denso. A Floresta Ombrófila Mista Alto-montana (Floresta de Araucária – Fig. 2c) localizou-se entre 1.500 m e 1.650 m de altitude e geralmente sobre um relevo plano-ondulado, associada com cursos d'água. Esteve constituída por mesofanerófitos que formam um dossel que alcança até 20 m, com indivíduos emergentes de Araucaria angustifolia. Um estrato intermediário composto por arvoretas pode ser observado, além de um estrato arbustivo-herbáceo pouco denso.





Os Campos de Altitude localizaram-se acima de 1.500 m, desenvolvendo-se principalmente nas áreas mais planas e formando brejos em áreas com drenagem dificultada. Apresentam um estrato herbáceo dominado por gramíneas e um estrato arbustivo constituído por arbustos e arvoretas esparsas. Os Afloramentos Rochosos (Fig. 2d) corresponderam a áreas de rochas granitoides expostas, onde as plantas se estabelecem em ilhas de vegetação ou nas frestas das rochas. Essas ilhas apresentam uma matriz formada por briófitas, liquens e monocotiledôneas, sobre as quais se estabelecem outras ervas e pequenos arbustos.

Metodologia de Coleta e Listagem Florística

O levantamento florístico foi realizado através de caminhadas entre março de 2001 e março de 2003, com visitas de dois a cinco dias, quinzenalmente no início das coletas e mensalmente no final das coletas. Coletas esporádicas em anos posteriores também foram realizadas. Entre 2001 e 2003, foram realizadas 15 expedições de coletas na Floresta Altimontana e nos Afloramentos Rochosos ao longo da cadeia principal da Serra da Mantiqueira (Fig. 1), que incluíram quatro visitas às três áreas de Floresta de Araucária, com coletas esporádicas nos campos de altitude em várias dessas viagens. Uma coleta específica a uma pequena área de campo de altitude, imerso dentro da Floresta Altimontana na região da Pedra da Onça, foi realizada, mas mesmo essa área isolada apresentava forte impacto por atividades silvipastoris passadas. Os indivíduos em estádio reprodutivo foram coletados e as exsicatas foram depositadas no herbário da Universidade Estadual de Campinas (UEC) e duplicatas distribuídas entre herbários do Sudeste brasileiro.

A identificação das espécies foi realizada com auxílio da literatura especializada, consulta a especialistas e por meio de comparação com outros materiais identificados em coleções científicas. Para a elaboração da listagem florística, a classificação em famílias foi baseada em Angiosperm Phylogeny Group III (APG III 2009). Para a grafia dos nomes científicos e nomenclatura de gêneros seguiu-se a nomenclatura proposta na Lista de Espécies da Flora do Brasil (Forzza et al. 2012). Posteriormente para evitar erros na grafia dos epípetos genéricos e específicos utilizamos o Pacote 'flora' (Carvalho 2104).Â

O hábito das espécies foi definido pelo porte, grau de lignificação dos ramos e troncos e pelo sistema radicular. O hábito arbóreo foi utilizado para indivíduos lenhosos, perenes, com fuste usualmente único, ramificado acima de 1 m do nível do solo, ou composto por fustes múltiplos, ramificados ao nível do solo, mas totalmente lignificados, e com sistema radicular axial lignificado. O hábito arbustivo foi definido como indivíduos lenhosos, perenes com fuste único ou múltiplos, ramificados ao nível do solo ou até 1 metro de altura e com sistema radicular axial pouco ou muito lignificado. O hábito bambusóide correspondeu a indivíduos constituídos por colmos lenhosos com rizoma e sistema radicular adventício. O hábito herbáceo foi definido como indivíduos não lenhosos, rosulados ou caule pouco lignificado, eretos, decumbentes ou prostrados, podendo apresentar rizoma, bulbo ou cormo e sistema radicular axial, adventício ou fasciculado. Trepadeiras foram consideradas indivíduos com ramos flexíveis ou volúveis que se apoiam sobre outros vegetais, passivamente ou por meio de órgãos preensores e com sistema radicular fixo ao solo. O hábito epifítico inclui as espécies que vegetam sobre outros indivíduos vegetais, utilizando-os apenas como suporte, com sistema radicular independente do solo e o hábito parasítico como as plantas que crescem sobre outro vegetal nutrindo-se da sua seiva, apresentado ou não sistema radicular (modificado a partir de Font Quer 1975 e Vidal & Vidal 1995).

Distribuição geográfica

A distribuição geográfica das espécies foi obtida por consulta à literatura taxonômica (teses, revisões, trabalhos florísticos e floras regionais) e complementada por informações encontradas em sites especializados como speciesLink (CRIA 2001), w3Tropicos (MBG 2014), The C.V. Starr Virtual Herbarium (NYBG 1996-2004) e Lista de Espécies da Flora do Brasil (Forzza et al. 2012). As espécies que ocorrem somente no território brasileiro receberam siglas para as regiões geográficas brasileiras (Sul: S; Sudeste: Se; Centro-Oeste: CO; Nordeste: Ne; Norte: N). Para as espécies que ocorrem em países do Cone Sul (Argentina, Paraguai e Uruguai) foi adicionada a sigla CS.

Entre as espécies distribuídas pela região Sudeste (SE), distinguiu-se quatro subgrupos de endemismo em ordem crescente de extensão de ocorrência a partir do Planalto de Campos do Jordão: SE (CJ) - espécies restritas ao Planalto de Campos de Jordão; SE (MM) - espécies restritas à Serra da Mantiqueira Meridional, ocorrentes também no Planalto do Itatiaia; SE (ML) - espécies observadas em formações montanas das cadeias montanhosas litorâneas do Sudeste; e SE (CR) - espécies ocorrentes em campos rupestres. Dentre as espécies distribuídas pelas Regiões Sudeste e Sul do país (S-SE), distinguiu-se dois sub-grupos: S-SE (FA) - espécies restritas às florestas altimontanas das áreas de altitude litorâneas do Sul e Sudeste; e S-SE (PS) - aquelas amplamente distribuídas pelos planaltos sulinos e que não ocorrem em formações ombrófilas densa nas encostas da Serra do Mar.

A distribuição geográfica das espécies que ocorrem além do território brasileiro foi classificada como: Américas - (América): espécies americanas ocorrentes além da Região Neotropical; Neotropical - (Neotrop.): as espécies ocorrentes ao longo da Região Neotropical; América do Sul - (AmSul): aquelas ocorrentes amplamente no território da América do Sul; Andes - (Andes): espécies observadas em formações tropicais e/ou sub-tropicais montanos ao longo da Cordilheira Andina.

Resultados

Foram coletadas 499 espécies, distribuídas entre 95 famílias e 285 gêneros (Tab. 1). Destas 111 espécies (22,1%) eram arbóreas, 133 (26,7%) arbustivas, 193 (38,7%) herbáceas, duas (0,4%) bambusóides, 35 (7,1%) trepadeiras, 22 (4,4%) epífitas e três (0,6%) parasitas. As famílias com maior riqueza específica foram Asteraceae (77 espécies), Melastomataceae e Orchidaceae (25 cada), Myrtaceae (24), Solanaceae (23), Cyperaceae e Fabaceae (22 cada) e Rubiaceae (18). Os gêneros mais ricos foram Baccharis (16 espécies), Solanum (15), Leandra (10), Myrceugenia (nove), Tibouchina (oito) e Myrcia (sete).

Na Floresta Altimontana, foram coletadas 291 espécies, distribuídas entre 80 famílias e 186 gêneros, sendo que 220 espécies foram exclusivas dessa formação em Monte Verde. Do total de espécies, 95 espécies eram árboreas, 66 arbustivas, duas bambusóides, 82 herbáceas, 31 trepadeiras, 12 epífitas e três parasitas (Tab. 1). As famílias mais ricas foram Asteraceae (43 espécies), Myrtaceae (18), Solanaceae (16), Melastomataceae (13), Orchidaceae (11), Rubiaceae (10) e Lauraceae (nove). Os gêneros mais ricos foram Solanum (12 espécies), Baccharis,Leandra e Myrceugenia (sete cada), Peperomia (seis espécies cada), enquanto Ilex, Myrcia, Ocotea e Vernonanthura apresentaram cinco espécies cada.

Na Floresta de Araucária foram coletadas 91 espécies, distribuídas em 50 famílias e 77 gêneros, sendo 45 espécies exclusivas a essa formação. Do total de espécies, 37 eram arbóreas, 25 arbustivas, 13 herbáceas, quatro trepadeiras e 12 epífitas (Tab. 1). Solanaceae (nove espécies), Myrtaceae (oito), Asteraceae (sete), Orchidaceae (seis) e Rubiaceae (cinco) apresentaram a maior riqueza específica. Myrcia e Solanum (cinco espécies cada) foram os gêneros mais ricos; os demais gêneros apresentaram uma ou duas espécies.

Nos Campos de Altitude foram coletadas 129 espécies, distribuídas entre 45 famílias e 95 gêneros, com 96 espécies exclusivas a essa formação. Desse total, 53 eram arbustivas, cinco arbóreas e 71 herbáceas (Tab. 1). As famílias mais ricas foram Asteraceae (27 espécies) e Fabaceae (14), seguidas de Cyperaceae (oito), Iridaceae (sete) e Melastomataceae (cinco). Baccharis (sete espécies) e Sisyrinchium (quatro) foram os gêneros mais ricos, além de Carex, Desmodium, Gaylussacia, Mimosa, Paepalanthus, Polygonum, Rhynchospora e Tibouchina que apresentaram três espécies cada.

Nos Afloramentos Rochosos foram coletadas 87 espécies, pertencentes a 34 famílias e 67 gêneros, com 58 espécies exclusivas. Do total de espécies, 20 eram arbustivas, 66 herbáceas e uma trepadeira (Tab. 1). As famílias mais ricas foram Asteraceae (10 espécies), Cyperaceae e Melastomataceae (nove espécies cada) e Orchidaceae (oito), além de Polygalaceae e Rubiaceae com cinco espécies cada. Tibouchina (cinco espécies) foi o gênero mais rico, seguido por Polygala (quatro), e Bulbostilys e Habenaria com três espécies cada.

O número de espécies compartilhadas entre as formações variou entre seis a 40 espécies, enquanto a quantidade de espécies exclusivas a uma formação variou entre 45 a 220 espécies (Tab. 2). Caamembeca insignis, Croton dichrous, Fuchsia regia e Leptostelma maximum foram as únicas espécies que ocorreram nas quatro formações amostradas (Tab. 1). As espécies restritas a região Sudeste brasileira (61) representaram 12,2% da riqueza total, e foram mais frequentes na Floresta Altimontanas e nos Afloramentos Rochosos (Tab. 3). Dessas, cinco espécies foram endêmicas do Planalto de Campos de Jordão, nove espécies restritas à Mantiqueira Meridional, enquanto 32 espécies foram observadas somente nas florestas e campos altimontanos litorâneos e nove observadas somente em campos rupestres do Sudeste. Outras cinco espécies (1%) restringiram-se ao Sudeste e ao Centro-Oeste, enquanto outras seis (1,2%) restringiram-se às Regiões Sudeste e Nordeste. Cerca de 26,4% do total de espécies (132) distribuiu-se também em formações florestais e campestres montanas da Região Sul, Sudeste, Nordeste e/ou Centro-Oeste e Norte (Tab. 3).

As espécies que ocorreram exclusivamente na Região Sul e Sudeste (126) representaram 25,4% do total de espécies coletadas. As proporções de espécies com esse padrão geográfico variaram entre 23,1 a 29,7% entre as formações, mas apresentaram maior riqueza na Floresta Altimontana. Cerca de 3,4% (17 espécies) estiveram restritas às formações altimontanas litorâneas do Sul e Sudeste e 49 espécies (9,8%) ocorreram também em formações florestais e campestres planálticas da região Sul. Outras 21 espécies (4,2%) também ocorreram em formações montanas e/ou temperadas andinas, ao passo que 60 (12%) apresentaram distribuição neotropical e 20 (4,1%) estiveram distribuídas somente na América do Sul, enquanto 19 (3,9%) ocorreram pelo continente americano. Quatorze espécies (2,9%) foram consideradas exóticas e/ou subespontâneas (Tab 3).

Discussão

A Floresta Atlântica e o norte dos Andes são regiões tropicais montanhosas sul-americanas que concentram uma elevada riqueza de espécies endêmicas e são consideradas um dos hotspots mundiais de diversidade de angiospermas (Myers et al. 2000; Kier et al. 2009). A riqueza observada em Monte Verde foi similar à verificada em outros maciços de altitude do Sul e Sudeste brasileiros. Enquanto a riqueza específica nos maciços de altitude litorâneos com levantamentos florísticos disponíveis na região Sudeste variou de 347 a 531 espécies, na região Sul variou entre 236 e 354 espécies (Brade 1951; Rambo 1956; Falkenberg 2003; Mocochinski & Scheer 2008). Entretanto, o escasso número de levantamentos florísticos ainda não permite comparações mais precisas para confirmarmos se há diferenças significativas na riqueza de espécies entre as áreas de altitude atlânticas ao longo do gradiente latitudinal da porção sul da Floresta Atlântica (Martinelli 2007).

Asteraceae, Cyperaceae, Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Orchidaceae, Rubiaceae e Solanaceae foram as famílias mais ricas em Monte Verde, apresentando 236 espécies, 47,3% do total de espécies coletadas. A elevada riqueza dessas famílias ora esteve associada à diversidade de hábitos, por suas espécies ocuparem diferentes estratos da vegetação, ou por estarem presentes em todas as formações vegetacionais coletadas. Elas também apresentaram elevada riqueza em levantamentos realizados em Campos de Jordão e no Planalto do Itatiaia e estão entre as famílias mais ricas na Serra da Mantiqueira Meridional (Brade 1956; Robim et al. 1990; Mattos & Mattos 1982; Meireles 2009). Ericaceae, Euphorbiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Malvaceae e Piperaceae também foram famílias ricas e com espécies endêmicas da Serra da Mantiqueira ou restritas às áreas montanhosas das Regiões Sul e do Sudeste brasileiras.

A flora do Sudeste brasileiro comporta espécies ocorrentes em diferentes regiões fitogeográficas sul-americanas (Brade 1942; Smith 1962; Safford 2007). Gêneros neotropicais, austral-antárticos e pantropicais, indicadores de formações florestais de altitude, como Chusquea, Drimys, IlexeWeinmannia estiveram presentes no estrato arbóreo da Floresta Altimontana em Monte Verde (Giulietti & Pirani 1987; Gentry 1995; Hamilton et al. 1995). Abutilon, Escallonia, Macropeplus,Myrceugenia e Symplocos são outros gêneros arbóreos neotropicais, austral-antárticos ou pantropicais com espécies restritas e indicadoras de florestas altimontanas das Regiões Sul ou Sudeste brasileiros (Meireles et al. 2008; Scheer et al. 2011). Baccharis, Gaylussacia, Leandra, Mimosa, Salvia, Senecio e Tibouchina são gêneros arbustivos com uma elevada riqueza e um número representativo de espécies endêmicas em formações altimontanas (Meireles 2009; Mocochinski & Scheer 2008). Anenome, Carex,Cunila, Eryngium,Galianthe, Griselinia, Luzula, Mikania, Peperomia, Polygala e Viola são gêneros com espécies herbáceas, epifíticas ou lianescentes também com espécies que ocorrem preferencialmente em formações altimontanas atlânticas (Safford 2007; Meireles 2009).

Uma composição florística diferenciada entre as formações vegetacionais foi observada. A Floresta Altimontana em Monte Verde apresentou um número representativo de famílias pouco comuns nas formações florestais em altitudes mais baixas do Sudeste brasileiro, como Aquifoliaceae, Cunoniaceae, Escalloniaceae, Proteaceae e Winteraceae (Oliveira-Filho & Fontes 2000; França & Stehmann 2004; Meireles et al. 2008; Bertoncello et al. 2011). Asteraceae, Lauraceae, Melastomataceae, Myrtaceae e Solanaceae, as famílias mais ricas para o estrato arbóreo na Floresta Altimontana, são frequentes em outras formações florestais atlânticas, mas apresentam grande importância relativa na composição e na estrutura do estrato arbóreo em áreas de altitude atlânticas (Falkenberg & Voltolini 1995; Oliveira-Filho & Fontes 2000; França & Stehmann 2004; Meireles et al. 2008).

No estrato arbustivo da Floresta Altimontana, os gêneros Abutilon, Leandra, Salvia eSolanum destacaram-se pela elevada riqueza e por apresentarem espécies endêmicas da Serra da Mantiqueira. Rubiaceae, família rica no sub-bosque de florestas neotropicais, apresentou maior riqueza de espécies herbáceas do que arbustivas, o que também foi observado em Campos dos Jordão (Gentry & Emmons 1987; Robim et al. 1990). No estrato herbáceo observou-se uma elevada riqueza de orquídeas terrestres e várias espécies de Cyperaceae. Bromeliaceae, apesar de não apresentar muitas espécies nesta floresta, esteve representada por espécies epífitas e terrícolas. Espécies epífitas do gênero Peperomia são frequentes, enquanto se destacam entre as lianas os gêneros Mikania e Oxypetalum, com espécies endêmicas à Mantiqueira Meridional.

Myrceugenia destacou-se como um gênero muito rico e dominante nas florestas altimontanas da porção sul da Floresta Atlântica (Klein 1960; Meireles et al. 2008; Scheer et al. 2011). Muitas das espécies brasileiras desse gênero ocorrem preferencialmente nas regiões planálticas da costa leste brasileira, em altitudes superiores a 900-1000 metros, e são espécies indicadoras das florestas altimontanas sob climas frios e úmidos (Landrum 1981; Meireles et al. 2008; Meireles 2009). A baixa riqueza de espécies arbóreas das famílias Bignoniaceae, Euphorbiaceae e Fabaceae, acompanhada pela total ausência de famílias ocorrentes em florestas estacionais e ombrófilas em altitudes mais baixas, como Chrysobalanaceae, Nyctaginaceae e Urticaceae, contribuem para uma forte diferenciação florística das florestas altimontanas na porção sul da Floresta Atlântica (Meireles et al. 2008; Scheer et al. 2011; Joly et al. 2012).

A Floresta de Araucária apresentou uma riqueza específica baixa e com cerca de 43% de suas espécies compartilhadas com a Floresta Altimontana. Araucariaangustifolia e Podocarpus lambertii predominam no estrato superior da floresta de Araucária em Monte Verde. É interessante resaltar que em uma estreita faixa na margem dos cursos d'água, Podocarpus lambertii domina o estrato superior florestal e Araucaria angustifolia está ausente. Eiten (1970) denominou essa formação de Floresta de Podocarpo, uma fisionomia aparentemente descrita somente em áreas de altitude da região Sudeste, também registrada para a Serra da Bocaina e Campos do Jordão (Brade 1951; Hueck 1972).

Asteraceae, Lauraceae e Myrtaceae representam as famílias com maior riqueza nas Florestas de Araucária (Los 2004). Entretanto, na Floresta de Araucária em Monte Verde, Solanaceae foi a família com maior número de espécies. Rambo (1956) também observou um compartilhamento de espécies arbóreas entre florestas altimontanas e florestas de Araucária nos Aparados da Serra e citou que a ausência de Araucaria angustifolia demarcaria os limites entre as florestas altimontanas e as matas de araucária. A Floresta de Araucária e a Floresta Altimontana em Monte Verde não diferem somente pela ausência de Araucaria angustifolia. Tanto o porte dos indivíduos arbóreos com um dossel que pode ultrapassar 20 m de altura e um baixo epifitismo briofítico constituído principalmente por liquens e epífitos fanerogâmicos na Floresta de Araucária promovem uma dissimilaridade fisionômica entre essas formações.

Algumas espécies, dentre árvores, arbustos, ervas e epífitas foram coletadas somente na Floresta de Araucária, como Aegiphila obducta, Azara uruguayensis, Styrax leprosus, Symplocos uniflora, Zanthoxylum rhoifolium, além dos arbustos, Leandracordigera, Leandrahirtella e Myrceugenia miersiana e epífitas como Hatiora salicornioides e Vriesea pardalina. Cestaro et al. (1986) registraram 28 espécies para o estrato herbáceo de um fragmento de floresta de Araucária, enquanto Polisel et al. (2014) encontraram de 48 a 93 espécies no estrato arbustivo e herbáceo em quatro áreas de floresta de Araucária no estado de São Paulo. Essas riquezas específicas são superiores à riqueza aqui registrada, necessitando um esforço amostral maior para caracterizar a composição e riqueza de espécies nos diferentes hábitos desta formação em Monte Verde.

Os Campos de Altitude em Monte Verde apresentaram uma expressiva riqueza específica composta por várias espécies com distribuição restrita à àreas de altitude das regiões Sul e Sudeste brasileiras. Essa formação vegetacional ocorre sobre solos relativamente desenvolvidos, apresentando similaridade fisionômica com os campos da região de Campos do Jordão e da Serra da Bocaina, onde áreas com rocha exposta são menos frequentes, diferentemente do que é observado no Planalto do Itatiaia. Áreas brejosas nesses campos constituem o habitat de várias espécies coletadas.

A riqueza observada nos Campos de Altitude foi menor do que a encontrada nos campos de altitude do Itatiaia e da Serra dos Órgãos provavelmente devido a sua menor extensão e alto impacto antrópico em Monte Verde (Safford 1999). Os Campos de Altitude de Monte Verde estão compostos por um sub-conjunto de espécies ocorrentes em áreas mais extensas de campos de altitude do Planalto de Campos de Jordão. Entretanto, Petunia mantiqueirensis representa uma espécie com ocorrência restrita à região de Camanducaia-Monte Verde (Kamino et al. 2102). Vale ressaltar também que outras sete espécies restritas a campos de altitude do Sudeste brasileiro apresentam populações nos Campos de Altitude em Monte Verde.

Asteraceae, Melastomataceae e Myrtaceae destacam-se pela elevada riqueza entre os táxons arbustivos nos campos de altitude atlânticos (Safford 1999; Mocochinski & Scheer 2008). Para os demais hábitos tem se destacado as famílias Cyperaceae, Ericaceae, Eriocaulaceae, Iridaceae e Polygalaceae (Brade 1951; Mocochinski & Scheer 2008). Poaceae, que apresenta destacada importância fisionômica em campos de altitude, apresentou poucas espécies, talvez pela adiantada degradação desses campos e dominância de algumas espécies. A maioria das espécies coletadas da família Fabaceae ocorreu nessa formação, sobretudo no estrato herbáceo-arbustivo. Baccharis, Gaylussacia, Mimosa e Tibouchina destacam-se nos campos de altitude por apresentarem várias espécies típicas de ambientes altimontanos ao sul da Floresta Atlântica (Brade 1956; Mocochinski & Scheer 2008).

Safford (1999) sugeriu haver similaridades florísticas e fisionômicas entre os páramos andinos e os campos de altitude brasileiros. A semelhança fisionômica entre essas formações é evidenciada pela relativa similaridade climática, convergência de hábitos e por compartilharem gêneros ricos em formações montanas sul-americanas (Ribeiro et al. 2007). Dezessete espécies foram comuns entre essas formações, quando comparada com a listagem publicada por Luteyn (1999). Entretanto algumas apresentam comportamento ruderal ou são introduzidas, como Achyrocline satureioides, Arenaria lanuginosa, Chaptalia nutans, Fragaria vesca, Galium hypocarpium, Gamochaeta americana, Hypoxis decumbens, Poa anua e Trifolium repens. E outras são frequentes em áreas de altitude do Sudeste, como Cuscuta grandiflora, Hybanthus parviflorus, Myrsine coriacea, Myrsine umbellata, Peperomia galioides, Ranunculus fragelliformes e Sisyrinchium micranthum, que também ocorrem em outros tipos vegetacionais da região neotropical (Luteyn 1999).

Afloramentos rochosos geralmente comportam um número menor de espécies em áreas florestais, mas apresentam uma flora distinta da vegetação do entorno (Sarthou & Villiers 1998; Barthlott et al. 1993). Em Monte Verde, os Afloramentos Rochosos estão envoltos por matriz florestal e observa-se a formação de um escrube pouco extenso nas suas bordas. Asteraceae, Cyperaceae, Melastomataceae, Orchidaceae, Poaceae, Polygalaceae e Rubiaceae estão entre as famílias mais ricas nos afloramentos rochosos imersos em formações florestais no Sudeste brasileiro (Meirelles et al. 1999; Safford & Martinelli 2000; Caiafa & Silva 2007; Ribeiro et al. 2007). Cyperaceae geralmente não é citada como uma das famílias mais ricas em afloramentos rochosos no Sudeste, entretanto espécies dessa família são citadas como as principais espécies formadoras das ilhas de vegetação sobre afloramentos graníticos e sobre nifelina-sienito no Sudeste do Brasil (Caiafa & Silva 2007; Medina et al. 2006).

Octomeria sp. e Hatiora herminiae foram as únicas espécies observadas que se instalaram diretamente sobre a rocha. Aechmea disticantha destacou-se entre as fanerófitas como a principal formadora das ilhas de vegetação nos afloramentos de Monte Verde. Essa espécie é também observada em afloramentos ao sul da Mantiqueira Meridional, como em Atibiaia e Extrema (Meirelles 1996; Yamamoto 2009). Outras monocotiledôneas rizomatosas ou bulbosas, como Alstroemeria isabelleana e Hyppeastrum morelianum, são visualmente frequentes nas ilhas de vegetação. Algumas fanerógamas com órgãos subterrâneos espessados também foram observadas, como Sinningia magnifica, Stevia decussata e Tibouchina mosenii. Algumas espécies arbustivas ocorrem preferencialmente nas bordas dos afloramentos rochosos como Abatia glabra, Dasyphyllum flagellare, Verbesina glabrata e Crotalariamiottoae.

Um conjunto das espécies coletadas no distrito de Monte Verde esteve restrito às formações florestais e campestres altimontanas da Serra da Mantiqueira ou foi compartilhado com outros maciços litorâneos com clima subtropical de altitude no Sudeste brasileiro. A Floresta Altimontana e os Afloramentos Rochosos foram as formações que apresentaram as maiores proporções de espécies restritas à região Sudeste brasileira. Leitão-Filho (1982) destacou a ocorrência de espécies com distribuição geográfica restrita às áreas montanhosas sob um clima mais frio e com forte influência de neblina e com geadas frequentes no período mais seco do ano na Serra da Mantiqueira. Croton organensis, Euplassa itatiaiae, Macropeplus dentatus e Symplocos falcata são exemplos de espécies arbóreas que ocorrem somente em florestas altimontanas do Sudeste brasileiro.

Hatiora herminiae, Myrceugenia brevipedicellata, Ocotea virgultosa, Petunia mantiqueirensis e Manettia congesta também são espécies endêmicas da Serra da Mantiqueira Meridional e estão restritas ao Planalto de Campos do Jordão. Abatia glabra, Abutilon itatiaiae, Euplassa itatiaie, Hyptis propinqua,Peperomia subternifolia, Mikania camporum, Mimosa monticola, Salvia campos-portoi e Salvia sellowiana também ocorrem no Planalto do Itatiaia. Eryngium proliferum, descrito para a Serra do Itatiaia e coletado no município de São Paulo, representa um registro novo para o estado de Minas Gerais (Corrêa & Pirani 2005). Leandra gynoverrucosa,Crotalaria miottoae e Solanum bradei são exemplos de espécies recém-descritas presentes em Monte Verde que ocorrem em ambientes montanos do Sudeste brasileiro (Flores & Tozzi 2005; Reginato 2011; Giacomin & Stehmann 2014).

A maioria das espécies registradas para Monte Verde também ocorrem nos campos de altitude e nas florestas de Araucária sobre os planaltos da Região Sul do país. Essas duas formações destacaram-se com as maiores proporções de espécies ocorrentes somente nas regiões Sul e Sudeste brasileiras. Um conjunto menor de espécies está restrito às florestas altimontanas das regiões Sul e do Sudeste brasileiras, como Baccharis oreophilla, Ilex taubertiana e Myrceugenia ovalifolia (Barroso 1976; Landrum 1984; Groppo Jr. & Pirani 2002). Para algumas dessas espécies, as terras altas da Serra da Mantiqueira representam o limite de ocorrência setentrional e várias delas apresentam uma distribuição geográfica disjunta entre as terras altas do Sudeste e a Região Sul do Brasil. Algumas delas são registros novos de ocorrência para o estado de Minas Gerais, como Desmodium triarticulatum, Mimosa filipetiola, Myrceugenia ovalifolia e Solanum cassioides, antes conhecidas somente para a Região Sul do Brasil (Burkart 1979; Azevedo 1981; Landrum 1984; Mentz & Oliveira 2004).

A manutenção de populações dessas espécies nos maciços de altitude da região Sudeste está associada à ocorrência de um clima subtropical de altitude, caracterizado por temperaturas mínimas mais acentuadas e a ocorrência de geadas, como observado nos planaltos sulinos (Azevedo 1962; Brade 1956; Segadas-Viana & Dau 1965). Azevedo (1962) sugeriu que a vegetação atual da Serra da Mantiqueira foi condicionada por condições paleo-climáticas diferentes das atuais. Mudanças climáticas quaternárias têm sido evocadas para explicar a ocorrência da floresta de Araucária nas áreas de altitude da região Sudeste brasileira e podem estar envolvidas na explicação de padrões de distribuição disjuntos das espécies ocorrentes nas áreas de altitude do Sul e Sudeste (Ledru et al. 1998; Behling 1998).

Registros palinológicos sugerem que formações campestres podem ter dominado a paisagem nos planaltos da Região Sul e que as formações florestais estariam menos extensas, em uma época mais fria e seca no Último Máximo Glacial (Behling 1998). Neste mesmo momento, na região Sudeste, as áreas de altitude apresentavam formações campestres mais extensas e as condições climáticas adequadas para o desenvolvimento de espécies florestais de ambientes mais frios estariam presentes em altitudes menores do que observado atualmente (Behling 1998; Meireles 2009).

O reestabelecimento das condições tropicais na América do Sul durante o Holoceno teria promovido tanto o deslocamento dessas espécies em direção às áreas mais elevadas na região Sudeste brasileira, como também o aumento de pequenas manchas florestais remanescentes nessas áreas durante o Último Máximo Glacial (Ledru et al. 2005). Com o aumento da temperatura e reestabelecimento dos níveis de precipitação atuais no Holoceno, regiões como o Planalto Atlântico Paulista foram reocupadas por outras espécies tolerantes a climas mais quentes (Ledru et al. 2005; Meireles 2009). A distribuição geográfica disjunta entre populações de espécies atualmente ocorrentes nos planaltos da Região Sul e nas regiões de altitude do Sudeste brasileiro, e até o momento não conhecidas para o Planalto Atlântico Paulista, pode ter sido estabelecida neste período (Meireles 2009).

Outro conjunto de espécies ocorreu somente nos campos rupestres e campos cerrados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, ou também em formações campestres sulinas. O Campo de Altitude apresentou a maior proporção de espécies ocorrentes nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Algumas dessas espécies pertencem a gêneros ricos nos campos rupestres, com algumas espécies que ocorrem em áreas de altitude litorâneas. A ocorrência de espécies de campos rupestres nos campos de altitude da Serra da Mantiqueira mostra que essa formação também compartilha espécies de diferentes regiões fitogeográficas sul-americanas (Brade 1956; Peron 1989; Safford 1999; Safford 2007).

Achryrocline satureioides, Aspilia foliacea, Baccharis crispa, Cambessedessia espora var. ilicifolia, Declieuxia fruticosa, Eriope crassipes, Irlbachia pendula, Siningia allagophylla e Tibouchina frigidula são exemplos de espécies compartilhadas com campos cerrados (Durigan et al. 2004). Entretanto, as pequenas manchas de cerrado anteriormente observadas na Serra da Mantiqueira Meridional em Monte Verde (Azevedo 1962) foram localmente extintas provavelmente devido à mudanças no uso do solo. Várias dessas espécies foram observadas somente em um local, que atualmente encontra-se totalmente descaracterizado.

Para as espécies restritas ao Sudeste, ao Nordeste ou Centro-Oeste, os maciços montanhosos litorâneos da região Sudeste podem estar atuando como uma barreira geográfica e representarem seu limite austral de ocorrência. As espécies campestres com este tipo de distribuição geográfica possivelmente toleram tanto uma maior estacionalidade climática, quanto temperaturas mínimas mais acentuadas e a ocorrência de geadas nas áreas de altitude austrais na região Sudeste (Alves et al. 2007; Vasconcelos 2011). Algumas espécies florestais frequentes em formações altimontanas da Região Sul e da Serra Mantiqueira, como Drimys brasiliensis, Pimenta pseudocaryophyllus, Rhamnus shpaerosperma e Roupala rhombifolia, também possuem populações em fragmentos florestais na Cadeia do Espinhaço e na Chapada Diamantina, alcançando as vezes o Maciço Goiano (Kamino et al. 2008; Nascimento et al. 2010). Nesses maciços montanhosos, efeitos compensatórios locais que promovam maior umidade no solo e a formação de baixos estratos de nuvens, garoa e neblina, podem estar associados à ocorrência dessas espécies (Santos et al. 2011; Kamino et al 2008; Nascimento et al. 2010).

Muitas das espécies com distribuição neotropical ou restritas à América do Sul apresentaram um padrão de distribuição periamazônico e para várias delas a ocorrência na América do Sul acompanha as principais cadeias montanhosas (Granville 1992; Safford 2007). Dentre as espécies observadas em regiões montanas andinas, foi observado um maior número de espécies que nas regiões andinas tropicais, algumas delas com populações conhecidas ao longo do Brasil Central, do que com as em regiões austrais da Cordilheira dos Andes (Safford 2007; Oliveira-Filho & Ratter 2000). Uncinia hamata, por exemplo, ocorre em formações montanas da América Central, ao longo dos Andes, e no Brasil foi coletada até o momento na Serra do Caparaó e em Monte Verde. Griscelina ruscifolia é um exemplo de espécie marítimo-temperada chilena, também observada em formações altimontanas atlânticas (Barros 2002). Entretanto estudos filogeográficos são necessários para testar o monofiletismo e para confirmar as possíveis rotas migratórias dessas espécies que ocorrem entre as cadeias montanhosas sul-americanas (Safford 2007; Murillo-A et al. 2012).

A presença de espécies endêmicas e de espécies com distribuição geográfica restrita em diferentes famílias destaca a importância biogeográfica e evolutiva das áreas montanhosas litorâneas para a manutenção e promoção da alta riqueza florística na Floresta Atlântica. A conservação da Serra da Mantiqueira torna-se ainda extremamente necessária, pois ela pode representar o limite meridional de espécies restritas ao Sul e Sudeste; o limite austral de espécies ocorrentes no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste; além de manter populações de espécies com ocorrência na região andina e de outras regiões montanas sul-americanas e uma considerável riqueza de espécies restritas a ambientes altimontanos do Sudeste brasileiro.

Entretanto, as distintas formações vegetacionais em Monte Verde apresentam diferentes níveis de conservação e tipos de pressão antrópica. A cadeia local da Serra da Mantiqueira é uma das principais atrações turística no distrito e é a principal área de ocorrência da Floresta Altimontana e dos Afloramentos Rochosos. A Floresta Altimontana é impactada pelo bosqueamento em loteamentos, abertura de trilhas e presença de equinos, enquanto o pisoteio humano e retirada de plantas bulbosas impactam os Afloramentos Rochosos. Os Campos de Altitude são a formação mais impactada pela ocupação humana e poucas áreas permaneceram. Veloso (1992) destacou que as florestas de Araucária do Planalto de Campos do Jordão estariam em melhor estado de conservação que aqueles do Planalto do Itatiaia, mas poucas áreas em Monte Verde apresentam-se em bom estado de conservação, bem como para a Floresta de Podocarpus. Estratégias conservacionistas distintas podem ser pensadas para essas formações, como já listado no Plano de Manejo da APA Fernão Dias (IEF 2008).

A Serra da Mantiqueira representa a região com a maior área de ocupação da Floresta de Araucária e das demais formações altimontanas na região Sudeste brasileira (Hueck 1972; Safford 1999). O esforço de coleta diferencial entre as formações sugere que novas coletas, principalmente nas Florestas de Araucária, devem continuar a enriquecer a lista de espécies ocorrentes no distrito de Monte Verde. A provável extinção local de espécies coletadas na década de 1970, como Escallonia farinacea, Mimosa myriophylla, Salvia confertiflora e outras, associada às demais pressões antrópicas citadas, destaca a importância ao incentivo de diversas atividades conservacionistas.

Atividades integradas entre a sociedade e órgãos institucionais competentes, a recuperação de áreas nativas, a criação de unidades de conservação privadas e governamentais para a manutenção da paisagem, bem como ações para a conservação de espécies endêmicas e de distribuição geográfica restrita e a fiscalização do extrativismo na região devem ser estimuladas. Levantamentos florísticos em regiões ainda pouco exploradas da Serra da Mantiqueira e de outros maciços de altitude do Sudeste brasileiro poderão futuramente ampliar o conhecimento da distribuição das espécies típicas de ambientes altimontanos da Floresta Atlântica.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Capes, a bolsa de mestrado concedida ao primeiro autor e à Fapesp, o auxílio à pesquisa (Processo 01/07245), a Pós-Graduação em Biologia Vegetal do Instituto de Biologia da Unicamp e ao Herbário UEC. Aos taxomistas da UFMG, UFJF, UFSJ, UFU, Universidade Santa Úrsula, JBRJ, IBt, IF, USP, UFV, UFPR, UFRGS e UEFS, o auxílio na identificação das espécies. A Gustavo Carvalho, o auxílio na utilização do Pacote 'flora' e a Gustavo Shimizu, o tratamento das fotos. Ao Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, à Companhia Melhoramentos Florestal e aos proprietários das áreas coletadas, as autorizações e apoio concedidos e aos assessores, o incentivo e valiosas contribuições.

Artigo recebido em 17/06/2014.Â

Aceito para publicação em 29/09/2014.

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  • 1
    Parte da dissertação de Mestrado do primeiro autor.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Jan 2015
    • Data do Fascículo
      Dez 2014

    Histórico

    • Recebido
      17 Jun 2014
    • Aceito
      29 Set 2014
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